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MARIA ANTÔNIA SOUZA SANTOS PROJETO

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MARIA ANTÔNIA SOUZA SANTOS
MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
2019/2�
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo realizar um estudo sobre o meio Ambiente e Sustentabilidade ,como uma forma de analisar a disciplina de Educação Ambiental como uma parceria com os impactos ambientais. A pesquisa será feita com embasamento teórico nos seguintes autores: Leff (1998), Cavalcanti (2001), Philippi (2002),Branco(2003),Melo(1999) entre outros. O tema se justifica pela necessidade de aprofundar um estudo sobre o assunto em questão, visto que as questões ambientais se inovam regularmente. No século XXI, cada vez está mais marcado por grandes empasses entre diferentes entendimentos. Vivemos em um descontrole tão grande e ganancioso que colocamos em risco a própria continuidade de vida na terra. Surgindo assim a necessidade de aprofundar um pouco mais acerca do assunto e alcançar os objetivos através dos alunos. 
Palavras-Chaves: Meio Ambiente. Sustentabilidade. Educação.	
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SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	04
2	DESENVOLVIMENTO	05
3	CONCLUSÃO	11
4	REFERÊNCIAS	12
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1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho traz uma reflexão sobre o Meio Ambiente e Sustentabilidade buscando mostrar a necessidade de se trabalhar desde pequeno o assunto nas salas de aula. Quando fazemos uma análise sócio histórica sobre Educação Ambiental, percebemos uma relação entre o atual modelo de desenvolvimento nas questões ambientais. Temos que ressaltar que a crise sócio ambiental não é apenas caracterizada pela falta de cuidados do ser humano com o planeta, mas sim a falta de cuidado do ser humano com a sociedade em geral.
O tema se justifica pela necessidade de aprofundar um estudo sobre o assunto em questão, visto que as questões ambientais se inovam regularmente. No século XXI, cada vez está mais marcado por grandes empasses entre diferentes entendimentos. Vivemos em um descontrole tão grande e ganancioso que colocamos em risco a própria continuidade de vida na terra. 
Essa questão é abordada com profundidade por Gonçalves (2004), sabemos que o atual modelo de desenvolvimento capitalista neoliberal �está presente direto e indiretamente em todos os lugares, influenciando a destruição das relações que sustentam a vida, somos consumistas, e com isso, nosso consumo está acabando com os recursos naturais. 
2. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DA CONSCIÊNCIA DA PRESERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
Um dos principais intelectuais da América Latina que se preocupa com o meio ambiente, cita que a democracia e a equidade redefinem-se no campo da sustentabilidade em termos dos direitos de propriedades e de acesso aos recursos, ou seja, das condições culturais e políticas de reapropriação do ambiente. (LEFF, 2002).
Dentro deste contexto, perceberam a consciência de que a espécie humana faz parte do meio ambiente, por isso devemos nos conscientizar de sua preservação.
Vários encontros discutiam as questões ambientais no norte da Europa, desde 1913, foi se fortalecendo e ampliando por ser do interesse de todo o planeta o qual se tornou a organização internacional, promovendo a sustentabilidade sócio ambiental, essa organização nasceu em meio a Segunda Guerra Mundial, durante a conferência dos aliados celebrado em Moscou em 1943, recebendo o nome de ONU (Organização das Nações Unidas).
Com isto, toda a sociedade civil buscava formas de articular para potencializar as suas ações na área social e ambiental, formando organizações que deram origem as ONGS (Organizações não Governamentais).
No Brasil, este movimento ficou muito conhecido através do educador Paulo Freire o qual criticava a educação bancária que alienava os alunos. Ele defendia a educação voltada a autonomia do aluno.
A publicação do livro Primavera Silenciosa em 1962, pode ser considerada um marco nas questões ambientais do planeta. Foi escrito por Rachel Louise Carson, houve muita crítica e polêmica pelas indústrias químicas, mas graças a esta obra, teve-se início os movimentos sobre os problemas ambientais.
Vários eventos importantes começaram a se preocupar com este tema. A conferência de educação na universidade da Inglaterra em 1965, e mais tarde em 1971 na universidade da Suíça.
A partir daí a dimensão educativa recebeu destaque na conferência da ONU. Nos 1968 e 1971 a organização das nações unidas para a educação, a ciência e a cultura (UNESCO), promoveu vários eventos em diferentes países, tendo a educação ambiental como tema central.
Influenciado pela ONU, o Brasil definiu na sua constituição da República (1988), a garantia da presença da educação ambiental em todos os espaços escolares e não escolares. Artigo 225 da constituição, capítulo VI, inciso VI “[...] promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização publica para a preservação do meio ambiente”.
Assim, a Educação Ambiental brasileira foi recebendo maior fundamentação legal, ampliando as políticas públicas. Em maio de 1991 o Ministério da Educação (MEC) sacramentou através da portaria 678/91, que o currículo escolar em todos os níveis deveria enfatizar este tema.
Outro evento importante para a Educação Ambiental no Brasil foi a promulgação da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, constituindo assim a Político Nacional de Educação Ambiental (PNEA).Joseph Cornell, considerado um dos pioneiros, defende que a criança aprende quando está em contato com a natureza.
Conforme Cornell (2005), ele afirma que as atividades a serem desenvolvidas, devem proporcionar momentos prazerosos para os envolvidos, afirmando que planejar é, inicialmente ponderar sobre nossa realidade e suas circunstancias, é verificar nossas possibilidades e, sobretudo sonhas.
Segundo Cavalcanti (2001), desde Rousseau muitos educadores tem insistido na necessidade de entrar em contato com o meio ambiente, com a natureza, considerada um recurso educacional. No entanto, o contato que o homem tem feito com o meio ambiente e com a natureza, não tem sido muito positivo. A realidade de um futuro incerto, com sérios problemas de poluição e esgotamento de recursos, levou o homem a tomar consciência do fim do caminho que se empreende há muitos anos, que deve ser reconsiderado um futuro às gerações. Para conseguir isso, a escola e o meio ambiente devem constituir uma realidade única.
Assim, nasce a ideia de Educação Ambiental, trabalhada por muitos autores, e que tem se tornado um dos assuntos mais tratados nos âmbitos escolares, e na sociedade como um todo. A educação ambiental parte da concepção de conscientização e, portanto, não é apenas um aspecto relacionado à ciência, mas é uma questão política e social. Diante da ameaça de nossa sobrevivência como espécie, uma nova concepção filosófica tenta romper: os seres humanos precisam reajustar seu papel no planeta, modificando sua própria percepção de si mesmo. (CAVALCANTI, 2001).
As concepções da necessidade de se preservar o meio ambiente já são amplamente difundidas, entretanto, como aponta Philippi Jr (2002), tal fato não se consiste na real preservação, o que se necessita é de uma educação que ensine a preservação. 
De acordo com o autor de fato, os meios já existem, mas falta, evidentemente, mais educação: educação do empresário, para que não despeje o resíduo industrial nos rios; educação dos investidores imobiliários, para que respeitem as leis de zoneamento e orientem os projetos de modo a preservar a qualidade de vida do povo; educação dos comerciantes, para que não se estabeleçam onde a lei não permite e comprove a conivência de autoridades públicas para a continuação de suas práticas ilegais, educação do político, para que não venda leis e decisões administrativas, para que não estimule nem acoberte ilegalidades, para que não faça barganhas contra os interesses do povo; educação do povo, para que tome consciência de que cada situação danosa para o meio ambiente é uma agressão aos seus direitos comunitários e agressão aos direitos de cada um. 
Como Cavalcanti (2001) explica que tanto
a Educação Ambiental quanto o Desenvolvimento Sustentável são termos intimamente relacionados. Depois da Conferência de Estocolmo, em 1972, muitos especialistas começaram a expressar suas ideias sobre a impossibilidade de continuar com a mesma taxa de crescimento por muito mais tempo. Isso provocou a necessidade de tentar que os diversos projetos econômicos cumprissem as exigências ecológicas e levassem em conta o impacto de nossas ações no meio ambiente e na sociedade.
A proposta deste modelo de desenvolvimento foi denominada eco desenvolvimento, que se refere ao uso adequado de diferentes recursos, bem como estilos tecnológicos e formas de organização. Isso requer participação e conscientização por parte de todos os países do mundo, por que: "A integração do meio ambiente e do desenvolvimento é necessária em todos os países, rica e pobre”. A busca pelo desenvolvimento sustentável requer que cada nação modifique suas políticas internas e internacionais (Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1988).
Para conseguir as mudanças necessárias, é importante direcionar parte da energia para promover atitudes positivas através da educação ambiental. A sustentabilidade é um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. No entanto, as perspectivas de que esse objetivo possa ser alcançado são muito negativas, em um momento em que problemas como as mudanças climáticas estão sendo relegados a um cenário devido, entre outras causas, à crise econômica, em uma visão estreita que se esconde a gravidade da mudança global que o planeta está experimentando. (LEFF, 2002).
A própria Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconhece que não existe um modelo universal de educação para o desenvolvimento sustentável, por isso, apela a todas as áreas educacionais para que integrem a sustentabilidade em todos os aspectos da educação. Além disso, o Projeto de Plano Internacional de Implementação da Década do Conselho Executivo da UNESCO afirma que o conjunto de objetivos pedagógicos do desenvolvimento sustentável é tão amplo que não poderia ser considerado como um assunto único e, portanto, deve ser integrado a outros.
Segundo Mello Filho (1999), a educação, deve ter um papel fundamental na conscientização do futuro da sociedade, e proporcionar mudanças através da educação do aluno, um futuro importante membro da sociedade; educando-o por uma consciência de como entender seu relacionamento como pessoa, como consumidor, com seu meio ambiente, em seu ambiente.
Para Galiazzi (2005), uma das chaves da educação ambiental é encontrada na formação de professores. O problema ambiental conseguiu ter um espaço próprio na educação e, portanto, foi levado para a sala de aula e para a formação de professores. 
Um professor que compreende bem a educação ambiental faz com que a compreensão do estudante acerca de seu papel para com a sociedade, não começa e nem termina na escola, mas sim, para a vida toda e em todos os espaços. O professor deve ser claro que a Educação Ambiental (EA), é uma educação em valores e atitudes, tolerância, respeito, solidariedade, empatia; ou seja, uma educação que envolve um compromisso com o meio ambiente e a sociedade.
Nesse aspecto Ramos (2010, p. 83) coloca que, seja como for, a visão atual de natureza, potencializada pela tecnologia, herdou o projeto de dominação assentado no dualismo homem-natureza, na qual a última é instrumentalizada em benefício do primeiro. Em outras palavras, universalizou-se a postura – que se tornou dogma – de transformar o conhecimento da natureza em instrumento de domínio da mesma. 
Em relação às principais tendências e modelos que passaram a se estabelecer, nos anos 1950 surgiu o paradigma social dominante em que valores como materialismo, individualismo e progresso predominam sem representar desenvolvimento sustentável. 
Isto está situado em um quadro ideológico em que não há limites para o crescimento econômico, colocando em risco o desenvolvimento ecológico. Esta é uma perspectiva em que os humanos se sentem superiores, deixando a natureza de lado para satisfazer suas necessidades (BERNADO E AMÉRIGO, 2006). 
Mas, o rápido aumento dos problemas ambientais e a deterioração do meio ambiente levaram a uma mudança nos valores e crenças das pessoas. Então, no meio dos anos 1970 surgiu um paradigma chamado novo paradigma ambiental embora nos anos 2000 seja renomeado como um novo paradigma ecológico. Neste, o ser humano considera-se parte do quebra-cabeça que compõe o ambiente e introduz um sistema de crenças para limitar o desenvolvimento de atividades que tenham um impacto ambiental nocivo, estabelecendo equidade entre o equilíbrio da natureza e a modificação disso pelos seres humana (BERNARDO E AMÉRIGO, 2006).
Assim, na Conferência do Rio (1992) a relação entre desenvolvimento sustentável foi instituída, para que se pudesse reaver os efeitos das atividades humanas que causam agressão ao meio ambiente. Além disso, foi redefinido o termo sustentável como “uma forma de coevolução da sociedade e da natureza para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento seguro da civilização e da biosfera” (CAVALCANTI, 2001, p.17).
Portanto, indo nessa direção, supõe levantar metodologias com as quais modifiquem o sistema de valores sociais e econômicos. Para isso, uma mudança de paradigma em que há uma visão mais complexa e crítica substituindo a abordagem mecanicista e comportamental (CAVALCANTI, 2001).
A inclusão de uma nova metodologia não consiste em implantar uma disciplina sobre Educação Ambiental nos currículos ou na inserção de disciplinas nos temas existentes, mas que esta deve ser uma dimensão atendida por todos eles. Além disso, tem que estar ativo propondo problemas para resolvê-los sem quebrar em ativismo ou reducionismo, isto é, aceitar o incerto e imprevisível, levando em consideração os diferentes pontos de vista (LEFF, 2002).
No entanto, o desenvolvimento sustentável não envolve apenas a conservação da natureza, porque entende haver uma multidimensionalidade da natureza, que engloba não só sua parte conhecida no senso-comum, como também todo o aspecto da biosfera criando, assim, o meio ambiente.
3 CONCLUSÃO
Após a realização desse trabalho e levando em conta os objetivos estabelecidos no início, é importante ressaltar que há notáveis falhas no que tange a informação acerca dos problemas ambientais, o desenvolvimento sustentável e as políticas que visam a estes dois últimos. 
 O desenvolvimento da educação ambiental começou nos anos 70, quando a degradação da qualidade ambiental e a destruição de diferentes habitats começaram a ser considerados problemas sociais. Mas como é uma questão transversal e não constitui um assunto instalado no currículo como tal, não adquiriu um papel importante dentro dos programas dos centros educacionais.
Seria conveniente, portanto, estabelecer as bases da educação ambiental nas escolas, visando alcançar uma nova relação entre a sociedade e seu ambiente. Mas esse ramo da educação também deve transcender outras áreas, a outras organizações de cidadãos, isto é, fora da escola.
Ao buscar informações em diferentes fontes, descobrimos que poucas pessoas se dedicaram a conhecer o grau de envolvimento das comunidades educativas na proteção do meio ambiente dentro das escolas. Poucos também foram aqueles que implementaram a educação ambiental nos centros através de projetos de intervenção que envolvem a participação dos estudantes de tal forma que eles enxerguem a realidade ambiental que nos cerca e vivenciem a possibilidade de ações para a solução de problemas existentes. 
Portanto, é essencial que comecemos a dar mais importância à educação ambiental nas escolas, como uma questão transversal para trabalhar em cada uma das disciplinas do currículo. Ademais deve supor uma educação para a ação, que consciência da realidade ambiental, mas principalmente, que tenha como objetivo fundamental outorgar
ao povo de capacidades para contribuir à solução destes problemas.
Pretende-se neste trabalho, apontar perspectivas, argumentos e aprofundamentos da prática e teoria da educação ambiental, mas, em hipótese alguma, possuo o interesse em pôr um fim à discussão. Pelo contrário, se tem o interesse em suscitar ainda mais o debate acerca deste tema tão importante para a sociedade. 
4 REFERÊNCIAS
BERNARDO, A.Et al.(2006). Análisis de las creencias y actitudes proambientales en residentes de la comarca occidental de la provincia de Toledo. Implicaciones para la Educación Ambiental. Facultad de Humanidades: Universidad de Castilla-La Mancha. 
CAVALCANTI, Clóvis. (2001). Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. 3.ed. São Paulo, 2001.
CORNEL, Joseph. Vivencia com a natureza. São Paulo: Aquariana, 2005.
BRANCO, Sandra. Educação Ambiental: Metodologia e prática de ensino. Rio de Janeiro: Dunya, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a pratica educativa. 37ª. Ed. São Paulo: Paz e Terra S/A, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESCO, 2000.
GALIAZZI, Maria do Carmo; FREITAS, José Vicente de (org.). Metodologias emergentes de pesquisa em educação ambiental. Ijuí: Editora Unijuí, 2005.
GONÇALVES, C.W.P. O desafio ambiental: os porquês da desordem mundial – Mestres da Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2004.
LEFF, Enrique. Agroecologia e saber ambiental. Porto Alegre, v. 3. n. 1. Jan/Mar: 2002. LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
________. Ecologia y Capital. UNAM. México. D.F. 1986.
MELLO FILHO, Luiz Emygdio (org). Meio Ambiente e educação. Rio de Janeiro: Gryphus, 1999.
PHILIPPI JR, Arlindo; ALVES, AlaôrCaffé; ROMÉRO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet (ed.). Meio ambiente, direito e cidadania. São Paulo: Signus Editora, 2002.
RAMOS, Elisabeth Christmann. O processo de constituição das concepções de natureza: uma contribuição para o debate na educação ambiental. Revista Ambiente e educação: 2010. Vol. 15, p. 67 – 91.
ROGERS, Carl. Ética Humanistas e Psicoterapia. Alínea; Edição: 2012
�O neoliberalismo pode ser uma corrente de pensamento e uma ideologia, ou seja, uma forma de ver e julgar o mundo social ou um movimento intelectual organizado, que realiza reuniões, conferências e congresso.

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