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Direito trabalhista (pós-reforma) EMPREGADO X EMPREGADOR 0 Sumário Introdução .................................................................................................................................... 1 Objetivo......................................................................................................................................... 1 1. Conceito de Empregado X Empregador .............................................................................. 1 1.1. Empregado ...................................................................................................................... 1 1.2. Altos empregados ............................................................................................................ 2 1.3. Empregador ..................................................................................................................... 3 2. Grupos econômicos e repercussões na relação de trabalho .............................................. 4 2.1. Conceito de grupos econômicos .................................................................................... 4 2.2. Conceito após reforma trabalhista ................................................................................. 4 Exercícios ...................................................................................................................................... 4 Gabarito ........................................................................................................................................ 6 Resumo ......................................................................................................................................... 6 1 Introdução O Direito do Trabalho compreende a um conjunto de normas, do nosso ordenamento jurídico brasileiro, onde encontra-se destacado sempre nas relações de trabalho, a figura do empregador e do empregado. Sobre estas figuras, não há dúvidas sobre os conceitos, verdade? Por empregado, compreende-se aquele que presta serviço. Por empregador, compreende-se a figura da empresa, aquele que contrata. Porém, para entendermos essa relação propriamente dita, bem como os direitos resultantes da condição jurídica dos trabalhadores, se faz necessário, apresentarmos o conceito contemporâneo de empregador e empregado, bem como suas interações, além de apresentarmos a definição de grupo econômica e das repercussões nas relações trabalhistas. Objetivo • Apresentação dos conceitos contemporâneos de empregado e empregador e suas interações; • Definição de grupo econômico e das repercussões nas relações trabalhistas; 1. Conceito de Empregado X Empregador Insta-se de início destacar a diferença entre empregado e empregador, sobretudo, nos aspectos vigentes e tratados na CLT. 1.1. Empregado Empregado, trataremos, aquela pessoa física, que presta serviço a outrem (a empresa, ao empregador), de caracterizado, por onerosidade, pela pessoalidade, pela subordinação jurídica. 2 DICA DO PROFESSOR 1.2. Altos empregados No entendimento complementar a definição de empregado, destaca-se a necessidade de abordar a figura dos altos empregados, bem como o seu conceito e os exemplos. Altos empegados, são aqueles que exercem cargo de confiança na empresa, de quem recebem poderes de administração para agir em nome do empregador. Quanto aos tipos, destacam-se os cargos ou funções de confiança, artigo 62, inciso II (segundo), parágrafo único (salvo o bancário); os cargos ou funções de confiança, no ramo bancário. O primeiro exemplo, traz-se para exemplificação, os gerentes. Menciona-se ainda o artigo 468, parágrafo 2º da CLT, que diz que não há incorporação da gratificação de função independente do tempo. Desse modo, não há mais aplicabilidade após a reforma trabalhista, da sumula 372, item I (um) do TST (Tribunal Superior do Trabalho). No segundo exemplo, traz-se a figura do gerentão e o gerentinho. Qual a diferença? Gerentão, pela complexidade da jornada, ele está excluído, do capítulo, duração/jornada de trabalho. Aqui, ele poderá trabalhar a jornada que for necessária. Previsão legal, no artigo 62, inciso II (segundo), parágrafo único da CLT. Já o gerentinho, limita-se a jornada de 08(oito) horas diárias. Aquelas horas que excederem, caracterizam como horas extras. Quanto a gratificação, o Gerentinho, é de 1/3(um terço) a mais do salário. Previsão legal, no artigo 224, parágrafo 2º da CLT, figura seguinte. MACETE!!! Memorizem o SONPF: S – Subordinação O – Onerosidade N – Não Eventualidade PF – Pessoa Física 3 01 Gerentão, excluído de jornada de trabalho. Gerentinho, jornada de trabalho até 08h, o excedente, será horas extras FIQUE ATENTO! Ainda como altos empregados, faz-se necessário ainda, destacar a figura dos diretores de sociedade anônima (recrutado externamente e eleito internamente). Ao recrutado externamente, a corrente majoritária, entende que não se trata de empregado. Entretanto, há outra corrente, que entende se tratar de um contrato especial a prazo determinado de 03(três) anos. Mas em regra, o entendimento tradicional é de se não tratar de empregado. Ao eleito, internamente, o contrato fica-se suspenso. 1.3. Empregador Empregador, trataremos aquele que é pessoa física ou jurídica ou mesmo ente despersonalizado, que contrata pessoa física para lhe prestar serviços sendo estes prestados com pessoalidade, subordinação jurídica, não eventualidade e onerosidade. Lembrando que cabe ao empregador, assumir integralmente os riscos do negócio. O que no Direito do trabalho, denominamos de alteridade. Antes da reforma, aquele que exercia cargo de confiança, há mais de 10(dez) anos e que voltasse ao cargo de trabalho originário, as gratificações, iriam se incorporar. Agora, após a reforma, independentemente do tempo, não irá se incorporar. 4 2. Grupos econômicos e repercussões na relação de trabalho Após trazermos à tona os conceitos contemporâneos de empregado e empregador, faz-se necessário, o apontamento ao que denominamos de grupos econômicos, e a repercussão na relação de trabalho, sobretudo, após a reforma trabalhista, no artigo 2º da CLT, parágrafos 2º e 3º. 2.1. Conceito de grupos econômicos Pelo conceito, compreende-se ao instituto trabalhista, que prevê a solidariedade das empresas integrantes do conglobamento empresarial em relação ao crédito trabalhista. 2.2. Conceito após reforma trabalhista Quando ocorre o grupo econômico? Ocorrerá, quando uma ou mais empresas, cada uma delas, com personalidade jurídica própria, tendo cada uma delas: a direção, o controle ou a administração de outra. Ou ainda, quando mesmo cada um guardando sua autonomia, integrarem grupo econômico. Importante destacar: Em qualquer aspecto mencionado acima, a responsabilidade será solidária. E quando não ocorrerá grupos econômicos? Não caracterizará o grupo, a mera identidade de sócios. Se existir os mesmos sócios na outra empresa, isso por si só, não caracteriza grupo econômico. Além disso, deverá existir, a atuação conjunta das empresas, bem como a demonstração do interesse integrado, além, da efetiva comunhão de interesses. Exercícios 1. (Autor, 2019) Abaixo, destaca-se responsabilidades do empregador com o empregado. Exceto: a. Executar tarefas b. Admitir c. Remunerar d. Dirigir 5 e. Executar ações2. (Autor, 2019) Os grupos econômicos, serão responsabilizados solidariamente, quando: a. Caracterizar-se uma ou mais empresas, cada uma delas, com personalidade jurídica própria, tendo cada uma delas: a direção e o controle; b. Caracterizar-se 02(duas) empresas, cada uma delas, com personalidade jurídica própria, tendo cada uma delas: a direção, o controle ou a administração de outra.; c. Cada uma empresa preservarem sua autonomia; d. Caracterizar-se uma ou mais empresas, cada uma delas, com personalidade jurídica própria, tendo cada uma delas: a direção, controle e ou a administração de outra. Ou ainda, quando mesmo cada um guardando sua autonomia, integrarem grupo econômico. e. Caracterizar-se uma ou mais empresas, cada uma delas, com personalidade jurídica idêntica, inclusive: a direção, controle e ou a administração de outra. Ou ainda, quando mesmo cada um guardando sua autonomia, integrarem grupo econômico 3. (Autor, 2019) Não caracterizará grupos econômicos, se não for comprovado: a. Identidade de sócios; b. Atuação conjunta das empresas; c. Demonstração do interesse integrado e a efetiva comunhão de interesses; d. Identidade de sócios, atuação conjunta das empresas, interesse integrado e a efetiva comunhão de interesses. e. Demonstração do interesse integrado. 6 Gabarito 1. Alternativa A. Lembrem-se: ALTERIDADE. O empregador, assume os riscos da atividade econômica. 2. Alternativa D. Responsabilizarão solidariamente, caracterizando além da personalidade jurídica própria, tendo cada uma delas: a direção, o controle ou a administração de outra; e mesmo se cada uma preservar de sua autonomia integrando grupo econômico. 3. Alternativa D. A mera identidade dos sócios não irá caracterizar grupos econômicos. Não se esqueçam. Resumo Nessa apostila, tratamos sobre a figura do empregado e empregador, bem como os principais tratamentos contemporâneos de estudos. Tratamos sobre a figura dos altos empregados, com destaque a figura dos cargos ou funções de confiança. Em especial a figura do Gerentão e Gerentinho, ambos com previsões legais na CLT e Súmulas do TST. Tratamos também sobre a figura dos grupos econômicos, sobretudo, em uma análise após a reforma trabalhista, com balizamento no artigo 2º da CLT e parágrafos. Além da memorização dos casos de incidência/existência ou não de grupo econômicos, e os aspectos que os cercam de identificação e análise. 7 Referências bibliográficas CORREIA, Henrique; MIESSA, Élisson. Manual da reforma trabalhista. Salvador: JusPodvim, 2018. CAVALCANTE, Rodrigo Arantes; DO VAL, Renata. Reforma trabalhista: comentada artigo por artigo. São Paulo: LTr, 2017. ______. Curso de direito processual do trabalho. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. Referências imagéticas FIGURA 2. PIXABAY. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos/an%C3%A1lise-brainstorming- neg%C3%B3cios-3385076/>. Acesso em: 11abr 2019.
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