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Sobreaviso e prontidão

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Direito trabalhista (pós-reforma) 
 
 
 
 
SOBREAVISO E PRONTIDÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução .................................................................................................................................... 2 
 
Objetivo......................................................................................................................................... 2 
 
1. Sobreaviso e prontidão ........................................................................................................ 2 
1.1. Sobreaviso ................................................................................................................... 2 
1.2. Prontidão ..................................................................................................................... 4 
 
Exercícios ...................................................................................................................................... 5 
 
Gabarito ........................................................................................................................................ 7 
 
Resumo ......................................................................................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Nessa apostila falaremos sobre os regimes de sobreaviso e a prontidão, 
ambas as circunstâncias são consideradas critérios especiais de fixação de jornada, 
já que o empregado não está efetivamente trabalhando, mas sim, aguardando 
eventual chamado do empregador. 
Você já ouviu falar nos regimes de sobreaviso e prontidão? 
Originariamente o sobreaviso e prontidão foram previstos apenas para o 
ferroviário, sendo estendido a outras categorias profissionais ao longo do tempo. 
Você perceberá no estudo desta apostila que no regime de sobreaviso o 
empregado deve ficar em sua própria casa aguardando esse eventual chamado, e no 
regime de prontidão o empregado deve ficar nas dependências do empregador 
aguardando esse evento ao chamado. 
Objetivo 
• Analisar as hipóteses de sobreaviso e prontidão. 
 
1. Sobreaviso e prontidão 
O trabalhador tem direito a se afastar do ambiente de trabalho, isto é, de 
“desconexão” após um longo dia de trabalho, para preservar seus momentos de 
lazer, relaxamento e ambiente familiar. Ocorre que, algumas profissões exigem que 
o empregado após o expediente de trabalho, permaneça obrigado a manter algum 
tipo de intercomunicador para ser chamado e resolver problemas da empresa. 
Inicialmente o sobreaviso e prontidão foram aplicados ao ferroviário, no 
decorrer dos anos, passou a ser estendido a petroleiros, aeronautas, eletricitário 
entre outras profissões. Prossiga a leitura para entender mais sobre esses dois 
institutos. 
 
1.1. Sobreaviso 
O sobreaviso é regime segundo o qual o empregado permanece, em sua 
residência, sem trabalhar, à disposição do empregador, para substituir quem falta 
ou para atender serviço não previsto, aguardando ser chamado, a qualquer 
momento. É tratado na CLT especificamente com relação ao serviço ferroviário, 
porém, acabou estendendo-se a uma multiplicidade de atividades. Observa-se o §2º 
do art. 244 da CLT: 
 
3 
 
§2º Considera-se de sobreaviso o empregado efetivo, que permanecer em sua 
própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada 
escala de sobreaviso será, no máximo, de vinte e quatro horas. As horas de 
sobreaviso, para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário 
normal. 
Isto é, a lei criou uma noção intermediária entre o tempo laborado ou à 
disposição e o tempo extracontratual, pois o obreiro tem sua disponibilidade 
pessoal relativamente restringida, pois o empregado deve permanecer em sua 
residência, aguardando o chamado para o serviço, razão pela qual há consequência 
contratual a este período. Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância 
é submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, 
permanecendo em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer 
momento o chamado para o serviço durante o período de descanso. Isto é, para 
caracterizar o sobreaviso é necessária uma condição de submissão do empregado, a 
espera de qualquer chamado durante o seu período de intervalo. 
Conforme a CLT, a escala de sobreaviso não poderá, licitamente, ultrapassar 
vinte e quatro horas. As horas de sobreaviso, “para todos os efeitos, serão contados 
à razão de 1/3 (um terço) do salário normal” (art. 244, § 2º da CLT). 
O avanço tecnológico tem propiciado situações novas que provocam debate 
acerca da possibilidade de incidência da figura especial do tempo de sobreaviso. 
É o que se passa com a utilização, pelo empregado, fora do horário de 
trabalho, de aparelhos de comunicação telemáticos ou informatizados, como BIPs, 
pagers, telefones celulares e equivalentes, ou seja, mecanismos que propiciam o 
contato imediato com o empregador e consequente imediato retorno ao trabalho. 
Por exemplo, quando o trabalhador fica obrigado a portar qualquer tipo de 
intercomunicador como BIP, celular, ou laptop para ser chamado, vez ou outra, para 
trabalhar ou para resolver problemas de empresa à distância, estará em regime de 
sobreaviso. 
DICA 
 
 
 
O uso de celular ou qualquer outro tipo de controle 
informatizado não é o bastante para caracterizar o 
sobreaviso. Logo, manter o telefone celular funcional 
ligado fora do horário de expediente, por si só, não 
caracteriza sobreaviso. 
 
 
4 
 
O empregado de sobreaviso deve permanecer em sua própria casa, porém, 
isso não significa que esteja proibido de sair, porém precisar estar de plantão. O 
sentido da referida norma é de que, o trabalhador esteja, a qualquer momento do 
período apontado, à disposição do empregador e com fácil e imediata localização e 
chegada ao local onde é solicitada sua presença. 
E se o empregador não contatar o trabalhador, este receberá pelo 
sobreaviso? Sim, apesar de o trabalhador não precisar permanecer em casa 
aguardando ordens, deve ter remunerado este desconforto de ficar preocupado 
todo o tempo com a área de atuação do aparelho, com sinal, com local onde está, 
com os chamados não atendidos, com os problemas que terá que resolver à 
distância, etc. 
Em contrapartida, o adicional de periculosidade não é devido nas horas de 
sobreaviso, por entender que durante as horas de sobreaviso, o trabalhador não se 
encontra em condições de risco, portanto, incabível a integração do adicional de 
periculosidade sobre as mencionadas horas. (Sumula 132 do TST). 
Em relação ao sobreaviso, três pontos a se observar: 
1. O empregado deve permanecer em sua própria casa, aguardando a 
qualquer momento ser chamado para o serviço; 
2. O sobreaviso obedece a uma escala que deve ser de no máximo 24 horas; 
3. As horas de sobreaviso são contadas a razão de 1/3 do salário normal. 
Ambas as regras estão na parte final do §2º do art. 244 da CLT. 
Por fim, após o chamado ao serviço por telefone celular, pager, BIP ou 
aparelho similar, e o empregado atenda à convocação e compareça ao local de 
trabalho, passará, automaticamente, a ficar à disposição do empregador, prestando 
horas normais de sobreaviso (ou horas extras, se for o caso), e não mais horas de 
sobreaviso. Agora, passaremos ao estudo sobre prontidão. 
 
1.2. Prontidão 
Considera-se de prontidão o empregado que ficar nas dependências da 
estrada, aguardando ordens. Portanto, tempo de prontidão, é o períodotido como 
integrante do contrato de trabalho e do tempo de serviço do empregado, em que o 
ferroviário fica nas dependências da empresa ou via férrea respectiva, aguardando 
ordens (§3º, art. 244 da CLT). 
 
 
 
 
5 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
Perceba que a lei cria noção intermediária entre o tempo laborado à 
disposição e o tempo extracontratual, uma vez que o empregado tem sua 
disponibilidade pessoal significativamente restringida, por permanecer nas 
dependências do estabelecimento empresarial, porém, não necessariamente o 
trabalhador estará efetivamente laborando nesse período. 
A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas (§3º, art. 244 da CLT). 
Nos casos do regime de prontidão a remuneração será de 2/3 da hora normal. 
De acordo com a prontidão, sua característica é a permanência do 
empregado no local de seu trabalho, sem desempenhar qualquer atividade para o 
empregador, terminando seu expediente regular, mas podendo, a qualquer 
momento, ser chamado para algum trabalho. Veja que na prontidão, o empregado 
ficará na empresa aguardando o chamado, não sendo considerado como tempo de 
jornada normal ou extraordinária. 
Ao contrário do sobreaviso, a escala de prontidão é de doze horas e as horas 
correspondentes são contadas à razão de 2/3 do salário normal. 
Para os aeronautas a prontidão se chama reserva, e considera-se em reserva 
o tempo que o aeronauta permanece, por determinação do empregador, em local de 
trabalho a disposição à sua disposição, porém diferente do previsto na CLT, a 
reserva é remunerada como hora normal (art. 26 da Lei n. 7183/1984). 
Exercícios 
1. (Autor, 2019) Sobre a jornada de sobreaviso e prontidão. Assinale a 
afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: 
I. O tempo que o empregado aguarda entre o embarque e 
desembarque do ônibus e o início e fim da jornada laboral estarão 
caracterizados a prontidão. 
II. O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados, a exemplo 
do celular, por si só, caracteriza o sobreaviso. 
Art. 244, §3º da CLT: “Considera-se de ‘prontidão’ o 
empregado que ficar nas dependências da estrada, 
aguardando ordens. A escala de prontidão será, no 
máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, 
para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois 
terços) do salário-hora normal." 
 
6 
 
III. Considera-se prontidão o empregado que ficar nas dependências 
da estrada, aguardando ordens. 
IV. Considera-se como prontidão o tempo que o empregado 
permanece descansando nas instalações da empresa. 
a. Estão corretas as afirmativas I e IV. 
b. As afirmativas II, III e IV estão corretas. 
c. Somente a afirmativa IV está correta. 
d. Somente a afirmativa II está correta. 
e. Somente a alternativa III está correta. 
 
2. (Autora, 2019) No hospital XYZ, trabalha Anamara, médica. Nesse hospital 
existem um quadro de 10 empregados médicos, é um hospital de 
referência e na sexta-feira, Anamara deverá ficar de sobreaviso para caso 
surja uma emergência. Sobre a jornada de sobreaviso e prontidão, 
assinale a alternativa correta: 
a. Considera-se de prontidão se Anamara permanecer na sua casa, 
aguardando a qualquer momento ser chamado pelo empregador. 
b. Considera-se de sobreaviso se Anamara ficar na empresa, aguardando 
ordens. 
c. O tempo que Anamara estiver aguardando ser chamada, deverá ser 
remunerado mesmo que não seja requisitada no período que ficou de 
sobreaviso. 
d. A escala de sobreaviso será, no máximo, de 12 horas. 
e. O sobreaviso é instituto aplicado exclusivamente aos ferroviários. 
 
3. (Autor, 2019) Acerca do regime de sobreaviso e prontidão, julgue os itens a 
seguir e assinale a alternativa correta: 
I. Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e 
submetido a controle patronal, permanece de plantão, 
aguardando ser chamado para o serviço durante o período de 
descanso. 
II. O uso de instrumentos informatizados fornecidos pela empresa ao 
empregado, caracteriza o regime de sobreaviso. 
III. O sobreaviso obedece a uma escala que deve ser de no máximo 24 
horas. 
a. Estão corretas todas as afirmativas. 
b. Apenas as alternativas I e II estão corretas. 
c. Apenas as alternativas I e III estão corretas. 
d. Apenas as alternativas II e III estão corretas. 
 
7 
 
e. Somente a alternativa II está correta. 
Gabarito 
1. Alternativa E. 
É o teor do artigo 244, §3 da CLT: “Considera-se de prontidão o 
empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando 
ordens[...]” 
2. Alternativa C. 
O tempo que Anamara está aguardando a chamada é de sobreaviso e 
como tal deve ser remunerado (1/3 da hora normal), mesmo que não seja 
exigida a sua presença na instituição, estava ela a disposição. 
3. Alternativa C. 
A afirmação I é o teor do item II da Súmula 428 do TST: “Considera-se em 
sobreaviso o empregado que, à disposição e submetido a controle 
patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer 
em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o 
chamado para o serviço durante o período de descanso; 
A afirmação III é o teor do item do §2º do art. 244 da CLT: “[...] Cada 
escalara de sobreaviso será de no máximo vinte e quatro horas”. 
Resumo 
A jornada de sobreaviso é aquela em que o empregado permanece em casa 
aguardando ser chamado a qualquer tempo pelo empregador. A hora é remunerada 
com o valor de um terço da hora normal, o período máximo de trabalho permitido é 
de 24 horas. 
No regime de prontidão, o empregado permanece na própria empresa, 
aguardando ser chamado a qualquer momento. A hora trabalhada é remunerada na 
base de dois terços da hora normal, e o período máximo de trabalho é de 12 horas. 
A diferença fundamental do sobreaviso para a prontidão é que no primeiro o 
empregado permanece em casa aguardando o chamado para o trabalho a qualquer 
momento, enquanto na prontidão o obreiro permanece no trabalho aguardando 
ordens. 
 
8 
 
Referências bibliográficas 
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-Lei nº 5.442, de 01.mai.1943. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 22 de março de 2019. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 22mar2019. 
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho: De acordo com a reforma trabalhista. 14ª edição. São Paulo: 
Método, 2017. 
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12ª edição. São Paulo: LTr, 2013. 
FRANCO FILHO, Georgenor de Souza. Curso de Direito do Trabalho: de acordo com a Lei n. 13.467/17 e a MP n. 
808/2017. 4ª edição. São Paulo: LTR, 2018. 
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 11ª edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
MARTINEZ, Luciano. Reforma Trabalhista: entenda o que mudou. 2ª edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. 
SARAIVA, Renato; SOUTO, Rafael Tonassi. Direito do Trabalho. 20ª edição. Salvador: Editora Juspodivm, 2018. 
SILVA, Homero Batista Mateus da. CLT comentada. 1ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2019

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