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Revisão 2018 1 – Analise em que medida as propostas do Manifesto de 1959 (Mais uma vez convocados) retomam as propostas do Manifesto de 1932. Apresente um ponto de aproximação entre as teses dos dois manifestos e outro de distanciamento. O manifesto dos educadores "Mais uma vez convocados" é a reafirmação do "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova", de 1932. Os dois manifestos defendem a educação como um bem público e dever do Estado. Ratificando a proposta dos pioneiros da educação nova, de uma escola pública, laica, obrigatória e gratuita. Resgatando o ideário liberal definido no "Manifesto dos Pioneiros", o "Mais uma vez convocados" se posicionava contra o discurso da Igreja Católica sobre a "liberdade de ensino”, sendo este o ponto de distanciamento entre eles, pois de um lado os defensores da escola pública (estatal) e do outro lado os defensores da escola privada (confessional ou laica). 2 – No texto “A reforma do ensino no distrito federal (1930-1935): experimentalismo e liberalismo em Anísio Teixeira”, da professora Libânia Nacif Xavier, responda o que se segue: a) Explique a articulação existente entre o aspecto técnico e o aspecto pedagógico da reforma. O aspecto técnico e o aspecto pedagógico da reforma articulavam-se no interior da escola, as atividades didáticas propriamente ditas: a observação e experimentação teórico-empírica, o debate intelectual e a permanente avaliação e reconstrução da prática docente, indicando que a capacitação do magistério deveria ser um processo contínuo e ininterrupto. Ainda, este processo de capacitação integrava-se com a própria atividade docente, reforçando a autonomia intelectual do professor ao mesmo tempo em que garantia, na própria organização interna da escola, os fatores imprescindíveis para sua efetivação, como tempo para a realização de estudos e espaço para a avaliação e a discussão teórica dos experimentos realizados na prática pedagógica. b) Explique as propostas relativas à formação de professores e especialistas da área da educação. A Divisão de Aperfeiçoamento do Magistério (DAM) desenvolveu projetos destinados à formação e aperfeiçoamento de administradores e orientadores escolares, especialistas em educação e professores de escola normal. Dentre os cursos previstos, destacavam-se os cursos de aperfeiçoamento de professores para Escolas de Aplicação e Escolas Experimentais. A ideia inicial era que cada centro regional organizasse uma Escola Experimental de Ensino Primário destinada a servir de laboratório de testagem de novos métodos e procedimentos de ensino e a possibilitar o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre os mais variados temas ligados ao ensino. c) O que se pretendia com as escolas de demonstração; escolas experimentais ou escolas laboratório? As escolas de demonstração; escolas experimentais ou escolas laboratório eram centros de estudos para implementação e avaliação de métodos experimentais de ensino que, devidamente testados, pudessem ser adaptados e generalizados para outros estabelecimentos escolares, que oportunizariam os estudos sobre as práticas educacionais em curso nas escolas da cidade. 3 – Analise os debates em torno da criação da LDBEN de 1961, observando: a) O que afirma o texto “Educação e desenvolvimento: o debate nos anos 1950”, de Helena Bomeny, sobre o debate entre Darcy Ribeiro e Carlos Lacerda. No que consistia esse debate? O manifesto de 1959 foi divulgado em meio a um debate sobre o ensino básico que não era novo, mas se tornou mais intenso por uma série de razões. O debate se reacendeu, estavam de um lado os educadores comprometidos com os ideais da Escola Nova, fortalecidos pela presença ativa e militante de Darci Ribeiro, e de outro, os defensores da rede privada de ensino, que achavam que as famílias deviam ser livres para escolher que tipo de ensino queria para seus filhos, e que tinham no então deputado Carlos Lacerda seu porta-voz. b) Ainda seguindo o texto de Helena Bomeny, indique as teses vitoriosas na proposta final da LDBEN e o impacto delas na educação dos mais carentes. O LDBEN, no art. 95 da Lei 4.024 previa que a União dispensaria sua cooperação financeira ao ensino sob a forma de subvenção e financiamento a estabelecimentos mantidos pelos estados, municípios e "particulares", para a compra, construção ou reforma de prédios escolares, instalações e equipamentos. O país, na época, não tinha recursos para estender a rede oficial de ensino, que marginalizava quase 50% da população em idade escolar. Deliberou-se pela expansão da rede privada, mas a extensão dos benefícios da educação não alcançou o conjunto da população mais carente. 4 – Caracterize o cenário educacional observado no contexto do governo de João Goulart (1961-1964). O panorama sociopolítico do Brasil, em 1961, era alarmante, pois dados apontados demonstram que o Brasil era um país com um enorme contingente de analfabetos, e que aqueles que eram alfabetizados passavam por um afunilamento no processo educacional, “menos de 15% da população estudantil do ensino primário passava para o ensino médio”. Se considerarmos, o fato de que a Constituição em vigor (1946) tinha como condição primária para a participação nas eleições, ser alfabetizado, veremos que, quase 40% da população do Brasil, o equivalente a 16 milhões de pessoas, estava excluída da eleição de seus representantes. 5 – Conceitue o tecnicismo educacional dos governos militares procurando explicar sua adoção como política educacional para o nosso país. Após o golpe militar, no terreno da educação, buscou-se desenvolver uma política educativa que tinha como meta produzir os recursos humanos necessários ao desenvolvimento econômico, submetendo, de uma forma nunca antes vista, a educação às decisões da economia. O alinhamento da educação à política econômica, que atendia aos interesses do grande capital, significou tratar a educação a partir da ótica estritamente econômica. 6 – Observe a imagem abaixo e discorra sobre a importância das propostas do educador Paulo Freire, retratado na imagem, para o Brasil dos anos 1960. O Método Paulo Freire era calcado na alfabetização através da vivência do educando, dessa forma, aprender a ler com as “palavras geradoras” possuía nexo para os alfabetizando, e, por isso, era mais rápido e consciente. Palavras como: casa, tijolo e trabalho possuíam mais significância na vida daqueles alunos-trabalhadores do que “Ivo viu a uva” das cartilhas empregadas anteriormente. Além disso, o Método não visava só alfabetização. O objetivo era resinificar a educação de jovens e adultos, respeitando a sua cultura e história, trazendo para sala de aula, para os “círculos de cultura”, todo o universo social de “leitura de mundo” desses educandos, contribuindo, assim, para um “pensar crítico”. A alfabetização, com o Método, tornar-se-ia consciente. 7 – Analise o modo como o final do período da Ditadura Militar ensejou debates que culminaram com a elaboração da LDB de 1996. Considere suas propostas e os desafios ainda a alcançar. A LDB 1996 é fruto das discussões, análises, lutas de interesses e de engajamento de setores da sociedade, após décadas de impossibilidade de exercer esta prática, por cerceamento da liberdade de manifestação decorrente dos mecanismos ditatoriais instaurados no Brasil nos anos 1960 – 1980, não alcançaram todos os propósitos que os educadores buscavam, mas, de uma ou outra forma, serviu para que, num anseio de participação, a comunidade educativa experimentasse uma prática democrática. 8 – No texto da aula 15, “Políticas educacionais nos anos 90: a formação de professores no Brasil e em Portugal”, do professor José Augusto Pacheco, é amplamente discutido a importância do conceito de “competências”no âmbito das reformas educativas da década de 1990. Com base nessa leitura, responda: a) A relação entre competência, escolaridade, reformas educacionais; A ressignificação da educação não se faz agora pela pedagogia dos objetivos, como ocorreu na década de 1960, mas pela noção de competências, afirmando-se que a mediocridade da escola não resulta das políticas governamentais e das possibilidades de sua efetivação, mas da implementação dessas políticas pelas próprias escolas. A formação centrada em competências é uma orientação política que funciona simultaneamente como um mecanismo de avaliação e como imposição de um currículo de formação quer nos conteúdos, quer nas instituições. b) Qual a razão para que a noção de competência tenha adquirido centralidade na construção de um perfil profissional do docente? As políticas educacionais nos anos 90 reforçam, pois, a centralidade da formação dos profissionais da educação como um recurso de modernização da sociedade e dos sistemas de ensino. Se, por um lado, o docente tem sido desvalorizado em termos de status profissional, por outro, é também considerado um agente decisivo na construção do futuro, assumindo um protagonismo fundamental no ideário das reformas educacionais portuguesas e brasileira. c) Como a definição do conceito de competência aparece no documento “Proposta de diretrizes para a formação inicial de professores da educação básica”, de 2000, e quais os impactos no âmbito da educação. De meados da década de 1990, em diante, a noção de competência começa a ser difundida nos documentos oficiais, mas é em maio de 2000, na Proposta de diretrizes para a formação inicial de professores da educação básica, em cursos de nível superior que essa noção é detalhadamente apresentada. De acordo com a enunciada proposta, o termo competência se expressa de três modos – profissionalismo, ação teórico-prática e exercício profissional.
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