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Mariana Novaes - Medicina UFBA/CAT ANSIEDADE AGUDA: ATAQUES DE PÂNICO INTRODUÇÃO ● os ataques de pânico promovem alterações corporais e psíquicas bruscas (causam sofrimento). ● os ataques de pânico nos transtornos de pânico (TP) estão associados com medos das próprias sensações corporais, diferente da fobia social, e são limitantes, pois os pacientes que sofrem com isso, tem medo da ocorrência dos ataques, evitando se expor a situação que acreditam correr mais risco (“agorafobia”). OBS: Fobia social → medo da exposição social. ● sintoma de dor no peito → maior preocupação entre os pacientes com TP que procuram emergência hospitalar (EH). ○ que pode estar associado com doenças cardiovasculares, ataques de pânico e até desassociada a doença cardíaca. ○ O DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA DOENÇA CARDÍACA NÃO EXCLUI O PSIQUIÁTRICO! ● ainda existe uma dificuldade de avaliação da TP. CONCEITOS ● Ataques de pânico: episódios de intenso medo ou desconforto devido a alta atividade autonômica. ○ sintomas: palpitação, sensação de desmaio, tontura. ○ quando esses sintomas começam a ocorrer pelo menos uma vez no mes, inicia-se a preocupação com sua recorrência e consequências → CRITÉRIO PARA TP! ● os pacientes passam a ter medo de perder o controle ou morrer. ○ acreditam que tem algo muito grave (ex.: esquizofrenia). ○ podem não tolerar ficar sozinhos, por medo de: ■ fazer algo inesperado (atos impulsivos). ■ passarem mal e não serem socorridos. OBS: Diagnóstico diferencial: Dor no peito → pneumonia, pancreatite, refluxo gastroesofágico. Falta de ar → embolia pulmonar, DPOC. EPIDEMIOLOGIA ● dos pacientes com TP, 70% tem sintomas cardiovasculares e/ou respiratórios. Mariana Novaes - Medicina UFBA/CAT ● alguns autores identificaram que cerca de 31% dos pacientes que chegam a EH com dor no peito, preenchem os critérios para TP. ● Identificou-se que pacientes que queixaram-se de dor no peito, com resultados normais de arteriografia coronariana, tinham maiores escores de ansiedade e depressão. AVALIAÇÃO DO PACIENTE ● pacientes com dor torácica devem ser sempre observados com atenção. ● identificação precoce do risco de eventos ameaçadores à vida. ○ triagem de pacientes com alta probabilidade de infarto. ○ estratificação quanto à isquemia miocárdica. ○ diagnóstico de doenças cardiovasculares não coronarianas. ○ doenças pulmonares e do trato digestivo de alto risco. ● diagnóstico diferencial. ● entendimento das características centrais da TP. ○ pensamentos negativos quanto ao início dos sintomas e suas consequências. ● roteiro de perguntas + familiaridade com critérios para transtornos psiquiátricos mais comuns na EH. ROTEIRO DE PERGUNTAS PARA AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DE PÂNICO - Você já teve esses tipos de sintomas antes? - Quando procurou tratamento, qual foi o diagnóstico? - Tem medo de passar mal em algum ambiente e não obter ajuda? Ou evita ficar só? - Tem dificuldade de acreditar que não tem nenhuma doença clínica? - Está muito preocupado com o que pode acontecer quando tem essas sensações? Pensa muito nisso? MANEJO → Psicoterápico ● primeiro recurso → técnicas advindas da terapia cognitivo-comportamental para melhora momentânea da ansiedade. ○ meta: diminuir a ativação autonômica (muitas vezes provocadas pela hiperventilação). ○ treino em respiração diafragmática. ○ dialogar com paciente sobre os motivos de estar tendo aquelas sensações, sobre o conhecimento que tem de TP e sobre orientações para a efetividade do tratamento (que irá proporcionar conforto e segurança). ○ realizar a reestruturação de pensamentos associados a morte, passar mal ou enlouquecer ■ diferenciações entre seus medos e a realidade. ■ interpretação catastrófica dos sintomas e seus riscos reais. → Farmacológico Mariana Novaes - Medicina UFBA/CAT ● quando as técnicas psicoterápicas não forem suficientes para alívio das sensações. ● uso de curto prazo de benzodiazepínicos. ○ clonazepam 2mg, antes de desafios farmacológicos com inalação de CO2 a 35% → reduziu os ataques de pânico e a ansiedade quando comparado com o placebo. ○ mas essa é uma medida paliativa. ● o paciente só apresentará melhora com tratamento direcionado com escolha medicamentosa baseada em perfil, histórico de doenças, fatores hereditários… ● na EH: ○ 2 doses orais de diazepam (5 a 10 mg), lorazepam (0,5 a 2 mg), alprazolam (0,25 a 1 mg), clonazepam (2 mg). ○ o desconforto e a preocupação não acabam, mas são momentaneamente combatidos.
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