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Mariana Novaes Acadêmica de Medicina IMS/CAT - UFBA HEMOSTASIA CONCEITO É a parada ou a cessação de um sangramento, pode ser feita naturalmente (hemostasia espontânea) ou artificialmente (p. ex., ligadura ou cauterização de vasos lesados). ● espontânea: ocorre com a participação da ○ parede vascular: vasoconstrição arteriolar reflexa e imediata após agressão a um vaso, especialmente por agente mecânico, mediada por endotelinas. ○ plaquetas: quando há lesão endotelial, o fator von Willebrand, que existe normalmente na matriz subendotelial ou é oriundo do plasma e fixado na matriz extracelular, fica exposto na região afetada. Plaquetas, que possuem receptores para várias moléculas, inclusive moléculas de adesão, aderem ao local lesado, ligando-se ao colágeno e ao fator von Willebrand (adesão plaquetária), formando o tampão plaquetário, essencial na hemostasia. ○ sistema de coagulação sanguínea: envolvem os fenômenos de: ■ vasoconstrição arteriolar ■ formação do tampão plaquetário ■ estruturação da rede de fibrina, a partir da polimerização do fibrinogênio, mediante o processo de coagulação do sangue (coágulo sanguíneo) ■ estabilização do coágulo, por meio da formação de ligações cruzadas entre as moléculas de fibrina PROCESSO Adesão de plaquetas + estímulos mecânicos por aceleração do seu movimento na região lesada + choque delas contra as arestas da lesão vascular → ativação plaquetária (reforçada pela trombina gerada no processo de coagulação sanguínea). A estabilização do tampão plaquetário completa-se com a deposição de fibrina gerada no processo de coagulação sanguínea. Logo a seguir, ocorre desgranulação das plaquetas e liberação dos produtos dos seus grânulos, os quais são componentes importantes, entre outras ações, na formação de fibrina pelo processo de coagulação sanguínea. Mariana Novaes Acadêmica de Medicina IMS/CAT - UFBA Por mecanotransdução, o citoesqueleto das plaquetas sofre rearranjos e a superfície delas ganha projeções filamentares que ampliam a área de contato entre elas mesmas e com a superfície tecidual exposta. Ocorre agregação plaquetária, que promove a contração delas e as torna mais aderidas entre si, formando uma massa mais sólida e mais resistente. O fator mecânico, representado sobretudo por aceleração ou desaceleração abrupta do fluxo sanguíneo, é de fato importante na ativação plaquetária. Qualquer alteração no fluxo laminar por estreitamentos ou dilatações anormais do sistema circulatório (p. ex., estenoses, aneurismas e ateromas salientes na íntima) favorecem a formação de trombos, principalmente por indução mecânica das plaquetas ao atravessarem as zonas de aceleração e/ou desaceleração abruptas que se formam ao longo da lesão. Esse efeito mecânico da circulação por meio da força de cisalhamento aumentada em bifurcações vasculares explica também a aterogênese acelerada nesses locais, pois facilita a ativação plaquetária sobre o endotélio, com liberação de fatores próinflamatórios que iniciam a resposta inflamatória associada à deposição lipídica. COAGULAÇÃO SANGUÍNEA Esta completa a hemostasia. Resulta da ativação da via intrínseca, por exposição de colágeno subendotelial; ativação da via extrínseca pelo fator tecidual (tromboplastina tecidual) liberado de células lesadas; o endotélio lesado deixa de liberar NO e PGI 2 , que são agentes anticoagulantes; as próprias plaquetas, a rede de fibrina aprisiona também leucócitos e hemácias, formando um coágulo, estrutura sólida capaz de tamponar a lesão vascular. Cessada a hemorragia, ocorre a lise e absorção do coágulo por ação do sistema fibrinolítico e de células inflamatórias. Em seguida, surgem os mecanismos de reparo de lesões teciduais, ou na resolução de trombos.
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