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ÉTICA MÉDICA - ÉTICA EM PESQUISA ENVOLVENDO HUMANOS

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ÉTICA EM PESQUISA ENVOLVENDO HUMANOS 
Ética: Significa o modo de ser, o caráter do ser humano. Preocupa-se com o comportamento humano 
Ética Normativa: Estuda ou analisa a conduta e o comportamento humano, valorizando o que é bom ou mal, diferenciando o bem do mal
Ética Descritiva: Estuda ou analisa o que as pessoas acreditam, sentem e como agem para analisar a conduta de alguém, focalizando a obrigação, a virtude, o respeito, o dever, os princípios (Manual de orientação ética e disciplinar)
As pesquisas envolvendo seres humanos devem atender às exigências éticas r científicas fundamentais:
Promover a beneficência e a não maleficência 
Respeitar à autonomia dos sujeitos de pesquisa 
Evitar os conflitos de interesse
Ter o controle social dos CEP/CONEP
Utilizar metodologia científica adequada
Pesquisa: Conjunto de atividades que têm por finalidade a descoberta de novos conhecimentos no domínio científico, literário, artístico, etc. Investigação ou indagação minuciosa. Classe de atividades cujo objetivo é desenvolver ou contribuir para o conhecimento generalizável. Este consiste em teorias, relações ou princípios ou no acúmulo de informações sobre as quais estão baseados e que possam ser corroborados por métodos científicos aceitos de observação e inferência (CNS)
Pesquisa em seres humanos: Pesquisa que, individual ou coletivamente, envolva o ser humano, de formas direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais 
A eticidade da pesquisa implica, também, na obediência os princípios da bioética:
Autonomia: Consentimento livre, informado e esclarecido dos indivíduos. Alvo e a proteção a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes. Nesse sentido, a pesquisa envolvendo seres humanos deverá sempre tratá-los em sua dignidade, respeitá-los em sua autonomia e defendê-los em sua vulnerabilidade 
Beneficência: Ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais, individuais ou coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos.
Maleficência: Garantia de que danos previsíveis serão evitados
Justiça distributiva e equidade: Relevância social da pesquisa, com vantagens significativas para os sujeitos da pesquisa e minimização do ônus para os sujeitos vulneráveis, o que garante a igual consideração os interesses envolvidos, não perdendo o sentido de sua destinação humanitária
Os procedimentos referidos incluem, entre outros, os de natureza: instrumental, ambiental, nutricional, educacional, sociológica, econômica, física, psíquica ou biológica, sejam eles farmacológicos, clínicos ou cirúrgicos e de finalidade preventiva, diagnóstico ou terapêutica 
A eticidade da pesquisa implica, também, em obediência aos Princípios da Bioética:
Todo procedimento de qualquer natureza envolvendo seres humanos, cuja aceitação não esteja ainda consagrada na literatura científica, será considerado como pesquisa e, portanto, deverá obedecer às diretrizes da Resolução 466/12 (CNS/MS de 12/12/2012).
1900: Primeiro documento que estabelecia explicitamente os princípios éticos da experimentação em humanos, formulado pelo Ministério da Saúde da Prússia. (“land”, significando “região”). A saber: a integridade moral do experimentador e o consentimento explícito do sujeito pesquisado, após ter tido a informação pertinente sobre as possíveis consequências adversas resultantes da pesquisa
As repercussões do documento não ultrapassaram os limites daquele Land, pois, em outra região da própria Alemanha foi realizado, em 1930, um teste com vacina BCG em 100 crianças sem consentimento dos seus responsáveis. Este teste levou a morte de 75 crianças “desastre de Lubeck”
Declaração de Nuremberg – 1946: A evolução científica abriu o campo para as investigações em seres humanos que muitas vezes chegaram ao abuso e ao absurdo, ofendendo direitos humanos e arranhando a ética. O mundo político e cientifico procurou regulamentar o assunto, surgindo, logo ao término da II Grande Guerra, em 1945, a Declaração de Nuremberg – 1946: Art. 1o. “O consentimento voluntário do paciente é absolutamente necessário”.
Declaração de Helsinque – 1964: O desenho e o desenvolvimento de cada procedimento experimental envolvendo humanos devem ser claramente formulados em um protocolo de pesquisa, o qual deverá ser submetido à consideração, discussão e orientação de um comitê especialmente designado, independente do investigador e do patrocinador 
Assembleia Geral das Nações Unidas – 1966: “Ninguém será submetido a tortura ou a tratamento ou punição cruel, desumano ou degradante. Em particular, ninguém será submetido, sem seu livre consentimento, a experiências médicas ou científicas”. – Art 7° do Acordo Internacional sobre direitos civis e políticos
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE – AMM/WMA - de 1975: Propiciou, em 1982, a proposta de diretrizes internacionais para pesquisas biomédicas envolvendo seres humanos (são 15 diretrizes).
MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL - 2012
O CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE DO BRASIL, através da Resolução No. 466/12, 12 de dezembro de 2012, aprovou as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas em Seres Humanos, que incorporam os princípios referenciais básicos da bioética, assegurando os direitos e deveres da comunidade científica, dos sujeitos de pesquisa e do Estado. Neste aspecto, a ética da pesquisa evolui para a adoção de preceitos da bioética.

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