Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROVA 2 UNIDADE 4 Funções da moeda: Meio de troca: Função da moeda, em que ela se torna um intermédio entre dois produtos que são trocados, ou seja, há a substituição de uma troca direta de produtos por uma troca indireta onde se fixa instrumentos de mediação. Unidade de conta: A moeda é utilizada como padrão de valor para atribuição de preços, sendo assim, definimos preços de produtos tomando referência a unidade de moeda. Reserva de valor: Momento em que a moeda se torna um instrumento de transferência de poder de compra do presente para o futuro. É importante frisar que a moeda tem uma alta liquidez, diferente de imoveis ou terras. Características da moeda: Os principais requisitos que um objeto se torne um instrumento de troca, e logo a moeda de uma civilização, são: Divisibilidade, para permitir transações de quaisquer valores; Durabilidade, para que não se perca riqueza ao longo do tempo devido a deterioração do item; Raridade, para que não perca seu devido valor, e perturbando o sistema criado. Banqueiro e depósito: Houvera um desenvolvimento de um setor de crédito nas economias, em que indivíduos de maior posse, forneciam empréstimos. Quem deposita dinheiro recebe um comprovante desse depósito, e se na comunidade há uma grande confiança no individuo que gerou esse comprovante, ele passa a ter valor como forma de pagamento, assim, generalizando a ação, os recibos passarão a circular como um substituto da moeda. Essa ação é um marco importante na historia econômica do mundo. Em razão dessa valorização dos recibos, e como os depósitos assim, podem ser transferidos de uma pessoa a outra, os depósitos viraram moeda, sendo chamada de moeda escritural. Como o metal moeda está depositado com os banqueiros, há a diminuição da circulação do mesmo, mas em contrapartida há o aumento da circulação da moeda escritural, sendo assim, podemos observar que não há criação de moeda. Reserva fracionária: Foi visto pelos banqueiros que raramente os indivíduos que retiravam quantias de seus depósitos, retiravam integralmente todo o depósito. Logo, começou-se uma ação por parte dos banqueiros em que se reservava uma parte do deposito total, e o resto era emprestado. Com isso, surgiu a criação de moeda e da reserva fracionária. Dessa forma, deve haver um estudo por parte do banqueiro para estipular a reserva que cubra as retiradas feitas. Uma observação pertinente é a criação de confiança em cima dos banqueiros que emitiam recibos de empréstimos a população, pois desde que haja uma suspeita de que o banqueiro esteja insolvente, pode levá-lo a insolvência. Bancos centrais: A ocorrência de quebras de bancos em diversos países, ressaltou a vantagem de uma instituição que supervisionasse a operação de bancos e também os socorresse, quando necessário, então houve a criação dos bancos centrais. As principais funções dos BCs são de fiscalizar o sistema bancário, fornecer empréstimos aos bancos se necessário e ser o executor do sistema monetário do governo, realizando medidas como: regulação da oferta monetária, fixação da taxa básica de juros e manutenção do valor da moeda (controle da inflação). Meios de pagamento na modernidade: Juntamente com a evolução do sistema monetário do mundo, os governos por meio de seus bancos centrais, foram assumindo o monopólio a emissão de notas de seu país, o que é regra, na generalidade. Progressivamente, foi sendo reduzida a convertibilidade do papel-moeda em ouro, e atualmente, o papel-moeda emitido é aceito como forma de pagamento por força de lei e não porque há um lastro em ouro. Com a evolução dos meios de pagamentos, houve ainda a criação dos cartões de crédito, transferências eletrônicas e débitos automáticos em conta. ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce Há várias definições dos meios de pagamento de uma economia, sendo os mais importantes M1 e M2: !1 = $%$&' )*&+% &) ,-.,/'%çã*+ +&$*3-4*3 % 5-34% !2= !1 + +&$*3-4*3 +& $*/$%7ç%+ %$'-,%çõ&3 &) 4í4/'*3 $.-5%+*3 Sistema bancário e criação de moeda: Levando em consideração os conceitos de empréstimos, criação de moeda e reversas fracionárias, essas são as principais tarefas dos bancos no sistema bancário. Os bancos aplicam juros em cima dos empréstimos feitos a seus clientes, sendo esse a sua fonte de receita. Para avaliar a expansão da quantidade de moeda associada ao processo de empréstimos, houve a criação do multiplicador M, que diz respeito a função do sistema bancário tem em multiplicar em forma de empréstimos o dinheiro emitido pelo banco central: ! = 1: Controle da oferta de moeda: O BC regula a quantidade de moeda de várias formas, sendo elas: - Controla a emissão de papel-moeda; - Influencia na capacidade de bancos de conceder créditos; - Fixação de reservas compulsórias: os bancos devem obrigatoriamente depositar no BC uma determinada proporção de seus depósitos recebidos, em caso de algo não esperado; - Operações de mercado aberto: são compras e vendas de títulos do governo promovidas pelo BC; - Operações de redesconto: fornecimento de credito aos bancos pelo BC, para concessão de empréstimos. 1) Reservas compulsórias: ↑RC↓Moeda (vice- versa) 2) Operações de mercado aberto: ↑Compras↑Moeda OU ↑Vendas↓Moeda 3) Operações de redesconto: ↑Empréstimos (taxa redesconto baixa) ↑Moeda (vice- versa) Demanda por moeda: A demanda se relaciona as funções que a moeda exerce. A demanda é, em boa parte, determinada pelo motivo-transação. Se todo os preços aumentam, a demanda por moeda aumentará proporcionalmente. Keynes ainda classificou outros dois motivos para a demanda por moeda: a especulação e a precaução. Inflação: É o aumento persistente e generalizado no nível dos preços. Teorias sobre a inflação: Inflação de demanda: Os preços aumentam devido a uma maior procura. Ocorre por um aumento de renda, expansão monetária – governo tendo maiores despesas do que receitas, resolve emitir mais papel-moeda ou expandindo o total de créditos concedidos – ou politica fiscal. Inflação de oferta: É aquela na qual ocorre um aumento em fatores que incidem diretamente sobre o produto. *Espiral inflacionária salários-preços*: Se os trabalhadores reivindicarem um aumento salarial, em media, maior que os aumentos ocorridos na produtividade do trabalho isso gerará um aumento de custo de produção. A empresa em contrapartida, para ter a manutenção da sua taxa de lucro vigente, aumenta o preço dos produtos, o que diminui o salário-real dos trabalhadores, que então reivindicarão maiores salários que culminará em aumento dos preços novamente, criando um ciclo vicioso. Inflação inercial: Refere-se à ideia de memória inflacionária, onde o índice atual é a inflação passada mais a expectativa futura. A inflação se mantém no mesmo patamar sem aceleração inflacionária e é decorrente de mecanismos de indexação. Estes mecanismos podem ser formais (regras específicas e legais de aumento, a exemplo de aluguéis e mensalidades escolares) e informais (quando os agentes são seguidores de preço, ou seja, aumentam o preço porque os outros também o fizeram). Inflação e industrialização: A passagemde um economia agrário-exportadora para uma economia industrializada pode ter consequências no que toca a inflação. Os governos ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Nota ferdn Nota Compra ou venda do Banco Central null ferdn Realce ferdn Nota A quantidade de moeda que os indivíduos e as empresas detêm se relaciona com:null- Nível de renda e o volume de transaçõesnull- O nível de preços ferdn Nota O encarecimento de muitos outros bens significara um aumento no nível geral de preços a uma corrosão do poder de compra da moeda . ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Nota Pode ser ocasionado por aumento do custo de produção( como um aumento no preço de insumo de algum produto); ou aumento do salário mínimo que seria continuidade da Espiral inflacionária tbm . ferdn Realce ferdn Nota O preço sobe hoje pq subiram no passado, apenas pela inércia do aumento. E tbm quando um preço sobre e o outro sobe tbm- RETROALIMENTAÇÃO ferdn Realce ferdn Nota o AUMENTO dos gastos do governo com infraestrutura , gera um AUMENTO para cobrir seus gastos. null- Excesso de moeda gera um excesso de demanda , gerando assim, um aumento de preços podem ser levados a compensar seus deficits pela expansão monetária, causando pressões inflacionárias do lado da demanda. De outra parte, se nem todos os investimentos necessários forem feitos, podem surgir pressões de custo. Efeitos da inflação: São vários os efeitos da inflação, havendo impactos na distribuição de renda, no balanço de pagamentos, nas expectativas, além da criação de padrões de valor alternativos, a distorção de preços relativos, prejuízo a credores e a geração de imposto inflacionário. Políticas Anti-inflacionárias: Inflação de demanda: Controle de emissão de moedas, por meio de: - ↑Tx. de recolhimento compulsório a BC. ↓Moeda - Venda de títulos do BC aos bancos comerciais. ↓Moeda - ↑Taxa de redesconto. ↓Empréstimos ↓Moeda - ↑Tx básica de juros (em um regime de metas inflacionárias) - ↓Gasto do governo - ↑Impostos Inflação de oferta: - Politicas que negociem visando moderar reivindicações salariais - Políticas de defesa da concorrência (em caso de monopólio) - Politicas de redução da dependência de importação Inflação inercial: - Não apenas suprir a correção monetária, mas também a pratica generalizada de elevar periodicamente os preços. UNIDADE 5 Poupança(S): É o que resta da renda de um agente econômico após seus gastos de consumo. Temos que a poupança total é a soma entre a poupança privada e a publica sendo elas: ;$.-5 = < − > − ? ;$/@'- = > − A Investimento(I): É o aumento da capacidade produtiva. Em uma economia fechada, ou seja, S=I, temos que: < − > − ? + > − A = B sendo que Y é o produto/renda, T são os tributos, C é o consumo privado e G os gastos públicos. Dessa forma, de um ponto de vista macroeconômico, em uma economia fechada, a longo prazo, não há investimento sem poupança. Havendo poupança, com o acréscimo da capacidade produtiva, os países podem produzir mais, podendo observar uma correlação entre a taxa de investimento e a taxa de crescimento do PIB. É importante frisar de que, a mesma taxa de investimento em diferentes localidades pode resultar em taxas de crescimento distintas dependendo bastante do nível de desenvolvimento no país. Outro aspecto é o efeito Catching-up, em que em teoria à medida que as economias aumentam seu desenvolvimento a produtividade tende a crescer progressivamente menos – lei de rendimentos marginais decrescentes: o acréscimo de produção de um bem torna-se cada vez menor à medida que as unidades de um dado fator produtivo aumentam. Produtividade: É a capacidade de um trabalhador médio de produzir bens e serviços. Determinantes da Produtividade: Capital Físico(K): Conjunto de estruturas, máquinas, equipamentos, construções, produzidos pelo homem, não utilizados para consumo, mas sim para produzir bens. Capital Humano(H): É a destreza, a capacitação, as habilidades adquiridas pelos trabalhadores seja ela educação formal pelo treinamento no local de trabalho ou pela experiencia ao longo de uma vida profissional. Recursos Naturais(N): São os recursos produzidos pela natureza, sendo eles podendo ser classificados em renováveis e não-renováveis. Conhecimento Tecnológico(T): ferdn Realce ferdn Nota null DISTRIBUIÇÃO DE RENDAnullA perda será tanto maior quanto mais alta a inflação, e quanto mais espaçada os reajustes salariais. nullnullPADRÕES DE VALOR ALTERNATIVOSnullComo a moeda perde o valor a cada dia, em um processo inflacionário, desenvolve-se uma tendência a definir preços em outros padrões de valor. ex: o Dolar, títulos governamentais.nullnullPREÇOS RELATIVOS E ALOCAÇÃO DE RECURSOSnullO preços funcionam como um sinalizdor mais importante de uma economia de mercado, é por meio deles que os agentes tomam decisões de consumo e produção e investimento. nullnullCREDORES DE DEVEDORES: MECADO DE CAPITALnullElevadas taxas de inflação faz com que ao pagarmos um emprestimo, não devolvemos o valor, que tomamos emprestado, porque houve desvalorização da moeda.nullnullEXPECTATIVASnullSão um importante elemento no processo de tomada de decisões dos agentes econômicos . Insegurança trazida por uma inflação elevada, traz como consequência uma retração dos agentes econômicos. ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Nota Se há expansão monetária excessiva , de modo a impedir os preços para cima, o governo, ou o Banco central , pode reduzir a base monetária via : ferdn Nota É o que resta da renda das famílias ( e das empresas) depois de seus gastos de consumo e do pagamento de impostos. ferdn Nota Para um economista investimento tem um significado muito preciso e específico: aumento do estoque da capital, acréscimo da capacidade produtiva ( novas máquinas, novos equipamentos, novas construções, etc) ferdn Nota Na maioria das vezes , os agentes que investem não são os mesmo que poupam. ferdn Nota Dar uma olhada melhor na unidade 5 : 2. Poupança e Investimento nas Contas Nacionais. ferdn Nota Há uma forte correspondência entre os países que mais cresceram economicamente e os países que mais investiram. ferdn Realce ferdn Realce ferdn Nota refere-se à quantidade de bens e serviços que um trabalhador tem capacidade de produzir em um determinado tempo ( hora de trabalho, mês, ano ). ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce São as formas encontradas pela sociedade humana para produzir bens e serviços. É a tecnologia na parte da produção que transforma a matéria prima em determinado produto. Existe T de domínio publico, ou seja, que qualquer pessoa ou empresa pode utilizar sem ônus. Outros são privados e sua utilização é mediante de um pagamento de royalties. É importante mencionar que, com uma tecnologia mais avançada, é possível, com uma mesma quantidade dos outros recursos, aumentar mais que proporcionalmente a produção, como na função: < = >C D, F, G, H Importância da poupança e investimento: É possível afirmar, que para aumentar suas respectivas quantidade de recursos, as sociedades devem fazer um esforço especifico, ou parte do esforço de um país tem que ser direcionado no sentido de produzir bens que não serão consumidos de imediato, existindo assim um trade-off entre mais consumo no presentee mais consumo no futuro. Papel do investimento externo: O investimento externo pode assumir duas formas: o direto, quando uma empresa assume atividades produtivas no país diretamente; e o investimento em carteira, quando uma pessoa física ou jurídica adquire ações de uma empresa brasileira. O livre comércio, por sua vez, é o melhor caminho para um país adquirir mercadorias e serviços de que não dispõe ou que, por alguma razão não tem condições de produzir. Papel no Capital Físico (K): Como é um fato de produção produzido pelo homem um país pode desenhar políticas que favoreçam o aumento do estoque de capital. Uma dessas políticas pode ser incentivos ao aumento da poupança. Papel no Capital Humano (H): O investimento em educação é, portanto, uma maneira dos países alcançarem maiores níveis de produção e maior produtividade. Papel no Conhecimento Tecnológico (T): A proteção do sistema de patentes, é assim uma forma de incentivar o aparecimento de novas tecnologias, novos conhecimentos e garantir aos seus detentores um beneficio temporário (monopólio) advindo de suas inovações. Grandes Controvérsias: Há duas grandes controvérsias que, hoje, consideram-se superadas pelo avanço tecnológico: o crescimento populacional e a consequente escassez de alimentos – Malthus – e o esgotamento dos recursos naturais. Mercado de fundos de empréstimo: Neste mercado, a interação entre a oferta e demanda vai determinar um ponto de equilíbrio, o preço de equilíbrio do dinheiro, a taxa de juros. Os ofertantes da questão são os agentes, públicos ou privados, que dispõem de recursos que levam ao mercado. Já os demandantes são aqueles que necessitam de fundos para realizar investimento. Quanto maior a taxa de juros praticada, maior será a quantidade ofertada pelos agentes e menor a quantidade demandada pelos investidores e vice- versa. Efeitos de um déficit governamental no MFE: Com a redução da poupança total, a curva de poupança (S) se desloca para a esquerda e para cima, implicando ↑r↓Q. Um superavit orçamentário causaria os efeitos opostos. Efeitos de incentivos aos investimentos no MFE: A curva de investimento (I) se desloca para a direita e para cima, implicando ↑r↑Q. Efeitos de incentivos à poupança no MFE: A curva de poupança (S) se desloca para a direta e para baixo, assim ↓r↑Q. ferdn Realce ferdn Realce ferdn Nota Macroeconomicamente , sem poupança não há investimento. Sem investimento não há crescimento. Sem crescimento, o país fica estagnado, não pode melhorar as condições de vida de sua população. Não é exagero, portanto, afirmar que o nível de poupança e de investimento é crucial na vida de um país. ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Nota RELER AS PÁGINAS 57 À 63null PRIORIZAR OS GRÁFICOS !!!!!! ferdn Nota Os ofertantes são aqueles agentes, públicos ou provados, que dispõem de recursos (poupanças) que levam (ofertam) ao mercado. Conjunto dessas poupanças, públicas e privadas, constitui a poupança nacional. Frentes de pensamento: Classifica-se, macroeconomicamente, duas visões polares, a Clássica e a Keynesiana, se diferenciando quanto ao funcionamento do sistema econômico, em especial no que tange o papel do governo. Pressupostos Clássicos: Para os pensadores clássicos, as forças de mercado tendem a levar a economia ao equilíbrio com pleno emprego de fatores de produção. Isso costuma ser expresso pela chamada lei de Say: a oferta cria a sua própria demanda (produtivo efeito = produto potencial). Instabilidades, como situações de desemprego são temporárias ou decorrem de políticas governamentais inadequadas. Políticas governamentais visando expandir as demandas tendem a ser inócuas, produzindo aumento de preços e não de produto. Agentes com expectativas racionais adotam ações que podem anular o efeito de tais politicas, mesmo no curto prazo. Nos modelos teóricos é adequado supor preços flexíveis na generalidade dos mercados. A ocorrência de preços rígidos, no mundo real, decorre principalmente de intervenções do governo nos mercados. É também dada uma certa ênfase em política monetária, ou seja, controle da oferta da moeda. Além disso, acredita-se que renda e taxa de juros são determinadas por variáveis reais apenas, sem influência do lado monetário da economia, sendo chamada essa diferenciação de dicotomia clássica. Pressupostos Keynesianos: A economia não tende necessariamente ao equilíbrio com pleno emprego, devido à insuficiência de demanda global (produto efetivo < produto potencial). A insuficiência de demanda decorre da instabilidade do investimento privado, influenciado decisivamente pelas expectativas dos investidores quanto ao futuro, as quais são sujeitas a variações imprevisíveis. A obtenção do pleno emprego deve ser assegurada por políticas que garantam um nível suficiente de demanda, tipicamente pela expansão de gastos governamentais. Em alguns mercados, notadamente no mercado de trabalho, os preços são inflexíveis (normas e acordos trabalhistas proíbem reduções salariais por exemplo), o que impede que variações de preços possam eliminar o desemprego. É notável a ênfase em política fiscal (receita e despesa do governo). Então, para os keynesianos, a solução é a intervenção do estado, visando estimular a demanda da sociedade por bens e serviços. Elementos da Teoria Keynesiana: Propensão de consumo: Relação entre a parte da renda gasta na aquisição de bens de consumo e a renda global. A hipótese básica de Keynes é de que a propensão de consumo é menor do que 1: à medida que cresce a renda, crescem também as despesas de consumo, porém num montante menor. I.. ,*73/)* = A%34*3 ,*) @&73 +& ,*73/)*:&7+% A'*@%' A reta C é a função-consumo, onde mostra a relação entre níveis de renda e de consumo. O ponto que é feito a partir da reta tracejada e da reta C é o marco em que toda renda é consumida. A reta I representa o adicionamento das compras de bens de capital aos gastos de consumo da função-consumo, que por hipótese não dependem do nível de renda. No ponto em que a reta I se encontra com a linha tracejada temos que o nível de renda e produto é Y1 e o dispêndio total é D1, ou seja, toda a renda é gasta em consumo ou investimento. Observa-se que esta é a situação de equilíbrio e qualquer situação acima de Y1, a produção total excederá o dispêndio total. Com isso, haverá encalhe de mercadorias e uma diminuição na produção que com o tempo levará o produto a posição Y1 novamente. ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce É importante frisar que nada garante que Y1 seja o nível de produto em que os fatores de produção são plenamente empregados. É suposto que esse nível seja indicado no gráfico por Y2, e que assim Y1 corresponderá a uma posição de equilíbrio com desemprego. A reta G representa o gasto total, incluindo agora o dispêndio governamental. Segundo Keynes, com um volume adequado desse dispêndio será possível fazer com que a demanda global atinga o nível D2, permitindo que o produto seja Y2. Uma politica alternativa aos gastos do governo é a redução de impostos. Demanda por bens de investimento: Os bens de capital são adquiridos com o propósito de proporcionar lucros. Os investidores tomam suas decisõesa partir de uma comparação desse fluxo futuro de rendimentos com o custo de investimento, no presente. Em alguns casos, é possível atribui probabilidades a eventos futuros e tomar decisões a partir disso. No caso dos investimentos, no entanto, Keynes supõe que o grau de imprevisibilidade é muito grande. Gastos Autônomos: São aqueles que não dependem do nível de renda, sendo incluídos, os gastos de governo e gastos de investimento. Multiplicador Keynesiano: Esse multiplicador ilustra a ideia de que, ao aumentar os gastos autônomos, há uma variação positiva mais do que proporcional na renda, ou seja, o investimento inicial gerará um processo em cadeia de geração de emprego e renda. Isso porque aumenta-se a demanda e traz de volta à atividade produtiva fatores de produção que estavam ociosos. !/'4-$'-,%+*. = 11 − , ∆< = A× 11 − , sendo “c” a propensão marginal a consumir, G os gastos autônomos e ∆Y o acréscimo de produto e renda por causa de um investimento. Macroeconomia: Parte da economia, que estuda o comportamento das variáveis económicas agregadas. Os macroeconomistas costumam estudar problemas como o crescimento económico, a existência de recessões, a inflação, desemprego etc. Determinação da renda na ótica keynesiana: o modelo do multiplicador: A teoria keynesiana propõe que a renda e o produto são determinados pela despesa total de um país. Como em uma economia fechada a despesa total é: M = ? + B + A A hipótese fundamental para Keynes é sobre o consumo privado, que este dependeria da renda das famílias, de modo que, quanto maior a renda de uma família, mais ela consome, então temos: < = ? < + B + A onde Y representa a renda. Uma hipótese bastante difundida entre os macroeconomistas é que de a função-consumo é linear sendo: ? < = ?% + ,< em que Ca representa o consumo mínimo necessário para a manutenção da vida em padrões aceitáveis, e “c” é a propensão marginal a consumir. Com isso, graficamente, a reta que representa a despesa total (D) será do mesmo jeito que o gráfico dos pressupostos keynesianos. E que o ponto em que a reta D se encontra com a linha tracejada é aonde a despesa é igual a renda. Dessa forma temos que: < = ? < + B + A < = ?% + ,< + B + A < = ?% + B + A1 − , Este instrumento serve para que se saiba quanto um gasto sendo em consumo, investimento ou gastos governamentais resultará num aumento de renda. Tomando esses resultados e fórmulas como base, observa-se que o grande ponto é a variação de renda e de gastos que irão diferir, a partir disso temos que: ∆< = ∆A1 − , Por meio dessa fórmula, chega-se em um dos pontos principais da teoria keynesiana. Se houver aumento dos gastos pelo governo, ele estaria criando uma demanda, e essa nova demanda faria com que algumas firmas elevassem sua produção. Para o aumento da produção, as firmas contratariam mais trabalhadores e estes recebendo salários, passariam a consumir. ferdn Realce ferdn Realce ferdn Realce Poupança, investimento e determinação da renda no modelo keynesiano: Fora visto que a poupança é a parte da renda que não foi consumida e no caso de uma economia fechada, o consumo é feito pela população e pelo governo, de forma que a poupança será a renda menos o consumo do povo e do governo: ; < = < − ? < − A Usando essa hipótese na função consumo temos que: ; < = < − ?% − ,< − A Logo, como [s = 1 – c]: ; < = 3< − ?% + A em que s é a propensão marginal a poupar. Graficamente temos que o investimento (I) é representado por uma linha reta de modo que não depende da renda. A poupança é a função crescente da renda, e o equilíbrio é constatado no ponto. Este gráfico permite chegar no pensamento de paradoxo da parcimônia, em que um desejo de poupar mais pode levar a uma redução na poupança, pois para se ter um “s” maior logo teremos um “c” menor que levará a uma queda na renda de equilíbrio, e como a poupança é determinada pela renda, acontece este fato. Curva de Phillips: Em macroeconomia, a curva de Phillips representa uma relação de trade-off entre inflação e desemprego, que permite analisar a relação entre ambos, no curto prazo. Segundo esta teoria, uma menor taxa de desemprego leva a um aumento da inflação, e uma maior taxa de desemprego a uma menor inflação. Contudo, esta relação não é válida no longo prazo, uma vez que a taxa de desemprego é basicamente independente da taxa de inflação conforme outras variáveis vão se alterando (↓Desemprego ↑Inflação OU ↑Desemprego ↓Inflação). UNIDADE 6 Balanço de pagamento: Pode ser definido como o registro contábil de todas as transações efetuadas entre um país e o resto do mundo. O BP registra apenas o total líquido de todos os lançamentos em cada conta no período considerado. Por convenção, uma conta terá sinal positivo quando representa uma entrada líquida de divisas no país (um crédito líquido), e um sinal negativo quando representa a saída liquida de divisas (um debito liquido). O Balanço de Pagamento é dividido em três grupos, as Transações Correntes, Conta Capital e Financeira e Erros e Omissões. Transações Correntes: Balança comercial: Registra a venda e a compra de mercadorias entre residentes e não residentes de um país. Desse modo, inclui Exportações e Importações, que entram com sinal positivo e negativo, respectivamente. Balança de Serviços e Rendas: Inclui as Transações Correntes às vezes chamadas de “invisíveis”, por não envolverem bem tangíveis. É dividida em duas partes: – Balança de Serviços: registra o pagamento e recebimentos relativos a serviços prestados entre residentes e não residentes, incluindo fretes, passagens aéreas, aquisição de bens em viagens, seguros, royalties, alugueis de equipamentos e serviços em geral; – Balança de Rendas: registra os pagamentos e recebimentos de rendas de fatores de produção, sendo os principais itens, juros de empréstimos e financiamentos, títulos de divida publica, lucros e dividendos de ações remetidos ao exterior ou recebidos Conta Capital e Financeira: Conta Capital: Registra principalmente transferências de patrimônio por migrantes entre países. São transações de pequena importância. Conta Financeira: Subdivida em quatro subcontas: – Investimento Direto: Referem-se à transferência de recursos para estabelecer instalações produtivas em outro país, ou assumir o controle de empresas produtivas em outro país. São investimentos de longo prazo, feitos em geral por empresas multinacionais. – Investimento em Carteira: Registra investimentos que visam, em geral, obtenção de ganhos em curto prazo. São aplicações em ações, títulos da divida publica, títulos privados de renda fixa ou variável. Trata-se apenas de uma aplicação financeira. – Derivativos: São instrumentos financeiros que adquiriram relevância nas ultimas décadas, e são baseadas em expectativas quanto ao valor futuro de um ativo, mercadoria, taxa cambial, etc. – Outros Investimentos: Este item residual inclui contas de grande importância no Balanço de Pagamentos brasileiro como, créditos comerciais, empréstimos de longo prazo e de curto prazo e suas amortizações e depósitos bancários no exterior. Erros e Omissões: São os erros e discrepâncias que são esquecidas de ser contabilizadas em algum dos dois subgrupos anteriores.Resultado da BP: NI = >? + ??O + P..*3 & Q)-33õ&3 A partir dessa soma algébrica, se o resultado é positivo (superávit), havendo então um aumento nas Reservas Internacionais do Banco Central; se o resultado é negativo (déficit), havendo então uma diminuição nas Reservas Internacionais. Assim, a variação nas RIs é a contrapartida do resultado BP. Taxa de Câmbio: É o preço da moeda de um país medido em unidas da moeda de outro país. >R ?â)@-* = !*&+% H%,-*7%'!*&+% P34.%7T&-.% Taxa de Câmbio Flexível: Determinação pela interação entre oferta e demanda de divisas no mercado internacional. Tem como vantagem a autocorreção dos desequilíbrios e a reservas internacionais não são afetadas. Já as desvantagens são a alta volatilidade e imprevisibilidade. Devido as essas desvantagens, há uma certa inibição de investimento na economia. Taxa de Câmbio Fixo: A autoridade monetária fixa a taxa de câmbio e intervém no mercado cambial, de modo a equilibrar a oferta e demanda no nível de taxa estabelecida. Logo depois da fixação da taxa, terá falta de demanda ou muita demanda de moeda. Se houver um excesso na demanda, o Banco Central venderá divisas num montante igual a esse excesso de demanda. Se houve houver falta demanda, o BC terá que comprar o excesso de oferta. As vantagens desse mecanismo, são que as oscilações no mercado não afetam a estabilidade da moeda, e isso promove estabilidade na economia, criando um ambiente favorável a investimentos. Em contrapartida, as reservas internacionais são afetadas. Taxa de Câmbio Mista: O preço da moeda estrangeira nesse caso é um princípio fixado pelo mercado sem intervenção governamental, como no regime de taxa flexível. Mas, se ocorrem variações na taxa cambial que forem julgadas excessivas, então o BC intervém na taxa cambial. Essa técnica acontece no Brasil, mesmo sendo a taxa cambial flexível, o regime cambial oficial do país. Câmbio x Balança: Quando há variações de taxa cambial da moeda estrangeira, o mercado irá se deslocar em favor das exportações ou importações. É visto que, quando há um aumento do valor da moeda estrangeira, ou seja, há uma elevação na taxa de câmbio, há uma elevação nas exportações, pois os produtores irão lucrar mais com a venda para o exterior, bem como os importadores estrangeiros irão pagar menos pelos produtos do país em questão. Outro ponto, quando há uma valorização na moeda nacional, ou seja, a taxa de cambio diminui em relação a moeda estrangeira, há um aumento de importações e uma diminuição das exportações, devido ao lucro maior com as importações, sendo assim, nesse evento desloca- se em favor das importações. Taxa de Câmbio Real e Nominal: A taxa de câmbio real (er) é definida como a relação de preços entre a inflação internacional (P*) e a inflação nacional (Pd), juntamente com a taxa de câmbio nominal (en) que é definida pelo mercado, ou governo. &. = &7 I ∗I+ Teoria da Paridade do Poder de Compra: Parte da ideia de que, sem barreiras às transações internacionais, o preço de um bem deveria ser o mesmo em qualquer país, uma vez convertido na moeda desse país pela taxa de câmbio vigente. Em termos práticos isso não ocorre, mas o objetivo da teoria é verificar o poder de compra de cada moeda. Um exemplo dessa teoria é a Teoria do Big Mac. Teoria Macroeconômica Aberta: O ponto central dessa análise é o fato de que em economias abertas ao comercio internacional e aos fluxos de capital internacional há um nível adicional de complexidade a ser considerado, na análise das politicas macroeconômicas. O investimento estrangeiro liquido é definido como a entrada liquida de recursos financeiros e de capital provenientes do exterior, grandeza que é difundida de Investimento Líquido do Exterior no País (ILEP). É importante considerar a identidade do produto visto pela ótica do dispêndio, numa economia aberta: < = ? + B + A + V −! Onde Y é o produto, C o consumo, I os investimentos, G os gastos do governo, X as exportações e M as importações. Introduzindo os tributos T: < − > − ? + > − A + ! − V = B em que o primeiro (Y – T – C) é a poupança privada, (T – G) a poupança pública e (M – X) representa as importações liquidas. Tais importações liquidas tem necessariamente como contrapartida, na contabilidade do Balanço de Pagamentos, a entrada liquida de recursos do exterior. Essa entrada liquida de recursos, que é o Investimento Liquido do Exterior no País, o ILEP. Nota-se que quando (M – X) tem um sinal positivo, significando um déficit nas Transações Correntes, e que quando (M – X) houver sinal negativo, significa um superávit nas Transações Correntes. Mercado de Fundos de Empréstimo: Temos que (M – X) é ILEP, então: ;4*4%' + BDPI = B Em que r1 é a taxa de juros de equilíbrio onde a quantidade de fundos emprestáveis ofertadas, é a mesma quantidade de fundos emprestáveis demandados. Fatores que influenciam o ILEP: Vários fatores influenciam o montante dos recursos de investidores internacionais aplicados no país considerado, destaca-se: – As perspectivas de crescimento da economia para onde se dirigem os capitais; – Os riscos econômicos e políticos que os investidores do exterior atribuem ao fato de manterem ativos no país em consideração; – A taxa de cambio real à qual se troca a moeda internacional pela moeda do país considerado: quanto mais desvalorizada a moeda desse país, mais unidades dessa moeda se obtém, por cada dólar investido. É visto graficamente que, quanto maior a taxa de juros real no país em questão, maior será o ILEP, pois está viabilizando um ambiente favorável ao investimento exterior. Mercado de Câmbio: Num país em que se tem um sinal positivo em (M – X), ou seja, uma falta de dólares, podemos definir a demanda por dólares como igual ao déficit em Transações Correntes. Já a oferta de dólares, por outro lado, é a entrada liquida de investimento estrangeiro no país, o ILEP. Dessa forma, incluímos em nossa definição de ILEP tanto o movimento liquido de investimentos estrangeiros, diretos e em carteira, no país, quanto a variação liquida nas Reservas Internacionais desse país. Na situação de equilíbrio no mercado cambial, teremos: ! − V = BDPI – Se ILEP > 0 → M>X (estrangeiros investindo no país). – Se ILEP < 0 → M < X (os brasileiros usam o excedente em moeda estrangeira para comprar ativos no exterior). Nesta hipótese, analisa-se situações de longo prazo, é razoável supor que os investidores estejam mais atentos às perspectivas de longo prazo da economia que contemplam investir. Levando isso em conta, podemos, no interesse de incluir no modelo apenas as variáveis de maior relevância, então abstrai-se a influencia da taxa de cambio sobre o investimento externo, logo, graficamente, a oferta da moeda estrangeira (ILEP) é inteiramente inelástica a variações de cambio. Equilíbrio numa economia aberta: Nesta hipótese se considera o mercado de fundos de empréstimos e o mercado de cambio se relacionando, e nota-se que o ILEP é a ligação entre os dois mercados. Então temos os gráficos: Fuga de Capitais: Se supõe que os investidores externos, em vista de um retrocesso na economia desfavorável, diminuem sua disposição de aplicar seus capitais. Essa alteração de comportamento significaráum deslocamento para a esquerda na curva ILEP no segundo gráfico, e esta mudança indica que, numa mesma taxa de juros, os investidores estão dispostos a aplicar um volume menor de recursos. No primeiro gráfico, a diminuição de investimento externo se reflete na curva de oferta de fundos emprestáveis, levando-a para a esquerda e para cima. O resultado final dessas mudanças é um aumento na taxa de juros, mostrada no terceiro gráfico, e um aumento na taxa real de cambio. Déficit Orçamentário: Se o governo adota a politica que implica a ocorrência de déficits orçamentários, isso significa que a poupança governamental se torna negativa. O governo financia seu déficit vendendo títulos. Há, portanto, uma redução da poupança interna, o que acarreta um deslocamento para a esquerda da oferta de fundos de empréstimos, no primeiro gráfico. Com a redução da poupança, a taxa de juros aumenta, o que atrai maior volume de investimento estrangeiro, o que acarretaria no primeiro gráfico em um aumenta de quantidade de fundos emprestáveis, porém nessa hipótese, é suposto que a redução na poupança interna é maior que a entrada adicional na ILEP. A expansão da oferta de dólares provocada pelo aumento da ILEP, causa uma valorização da moeda do país, mostrado no terceiro gráfico, e um aumento de (M – X), o déficit de Transações Correntes. Portanto, um déficit orçamentário provoca um déficit na conta de TC do BP, sendo essa ideia chamada de “déficits gêmeos”: um desequilíbrio fiscal tende a causa um desequilíbrio no BP. Políticas Alfandegárias: A imposição de obstáculos à importação significa uma redução em (M – X) para cada nível de taxa de cambio, ou seja, um deslocamento para a esquerda da demanda por dólares no terceiro gráfico. No entanto, isso valoriza o câmbio, o que tende a baratear as importações novamente, aumentando (M – X). Isso significa que, no longo prazo, tarifas alfandegarias não afetam o investimento externo. É importante frisar que os gráficos de MFE e ILEP não são afetados por essas políticas. UNIDADE 7 Crescimento Econômico: Diz respeito ao aumento de produção de bens e serviços numa economia, avaliado de forma objetiva pela expansão do PIB – avaliação quantitativa. Desenvolvimento Econômico: Um conceito mais amplo, envolvendo não só aumentos de produção, mas também melhorias na qualidade de vida da população geralmente associadas as transformações na estrutura produtiva, nas instituições etc. PIB: É uma medida do valor dos bens e serviços que o país produz num período, na agropecuária, indústria e serviços. O PIB não leva em conta a distribuição de renda desigual em que alguns são muito ricos e outros extremamente pobres. Tem como maior objetivo medir a atividade econômica e o nível de riqueza de uma região. Quanto mais se produz, mais se está consumindo, investindo e vendendo. PIB per capita: O PIB per capita (ou por pessoa) é como um indicador de bem-estar médio. Ele reflete a produtividade media da população. Maior produtividade média pode dever-se ao uso de tecnologias mais eficientes, que aumentam o produto do trabalhador. Ou pode resultar da especialização do pais em atividades de alto valor de produção e baixa utilização de mão de obra. PIB per capita com ajuste no PPC: A conversão em dólares do PIB de um pais pode envolver uma distorção importante, na medida em que a taxa de cambio utilizada não reflita adequadamente o poder de compra relativo as duas moedas. Para tentar eliminar esse problema, varias instituições fazem estimativas do PIB tomando a taxa de cambio de um dado ano-base, e daí por diante calculando taxas de cambio a partir da variação dos preços de uma determinada cesta de mercadorias, em cada país. Isso é chamado de ajuste pela paridade do poder de compra. Curva de Lorenz: É uma representação gráfica da distribuição de renda numa coletividade. Indicando no eixo horizontal a porcentagem acumulada dos indivíduos ordenados pela renda, e no eixo vertical a porcentagem acumulada da renda da população, cada ponto da curva mostra a proporção da renda total que toca uma dada parcela da coletividade. Índice de Gini: Indicador que mostra o modo pela qual a renda de um país é distribuída. Assume valores entre 0 e 1: quanto mais próximo de 0, mais igual a distribuição de renda; e quanto mais próximo de 1, mais desigual. É dado no gráfico pela relação entre a área “a” (ou a área de concentração), delimitada pela Curva de Lorenz e pela diagonal, e a soma das áreas “a” (ou a área de concentração) e “b” (ou a área delimitada abaixo da curva de Lorenz e acima do eixo da população). ?*&C-,-&74& +& A-7- = %% + @ IDH: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento humano e para ajudar a classificar os países como desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Ele mede o progresso de uma nação a partir de três dimensões: –Renda: utiliza-se um índice do Produto Nacional Bruto convertido em dólares por uma taxa de cambio “PPC”. [é bom lembrar que PNB é igual a PIB adicionado a Balança de Rendas]. –Educação: o índice se baseia em dois componentes: media de anos de escolaridade das pessoas de 25 anos ou mais; e anos de escolaridade esperados para uma criança entrar na escola. –Saúde: usa-se a esperança de vida ao nascer: número de anos provável que um recém-nascido viverá, com base nas taxas prevalecentes de mortalidade por faixa etária. O indicador do IDH varia de 0 e 1, agrupando os países da seguinte forma: muito alto(≥0,8), alto(0,8>IDH≥0,7), médio(0,7>IDH≥0,5) e baixo(abaixo de 0,5). Linha de Pobreza: Linha de pobreza é o termo utilizado para descrever o nível de renda anual com o qual uma pessoa ou uma família não possui condições de obter todos os recursos necessários para viver. A linha de pobreza é, geralmente, medida em termos per capita. Linha de Indigência: Uma renda que dê apenas para os gastos mínimos de alimentação. Ou seja, é uma linha inferior a linha de pobreza, em que a linha de pobreza pode ser dita como a linha de indigência juntamente a um adicional para os gastos não alimentares. Desigualdade no Brasil: São varias as causas da elevada concentração de renda no Brasil. Dentre as de natureza histórica, costuma-se apontar algumas características do processo de colonização do país, como a distribuição extremamente desigual de terras e o predomínio do trabalho escravo na produção. As condições do mercado de trabalho são outro fator ressaltado pelos analistas como crucial na explicação da existência e manutenção do grau observado de desigualdade distributiva entre nós. O mercado de trabalho pode gerar como revela desigualdade. Ele gera desigualdade quando há discriminação nos salários por motivos não econômicos e revela desigualdade quando as diferenças salariais decorrem das diferenças em capital humano. Outro fator que dificulta a redução da desigualdade distributiva, além das disparidades regionais em educação, é a relação, observada por estudiosos do assunto, entre o grau de educação dos pais e filhos. Gera-se de certa forma, um ciclo vicioso: a baixa educação dopai, significando pouca possibilidade de acesso a uma atividade bem remunerada, restringe as perspectivas de educação formal do filho, pela reduzida renda familiar, fazendo com que o filho tenha igualmente pouca produtividade de ascender a um nível mais alto de renda. Uma forma de atacar diretamente a pobreza é por programas de transferência de renda. No governo Lula, a estratégia adotada fora unificar todos esses programas existentes num só, o Bolsa-Família, e aumentar significativamente os recursos a ele destinados. A partir disso a quantidade de famílias beneficiadas mais do que triplicou e as verbas aplicadas mais do que quadruplicaram, em termos nominais. Mas existem muitas criticas em relação ao Bolsa-Família, como: a ideia básica do programa é de um programa temporário que supra necessidades até os cidadãos conseguirem uma melhor remuneração; no mesmo sentido, o programa deveria envolver a oferta de capacitação dos cidadãos; e como não vigorou como um programa passageiro, incentivou o não- trabalho; e por fim, deveria ter uma seleção mais critica dos beneficiários.
Compartilhar