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GESTÃO DE RISCO DE CRÉDITO: UM ESTUDO DE CASO NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BRASILEIRAS NOS ANOS DE 2017 E 2018

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
LETÍCIA NOBRE SANTIAGO
GESTÃO DE RISCO DE CRÉDITO: UM ESTUDO DE CASO NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BRASILEIRAS NOS ANOS DE 2017 E 2018
FORTALEZA - CEARÁ
2019
LETÍCIA NOBRE SANTIAGO
GESTÃO DE RISCO DE CRÉDITO: UM ESTUDO DE CASO NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BRASILEIRAS NOS ANOS DE 2017 E 2018
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis do Centro de Estudos Aplicados da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial à obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis.
Orientadora: Prof. Ma. Emanuela Mota Silva
FORTALEZA - CEARÁ 2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Estadual do Ceará
Sistema de Bibliotecas
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AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, à Deus e Nossa Senhora de Fátima, por terem me concedido a graça de realizar um dos meus sonhos de cursar uma universidade pública e por todo cuidado comigo durante essa trajetória.
Ao meu pai, Ozanan, que desde o início me incentivou e me mostra dia a dia que eu sou capaz de chegar onde eu quiser.
À minha mãe, Rosemary, por todo carinho, preocupação, e orações para que eu terminasse esse trabalho com êxito.
Ao meu irmão, Eduardo, por todo apoio, incentivo, preocupação e pelas orações.
À minha grande amiga Luana, que apesar da distância sempre se fez presente, aconselhou, escutou e me deu forças para continuar quando eu pensava em desistir.
Ao meu namorado, Gildécio Junior, que além de namorado, é meu amigo, meu companheiro de vida. Agradeço o apoio, o incentivo, a força, e por todas as vezes que deixou de fazer o próprio trabalho para ajudar a fazer o meu. É, sem dúvidas, uma parte especial dessa vitória.
Ao meu amigo Gilson, por todas as ideias compartilhadas durante esse período de término de curso, pelo incentivo, apoio, e pela companhia nas noites sem dormir.
Aos demais amigos que fiz durante o curso, Jéssica, Anne, Lucas, Kalil, Fabíola e Juçara, que de alguma forma contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional, e que compartilharam comigo tantos momentos bons e ruins.
Ao meu amigo e ex-chefe Flávio, por toda ajuda e paciência na interpretação das análises deste trabalho.
À minha orientadora, Emanuela, pela ajuda e pela paciência durante a realização deste trabalho.
E por fim, agradeço aos demais familiares e amigos, que também contribuíram de alguma forma para o meu crescimento pessoal e profissional. 
		“Tudo posso naquele que me fortalece.”
										(Filipenses 4,13)
RESUMO
A principal atividade das instituições financeiras consiste na intermediação de recursos entre os agentes superavitários e os agentes deficitários, porém, dentro dessa atividade existem vários riscos que essas instituições estão sujeitas: risco operacional, risco de mercado e principalmente, o risco de crédito. Por esse motivo, os bancos precisam de um aparato para evitar que esses riscos prejudiquem o resultado da instituição. Há, portanto, uma gestão do risco de crédito que segue as resoluções do Banco Central para a formação da provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD). Com base nisso, esse trabalho teve o objetivo de encontrar a relação entre a PCLD e o Lucro das instituições analisadas. O pressuposto da pesquisa é de que a provisão dentro de uma instituição financeira proporciona um melhor desempenho econômico da instituição, visto que um bom planejamento desta auxilia um menor prejuízo ao fim do exercício. Assim, foi utilizada uma amostra de 6 bancos dos segmentos S1 e B1 (que são bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que tenham porte superior a 10% e exerçam atividade internacional e bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial ou caixas econômicas, respectivamente) para encontrar a relação entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa, o volume de operações de crédito e lucro dessas instituições. Os dados utilizados foram retirados das demonstrações contábeis nos anos de 2017 e de 2018 divulgadas no site das instituições e tratados por meio de análise descritiva e técnicas de correlação entre PCLD e Lucro e PCLD e Operações de Crédito e de regressão linear múltipla com as 3 variáveis. Os resultados apontaram que a relação entre a PCLD e o Lucro das instituições é muito insignificante, havendo uma maior influência do valor total das operações de crédito. Por outro lado, constatou-se que a PCLD é utilizada também para gerenciamento de resultado a fim de suavizar os resultados, sendo provisionada a maior ou a menor dependendo do valor do lucro antes dessa provisão. Concluiu-se, dessa forma, que apesar de não haver uma relação direta entre a PCLD e o lucro, ela é relevante para a solvência das instituições, visto que a PCLD cobre as perdas esperadas na cobrança das contas a receber.
Palavras-chave: Risco de Crédito. PCLD. Instituições Financeiras
ABSTRACT
The main activity of financial institutions is the intermediation of resources between surplus agents and deficit agents, however, within this activity there are several risks that these institutions are subject to: operational risk, market risk and especially credit risk. For this reason, banks need an apparatus to prevent these risks from jeopardizing the institution's bottom line. There is, therefore, a credit risk management that follows Central Bank resolutions to establish the allowance for doubtful accounts (PCLD) provision. Based on this, this work aimed to find the relationship between the allowance for loan losses and the profit of the analyzed institutions. The assumption of the research is that the provision within a financial institution provides a better economic performance of the institution, since a good planning of this institution helps a lower loss at the end of the year. Thus, we used a sample of 6 banks from segments S1 and B1 (which are multiple banks, commercial banks, investment banks, foreign exchange banks and savings banks that are larger than 10% and operate internationally and commercial banks, multiple banks with commercial portfolios or savings banks, respectively) to find the relationship between the allowance for loan losses, the volume of credit operations and profit of these institutions. The data used were taken from the financial statements in 2017 and 2018 published on the institutions website and treated through descriptive analysis and correlation techniques between PCLD and Profit and PCLD and Credit Operations and multiple linear regression with the 3 variables. . The results showed that the relationship between the allowance for loan losses and the profit of the institutions is very insignificant, with a greater influence on the total value of credit operations. On the other hand, it was found that the allowance for doubtful accounts is also used for earnings management in order to smooth results, being provisioned the higher or lower depending on the amount of profit before this provision. It was concluded, therefore, that although there is no direct relationship between the allowance for loan losses and profit, it is relevant to the solvency of the institutions, since the allowance losses cover the expected collection of accounts receivable.
Keywords: Credit Risk. PCLD. Financial Institutions
LISTA DE FIGURAS
27Figura 1 - Processo de Gestão de Riscos	�
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	LISTA DE GRÁFICOS
32Gráfico 1 - Correlação PCLD e Lucro	�
33Gráfico 2 - Correlação PCLD e Operações de Crédito	�
35Gráfico 3 - Gráfico de Dispersão da Regressão	�
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LISTA DE TABELAS
24Tabela 1 - Critérios de Provisão para Operações de Crédito	�
Erro! Indicador não
definido.Tabela 2 - Provisão e Lucro dos Bancos em 2018	�
32Tabela 3 - Correlação entre PCLD e Lucro	�
33Tabela 4 - Correlação PCLD e Operações de Crédito	�
34Tabela 5 - Análise Descritiva	�
34Tabela 6 - Resultados da Regressão Linear Múltipla	�
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BACEN	Banco Central do Brasil
CMN		Conselho Monetário Nacional
IR		Imposto de Renda
ISO		International Organization for Standardization
PCLD 		Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
LISTA DE PALAVRAS ESTRANGEIRAS
DEFALT		CALOTE	
OVERLOADS	SOBRECARGAS
RATING		AVALIAÇÃO
SUMÁRIO
141 INTRODUÇÃO	�
162 REVISÃO DE LITERATURA	�
162.1 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS	�
172.2 CONCESSÃO DE CRÉDITO	�
182.3 RISCO BANCÁRIO	�
192.3.1 Risco de Mercado	�
192.3.2 Risco Operacional	�
202.3.3 Risco de Crédito	�
212.4 OS C’S DO CRÉDITO	�
212.5 PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA	�
252.6 GESTÃO DE RISCOS	�
283 METODOLOGIA	�
283.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA	�
283.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA	�
283.3 COLETA DOS DADOS	�
293.4 ANÁLISE DOS DADOS	�
314 ANÁLISES DOS RESULTADOS	�
355 CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
 38REFERÊNCIAS	�
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1 INTRODUÇÃO
Em toda e qualquer operação de crédito o risco vai estar presente, pois sempre vai existir a possibilidade de que fatores adversos e inesperados possam ocorrer e impossibilitar o cumprimento da obrigação acordada no contrato. Por isso, risco é o grau ou a quantidade de incerteza que está relacionado a uma operação de crédito. 
No atual cenário econômico, os bancos apesar de lucrarem fazem cortes na previsão de crescimento do crédito. Pois a crise financeira afeta a capacidade de pagamento das pessoas e isso pode aumentar consideravelmente o índice de inadimplência afetando o resultado dessas instituições. A Folha de São Paulo resumiu o cenário da seguinte forma: Retrato da fraqueza da economia do país, bancos freiam crédito no 2º trimestre. (FOLHA DE SÃO PAULO, 2019)
Dessa forma, um bom planejamento e uma boa gestão do risco de crédito torna-se ainda mais relevante para as instituições financeiras diante do atual cenário econômico e por isso, a proposta desse trabalho é fazer um estudo da gestão de risco na concessão de crédito das instituições financeiras de maior influência no Brasil e responder ao questionamento: Existe relação entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa e o resultado das instituições?
Como objetivo geral tem-se: verificar se a provisão para crédito de liquidação duvidosa influencia no resultado econômico das instituições financeiras que serão analisadas. Para isso, tem-se como objetivos específicos:
Extrair do IF Data Bacen quais os conglomerados financeiros e instituições independentes no período 2017-2018;
Classificar as instituições financeiras no mesmo sítio em dois segmentos: S1 e B1 (bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de câmbio e caixas econômicas que tenham porte superior a 10% e exerçam atividade internacional e bancos comerciais, banco múltiplo om carteira comercial ou caixas econômicas, respectivamente);
Encontrar a relação entre as variáveis de volume de operações de crédito, lucro e provisão para crédito de liquidação duvidosa das instituições participantes da amostra selecionada.
O pressuposto da pesquisa é de que a provisão dentro de uma instituição financeira proporciona um melhor desempenho econômico da instituição, visto que um bom planejamento desta auxilia um menor prejuízo ao fim do exercício. 
Para tanto, será realizado um estudo descritivo, com base em pesquisas bibliográficas e achados sobre o tema. Além disso, será feito um estudo de caso utilizando a amostra selecionada com o uso de correlação e regressão com o objetivo de fazer uma análise dos dados colhidos das demonstrações financeiras das instituições em questão.
Como contribuição, esse trabalho poderá identificar como a provisão para crédito de liquidação duvidosa e o seu controle pode influenciar e auxiliar as instituições financeiras a se resguardarem contra possíveis não cumprimentos da obrigação por parte de seus clientes. Na área acadêmica, servirá como fonte de pesquisa para trabalhos futuros.
O presente trabalho será dividido em 5 seções: A primeira consiste nesta introdução, na qual se contextualiza o tema da pesquisa, seus objetivos: geral e específicos, as justificativas e contribuições o trabalho. A segunda consiste na revisão de literatura, na qual é realizada uma revisão sobre as instituições financeiras, os tipos de riscos, os C’s do crédito, a provisão para créditos de liquidação duvidosa e sobre gestão de riscos. A terceira seção mostra a metodologia, enquanto na quarta seção são demonstrados os resultados e análises do trabalho, tendo na última parte, as considerações finais. 	 
		
	
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
De acordo com o BTG Pactual (2018), instituição financeira é uma organização que tem o objetivo de aprimorar a alocação de capitais financeiras, sejam eles próprios ou de terceiros, criando uma relação de risco, custo e prazo que interessem aos seus tomadores, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas. Opera gerenciando um equilíbrio difícil que ocorre entre moedas, taxas e prazos negociados para os capitais que capta, ou passivos, e os que aplica, ou ativos no mercado, seguindo normas e critérios que são estabelecidos por agências reguladoras e supervisoras de cada um dos mercados onde se atue.
São elas que fazem a intermediação de fundos entre os agentes superavitários (que são os poupadores, que consomem menos que ganham) e os deficitários (ou investidores, que consomem mais que ganham). 
A classificação dos bancos, de acordo com Assaf Neto (2018), são três: Bancos Comerciais, Bancos de Investimento e Bancos Múltiplos.
Segundo o sítio do Banco Central do Brasil e a Resolução nº 2.099 do Conselho Monetário Nacional (1994), os Bancos Comerciais são aquelas instituições financeiras que podem ser públicas ou privadas que tem como principal finalidade possibilitar fornecer fundos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, os segmentos de comércio, indústria, empresas prestadoras de serviços, pessoas físicas e terceiros de modo geral. Tem como principal atividade, a captação de depósitos à vista, que são livremente movimentáveis, podendo também, captar depósitos a prazo.
Ainda segundo o sítio do Banco Central e seguindo a Resolução nº 2.624 do CMN (1999), os Bancos de Investimento são aquelas instituições financeiras privadas e trabalham com operações de participação societária temporárias, de custeamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. São constituídos sob a forma de sociedade anônima. Não possuem contas correntes e não captam depósitos a prazo. Além disso, suas principais operações são: compra de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros, financiamento de capital de giro fixo e transferências de empréstimos externos.
De acordo com o sítio do Banco Central e a Resolução nº 2.099 do CMN, os Bancos Múltiplos são aquelas instituições financeiras que podem ser públicas ou privadas e que são constituídas por, no mínimo, duas carteiras, sendo obrigado a ter ou uma de investimento ou comercial, e sob a forma de sociedade anônima. Opera com operações ativas, passivas e acessórias, e podem operar com as seguintes carteiras: crédito imobiliário, arrendamento mercantil, crédito, financiamento e investimento, comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento. E vale ressaltar que esta última só poderá ser operada por bancos públicos.
2.2 CONCESSÃO DE CRÉDITO
De acordo com o Banco Central (2018), as instituições financeiras, no Sistema Financeiro Nacional, têm a função de intermediar recursos entre os agentes
superavitários e os agentes deficitários. Os agentes superavitários são aqueles que possuem recursos sobrando e guardam em instituições financeiras e os agentes deficitários são aqueles que tomam emprestado recursos nas instituições para cobrir suas necessidades ou fazer investimentos. Com isso, temos a concessão de crédito.
A concessão de crédito nas instituições financeiras pode acontecer com pessoa física ou pessoa jurídica. Para isso, os bancos além de fazerem uma análise de crédito do solicitante, fazem também uma análise das demonstrações contábeis e calculam índices financeiros com base nas informações retiradas das demonstrações contábeis, com o objetivo de verificar a real situação econômico-financeira da empresa tomadora do recurso para embasar a decisão da concessão de crédito.
Segundo Gabriela e Vanessa (2016), é importante ressaltar nesse contexto a grande importância da contabilidade como provedora de informações úteis e confiáveis aos usuários, para orientar a tomada de decisão.
Segundo Camargo, Marcos Antônio e Elisson (2010), a prática de concessão de crédito é uma função primordial das instituições financeiras, logo, o risco de crédito aumenta o fator básico de importância na composição dos riscos característicos a essas instituições. Os tipos principais de operações de crédito de um banco são: fianças, empréstimos, financiamentos, avais, adiantamentos de câmbio, e outros serviços de mediação financeira.
Além disso, segundo Ribeiro, Zani e Zanini (2009), o crédito pode ser compreendido como uma cessão provisória de recursos a terceiros, operação que se exige uma remuneração (juros) do tomador por sua utilização. A taxa de juros que será cobrada é definida em função do risco evidenciado pelo devedor e isso é um dos fatores mais importante na decisão de conceder um crédito.
2.3 RISCO BANCÁRIO
A atividade principal das instituições financeiras consiste na intermediação financeira. Essas instituições são responsáveis por intermediar recursos entre os agentes superavitários (os que guardam recursos na instituição) e os agentes deficitários (os que pedem recursos emprestados na instituição). Por esse motivo, essas instituições correm riscos em toda e qualquer operação bancária.
De acordo com a ISO 31000, o risco é compreendido como consequências das incertezas nos objetivos da organização, ou seja, pode ser entendido como qualquer fato inesperado que possa vir a acontecer e influir na atividade bancária. Além disso, podem ser divididos como riscos de origem financeira (risco de mercado, crédito e liquidez) e riscos de origem não financeira (risco operacional, estratégico, legal, etc).
[...] Em finanças, o risco é a possibilidade de não obtenção do resultado que se espera no investimento realizado. É determinado como a própria variância do resultado. Quanto maior a variação dos valores observados em torno de sua própria média, maior o retorno exigido para compensar em alto risco. Há dois fatores que afetam o desvio desse resultado: o risco não sistémico (diversificável, não sistêmico, único, específico), que é associado ao próprio ativo ou ao subsistema a que pertence (variáveis microeconômicas) e não intervém sobre outros ativos e seus ambientes, e o risco sistemático (sistêmico, conjuntural ou não diversificável), definido pelos sistemas econômico, político e social (variáveis macroeconômicas). [...] (SECURATO, 2002)
Na falta de uma norma de classificação de risco, cada instituição adota estratégicas e medidas para seu gerenciamento. No campo das instituições financeiras brasileiras, é mais utilizado e analisado sob três aspectos: risco de mercado, risco operacional e risco de crédito.
2.3.1 Risco de Mercado
Segundo o Banco Caixa Geral (2019), risco de mercado (risco sistêmico) pode ser entendido como o potencial de resultado negativo, devido a alterações nos preços ou critérios de mercado. Como por exemplo, curvas de juros, preços de ações, taxas de câmbios, etc. 
De acordo com o Banco do Brasil (2019), o risco de mercado deriva da possibilidade de perdas que são ocasionadas por alterações nas variações das taxas de juros, do câmbio, dos preços das ações e dos preços do commodities.
Além disso, segundo Júnior Duarte e Antônio Marcos (2001), Risco de Mercado decorre da variação dos preços do ativo diante das condições de mercado. É dividido em quadro grandes áreas: risco do mercado de commodities, risco de mercado acionário, risco do mercado de câmbio e risco do mercado de juros. Alguns instrumentos, podem ainda, ter seus riscos classificados separadamente dentro destas quatro áreas. 	
2.3.2 Risco Operacional
Segundo o Banco Caixa Geral (2019), Risco operacional pode ser compreendido como a possibilidade de um evento de perdas resultantes de falha, inadequação ou deficiência de processos internos envolvendo sistemas, pessoas ou de eventos externos e inesperados. 
Segundo Júnior Duarte e Antônio Marcos (2001), está ligado a possíveis perdas como resultado de falhas humanas, sistemas e/ou controles inapropriados e falhas de gerenciamento. É segmentado em três áreas:
Risco organizacional está ligado a uma administração inconsistente, organização 
ineficiente e sem fins de longo prazo bem estabelecidos, fraudes, fluxo de informações internos e externos deficientes, responsabilidades mal definidas, obtenção de informações internas pelos concorrentes, etc.
Risco de operações está ligado a problemas com overloads de sistemas (telefonia, elétrico, computacional, etc), confirmações equivocadas ou sem uma cautelosa verificação, processamento e armazenamento de dados vulneráveis a fraudes e erros, etc.
Risco de pessoal está ligado a problemas com empregados não-qualificados e/ou pouco motivados, falsa ambição, personalidade fraca, “carreiristas”, etc.
2.3.3 Risco de Crédito
Segundo Jonas Rafael Castro (2014), o risco de crédito está ligado a probabilidade do não pagamento pelo devedor do crédito na data acertada com o credor.
Além disso, afirma que é dividido em subáreas que são:
Risco de inadimplência: ligado ao não pagamento dos juros e do principal de empréstimos;
Risco de degradação de crédito: ligado à reclassificação, piorando o nível de risco do devedor dos fundos (Exemplo: risco B para D);
Risco de degradação de garantias: decréscimo de qualidade das garantias ligadas ao empréstimo quer por erros de garantias ou depreciação; 
De acordo com o Banco do Brasil (2019), o risco de crédito é definido como sendo a possibilidade de prejuízo decorrente da dúvida quanto ao recebimento de valores acertados com devedores de empréstimos, contrapartes de contratos ou emissões de títulos.
Segundo Chiavenato Neto, Felício e Campos (2007), o risco de crédito é a hipótese de ocorrerem perdas decorrentes da incerteza sobre o pagamento de um montante contratado por quem assume a obrigação de um empréstimo (tomador) ou pelo emissor de um título. Camargos (2010), considera o risco de crédito como risco de defalt, que é a expectativa de que o devedor não efetive sua obrigação, tornando-se inadimplente.
Já Cherobim e Barbosa (2007), mostram duas questões importantes sobre esse risco: a espera de receber inteiramente os fundos e o período definido para pagamento, estabelecido na decisão de concessão do recurso.
Para determinar o risco de crédito, de acordo com Ribeiro, Zani e Zanini (2009), é importante que sejam consideradas as seguintes questões: 
Qualitativo: o analista de crédito julga as questões da concessão de crédito de acordo com os 5 C’s do crédito (capacidade, condições, colateral, caráter e capital);
Quantitativo: são usados modelos estatísticos para facilitar a decisão de crédito, com o objetivo de complementar os dados qualitativos e aumentar a segurança, a monitoração e a estruturação do processo decisório.
Assim, o risco de crédito pode ser considerado o risco mais importante dos riscos bancários por estar diretamente relacionado à atividade principal das instituições financeiras. Se o tomador não cumpre com
suas obrigações dentro do prazo, os bancos estão sujeitos à perda de capital.
2.4 OS C’S DO CRÉDITO
Segundo o sítio do Sebrae (2009), para a concessão de crédito acontecer, as instituições financeiras levam em consideração o chamado c’s do crédito, que são: caráter, capacidade, capital, colateral, condições e conglomerado. Eles são importantes para a análise da empresa solicitante do crédito e decisão da instituição cedente.
Caráter: está relacionado ao grupo de informações relativos à índole, idoneidade e reputação do cliente;
Capacidade: propicia informações que possibilitem avaliar se as receitas e despesas permitem o cumprimento das obrigações a serem contratadas;
Capital: são informações relativas à estrutura de capital, lucratividade, liquidez, endividamento, outros índices financeiros conseguidos por meio dos demonstrativos financeiros do tomador;
Colateral: capacidade da empresa ou dos sócios em apresentar garantias ao empréstimo;
Condições: informações relacionadas à capacidade dos administradores de se moldarem a situações não duradouras, ter flexibilidade e agilidade de adaptar-se e criar mecanismos de defesa;
Conglomerado: informações de acontecimentos de outras empresas num mesmo grupo econômico e como poderão atingir a empresa em estudo.
2.5 PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
A provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) existe para identificar a parcela que uma empresa não receberá de forma dispendiosa em seu Lucro, caracterizando uma perda do valor nos seus títulos a receber, influenciando o seu Patrimônio Líquido. Ou seja, é a parcela reconhecida que a empresa não receberá em decorrência da inadimplência dos seus clientes.
Segundo Fernandes (2008), provisão é interpretada como uma conta retificadora do ativo, que diminui o valor de um bem ou de um direito, ou como uma conta do passivo, que nesse caso, aumenta o valor das exigibilidades.
Segundo Cauoette (2000), nas instituições financeiras, a PCLD é a probabilidade de o devedor não cumprir com a obrigação conforme estabelecido contratualmente, ou seja, é a expectativa de prejuízo em alguma carteira de crédito, expectativa que gera o provisionamento. 
De acordo com o Banco do Brasil (2015), a PCLD é um valor que as instituições financeiras provisionam analisando cada operação de crédito com a finalidade de prevenir a instituição quanto a possíveis inadimplências dos clientes.
Segundo Assaf Neto (2018), a provisão formada para devedores duvidosos é identificada para resguardar as instituições financeiras contra prováveis dispêndios previstos, segundo as normas do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, e a análise de riscos de crédito estabelecidas pela própria instituição.
Segundo Kátila Silva e Antonio Robles (2018), os bancos têm o crédito como principal produto, por isso, a provisão assume um papel relevante, visto que mensurada corretamente revela a qualidade da carteira de crédito, informação importante para interessados internos e externos da organização, além de permitir a criação de mecanismos efetivos para o gerenciamento do risco de crédito.
Vale ressaltar que a PCLD está diretamente ligada à inadimplência, visto que o valor a ser provisionado da carteira de crédito das instituições financeiras vai aumentar ou diminuir de acordo com o crescimento ou redução do risco de inadimplência de suas operações de crédito.
Para que essas instituições financeiras sejam capazes de fazer o provisionamento das operações de crédito, essas operações são classificadas de acordo com o risco segundo Resolução do Banco Central:
[...] 1 - As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem classificar as operações de crédito, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis: nível AA; nível A; nível B; nível C; nível D; nível E; nível F; nível G e nível H. (Res 2682 art 1º I/IX)
 
2 - A classificação da operação no nível de risco correspondente é de responsabilidade da instituição detentora do crédito e deve ser efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, amparada por informações internas e externas, contemplando, pelo menos, os seguintes aspectos: (Res 2682 art 2º I,II)
a) em relação ao devedor e seus garantidores:
I - situação econômico-financeira;
II - grau de endividamento;
III - capacidade de geração de resultados;
IV - fluxo de caixa;
V - administração e qualidade de controles;
VI - pontualidade e atrasos nos pagamentos;
VII - contingências;
VIII - setor de atividade econômica;
IX - limite de crédito;
b) em relação à operação:
I - natureza e finalidade da transação;
II - características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez;
III - valor.
 
3 - A classificação das operações de crédito: (Res 2682 art 2º parágrafo único, 3º)
a) de titularidade de pessoas físicas deve levar em conta, também, as situações de renda e de patrimônio, bem como outras informações cadastrais do devedor;
b) de um mesmo cliente ou grupo econômico deve ser definida considerando aquela que apresentar maior risco, admitindo-se excepcionalmente classificação diversa para determinada operação, observado o disposto na alínea “b” do item anterior.
 
4 - A classificação da operação nos níveis de risco de que trata o item 1.6.2.1 deve ser revista: (Res 2682 art 4º I e II; Cta-Circ 2899 item 12 I e II)
a) mensalmente, por ocasião dos balancetes e balanços, em função de atraso verificado no pagamento de parcela de principal ou de encargos, devendo ser observado, no mínimo:
I - atraso entre 15 (quinze) e 30 (trinta) dias: risco nível B;
II - atraso entre 31 (trinta e um) e 60 (sessenta) dias: risco nível C;
III - atraso entre 61 (sessenta e um) e 90 (noventa) dias: risco nível D;
IV - atraso entre 91 (noventa e um) e 120 (cento e vinte) dias: risco nível E;
V - atraso entre 121 (cento e vinte e um) e 150 (cento e cinqüenta) dias: risco nível F;
VI - atraso entre 151 (cento e cinqüenta e um) e 180 (cento e oitenta) dias: risco nível G;
VII - atraso superior a 180 (cento e oitenta) dias: risco nível H; [...] (RESOLUÇÃO 2.682 DE 22/12/1999 BANCO CENTRAL DO BRASIL)
Depois de classificado o risco das operações de crédito e ainda de acordo com a Resolução do Bacen, as provisões para crédito de liquidação duvidosa são feitas mensalmente com um percentual que leva em consideração a classificação desses riscos:
[...] Art. 6º A provisão para fazer face aos créditos de liquidação duvidosa deve ser constituída mensalmente, não podendo ser inferior ao somatório decorrente da aplicação dos percentuais a seguir mencionados, sem prejuízo da responsabilidade dos administradores das instituições pela constituição de provisão em montantes suficientes para fazer face a perdas prováveis na realização dos créditos: 
I - 0,5% (meio por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível A; 
II - 1% (um por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível B; 
III - 3% (três por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível C; 
IV - 10% (dez por cento) sobre o valor das operações classificados como de risco nível D; 
V - 30% (trinta por cento) sobre o valor das operações classificados como de risco nível E; 
VI - 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor das operações classificados como de risco nível F; 
VII - 70% (setenta por cento) sobre o valor das operações classificados como de risco nível G; 
VIII - 100% (cem por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível H. [...] (RESOLUÇÃO 2.682 DE 22/12/1999 BANCO CENTRAL DO BRASIL.)
Tabela 1 - Critérios de Provisão para Operações de Crédito
	Nível de risco
	Período de atraso
	Provisão Mínima (%)
	AA
	-
	-
	A
	-
	0,5
	B
	entre 15 e 30 dias
	1,0
	C
	entre 31 e 60 dias
	3,0
	C
	entre 61 e 90 dias
	10,0
	E
	entre 91 e 120 dias
	30,0
	F
	entre
121 e 150 dias
	50,0
	G
	entre 151 e 180 dias
	70,0
	H
	superior a 180 dias
	100,0
	 Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
A formação apropriada da PCLD é de muito importante para o bem-estar financeiro das instituições financeiras, visto que a PCLD determina a delimitação do risco da principal origem de faturamento das instituições financeiras, as operações de crédito. (FUJI, 2004 E XAVIER, 2007).
Em algumas instituições financeiras, o risco do crédito do cliente também é medido através do rating. O rating é uma classificação que estima a capacidade que uma empresa ou um país tem de liquidar suas obrigações financeiras. A análise é realizada por empresas especializadas, as chamadas agências de classificação de risco, que emitem notas, representadas na forma de letras e sinais aritméticos, que indicam o maior ou menor risco de incidente de descontinuação de pagamentos. Utilizado sempre para títulos de dívida de algum emissor. Se alguma empresa quer conseguir fundos no mercado e disponibiliza papéis que rendem juros a investidores, a agência trabalha para preparar o rating desses títulos com o objetivo de disponibilizar informações para que os potenciais compradores analisem os riscos.
Segundo Standard e Poor’s (2014), rating relaciona-se a capacidade de crédito geral de um devedor, ou ainda a sua capacidade de crédito em relação a débitos distintos ou outros passivos financeiros. Ao longo do tempo os ratings de crédito têm conseguido uma grande aceitação no meio dos investidores como recursos capazes de reconhecer a qualidade do crédito.
Para Fitch (2014), os rating de crédito estabelecem uma consideração sobre as chances de um emissor saldar suas obrigações financeiras, como por exemplo, pagamento de juros, de principal, sinistros de seguros ou obrigações com contrapartes. Os rating de crédito são usados por investidores para mostrar indicativo da possibilidade de recuperarem o seu capital devido, de acordo os termos definidos na efetivação do investimento. Os rating de crédito da agência são cabíveis a série de emissores e emissões, que inclui países, estados, municípios, instituições financeiras, seguradoras, empresas, outras entidades de finanças públicas e suas obrigações, bem como operações compostas por recebíveis ou outros ativos financeiros.
	
2.6 GESTÃO DE RISCOS
	
A gestão ou o gerenciamento de riscos tem o objetivo de reduzir os impactos dos riscos na organização, usando um conjunto de técnicas que visam diminuir os impactos dos danos conduzindo tratamento aos riscos que possam vir a causar Além disso, é um processo para identificar, avaliar, administrar e controlar os riscos que existem em uma organização, departamento, evento ou atividade específica e tem como finalidade diminuir ou mesmo eliminar a probabilidade de impactos negativos sobre objetivos estabelecidos.
Segundo Júnior (2001), a efetivação do gerenciamento de risco deve ser uma decisão de quem realmente têm o poder decisório na instituição. Esta é uma necessidade de forma a atingir resultados que tenham consequência instantânea, com intervenção máxima na rotina diária da instituição. Uma vez determinado o gerenciamento de risco interno, os envolvidos com este devem desenvolver e aprovar controles que certifiquem a saúde financeira da instituição, até mesmo em situações desastrosas.
Ainda de acordo com Júnior (2001), é necessário procurar profissionais capacitados e experimentados para esta tarefa. Além disso, os recursos computacionais e bancos de dados usados devem ser de ótima qualidade. A credibilidade da estimativa final alcançada para o risco de uma instituição está diretamente ligada à qualidade das informações utilizadas e dos processos computacionais concretizados. Outra etapa importante é a implantação de um relatório gerencial consolidado. É primordial porque é uma fonte significativa de informação para a gestão de riscos, e neste, os parâmetros de avaliação de preços precisam ser adaptáveis com o mercado local e os princípios contábeis usados precisam estar claros. E por fim, a metodologia usada para mensurar o risco deve ser aceita internamente e externamente.
Segundo Paula Camargo (2010), em relação ao risco de mercado, as responsabilidades devem ser compreendidas em todos os níveis do banco. A mais importante atribuição da gerência de risco de mercado é a de implantar e monitorar as políticas de risco, contando com o apoio de uma função interna de auditoria capacitada.
Já em relação ao risco de crédito, Glantz (2007) defende que a estratégia deve incluir a intenção do banco para conceder crédito com base no tipo de crédito (comercial, habitacional, etc), no setor econômico, localização geográfica, moeda, prazo de vencimento e lucratividade antecipada, incluindo a identificação de mercados-alvo e todas as características que o banco deseja realizar em sua carteira de crédito.
Em relação aos riscos operacionais, Paula (2010) diz que a avaliação das probabilidades de perda, com identificação dos riscos considerados inevitáveis, ou aqueles que podem ter sua probabilidade de ocorrência diminuída, de acordo com a relação custo-benefício das medidas de segurança da empresa, com o objetivo de facilitar a escolha de um programa de gestão adequado ao nível de segurança que deverá ser atingido. 
Assim, alguns mecanismos poderão ser empregados para assegurar uma boa gestão de risco de crédito:
- Classificação dos clientes por perfil;
- Atualizar e monitorar as regras de crédito que mudam com o passar do tempo;
- Definir limites de crédito levando em consideração a capacidade de pagamento do cliente;
- Automatizar as análises para que um sistema próprio cruze as informações e avalie se o crédito deverá ser disponibilizado para o cliente ou não;
- Utilizar a tecnologia como aliado, por meio de programas que permitem uma busca em histórico de transações financeiras, bancos de dados públicos e privados, consulta cadastrais em órgãos públicos, etc.
	Na figura 1, pode-se entender como acontece o processo de gestão de riscos:
Figura 1 - Processo de Gestão de Riscos
	Fonte: NBR ISO 31000 (2009).
	
A determinação do risco de crédito é praticada por meio de inúmeros critérios: inadimplência, provisão para devedores duvidosos, concentração, atraso, perda provável e obrigação de capital regulatório e econômico, qualidade da carteira entre outras.
Um dos principais motivos que levam a instituição bancária a investir na gestão dos riscos é devido à sua atuação em um ambiente instável, no qual existe muita volatilidade, e devido aos órgãos controladores que impõem padrões mínimos de identificação, medição e controle.
Na próxima seção serão detalhados aspectos metodológicos da investigação que foram utilizados para que se alcançasse o objetivo geral traçado nesta análise. 
3 METODOLOGIA
3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA
	
A presente pesquisa classifica-se como descritiva, visto que busca descrever e explanar se é possível que a provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) influencie ou preveja o resultado das instituições financeiras que serão base para esse estudo. Além disso, classifica-se como documental, pois realiza coleta de dados em documentos, tais como as demonstrações contábeis e, quantitativa, já que serão utilizadas técnicas estatísticas para a análise da problemática, como por exemplo, análises descritivas, correlações e regressão linear múltipla.
		
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
Foram escolhidas as instituições financeiras de acordo com o segmento S1 que são bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que tinham (I) porte superior a 10%; (II) exerciam atividade internacional relevante (ativos no exterior superiores a US$ 10 bilhões). Além disso, foram escolhidos tipo de consolidado bancário B1, que são bancos comerciais, banco múltiplo com carteira comercial ou caixas econômicas. Sendo assim, as instituições selecionadas foram: Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal,
Bradesco, Santander e BTG Pactual.
Dessa forma, a população considerada na pesquisa foram todas as instituições financeiras e extraiu-se uma amostra que continha as 6 instituições de maior influência no Brasil (baseado no raking do site IF BACEN). 
Os demonstrativos financeiros dessas instituições foram analisados nos anos de 2017 e de 2018, visto que se trata dos dois anos mais recentes. Além disso, foram utilizados dois anos porque as técnicas estatísticas precisam de uma quantidade mínima de informações para gerar os resultados.
3.3 COLETA DOS DADOS
	
Os dados utilizados foram extraídos dos relatórios gerenciais que são divulgados nos sites das instituições financeiras, na parte de Relação com Investidores. O Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) foram analisadas buscando encontrar uma relação entre a conta de provisão para crédito de liquidação duvidosa, o volume de operações de crédito e o lucro da instituição.
3.4 ANÁLISE DOS DADOS
Os dados foram analisados por meio de duas correlações de Sperarman’s e uma análise de regressão com três variáveis: o volume das operações de crédito, a conta de PCLD e o lucro da instituição durante os dois semestre dos anos de 2017 e de 2018, com o objetivo de encontrar a relação da PCLD com as outras duas variáveis. 
 
A regressão utilizada foi a linear múltipla através do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20, considerando a variável PCLD como dependente, e volume de operação de crédito e lucro líquido como independentes, conforme ilustrado na Equação 1:
	
PCLDi,t = β0 + β1 Li,t + β2 OPi,t + €i
Em que, 
β0 é a constante;
Variável Dependente
PCLDi,t são despesas com provisão dos bancos analisados no semestre t, dividido pelo Ativo Total;
Variáveis Independentes
Li,t é o resultado da instituição excluindo as despesas com PCLD no semestre t, dividido pelo Ativo Total;
OPi,t é o volume das operações de crédito da instituição no semestre t, dividido pelo Ativo Total.
	
Acrescenta-se que a variável OP teve o intuito de controlar a influência das outras variáveis, visto que a associação entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa e o valor total de operações de crédito é previsível. Destarte, ressalta-se que na variável L foi excluída a PCLD no resultado porque o lucro líquido era afetado pela provisão. Por isso, foi excluído o valor da PCLD e o valor do IR também, visto que este igualmente é afetado pela provisão, já que a PCLD é considerada uma despesa que é deduzida para fins de tributação sobre o lucro. Logo, os valores considerados para os resultados das instituições foram aqueles formados antes da constituição da provisão.
Assim, esperava-se que houvesse uma relação que mostrasse que quanto maior o volume de operação de crédito maior a PCLD e vice-versa. E que quanto melhor fosse composta e planejada a PCLD, maior seria o lucro da instituição.
Na próxima seção, apresenta-se os resultados da pesquisa através das técnicas adotadas.
4 ANÁLISES DOS RESULTADOS
Os dados abaixo foram retirados do sítio do Bacen, e apontaram os valores das provisões e do lucro antes dos tributos especificamente durante os dois semestres de 2018 dos 6 bancos selecionados para amostra. De acordo com a Tabela 2, percebe-se que na maioria desses bancos, a PCLD apresenta maior valor quando a instituição aponta um maior lucro antes da PCLD e IR, e menor quando apresenta menores valores antes da PCLD e do IR. Isso demonstra que quando uma instituição constata que o lucro antes da PCLD e do IR é mais alto, tende a provisionar mais. Entretanto, quando o resultado antes da PCLD e do IR é mais baixo, tende a provisionar menos.
Tabela 2 - Provisão e Lucro dos Bancos em 2018
	Bancos
	Provisão 1º Sem
	Lucro 1º Sem
	Provisão 2° Sem
	Lucro 2° Sem
	Itaú
	R$7.374.678,00
	R$10.128.205,00
	R$8.124.284,00
	R$12.152.850,00
	Banco do Brasil
	R$10.769.301,00
	R$5.961.520,00
	R$9.930.730,00
	R$6.907.615,00
	Bradesco
	R$8.976.179,00
	R$5.832.657,00
	R$9.336.852,00
	R$10.158.131,00
	Caixa Econômica
	R$7.077.431,00
	R$9.035.428,00
	R$7.848.679,00
	R$2.928.299,00
	Santander
	R$5.941.258,00
	R$5.951.379,00
	R$6.155.726,00
	R$6.588.263,00
	BTG Pactual
	R$74.600,00
	R$224.804,00
	R$69.270,00
	R$1.054.146,00
Fonte: Elaborado pelo Autor (2019).
Com isso, constatou-se que existe nas instituições um gerenciamento de resultado através da PCLD, especialmente para suavizar os resultados. Normalmente, isso acontece quando o lucro, sem os efeitos da PCLD, aumenta, a PCLD age no sentido de reduzi-lo; já quando o lucro cai, há a tendência de retardar seu registro, fazendo com que a PCLD influencie o resultado de forma menos desvantajosa no presente; cumpre assim, o seu papel de minimizar de resultados. Os mesmos achados foram encontrados nos estudos de Fuji (2004) e de Goulart (2007). 
Essa suavização, segundo Schipper (1989), é uma interferência intencional no curso de comunicação externa financeira com a intenção de lograr algum benefício privado, ou seja, simplificar a operação normal do processo.	
Além desta análise, foram feitas duas correlações sobre as variáveis. A primeira correlação foi feita utilizando a PCLD e o lucro das instituições durante os anos de 2017 e de 2018, conforme tabela 3:
Tabela 3 - Correlação entre PCLD e Lucro
	Variáveis
	 
	PCLD
	Lucro
	PCLD
	Coeficiente de Correlação
	1
	-0,329*
	
	Sig. (P)
	 
	0,116
	Lucro
	Coeficiente de Correlação
	-0,329*
	1
	
	Sig. (P)
	0,116
	 
(*) Significante ao nível de 5%
Fonte: Dados da Pesquisa (2019).
Conforme a tabela 3, foi utilizada a correlação de Spearman’s que mostrou que existe uma correlação estatisticamente significativa (porque mostra P < 0,5), negativa (porque resultou em um coeficiente negativo) e fraca (pelo valor do coeficiente). Isso evidencia que as retas das variáveis se movem em sentidos opostos, ou seja, quanto maior o valor do lucro das instituições, menor será sua PCLD.
O gráfico 1 evidencia exatamente que as retas das variáveis se movem em sentidos diferentes, ou seja, quanto maior a PCLD, menor será o lucro dessas instituições.
Gráfico 1 - Correlação PCLD e Lucro
	 Fonte: Dados da Pesquisa (2019).
	
A segunda correlação foi feita utilizando a PCLD e o volume das operações de crédito das instituições utilizando o mesmo período anterior, conforme tabela 4:
Tabela 4 - Correlação PCLD e Operações de Crédito
	Variáveis
	 
	PCLD
	Operações de Crédito
	PCLD
	Coeficiente de Correlação
	1
	0,178*
	
	Sig. (P)
	 
	0,407
	Operações de Crédito
	Coeficiente de Correlação
	0,178*
	1
	
	Sig. (P)
	0,407
	 
(*) Significante ao nível de 5%
Fonte: Dados da Pesquisa (2019).
			
Também utilizou-se a correlação de Spearman’s que mostrou que há uma correlação estatisticamente significativa (porque mostra P < 0,5), positiva (porque resultou em um coeficiente positivo) e fraca (pelo valor do coeficiente). Isso mostra que as retas das variáveis se movem juntas, ou seja, quanto maior o volume de operações de crédito, maior será o valor da PCLD. Também verifica-se que a relação entre o volume de operações de crédito e da PCLD é mais forte do que a relação do lucro e da PCLD, visto que, o coeficiente da correlação no primeiro caso deu maior.
Já no gráfico 2, é possível perceber a relação inversamente proporcional das variáveis.
Gráfico 2 - Correlação PCLD e Operações de Crédito
	 Fonte: Dados da Pesquisa (2019).
Outrossim, no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20, foi gerada uma regressão linear múltipla utilizando 72 observações calculadas com base nos demonstrativos financeiras dos anos de 2017 e de 2018 das instituições com a finalidade de verificar se o volume de operações de crédito e lucro de cada instituição foi capaz de presumir essa provisão.
Na análise
descritiva gerada pela regressão, foi possível verificar a média e o desvio padrão dos valores distribuídos nas variáveis, conforme tabela 5:
Tabela 5 - Análise Descritiva
	Variáveis
	Média
	Desvio Padrão
	Quantidade
	PCLD
	0,00817
	0,003358
	24
	Operações de Crédito
	0,467
	0,173
	24
	Lucro
	0,158
	0,00515
	24
 Fonte: Dados da Pesquisa (2019).
	
Por meio da Tabela 5 constata-se que foram utilizadas 24 observações para cada variável. Na variável PCLD, a média dos valores utilizados consiste em aproximadamente 0,009. Já na variável Operações de Crédito, a média dos valores utilizados é de aproximadamente 0,47 e para a variável Lucro, a média dos valores é de aproximadamente 0,16.
Já nos resultados da regressão linear múltipla, conforme mostra a tabela 6, foi possível observar que a variável volume de operações de crédito tem uma maior influência sobre a PCLD do que sobre o lucro, visto que o coeficiente padronizado da variável do volume de operações é maior que o coeficiente do lucro, sendo assim, 0,273 e -0,322, respectivamente.			
Tabela 6 - Resultados da Regressão Linear Múltipla
	Variáveis
	Coeficiente
	Sig
	Operações de Crédito
	0,273*
	0,181
	Lucro
	-0,322*
	0,118
 (*) Significante ao nível de 5%
 Fonte: Dados da Pesquisa (2019).
Ainda em relação às variáveis, como a variável OP (volume de operações de crédito) mostrou coeficiente diferente de zero, faz com que um aumento no volume dessas operações, provoque também, um aumento no valor da provisão. Já em relação à variável L (lucro), como se mostrou com um coeficiente diferente de zero e negativo, indicou que possam existir indícios que a formação da provisão esteja ligada ao nível de lucro, embora seja insignificante. 
Para mais, é possível concluir que o resultado da regressão foi estatisticamente insignificante, visto que, o valor de P é maior que 0,05. Isso mostra que não existiu uma relação relevante entre o lucro das instituições e a PCLD e que alterando a variável independente não houve alteração na variável dependente.	
No gráfico 3, é observado que os pontos não ficam exatamente na linha da reta, evidenciando que a relação analisada é insignificante.
Gráfico 3 - Gráfico de Dispersão da Regressão
		 Fonte: Dados da Pesquisa (2019).
Isso pode ter acontecido devido ao fato de que as instituições financeiras mesmo com a economia desacelerando e com o nível de inadimplência alto, investem em outras estratégias para conseguir manter ou aumentar seu lucro no período. Segundo o Correio Braziliense Economia (2018), os bancos estão investindo na tecnologia, aumentando assim as demissões. Além disso, o spread bancário (diferença entre a remuneração que o banco paga ao aplicador para captar recursos e o quanto esse banco cobra para emprestar o mesmo dinheiro) e os juros continuam altos. Isso faz com que mesmo que o nível de inadimplência esteja alto, os bancos continuem lucrando. 
Na seção seguinte, serão apresentadas as considerações finais deste trabalho.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O presente trabalho teve como objetivo verificar se existia relação entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa e o resultado das 6 instituições financeiras brasileiras (Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Santander, Bradesco e BTG Pactual) durante os anos de 2017 e de 2018.
Na análise dos dados dos bancos da amostra selecionada conclui-se que a relação entre a provisão e o lucro das instituições é insignificante, ou seja, a provisão não influenciou diretamente no resultado da instituição. 
 O pressuposto do trabalho de que a provisão viabilizava um melhor desempenho nas instituições não foi confirmado. Porém, foi possível inferir que a PCLD é utilizada muitas vezes pelas instituições como uma forma de gerenciamento dos resultados, para reduzir o lucro quando está a maior ou postergar seu reconhecimento quando está a menor. Concluiu-se também, e conforme esperado, que a provisão tem maior relação com o volume das operações de crédito que foram contratadas naquele período.
De acordo com o primeiro objetivo específico, foi extraído do sítio do IF Data Bacen os conglomerados financeiros e as instituições independentes no período de 2017-2018, o que mostrou 1399 resultados para o período.
Por meio do segundo objetivo específico, os bancos da amostra selecionada foram classificados de acordo com o segmento S1 e B1 (bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de câmbio e caixas econômicas que tenham porte superior a 10% e exerçam atividade internacional e bancos comerciais, banco múltiplo om carteira comercial ou caixas econômicas, respectivamente) no sítio do IF Data Bacen, trazendo 6 resultados: Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Santander, Bradesco e BTG Pactual. 
Por fim, o terceiro objetivo específico foi o de realizar análises descritivas, correlações e regressão linear múltipla envolvendo 3 variáveis (volume de operações de crédito, lucro e provisão para créditos de liquidação duvidosa) das 6 instituições analisadas para encontrar a relação entre elas e percebeu-se que a relação entre essas variáveis é insignificante.
As limitações da pesquisa foram: a dificuldade em conseguir todos os dados no período estudado, algumas instituições divulgam os balanços e demonstrações do resultado consolidadas, e isso trouxe dificuldade na obtenção dos dados por semestre. Além do mais, o tempo em que o trabalho deveria ser feito. 
Como proposta para futuros trabalhos, sugere-se que a pesquisa seja realizada com outras instituições financeiras, podendo também, fazer comparações entre instituições financeiras de capital aberto e fechado ou utilizando instituições que tenham controle estrangeiro. Por último, sugere-se que a pesquisa seja feita utilizando outras variáveis, podendo também fazer uma análise sobre gerenciamento de resultado, utilizando um período maior e adicionando uma análise sobre possíveis erros de estimação da provisão.
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Santiago, Letícia Nobre.
Gestão de Risco de Crédito: um estudo de caso nas instituições financeiras brasileiras nos anos de 2017 e 2018 [recurso eletrônico] / Letícia Nobre Santiago. - 2019.
1 CD-ROM: 4 ¾ pol.
CD-ROM contendo o arquivo no formato PDF do trabalho acadêmico com 39 folhas, acondicionado em caixa de DVD Slim (19 x 14 cm x 7 mm).
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual do Ceará, Centro de Estudos Sociais Aplicados, Graduação em Ciências Contábeis, Fortaleza, 2019.
Orientação: Prof. Ma. Emanuela Mota Silva.
1. Risco de Crédito. 2. PLCD.
3. Instituições Financeiras. I. Título.

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