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Coluna de perfuração Instrutora: Gisele Melo Técnica em petróleo e gás Coluna de perfuração No processo de perfuração de um poço de petróleo faz-se necessário à existência de uma ferramenta que ponha o elemento que perfura em conexão direta com a superfície, transmitindo a este o movimento preciso para tal fim. Funções Aplicar peso sobre a broca Transmitir a rotação para a broca Conduzir o fluido de perfuração Manter o poço calibrado Garantir a inclinação e a direção do poço Composição da coluna de perfuração Kelly ou Haste quadrada Drill Pipe ou Tubos de perfuração (DP) Heavy-Weight ou Tubos pesados (HW) Drill Colar ou Comandos (DC) Motor de Fundo Broca Acessórios diversos Kelly ou Haste quadrada O kelly, é o elemento da coluna que faz a ligação entre o swivel e coluna, recebe o torque da mesa rotativa, transmitindo rotação para toda coluna, imposto pela mesa através do acoplamento (buchas). Kelly ou Haste quadrada O Kelly não deve apresentar empenos. Quando trabalhamos com um Kelly desequilibrado ou empenado, ocorre vibrações no topo da coluna que são transmitidas ao swivel, ao bloco de coroamento. E muitas vezes ruptura por fadiga nas conexões de um ou mais dos vinte ou trinta primeiros tubos abaixo do Kelly. Kelly ou Haste quadrada Na extremidade superior do Kelly a conexão é caixa com rosca á esquerda. A rosca na extremidade inferior é á direita. BUCHA DO KELLY É um conjunto motriz que transmite movimento giratório ao kelly da mesa rotativa e também permite ao kelly ser abaixado ou elevado no seu comprimento total, tanto em movimento ou parado. Tubos de perfuração (Drill Pipe) Os tubos de perfuração são tubos de aço, sem costura (ream less), com uniões cônicas soldadas em suas extremidades. Uniões cônicas: As uniões dos tubos de perfuração são conhecidas como “tool joints” e são geralmente, soldadas no tubo. São elementos mais rígidos que o corpo do tubo. O tool joint inferior é pino e o superior é caixa. Visualizando o tubo na posição onde vê-se o interior, encontra-se o espelho. Uniões cônicas As uniões cônicas facilitam o enroscamento e promovem vedação metal/metal por meio de ombros. As vezes adiciona-se carbureto de tungstênio, para maior vida útil em formações duras e abrasivas. Roscas Os tipos de roscas são tabelados pela API. As roscas se dividem em Normalizadas ou Não-Normalizadas. API American Petroleum Institute Roscas Normatizadas IF – Internal Flush (Perfil V-0,038 R); FH – Full Hole (Perfil V-0,038/V-0,40); REG – Regular (Perfil V-0,40/V-0,50). Roscas Não-Normatizadas XH – Extra Hole (Perfil V-0,038); ACME – HYDRIL; H-90 – (Patente Hugler Tool Co). Roscas Se a vedação não for adequada, a circulação do fluido de perfuração pode expulsar a graxa contida nos espaços por elas preenchidos, denominados de “claros”. Especificações Diâmetro Nominal (OD) Peso Nominal Grau do Aço Reforço (upset) Comprimento Nominal Desgaste Diâmetro Nominal (OD) É o diâmetro externo do corpo do tubo expresso em polegadas. Os valores mais utilizados ficam entre 2 3/8” e 6 5/8”. Peso Nominal Valor do peso do tubo liso mais TOOL JOINT. É dado em lb/pé. Com o peso nominal e o diâmetro nominal se determina as seguintes características: Diâmetro Interno (ID) Espessura da parede do Tubo Drift - Máximo Diâmetro de Passagem Grau do Aço Os tubos de perfuração são fabricados com aço de grau E, X95, G135 e S135, os quais são utilizados de acordo com os esforços a que serão submetidos. GRAU ESCOAMENTO (PSI) MÍNIM0 ESCOAMENTO (PSI) MÁXIMO RUPTURA (PSI) E 75.000 105.000 100.000 X95 95.000 125.000 110.000 G105 105.000 135.000 115.000 S135 135.000 165.000 145.000 Reforço (upset) O reforço na extremidade do tubo tem como função criar uma área de maior resistência onde é soldada a união cônica, minimizando assim o problema de quebra por fadiga. Este reforço pode ser: Internal Upset External Upset Internal- External Upset Comprimento Nominal Comprimento é o tamanho médio dos tubos de perfuração. Range I : 18 a 22 pés Média 20 pés Range II : 27 a 32 pés Média 30 pés Range III : 38 a 45 pés Média 40 pés Na Petrobrás a grande maioria das sondas utiliza tubos de perfuração do range II Desgaste O desgaste está relacionado com a espessura da parede do tubo de perfuração. O desgaste esta diretamente relacionado com a resistência dos tubos de perfuração. Desgaste Os tubos são periodicamente inspecionados e classificados conforme a norma API. Heavy-Weight ou Tubos pesados (HW) Os HW são elementos de peso intermediário, entre os tubos de perfuração e os comandos. Fazer uma transição mais gradual de rigidez entre os comandos e os tubos de perfuração. Heavy-Weight ou Tubos pesados (HW) Eles são bastante utilizados em poços direcionais, como elemento auxiliar no fornecimento de peso sobre a broca, em substituição a alguns comandos. HW Aumenta a eficiência e a capacidade de sondas de pequeno porte, pela sua maior facilidade de manuseio do que os comandos; Especificação dos HW Diâmetro Nominal Comprimento Nominal Aplicação de Material Duro O diâmetro nominal do HW variam de 3 1/2" a 5”,normalmente é utilizado na coluna, HW com o diâmetro igual aos do tubo de perfuração. Os HW são fabricados no range II e III, e podem ter aplicação de carbureto de tungstênio nos Tool Joints ou no reforço intermediário. Não há normalização para o desgaste do HW, então a resistência dos tubos usados deve ser avaliada pelo usuário. Drill Colar ou Comandos (DC) A principal função dos comandos é fornecer peso sobre a broca. Como parte integrante da coluna os comandos devem transmitir o torque e a rotação a broca, bem como permitir a passagem de fluidos Drill Colar ou Comandos (DC) A conexão é usinada no próprio tubo e protegida por uma camada fosfatada na superfície, ao contrário dos tubos de perfuração as conexões são a parte mais frágil dos comandos. São fabricados no range de 30 a32 pés, podendo em casos especiais ter de 42 a 43,5 pés. DC O uso do torque recomendado é mais importante nos comandos, devido a ser as conexões seu ponto frágil. A quebra de coluna é muito mais frequente nos comandos do que nos tubos de perfuração. Formas Lisos; Espiralados; Previnem prisão por diferencial de pressão. BHA – CONJUNTO DE FUNDO BHA (bottom hole assembly) significa montagem para o furo inferior. É a junção de equipamentos que fazem parte da composição da coluna de perfuração, localizada entre a broca e a mesa rotativa. O BHA quando bem dimensionado e projetado possui as seguintes funções: Perfurar o poço com paredes lisas e diâmetro uniforme; Melhorar o trabalho da broca; Minimizar as vibrações decorrentes da perfuração; Reduzir os riscos de prisão da coluna por diferencial de pressão; Tentar eliminar futuros problemas durante a produção do poço; Prevenir dog legs (é o resultado da variação da trajetória do poço detectada através de registros de inclinação e direção entre duas estações). Linha neutra Se a broca fosse conectada diretamente nos tubos e o peso sobre a broca fosse fornecido pelos tubos de perfuração, os mesmos por serem extremamente flexíveis flambariam e com o movimento de rotação resultaria na ruptura da coluna e também no desvio do poço. Existe uma zona onde não estão sujeitos a nenhum esforço: tração e compressão. Ao lugar geométrico formado por estes pontos, denomina-se: LINHA NEUTRA. Então as peças parcialmente comprimidas são os comandos, passando a uma determinada distância da broca, dividindo a zona sob tração da zona de compressão. Motor de fundo Permitem a rotação da broca sem girar a coluna de perfuração São acionados pela passagem de fluído de perfuração pelo seu interior Motor de fundo A rotação e o torque são função da vazão de fluído São ferramentas fundamentais para desvio de poços Broca São equipamentos que têm a função de promover a ruptura e desagregação das rochas ou formações. As brocas de perfuração são classificadas em dois grupos: Com partes móveis Sem partes móveis Com partes móveis As brocas com três cones cortantes, conhecidas como brocas tricônicas. Esse tipo de broca possui três elementos principais: estrutura cortante; rolamento; corpo. Com partes móveis Broca tricônica de Dentes de aço Broca tricônica de tungstênio Sem partes móveis A inexistência de partes móveis e rolamentos, diminui a possibilidade de falhas. Os principais tipos são: Lâminas de aço Diamantes Naturais Diamantes Sintéticos Lâminas de Aço Conhecidas como “Rabo de peixe”, foram as primeiras a serem utilizadas. Perfuram por cisalhamento. Vida útil da estrutura cortante é muito curta. Diamantes Naturais Perfuram por esmerilhamento. No início eram utilizadas somente para formações duras, hoje também em testemunhagem. Diamantes Artificiais ou PDC A broca PDC, (Polycrystaline Diamond CINTETIC – Diamante Policristalino Sintético) composto por uma camada fina de partículas de diamantes 0,5mm, fixada a outra mais espessa 3 mm de carbureto de tungstênio num processo à alta temperatura e alta pressão.
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