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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA – CTEC ENGENHARIA QUÍMICA RELAÇÃO ENTRE TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA Alunas: Amanda Cavalcante de Jesus Stephanie Layla Alécio Lima Maceió - Alagoas Novembro de 2019 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA – CTEC ENGENHARIA QUÍMICA RELAÇÃO ENTRE TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA Maceió - Alagoas Novembro de 2019 2 SUMÁRIO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………………………………………...…….3 2. OBJETIVOS…….………………………………..…...………………..…………6 3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS UTILIZADOS.………………..…………6 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO…….……………...………………..………….7 5. CONCLUSÃO….…………………………………………..…………………….16 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS….……………………………………….16 3 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Entende-se por tensão elétrica ou diferença de potencial (d.d.p), a diferença de potencial elétrico ou a diferença de energia potencial entre dois pontos. À essa definição tem-se a seguinte fórmula: Em que V é a tensão elétrica, W é o trabalho e Q é a carga. Desse modo, é possível afirmar que existe uma diferença de potencial entre dois pontos quando acontece uma troca de energia de 1 Joule (J) quando se desloca uma carga de 1 coulomb(C) entre estes dois pontos. Em termos mais visualizáveis, é necessário gastar uma quantidade de energia igual a 1 joule para deslocar a carga de 1 coulomb como mostrado na figura abaixo da posição x para a posição y, a diferença de potencial ou tensão entre os dois pontos é de 1 volt. Se a energia necessária para deslocar a carga de 1C aumentar para 12J devido ao aparecimento de forças adicionais que se opõem ao deslocamento, então a diferença de potencial aumentará para 12V. Logo, a diferença de potencial entre dois pontos de um circuito é um indicador de quanta energia é necessária para deslocar uma carga entre estes dois pontos. A figura abaixo ilustra esse fenômeno. Dentre os equipamentos de medição disponíveis o voltímetro pode ser utilizado para se medir a DDP entre dois pontos em um sistema, sendo que usualmente um ponto referencial comum é a terra. A tensão elétrica, por sua vez, pode ser causada por campos elétricos estáticos, por uma corrente elétrica sob a ação de um campo magnético, por campo magnético variante ou uma combinação de todos os três. 4 Assim, para facilitar o entendimento da tensão elétrica é possível fazer uma analogia entre esta e a pressão hidráulica. Quanto maior a diferença de pressão hidráulica entre dois pontos, maior será o fluxo, caso haja comunicação entre estes dois pontos. O fluxo (corrente elétrica) será assim uma função da pressão hidráulica (tensão elétrica) e da oposição à passagem do fluido (resistência elétrica). Este é o fundamento da lei de Ohm, para a corrente contínua: Em que V é a tensão elétrica, R é a resistência e I a corrente elétrica. Por outro lado, em corrente alternada substitui-se a resistência pela impedância: Pelo método fasorial, em corrente alternada, todas as variáveis da equação são complexas. A impedância representa, além da resistência a passagem de corrente elétrica, o deslocamento angular na forma de onda produzido pelo equipamento (capacitores e bobinas ou indutores). A corrente elétrica, portanto, define-se como o movimento ordenado de cargas elétricas - partículas ordenadas denominadas de íons ou elétrons - dentro de um sistema condutor que apresenta uma diferença de potencial elétrico. A corrente elétrica que transita nos resistores pode transformar energia elétrica em energia térmica (calor), num fenômeno conhecido como Efeito Joule. A resistência de um fio condutor, por sua vez, facilita ou dificulta a passagem da corrente elétrica, sendo calculada através da fórmula da Primeira Lei de Ohm: (R=U/I). Aparelhos eletrônicos, como pilhas e baterias, apresentam o polo negativo e o polo positivo. Esse fato, por sua vez, explica a diferença de potencial (ddp) presente no circuito de cada um deles. É possível observar que o sentido da corrente elétrica é caracterizado de duas maneiras. Uma delas é a “corrente elétrica real”, ou seja, aquela que possui o sentido do movimento dos elétrons. A outra maneira é a “corrente elétrica 5 convencional”, cujo sentido é contrário ao movimento dos elétrons e é marcada pelo movimento das cargas elétricas positivas. Os condutores elétricos são materiais que permitem a movimentação dos elétrons, ou seja, a passagem da corrente elétrica. Um material é considerado um condutor elétrico dependendo da diferença de potencial ao qual ele está submetido. As correntes elétricas podem ser classificadas em dois tipos de correntes principais: ● Corrente Contínua (CC): possui sentido e intensidade constantes, ou seja, apresenta diferença de potencial (ddp) contínua, gerada por pilhas e as baterias. ● Corrente Alternada (CA): possui sentido e intensidade variados, ou seja, apresenta diferença de potencial (ddp) é alternada, gerada pelas usinas. A intensidade da corrente elétrica, representada pela letra ‘i’, designa a quantidade de carga elétrica (Q) que atravessa um condutor em determinado intervalo de tempo (Δt). No sistema internacional sua unidade de medida é o Ampère (A), sendo calculada através da seguinte expressão: Na tabela abaixo segue a classificação de código cores presente nos resistores e o que cada uma indica. 6 Figura 01: Código de cores para os resistores. 2. OBJETIVOS Observar a relação entre a tensão e corrente elétrica em resistores. 3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS UTILIZADOS 3.1 MATERIAIS ● 2 Multímetros; ● Fios para ligações; ● 1 Fonte de tensão; ● 5 Resistores de resistências diferentes; 7 3.2. PROCEDIMENTOS UTILIZADOS Montamos o circuito conforme o que foi apresentado no roteiro de aula, estando um multímetro na função de amperímetro (ligado em série) e o outro na função de voltímetro (ligado em paralelo). Após ajustarmos o botão da fonte de tensão, foram coletados 8 (oito) medidas de tensão e corrente para cada resistor sem que fosse ultrapassado a indicação de 6V. Em seguida, na parte posterior do experimento, com o multímetro na função de Ohmímetro, foi possível determinar a resistência elétrica de cada um dos resistores através dos resultados obtidos, bem como por meio do código de cores encontrado na literatura. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na primeira parte do experimento, o circuito foi montado e o botão da fonte de tensão ajustado. Com isso, foi possível realizar 8 (oito) medidas de tensão e corrente para cada um dos resistores (560kΩ, 47Ω, 200Ω, 2kΩ e 100Ω). Os valores podem ser observados na tabela 2 a seguir, bem como os gráficosrelacionando a tensão e corrente de cada. Tabela 1: Medidas de tensão e corrente elétrica para cada resistor. 200 Ω 47 Ω 560 kΩ 2 kΩ 100 Ω T (V) C(mA) T (V) C(mA) T (V) C(µA) T (V) C(mA) T (V) C(mA) 0,60 3,10 0,12 2,70 0,70 1,30 0,29 0,15 0,20 2,00 0,78 4,10 0,33 7,20 1,05 2,00 0,59 0,30 0,40 4,10 1,02 5,30 0,42 9,00 1,31 2,50 0,89 0,45 0,61 6,20 1,25 6,50 0,53 11,5 1,61 3,00 1,18 0,60 0,81 8,20 1,56 8,00 0,59 12,8 2,10 4,00 1,47 0,75 0,98 10,00 1,85 9,60 0,73 15,9 2,37 4,50 1,77 0,90 1,18 12,30 2,27 11,8 0,89 19,3 2,66 5,00 2,06 1,05 1,37 14,10 3,06 15,9 1,11 24,0 3,17 6,00 2,35 1,20 1,58 16,20 8 Fonte: Autores, 2019. O primeiro resistor analisado foi o de 200 Ω. Com isso, é possível observar, por meio da tabela 3, os resultados obtidos baseando-se no código de cores: Tabela 2: Resistência elétrica através do código de corres para o resistor 1 (200 Ω). Cor 1 (1º dígito) Cor 2 (2º dígito) Cor 3 (Multiplicador) Cor 4 (Tolerância) Vermelho Preto Marrom Dourado 2 0 10 5% Resultado 20x10 = 200 Ω Fonte: Autores, 2019. O gráfico obtido da tensão em relação a corrente para o resistor 1 pode ser evidenciado a seguir. Gráfico 1: Gráfico da tensão em relação a corrente para o resistor 1 (200 Ω). 9 Fonte: Origin, 2019. O resistor seguinte analisado foi o de 47 Ω. Os dados coletados relacionados ao código de cores, bem como o gráfico da tensão em relação a corrente podem ser evidenciados abaixo. Tabela 3: Resistência elétrica através do código de corres para o resistor 2 (47 Ω). Cor 1 (1º dígito) Cor 2 (2º dígito) Cor 3 (Multiplicador) Cor 4 (Tolerância) Amarelo Violeta Preto Dourado 4 7 1 5% Resultado 47x1 = 47 Ω Fonte: Autores, 2019. O gráfico para o resistor 2 pode ser evidenciado a seguir. Gráfico 2: Gráfico da tensão em relação a corrente para o resistor 2 (47 Ω). 10 Fonte: Origin, 2019. O terceiro resistor analisado foi o de 560 kΩ. Baseando-se nos códigos de cores, obtemos os seguintes resultados, conforme tabela 4: Tabela 4: Resistência elétrica através do código de corres para o resistor 3 (560 kΩ). Cor 1 (1º dígito) Cor 2 (2º dígito) Cor 3 (Multiplicador) Cor 4 (Tolerância) Verde Azul Amarelo Dourado 5 6 10k 5% Resultado 56x10K = 560kΩ Fonte: Autores, 2019. O gráfico da tensão em relação a corrente pode ser evidenciado a seguir. Gráfico 3: Gráfico da tensão em relação a corrente para o resistor 3 (560 kΩ). 11 Fonte: Origin, 2019. O quarto resistor analisado apresentou os seguintes resultados de acordo com o código de cores dos resistores, conforme tabela 5: Tabela 5: Resistência elétrica através do código de corres para o resistor 4 (2 kΩ). Cor 1 (1º dígito) Cor 2 (2º dígito) Cor 3 (Multiplicador) Cor 4 (Tolerância) Vermelho Preto Vermelho Dourado 2 0 100 5% Resultado 2x1000 = 2kΩ Fonte: Autores, 2019. O gráfico plotado da tensão em relação a corrente para o resistor 4 pode ser evidenciado no gráfico 4: 12 Gráfico 4: Gráfico da tensão em relação a corrente para o resistor 4 (2 kΩ). Fonte: Origin, 2019. O quinto e último resistor analisado obteve os seguintes resultados, expressados na tabela 6, de acordo com a tabela de código de cores: Tabela 6: Resistência elétrica através do código de corres para o resistor 5 (100 Ω) Cor 1 (1º dígito) Cor 2 (2º dígito) Cor 3 (Multiplicador) Cor 4 (Tolerância) Marrom Preto Marrom Dourado 1 0 10 5% Resultado 10x10 = 100 Ω Fonte: Autores, 2019. 13 O gŕafico do resistor 5 relacionado a tensão e a corrente elétrica pode ser evidenciado no gráfico 5. Gráfico 5: Gráfico da tensão em relação a corrente para o resistor 5 (100 Ω). Fonte: Origin, 2019. Por meio dos resultados obtidos e dos gráficos gerados, a resistência em cada resistor pôde ser calculada. O primeiro modo de calcular a resistência elétrica é realizado por meio da observação do Ohmímetro. Cada resistor tem sua resistência calculada por meio da fórmula: V = RI ou R = V/I 14 O erro relativo será calculado com frequência para os cálculos seguintes. Sua fórmula é: Utilizando as fórmulas acima, é possível montar uma tabela com os resultados obtidos para cada resistor. Tabela 7: Resistências obtidas por meio do Ohmímetro, através da fórmula. Resistor 200 Ω 47 Ω 560 kΩ 2 kΩ 100 Ω Tensão 0,60 V 0,33 V 0,70 V 0,29 V 0,40 V Corrente 0,0031 A 0,0072 A 0,0000013 A 0,0015 A 0,0041 A Resistência 193,55 Ω 45,83 Ω 538,46 kΩ 1,93 kΩ 97,56 Ω Erro 3,22 % 2,48 % 3,85 % 3,5 % 2,44 % Fonte: Autores, 2019. Outro modo da resistência ser calculada é por meio da análise gráfica. Com os gráficos obtidos da tensão em relação a corrente, vemos que há uma relação de linearidade entre a resistência R, a tensão V e a corrente I. Com isso, observamos que os cinco gráficos obtidos são linhas retas com pequenas irregularidades (erros). Dessa forma, considerando a fórmula da equação da reta y= ax + b e da tensão V = R.I, observamos que a resistência elétrica é o coeficiente angular dos gráficos obtidos. Este coeficiente pode ser calculado pela seguinte fórmula: 15 A fórmula do erro (ou tolerância) será a mesma utilizada nos cálculos anteriores. Com isso, os resultados das resistências e erros obtidos com base nos gráficos são evidenciados na tabela 8. Tabela 8: Resistências para cada resistor obtidas por meio dos gráficos. Resistor 200 Ω 47 Ω 560 kΩ 2 kΩ 100 Ω 𝚫y 1,25-1,02= 0,23 V 0,33-0,12= 0,21 V 1,31-1,05= 0,26 V 1,18-0,89 = 0,29 V 0,40-0,20 = 0,20 V 𝚫x 6,5-5,3= 1,2mA 7,20-2,70= 4,5mA 2,5-2,0= 0,5µA 0,60-0,45= 0,15mA 4,10-2= 2,1mA Resultado 191,67 Ω 46,67 Ω 520 kΩ 1,93 kΩ 95,24 Ω Erro 4,20 % 0,70 % 7,14 % 3,5 % 4,76 % Fonte: Autores, 2019. Por meio dos resultados calculados e dos gráficos observados, é possível observar que os resistores são ôhmicos, visto que a resistência obedece a relação de linearidade entre a corrente e a tensão. Por fim, os valores das resistências foram comparados com os obtidos graficamente, pela observação do Ohmímetro e pelo código de cores. Tabela 9: Tabela comparativa das resistências encontradas. Código de cores 200 Ω 47 Ω 560 kΩ 2 kΩ 100 Ω Ohmímetro 193,55 Ω 45,83 Ω 538,46 kΩ 1,93 kΩ 97,56 Ω Gráfico 191,67 Ω 46,67 Ω 520 kΩ 1,93 kΩ 95,24 Ω Diferença Ohmímetro -6,45 Ω -1,17 Ω -21,54 kΩ -0,70 kΩ -2,44 Ω Diferença Gráfico -8,33 Ω -0,33 Ω -40 kΩ -0,70 kΩ -4,76 Ω 16 Tolerância Ohmímetro 3,22 % 2,48 % 3,85 % 3,5 % 2,44 % Tolerância Gráfico 4,20 % 0,70 % 7,14 % 3,5 % 4,76 % Fonte: Autores, 2019 Na visualização dos resistores, foi observado que todos eram envolvidos por um anel dourado, onde a tolerância, de acordo com o código de cores, era de 5%. Quase todos atingiram a tolerância estimada, provando que os valores encontrados para os casos são constantes e que a resistência possui uma relação de linearidade com a tensão e a corrente. 5. CONCLUSÃO De posse das informações e das análises do experimento realizado, foi possível observar detalhadamente o processo de funcionamentoda Lei de Ohm, bem como da relação entre a tensão e corrente elétrica. Para tal, os resultados puderam ser exibidos em tabelas e gráficos. Os valores encontrados da resistência foram valores almejados. Todos os esses estavam dentro da tolerância esperada de 5%, exceto o valor gráfico encontrado para o resistor de 560 kΩ, que foi de 7,14%. Esse valor pode estar relacionado ao mau contato dos equipamentos observado durante o experimento. Entretanto, todos os demais valores encontrados foram satisfatórios e condizentes com a prática realizada. Nesse sentido, é válido afirmar e concluir que a relação entre a tensão e corrente elétrica em resistores foi observada e comprovada, uma vez que assumem a relação de linearidade, observada visualmente pelos gráficos. Com isso, pode-se salientar que o experimento elevou nossos conhecimentos no que tange a lei de Ohm e os resistores de forma geral. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17 HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, c2009 vol 3; SEARS, Francis Weston; ZEMANSKY, MarkWaldo; YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física III: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo, SP: Pearson Addison Wesley, c2008-2009 vol3. HELERBROCK, Rafael. "Lei de Ohm"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-lei-ohm.htm. Acesso em 13 de novembro de 2019.
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