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Lingua Portuguesa - Aula 09 - Colocacao Pronominal, Concordancia Verbal e Nominal _ Parte II - 201701101809464

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Prof. Pablo Jamilk| https://www.facebook.com/pablo.jamilk
Regras de ênclise 
1) Início de sentença: não se inicia sentença com pronome oblíquo átono.
Ex.: Faz-se muito com a dedicação e esforço.
Ex.: Atualmente, vive-se com medo nas grandes cidades. (Perceba que o pronome está enclîtico, porque se
considera início de sentença após aquela vírgula – uma vez que ela isola um elemento antecipado na sentença).
2) Verbo no infinitivo impessoal:
Ex.: É fundamental esforçar-se para novos rumos.
3) Verbo no gerúndio:
Ex.: O suspeito saiu afastando-se do local do crime.
4) Verbo no imperativo afirmativo:
Ex.: Tragam-me o livro solicitado!
5) Verbo no infinitivo + preposição “a” antecedendo o verbo + pronomes “o” ou “a”.
Ex.: O lenhador saiu pela floresta a procurá-la apressadamente.
Ex.: O promotor fitou o acusado a ofendê-lo desmesuradamente.
Colocação Facultativa 
Memorize esses casos! É muito comum as bancas questionarem se o pronome pode ser “deslocado” na sentença, 
sem problemas para a correção gramatical. Há apenas dois casos. 
1) Sujeito expresso próximo ao verbo.
Ex.: Machado de Assis se refere à sociedade da época.
Ex.: Machado de Assis refere-se à sociedade da época.
2) Verbo no infinitivo antecedido por “não” ou por preposição.
5
Ex.: Todos sabemos que, ao se acostumar com a vida, tendemos ao comodismo. 
Ex.: Todos sabemos que, ao acostumar-se com a vida, tendemos ao comodismo. 
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Questão 1: FCC - DP RS/DPE RS/2014 
Assunto: Sintaxe 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo, conferência pronunciada por Joaquim Nabuco a 20 de 
junho de 1909 na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. 
Viajando uma vez da Europa para o Brasil, ouvi o finado William Gifford Palgrave, meu companheiro de mesa, escritor 
inglês muito viajado no Oriente, perguntar ao comandante do navio que vantagem lhe parecia ter advindo da 
descoberta da América. Por sua parte, não lhe ocorria nenhuma, salvo, apenas, o tabaco. Foi a primeira vez que ouvi 
exprimir essa dúvida, mas anos depois vim a comprar um velho livro francês, de um Abbé Genty, livro intitulado: 
L’Influence de la découverte de L'Amérique sur le bonheur du genre humain, e soube então que a curiosa questão havia 
sido proposta seriamente para um prêmio pela Academia de Lyon, antes da Revolução Francesa, e que estava formulada 
do seguinte modo: "Tem sido útil ou prejudicial ao gênero humano a descoberta da América?". O trabalho de Genty não 
passa, em seu conjunto, de uma declamação oca, onde não há nada a colher além da esperança que o autor exprime na 
regeneração da humanidade pela nova nação americana. Na independência dos anglo-americanos, vê "o sucesso mais 
apto a apressar a revolução que reconduzirá a felicidade à face da Terra". E acrescenta: "É no seio da República recém-
nascida que se acham depositados os verdadeiros tesouros destinados a enriquecer o mundo". O livro merece por isso 
ser conservado, mas a época em que foi escrito, 1787, não permitia ainda que se pudesse avaliar a contribuição do Novo 
Mundo para o bem-estar da humanidade. Era já a aurora do dia da América, mas nada mais senão a aurora. George 
Washington presidia à Convenção Constitucional, porém a influência desse grande acontecimento ainda não fora além 
do choque causado ao Velho Mundo. Ainda não produzira a Revolução Francesa. Sua importância não podia por 
enquanto ser imaginada. 
Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. O feitio que a 
influência romana tomaria não podia ser previsto nem nos grandes dias da República. Uma conversa entre César e 
Cícero sobre o papel histórico da Gália ou da Bretanha não poderia levar em conta a França ou a Inglaterra. Hoje 
mesmo, quem poderia dizer algo de essencial sobre o Japão ou a China? Do Japão, pode-se afirmar que, para o mundo 
exterior, está apenas na aurora. Quanto à China, continua velada na sua longa noite, brilhando apenas para si própria. 
Na história da humanidade, a impressão de qualquer um deles poderá sequer imaginar-se? Mas já se pode estudar a 
parte da América na civilização. Podemos desconhecer suas possibilidades no futuro, como desconhecemos as da 
eletricidade; mas já sabemos o que é eletricidade, e também conhecemos a individualidade nacional do vosso país. As 
nações alcançam em época determinada o pleno desenvolvimento de sua individualidade; e parece que já alcançastes o 
vosso. Assim podemos falar com mais base que o sacerdote francês nas vésperas da Revolução Francesa. 
(A parte da América na civilização. In Essencial Joaquim Nabuco. org. e introd. Evaldo Cabral de Mello. São Paulo: 
Penguin Classics Companhia das Letras, 2010, p. 531/532) 
Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. 
Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a norma padrão escrita: 
a) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a expressão após a palavra revelado.
b) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na oração.
c) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois equívocos comprometeram-lhe o texto".
d) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o sentido original da frase.
e) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar enclítico à forma verbal.
Questão 2: FCC - TJ TRE SP/TRE SP/Apoio Especializado/Programação de Sistemas/2012 
Assunto: Função sintática dos pronomes 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
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Se nunca foi fácil traçar a linha divisória entre arte erudita e arte popular, agora é mais difícil levar a cabo essa tarefa 
ociosa. Indiferente à palha seca da controvérsia, a arte segue o seu caminho. A vertente é uma só e é nela que se dá o 
encontro das águas. Pouco importam as fontes de onde procedem. Purificadoras e purificadas, seu caráter lustral as 
universaliza. Caetano Veloso, por exemplo. Quem ousaria classificá-lo? 
Em princípio, a arte deveria permanecer ao relento. Maldito, o poeta não era aceito. Na escala de valores, popular, mais 
que um adjetivo, era um estigma. Daí o escândalo do sarau de d. Nair de Tefé. Primeira-dama, ela própria artista, 
afrontou a conspícua Velha República. 
Em pleno palácio do Catete, ouviu-se por sua iniciativa o "Corta-jaca", de Chiquinha Gonzaga. Delirante sucesso na rua, 
a música era aplaudida em cena aberta e assobiada em botequins. Viajou a Portugal e lá arrebatou a plateia. Mas no 
Catete só podia ser insânia. 
A maturidade de Caetano Veloso coincide com o amadurecimento cultural que lhe proporciona o reconhecimento 
nacional. Caducas as classificações, sua arte aniquila toda e qualquer discriminação. Exaltada aqui dentro, repercute lá 
fora. A música lhe dá dimensão internacional. O que ele é, porém, é universal. A poesia de fato nunca esteve divorciada 
da expressão popular. Manuel Bandeira tirava o chapéu, respeitoso, para Sinhô, Pixinguinha, Noel. 
Dos poetas, foi dos mais musicais, Manuel. E musicado. Arranhava o seu violão. Saiu extasiado da casa em que ouviu 
João Gilberto e sua recente batida bossa-novista. Fui testemunha ocular e auditiva. Tudo isso vem a propósito da fusão 
que Caetano Veloso hoje encarna. Metabolizada, a grande arte canta nesse legítimo poeta do Brasil. 
(Adaptado de Otto Lara Resende. "Poeta do encontro". Bom dia para nascer. São Paulo, Cia. das Letras, 2011, p. 281-
282) 
A substituição do termo grifado por um pronome, com as necessárias alterações, foi efetuada de modo correto em: 
a) traçar a linha divisória= traçar-lhe
b) arrebatou a plateia = lhe arrebatou
c) levar a cabo essa tarefa ociosa = levá-la a cabo
d) segue o seu caminho = segue-no
e) Arranhava o seu violão = lhe arranhava
Questão 3: FCC - PMP (INSS)/INSS/2006 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
O único segmento grifado que NÃO está empregado em conformidade com o padrão culto escrito é: 
a) Não é muito agradável estar com aqueles meus primos, porque eles falam ininterruptamente de si.
b) Esse é o tipo de questão que você terá de resolver com nós mesmos.
c) A fim de não encontrá-lo no consultório, deixei para ir no dia seguinte.
d) Ele preencheu o formulário de modo inadequado, é onde o coordenador chamou sua atenção.
e) Cabelos cacheados e sedosos moldam-lhe o rosto afilado e claro.
Questão 4: FCC - DP RS/DPE RS/2011 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Responda à questão com base no texto. 
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Texto 
Lição de bom senso 
O Ministério da Educação (MEC) contornou com habilidade e bom senso a polêmica gerada em torno do veto, pelo 
Conselho Nacional de Educação (CNE), de um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de que contém 
expressões racistas. A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar um esclarecimento de que, em 1933, 
quando a obra foi publicada pela primeira vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas expressões não eram 
consideradas ofensivas, como ocorre hoje. É importante que esse tipo de decisão sirva de parâmetro para situações 
semelhantes, em contraposição a tentações apressadas de recorrer à censura. 
O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a 
turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito décadas de 
carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias 
como o racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção e avançou nas 
políticas para a educação das relações étnico-raciais. 
Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que esteve sob ameaça de censura precisa ter 
seu conteúdo contextualizado. Se a personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a estereótipos hoje vistos como 
racistas, é importante que os educadores se preocupem em deixar claro para os alunos alguns aspectos que hoje 
chamam a atenção apenas pelo fato de o país ter evoluído sob o ponto de vista de costumes e de direitos humanos. 
No Brasil de hoje, não há mais espaço para a impunidade em relação a atos como o racismo. Isso não significa, porém, 
que seja preciso revolver o passado, muito menos sem levar em conta as circunstâncias da época. 
(Editorial Zero Hora, 18/10/2010) 
O pronome se pode se deslocar sintaticamente, sem provocar erro gramatical, na afirmativa 
a) não conseguiu livrar-se, porque é próclise ao verbo no infinitivo.
b) não se conseguiu livrar, porque é próclise ao advérbio.
c) não se conseguiu livrar, porque é ênclise ao auxiliar.
d) não conseguiu livrar se, porque é próclise ao verbo principal.
e) não conseguiu livrar-se, porque é ênclise ao verbo no infinitivo.
Questão 5: FCC - TJ TST/TST/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior. O exterior é jogado contra um 
adversário para superar obstáculos exteriores e atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão 
instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os braços, as pernas ou o tronco para alcançar 
os melhores resultados. Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas 
instruções do que para executá-las. 
Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo se negligenciarmos as habilidades do jogo 
interior. Este é o jogo que se desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como falta de concentração, 
nervosismo, ausência de confiança em si mesmo e autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar 
todos os hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho. 
Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no outro? Por que ficamos tensos numa 
competição ou desperdiçamos jogadas fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender 
um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus, mas elas trazem recompensas valiosas, que 
são permanentes e que contribuem de forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora dela.8
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(Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo interior de tênis. Trad. de Mario R. Krausz. S.Paulo: Textonovo, 1996. p.13) 
Substituindo-se os elementos grifados em segmentos do texto, com os ajustes necessários, ambos os pronomes foram 
empregados corretamente em: 
a) como posicionar os braços / alcançar os melhores resultados = como posicioná-los / alcançar-lhes
b) não encontraremos maestria / negligenciarmos as habilidades = não encontraremo-la / negligenciarmo-nas
c) especialistas dão instruções / como utilizar uma raquete = especialistas dão-nas / como utilizá-la
d) superar obstáculos exteriores / atingir uma meta externa = superar-nos / atingi-la
e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes acrescentem / elas as trazem
Questão 6: FCC - AJ TRE MS/TRE MS/Judiciária/2007 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Ensino que ensine 
Jogar com as ambigüidades, cultivar o improviso, juntar o que se pretende irreconciliável e dividir o que se supõe 
unitário, usar falta de método como método, tratar enigmas como soluções e o inesperado como caminho − são traços 
da cultura do povo brasileiro. Estratégias de sobrevivência? Por que não também manancial de grandes feitos, tanto na 
prática como no pensamento? A orientação de nosso ensino costuma ser o oposto dessa fecundidade indisciplinada: 
dogmas confundidos com idéias, informações sobrepostas a capacitações, insistência em métodos “corretos” e em 
respostas “certas”, ditadura da falta de imaginação. Nega-se voz aos talentos, difusos e frustrados, da nação. Essa 
contradição nunca foi tema do nosso debate nacional. 
Entre nós, educação é assunto para economistas e engenheiros, não para educadores, como se o alvo fosse construir 
escolas, não construir pessoas. Preconizo revolução na orientação do ensino brasileiro. Nada tem a ver com falta de rigor 
ou com modismo pedagógico. E exige professorado formado, equipado e remunerado para cumprir essa tarefa 
libertadora. 
Em matemática, por exemplo, em vez de enfoque nas soluções únicas, atenção para as formulações alternativas, as 
soluções múltiplas ou inexistentes e a descoberta de problemas, tão importante quanto o encontro de soluções. Em 
leitura e escrita, análise de textos com a preocupação de aprofundar, não de suprimir possibilidades de interpretação; 
defesa, crítica e revisão de idéias; obrigação de escrever todos os dias, formulando e reformulando sem fim. Em ciência, 
o despertar para a dialética entre explicações e experimentos e para os mistérios da relação entre os nexos de causa e
efeito e sua representação matemática. Em história, e em todas as disciplinas, as transformações analisadas de pontos
de vista contrastantes.
Isso é educação. O resto é perda de tempo. (...) Quem lutará para que a educação no Brasil se eduque? 
(Roberto Mangabeira Unger,Folha de S. Paulo, 09/01/2007) 
Nosso sistema de ensino tem falhas estruturais; para revolucionar nosso sistema de ensino, seria preciso despir nosso 
sistema de ensino dos dogmas que norteiam nosso sistema de ensino. 
Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo- se os segmentos sublinhados, respectivamente, por 
a) revolucioná-lo − despi-lo − o norteiam
b) o revolucionar − despi-lo − lhe norteiam
c) revolucionar-lhe − despir-lhe − o norteiam
d) revolucioná-lo − despir-lhe − norteiam-no
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e) o revolucionar − despir-lhe − o norteiam
Questão 7: FCC - EST (BB)/BB/2012 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Da solidão 
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se arme o silêncio, que não se manifeste aos 
seus olhos nenhuma presença humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu desabasse 
sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio do fim do mundo. 
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em redor de nós, embora com vida e voz que 
não são humanas, mas que podemos aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a esclarecer 
o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos de luz, eloquência de formas, para 
revelarem aquilo que lhes parece não o mais estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de 
sugestões, o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos, constituindo, de certo modo, 
seu espírito e sua alma. 
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das paredes, o desenho das cadeiras, a 
transparência das vidraças, os dóceis panos tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que 
arrebata logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é inábil e desajeitado. Amemos 
nessas humildes coisas a carga de experiências que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e 
história humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos estão aptos para as descobrirem. 
Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla companhia, generosa e quase invisível. 
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho) 
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão, atribuímos à solidão os mais terríveis 
contornos, mas nunca estamos absolutamente sós no mundo. 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: 
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
b) tememo-la - julgamo-la invencível - atribuímo-la
c) tememos a ela - lhe julgamos invencível - lhe atribuímos
d) a tememos - julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
e) a tememos - julgamos invencível a ela - lhe atribuímos
Questão 8: FCC - TJ TRT6/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não respeitam os padrões de gênero, e em 
nenhuma área essa limitação é tão evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas. 
No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos protagonizados por guerreiras. Com 
efeito, a sucessão política regularmente coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe. 
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma mulher dirige o país, os livros de história 
são obrigados a registrar certo número de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer 
Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais 
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sangrentas revoltas contra os romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma estátua à margem do Tâmisa, em 
frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la caso estejamos passando por ali. 
Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre as guerreiras que atuam como simples 
soldados, integrando os regimentos e participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às dos 
homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente nenhuma guerra foi travada sem alguma 
participação feminina. 
(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. p. 7-8) 
Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi corretamente substituído por um pronome em: 
a) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono
b) dirige o país = lhe dirige
c) integrando os regimentos = integrando-lhes
d) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na
e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo
Questão 9: FCC - AJ TRT1/TRT 1/Judiciária/Execução de Mandados/2013 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Confiar e desconfiar 
Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como a usura. Mas eu acho 
que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da aventura, 
da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência essencial. 
Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por cautela, calamo-nos, não damos o 
passo, desviamos o olhar. Depois, ficamos ruminando sobre o que teremos perdido, por não ousar. 
O senso comum também diz que é melhor nos arrependermos do que fizemos do que lamentarmos o que deixamos de 
fazer. Como se vê, a sabedoria popular também hesita, e se contradiz. Mas nesse capítulo da desconfiança eu arrisco: 
quando confiar é mais perigoso e mais difícil, parece-me valer a pena. Falo da confiança marcada pela positividade, pela 
esperança, pelo crédito, não pela mera credulidade. Mesmo quando o confiante se vê malogrado, a confiança terá valido 
o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu. O desconfiado pode até contar vantagem, cantando alto: − Eu
não falei? Mas ao dizer isso, com os pés chumbados no chão da cautela temerosa, o desconfiado lembra apenas a
estátua do navegante que foi ao mar e voltou consagrado. As estátuas, como se sabe, não viajam nunca, apenas podem
celebrar os grandes e ousados descobridores.
“Confiar, desconfiando” é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação conciliatória, que manda ganhar 
abraçando ambas as opções. Confie, quando for esse o verdadeiro e radical desafio. 
(Ascendino Salles, inédito) 
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: 
a) Ao contrário da maioria, onde se prefere desconfiar do que confiar, o autor do texto preferiu ficar com esta,
expondo seus argumentos. 
b) Desconfiar é para muitos preferível do que confiar, pois lhes parecem que a confiança requer ingenuidade, em
vez da necessária cautela. 
c) A desconfiança é normalmente valorizada, se associada à prudência, mas há quem veja nela um entrave para a
criação mais ousada. 
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d) Quem deseja tomar iniciativa e efetuar criações, não pode prender-se a desconfiança, em cuja reverte em
paralisia o que devia ser ação. 
e) Ser ousado para criar com liberdade requer de que a desconfiança não venha bloquear nosso caminho, ou
mesmo chegar a paralisá-lo. 
Questão 10: FCC - TL (ALERN)/ALERN/TécnicoLegislativo/2013 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
Muito antes de Einstein contestar a ideia de tempo absoluto, muitas culturas do passado intuíam que, nessa matéria, 
tudo é relativo. A maré segue o relógio da lua. A noite traz o dia, mas depois se seguirá outra noite. Uma estação do ano 
é substituída por outra. Depois da lua cheia virá a lua nova. Tudo se renova. Repetidamente. 
A ideia de que o tempo tem uma direção, é irreversível, e caminha em linha reta não era uma unanimidade – tampouco 
uma obviedade. As marés, os solstícios, as estações, a movimentação dos astros no céu e o próprio comportamento 
biológico (o ciclo menstrual, as etapas de amadurecimento do corpo) fizeram muitos povos da Antiguidade sentir o 
tempo em termos de ritmos orgânicos, como se sua natureza fosse circular e repetitiva. 
Os maias achavam que a história se repetiria a cada 260 anos. Esse período recebia o nome de lamat, após o qual o 
primeiro dia voltaria a acontecer. Os estoicos achavam que, toda vez que os planetas se alinhassem, retomando a 
mesma posição que ocupavam no início dos tempos, o Cosmo seria recriado. Não é por acaso que toda a trama de uma 
típica peça de teatro grego se resolvia num único dia – o tempo representado se fecha sobre si mesmo, ao encerrar um 
ciclo de representação. 
Antes do Cristianismo, só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva do tempo. A crença no 
nascimento, morte e ressurreição de Cristo como fatos únicos, que não se repetiriam, foram se incorporando ao 
cotidiano ocidental com a popularização da Igreja. Aos poucos, as culturas que residualmente cultuavam um eterno 
retorno passaram a considerar que o tempo se movimenta de um passado para um futuro. 
Uma outra sensação passava a dominar. A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo. Muitas 
palavras que indicam duração tinham outros sentidos antes do tempo linear ganhar relevância cultural no Ocidente. 
Mar vem do latim mare ou maris. Vento vem de ventus, respiração dos mares e de toda a terra. Da costa que banhou o 
latim e o grego estalaram ondas e ventanias de palavras, ecos da importância do oceano e dos ventos no cotidiano 
greco-latino. Assim, a palavra oportunidade, variante do latim opportunus, que significava em direção ao porto. São, de 
fato, oportunos os ventos que nos levam a bom porto. Em latim pré-clássico, essa palavra nomeava os ventos 
mediterrâneos que enfunavam as velas dos barcos. 
(Luiz Costa Pereira Junior. Língua Portuguesa Especial. Etimologia. São Paulo: Segmento, ano I, janeiro 2006, p. 38 e 39, 
com adaptações) 
O segmento grifado nas expressões abaixo está corretamente substituído pelo pronome correspondente em: 
a) que enfunavam as velas dos barcos = enfunavam-nos
b) sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos = sentir-lhe
c) só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva do tempo = adotavam-a
d) A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo = preservou-o
e) as culturas que residualmente cultuavam um eterno retorno = cultuavam-no
Questão 11: FCC - AJ TRE RO/TRE RO/Judiciária/2013 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
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No âmbito da arte contemporânea, a pintura de Chagall ...... pela importância que tem nela o elemento temático, de 
fundo onírico, que, por sua vez, ...... as profundas raízes afetivas e culturais do artista. Sua obra, moderna, ...... todas as 
conquistas formais da arte contemporânea. 
 
(Adaptado de: educação.uol.com.br/biografias/marc-chagall.html) 
 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
 a) se destaca − refletem − assimila 
 b) destaca − refletem − assimilava 
 c) destaca-se − refletiam − assimilaram 
 d) destaca − refletia − assimilara 
 e) se destaca − reflete − assimilou 
 
Questão 12: FCC - AJ TRT2/TRT 2/Administrativa/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
 
Questão de gosto 
 
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando alguém apela para a tal da “questão de gosto”, 
é como se dissesse: “chega de conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou mesmo 
possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de colégio.” Questão de gosto. 
 
Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da 
reflexão, afirmando despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso, e pronto, estamos 
conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. 
Afinal, gosto não se discute. 
 
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência vale a presença − tudo se 
relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão 
ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa análise estética. O autoritarismo do 
gosto, tomado em sentido absoluto, apaga as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste 
das fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas contradições. 
 
(Emiliano Barreira, inédito) 
 
Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma argumentação pela alegação do gosto, atribuindo 
ao gosto o valor de um princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como uma instância caprichosa. 
 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente, 
 a) substituir-lhe - atribuindo-o - tomá-lo 
 b) substituí-la - atribuindo-lhe - tomá-lo 
 c) substituí-la - lhe atribuindo - tomar-lhe 
 d) substituir a ela - atribuindo a ele - lhe tomar 
 e) substituir-lhe - atribuindo-lhe - tomar-lhe 
 
Questão 13: FCC - TJ TRT2/TRT 2/Administrativa/"Sem Especialidade"/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Instrução: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 
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Reduzido a um clique 
 
RIO DE JANEIRO − A notícia é alarmante: "Amazon se prepara para vender livros físicos no Brasil". O alarme não se 
limita à iminente entrada da Amazon no mercado brasileiro de livros − algo que lembrará o passeio de um brontossauro 
pela Colombo. 
 
A ameaça começa pela expressão "livros físicos". É o que, a partir de agora, o diferenciará dos livros digitais. 
 
Pelos últimos mil anos, dos manuscritos aos incunábulos e aos impressos a laser, os livros têm sido chamados de livros. 
Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios, das guilhotinas ou das cenouras. Quando se dizia 
"livro", todos entendiam um objeto de peso e volume, composto de folhas encadernadas, protegidas por papelão ou 
couro, nas quais se gravavam a tinta palavras ou imagens. 
 
Há 200 anos, os livros deixaram de ser privilégio das bibliotecas públicas ou particulares e passaram a ser vendidos em 
lojas especializadas, chamadas livrarias. Desde sempre, as livrarias se caracterizaram por estantes altas, vendedores 
atenciosos, uma atmosfera de paz e a ocasional presença de um gato. Foi nelas que leitores e escritores aprenderam a 
se encontrar e trocar ideias, gerando uma emulação com a qual a cultura teve muito a ganhar. 
 
A Amazon dispensa tudo isso. Ela vende livros "físicos", mas a partir de um endereço imaterial − nada físico −, acessível 
apenas pela internet. Dispensa as livrarias. Se você se interessar por um livro (certamente recomendado por uma lista debest-sellers), basta o número do seu cartão de crédito e um clique. Em dois dias, ele estará em suas mãos − e a um preço 
mais em conta, porque a Amazon não tem gastos com aluguel, escritório, luz, funcionários humanos e nem mesmo a 
ração do gato. 
 
Com sorte, os livros continuarão "físicos". 
 
Mas os leitores correm o risco de ser reduzidos a um número de cartão de crédito e um clique. 
 
(CASTRO, Ruy, Folha de S.Paulo, opinião, 7 de ag. de 2013. p. A2) 
 
Observações: 
1. brontossauro / espécie de dinossauro; 
2. Colombo / tradicional confeitaria do Rio de Janeiro, com sua refinada arquitetura e mobiliário, seus requintados 
cristais e jogos de porcelana, hoje patrimônio cultural e artístico da cidade; 
3. incunábulo / livro impresso que data dos primeiros tempos da imprensa (até o ano de 1500). 
 
Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios... (3º parágrafo) 
 
A forma pronominal acima, em negrito, será também encontrada em uma das frases abaixo, quando o termo nela 
sublinhado for substituído pelo pronome que lhe corresponde. Essa frase é: 
 a) Convocou todos os funcionários para agradecer a eles a especial colaboração. 
 b) O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário com coragem. 
 c) Viu o filho da vizinha e não cumprimentou o menino pelo seu aniversário. 
 d) Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrar os rapazes. 
 e) Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o jovem para promoção. 
 
Questão 14: FCC - TJ TRF3/TRF 3/Administrativa/"Sem Especialidade"/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
 
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Texto I 
 
O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As 
versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum. 
 
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, 
mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por 
aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então 
devoravam impiedosamente os tripulantes. 
 
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções 
vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. 
 
Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir 
a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio 
atravessou incólume a zona de perigo. 
 
A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua 
fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. 
 
Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que 
a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o 
amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele 
quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a 
deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até 
que estivessem longe da zona de perigo. 
 
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói 
era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − 
prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele 
mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria 
alma. 
 
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 
 
As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes. 
 
... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça... 
 
... e fez de tudo para convencer os tripulantes... 
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um pronome, 
na ordem dada, em: 
 a) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes 
 b) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes 
 c) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los 
 d) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los 
 e) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los 
 
Questão 15: FCC - AJ TRT19/TRT 19/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
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No texto abaixo, Graciliano Ramos narra seu encontro com Nise da Silveira. 
 
Chamaram-me da porta: uma das mulheres recolhidas à sala 4 desejava falar comigo. Estranhei. Quem seria? E onde 
ficava a sala 4? Um sujeito conduziu-me ao fim da plataforma, subiu o corrimão e daí, com agilidade forte, galgou uma 
janela. Esteve alguns minutos conversando, gesticulando, pulou no chão e convidou-me a substituí-lo. Que? Trepar-me 
àquelas alturas, com tamancos? 
 
Examinei a distância, receoso, descalcei-me, resolvi tentar a difícil acrobacia. A desconhecida amiga exigia de mim um 
sacrifício; a perna, estragada na operação, movia-se lenta e perra; se me desequilibrasse, iria esborrachar-me no 
pavimento inferior. Não houve desastre. Numa passada larga, atingi o vão da janela; agarrei-me aos varões de ferro, 
olhei o exterior, zonzo, sem perceber direito por que me achava ali. Uma voz chegou-me, fraca, mas no primeiro instante 
não atinei com a pessoa que falava. Enxerguei o pátio, o vestíbulo, a escada já vista no dia anterior. No patamar, abaixo 
de meu observatório, uma cortina de lona ocultava a Praça Vermelha. Junto, à direita, além de uma grade larga, 
distingui afinal uma senhora pálida e magra, de olhos fixos, arregalados. O rosto moço revelava fadiga, aos cabelos 
negros misturavam-se alguns fios grisalhos. Referiu-se a Maceió, apresentou-se: 
 
− Nise da Silveira. 
 
Noutro lugar o encontro me daria prazer. O que senti foi surpresa, lamentei ver minha conterrânea fora do mundo, longe 
da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza 
moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se de tomar espaço. Nunca me 
havia aparecido criatura mais simpática. O marido, também médico, era meu velho conhecido Mário Magalhães. Pedi 
notícias dele: estava em liberdade. E calei-me, num vivo constrangimento. 
 
De pijama, sem sapatos, seguro à verga preta, achei-me ridículo e vazio; certamente causava impressão muito infeliz. 
Nise, acanhada, tinha um sorriso doce, fitava-me os bugalhos enormes, e isto me agravava a perturbação, magnetizava-
me. Balbuciou imprecisões, guardou silêncio, provavelmente se arrependeu de me haver convidado para deixar-me 
assim confuso. 
 
(RAMOS, Graciliano, Memórias do Cárcere, vol. 1. São Paulo, Record, 1996, p. 340 e 341) 
 
Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza moral daquela pessoinha tímida... 
 
Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, mantém-se a correção gramatical substituindo-se os elementos 
grifados pelo que se encontra em: 
 a) Saberia-a − tinha-me afirmado 
 b) Tê-la-ia sabido − teria-me afirmado 
 c) Sabê-la-ia − me afirmariad) Saberia-a − ter-me-ia afirmada 
 e) Sabê-la-ia − me teria afirmado 
 
Questão 16: FCC - AJ TRT19/TRT 19/Judiciária/"Sem Especialidade"/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e desertos prados 
do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China. 
 
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e 
era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, seis séculos 
atrás. 
 
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Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de informática 
fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. 
 
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos a 
partir de 120 a.C., quando Xi'an − cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de terracota − era a 
capital da China. 
 
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que acompanham as 
fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além. 
 
Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à medida que a navegação marítima se 
expandiu e que o centro político da China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na direção da 
costa. 
 
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam 
na última década. Por isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país. 
 
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai − e de lá por navios que 
contornam a Índia e cruzam o canal de Suez − é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo 
para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar é 
considerável. 
 
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora algumas empresas planejam usar o frete 
ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das 
temperaturas que podem atingir 40 °C negativos. 
 
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 
 
cruzando os desertos do oeste da China − que contornam a Índia − adotam complexas providências 
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um pronome, 
respectivamente, em: 
 a) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as 
 b) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam 
 c) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes 
 d) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas 
 e) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam 
 
Questão 17: FCC - Cons Leg (CamMun SP)/CM SP/Biblioteconomia/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
Reféns da palavra 
 
Durante muito tempo, os gregos desconfiaram da palavra escrita como a linguagem cifrada de um mundo obscuro que 
só levava à danação, diferentemente do que se aprende “de cor”, ou com o coração, como está na etimologia. Homero, 
o inventor da literatura ocidental, era maior porque também nunca escrevera nada e suas estrofes inaugurais tinham 
sido transmitidas oralmente, de coração em coração. 
 
Meu convívio forçado com o computador, sua conveniência, seus mistérios e seus perigos, me faz pensar muito sobre a 
precariedade da palavra. Pois um pré-eletrônico como eu está sempre na iminência de ver textos inteiros desaparecerem 
sem deixar vestígio na tela. O computador nos transforma todos em reféns sem fuga possível da palavra e pode acabar, 
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num segundo, com um dia inteiro de trabalho da pobre musa dos cronistas em trânsito. Ao mesmo tempo, nos 
transformou na primeira geração da História que tem toda a memória do mundo ao alcance de um dedo. 
 
O computador resgata a memória como mestre da História ou, ao contrário, nos exime de ter memória própria, e 
decreta o domínio definitivo da escrita sobre quem a pratica? Sei lá. É melhor acabar aqui antes que este texto 
desapareça. 
 
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Diálogos impossíveis. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 58) 
 
Com a chegada do computador, passamos a reconhecer no computador não apenas os predicados eletrônicos, mas 
a admitir o computador como um parceiro de todas as ciências, artes e conhecimentos, passamos a cultuar o 
computador como um aliado superior. 
 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por: 
 a) reconhecê-lo - admitir-lhe - cultuá-lo 
 b) reconhecer-lhe - admitir-lhe - cultuá-lo 
 c) reconhecer-lhe - admiti-lo - lhe cultuar 
 d) reconhecer nele - lhe admitir - cultuar-lhe 
 e) reconhecer nele - admiti-lo - cultuá-lo 
 
Questão 18: FCC - AFTE (SEFAZ PE)/SEFAZ PE/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Instruções: A questão refere-se ao texto abaixo. 
 
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade 
que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito 
raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas 
de mamulengos. 
 
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação 
em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. 
 
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. 
 
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de 
arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. 
 
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha − 
também se fixou pelo consenso do público. 
 
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: 
estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física 
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. 
 
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente 
extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o 
dandismo do grotesco. 
 
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem 
de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo. 
 
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Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele 
profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas 
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. 
 
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou 
maiorforça de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua 
inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem 
matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. 
 
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 
2006, p. 219-20) 
 
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: 
 a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la 
 b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou- as por outras 
 c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía 
 d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência 
 e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente 
 
Questão 19: FCC - AJ TRT1/TRT 1/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
 
A cultura brasileira em tempos de utopia 
 
Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos políticos que 
marcaram o debate nacional. Na década de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar 
aspectos da tradição com temas e formas de expressão modernas. 
 
No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) 
mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa 
publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto escreveu o poema Morte e vida Severina − ambos 
assimilando traços da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura erudita. 
 
Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, 
rejeitando a música passional e a interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que 
dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento das letras das canções, dos arranjos 
instrumentais e da vocalização, para melhor expressar o “Brasil moderno”. 
 
Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre a vida cultural e a luta pelas Reformas de 
Base. Já não se tratava mais de buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros e 
denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura engajada de esquerda, em torno do 
Movimento de Cultura Popular do Recife e do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num 
processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da moderna música popular brasileira, a MPB. 
 
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738) 
 
É preciso corrigir, por apresentar falha estrutural, a redação da seguinte frase: 
 a) Ao longo dos anos de 1950 e 1960, verificaram-se, em nosso país, relações muito proveitosas e expressivas entre 
manifestações artísticas e projetos políticos. 
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b) Não há como ignorar o precioso legado artístico que nos deixaram os artistas que, naquelas duas décadas, se
empenharam na renovação da nossa cultura. 
c) Há quem conteste a influência que a Bossa Nova supostamente teria recebido do jazz; seja como for, é
incontestável o valor das canções de um Tom Jobim. 
d) As ideologias políticas tomaram uma feição radical ao longo dos anos 60; isso transparece quando se examinam
as letras das canções de protesto. 
e) Em virtude de fortes interesses políticos, muito embora nem sempre ocorressem, já que na década de 60 as
canções de protesto se disseminaram. 
Questão 20: FCC - ACE (TCM-GO)/TCM-GO/Controle Externo/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Pátrio poder 
Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo chegam a comprometer 20% de sua renda para manter seus filhos em 
escolas privadas. O investimento faz sentido? A questão, por envolver múltiplas variáveis, é complexa, mas, se fizermos 
questão de extrair uma resposta simples, ela é "provavelmente sim". Uma série de estudos sugere que a influência de 
pais sobre o comportamento dos filhos, ainda que não chegue a ser nula, é menor do que a imaginada e se dá por vias 
diferentes das esperadas. Quem primeiro levantou essa hipótese foi a psicóloga Judith Harris no final dos anos 90. 
Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais, como pregam nossas instituições e nossa 
cultura, mas pelos pares, isto é, pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos que ela usa 
para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas 
sim com a dos jovens que os cercam. 
As grandes aglomerações urbanas, porém, introduziram um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado por 
bandos de no máximo 200 pessoas, o "cantinho" das crianças era heterogêneo, reunindo meninos e meninas de várias 
idades. Hoje, com escolas que reúnem centenas de alunos, o(a) garoto(a) tende a socializar-se mais com coleguinhas do 
mesmo sexo, idade e interesses. O resultado é formação de nichos com a exacerbação de características mais 
marcantes. Meninas se tornam hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno encontra outros maus alunos, que 
constituirão uma subcultura onde rejeitar a escola é percebido como algo positivo. O mesmo vale para a violência e 
drogas. Na outra ponta, podem surgir meios que valorizem a leitura e a aplicação nos estudos. 
Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de influir é determinando a vizinhança em que seu filho vai viver e a 
escola que frequentará. 
(Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de São Paulo, 7/12/2014) 
Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não é uma orientação formal; o que constitui 
esses grupos, o que traça os contornos desses grupos, são as afinidades individuais. 
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por 
a) lhes determina − lhes constitui − traça-lhes os contornos
b) os determina − constitui-lhes − os traça seus contornos
c) os determina − os constitui − lhes traça os contornos
d) determina-lhes − os constitui − traça a seus contornos
e) determina-os − constitui-os − os traça contornos
Questão 21: FCC - AJ TRT15/TRT 15/Apoio Especializado/Odontologia (Endodontia)/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder às questões de números, considere o texto abaixo. 
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Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade. 
Mas é preciso corrigir o tempo do verbo. Foi? Melhor escrever a frase no presente. A escravidão ainda é uma das 
maiores vergonhas da humanidade. E o fato de o Ocidente não ocupar mais o topo da lista como responsável pelo crime 
não deve ser motivo para esquecermos ou escondermos a infâmia. 
 
Anos atrás, lembro-me de um livro aterrador de Benjamin Skinner que ficou gravado nos meus neurônios. Seu título era 
A Crime So Monstrous (Um crime tão monstruoso) e Skinner ocupava-se da escravidão moderna para chegar à conclusão 
aterradora: existem hoje mais escravos do que em qualquer outra época da história humana. 
 
Skinner não falava apenas de novas formas de escravidão, como o tráfico de mulheres na Europa ou nos Estados Unidos. 
A escravidão que denunciava com dureza era a velha escravidão clássica − a exploração braçal e brutal de milharesou 
milhões de seres humanos trabalhando em plantações ou pedreiras ao som do chicote. [...] 
 
Pois bem: o livro de Skinner tem novos desenvolvimentos com o maior estudo jamais feito sobre a escravidão atual. 
Promovido pela Associação Walk Free, o Global Slavery Index é um belo retrato da nossa miséria contemporânea. [...] 
 
A Índia, tal como o livro de Benjamin Skinner já anunciava, continua a espantar o mundo em termos absolutos com um 
número que hoje oscila entre os 13 milhões e os 14 milhões de escravos. Falamos, na grande maioria, de gente que 
continua a trabalhar uma vida inteira para pagar as chamadas "dívidas transgeracionais" em condições semelhantes às 
dos escravos do Brasil nas roças. 
 
Conclusões principais do estudo? Pessoalmente, interessam-me duas. A primeira, segundo o Global Slavery Index, é que 
a escravidão é residual, para não dizer praticamente inexistente, no Ocidente branco e "imperialista". 
 
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo contrário, a existência de movimentos 
abolicionistas que terminaram com ela. A escravidão sempre existiu antes de portugueses ou espanhóis comprarem 
negros na África rumo ao Novo Mundo. Sempre existiu e, pelo visto, continua a existir. 
 
Mas é possível retirar uma segunda conclusão: o ruidoso silêncio que a escravidão moderna merece da intelectualidade 
progressista. Quem fala, hoje, dos 30 milhões de escravos que continuam acorrentados na África, na Ásia e até na 
América Latina? [...] 
 
O filme de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão, pode relembrar ao mundo algumas vergonhas passadas. Mas 
confesso que espero pelo dia em que Hollywood também irá filmar as vergonhas presentes: as vidas anônimas dos 
infelizes da Mauritânia ou do Haiti que, ao contrário do escravo do filme, não têm final feliz. 
 
(Adaptado de: COUTINHO, João Pereira. "Os Escravos". Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br) 
 
Mas é possível retirar uma segunda conclusão... (8º parágrafo) 
 
... pode relembrar ao mundo algumas vergonhas... (último parágrafo) 
 
... não têm final feliz. (último parágrafo) 
 
Os segmentos sublinhados acima são corretamente substituídos por pronomes em: 
 a) retirá-la - relembrar-lhe - o têm 
 b) retirá-la - relembrá-las - têm-no 
 c) retirar-lhe - lhe relembrar - têm-no 
 d) a retirar - relembrá-lo - o têm 
 e) lhe retirar - o relembrar - o têm 
 
Questão 22: FCC - AP (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/Administrativa/2015 21
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Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
 
Numa definição solta, a floresta tropical é um tapete multicolorido, estruturado e vivo, extremamente rico. Uma colônia 
extravagante de organismos que saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para a terra. Dentro das folhas 
ainda existem condições semelhantes às da primordial vida marinha. Funciona assim como um mar suspenso, que 
contém uma miríade de células vivas, muito elaborado e adaptado. Em temperatura ambiente, usando mecanismos 
bioquímicos de complexidade quase inacessível, processam-se átomos e moléculas, determinando e regulando fluxos de 
substâncias e energias. 
 
A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies ameaçadas e representa muito mais do 
que um simples depósito de carbono. Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta amazônica é o maior parque 
tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e 
automação. Qualquer apelo que se faça pela valorização da floresta precisa recuperar esse valor intrínseco. 
 
Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e pressionado as mesmas teclas. Neste 
comportamento, identificamos o que Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a mesma coisa, de novo, 
esperando resultados diferentes”. 
 
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização dos interesses da sociedade 
contemporânea com uma Amazônia viva e vigorosa. Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, dedicação 
e compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência à ocupação, 
otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a reconstrução ecológica da floresta. Podemos também revelar 
muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia tropical e, com isso, ir muito além de compreender 
seus mecanismos. 
 
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios que guiam o funcionamento da 
natureza. Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é propelida 
pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla todas as coisas; aposta na diversidade; demanda 
conhecimento local; limita os excessos internamente; e aproveita o poder dos limites. 
 
(Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato. O Futuro Climático da Amazônia. Disponível em: www.ccst.inpe.br) 
 
Considere: 
 
recuperar esse valor intrínseco 
mostram numerosas oportunidades 
compreender seus mecanismos 
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram corretamente substituídos por um 
pronome, na ordem dada, em: 
 a) o recuperar − mostram-lhes − os compreender 
 b) lhe recuperar − as mostram − compreendê-los 
 c) recuperar-lhe − mostram-nas − compreender-lhes 
 d) recuperá-lo − mostram-nas − compreendê-los 
 e) recuperá-lo − lhes mostram − lhes compreender 
 
Questão 23: FCC - TM (MPE PB)/MPE PB/Técnico Ministerial/Suporte/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
 
O capitão Tomás Cabral de Melo chegara do Ingá do Bacamarte para a Várzea do Paraíba, antes da revolução de 1848, 
trazendo muito gado. O capitão vinha dos Cabrais do Ingá, gente de posses, de nome feito na província. Os roçados de 22
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algodão destes homens tinham fama. Mas o capitão Tomás descera para a Várzea. Tinha filhos e pensava dar aos 
herdeiros uma criação melhor. E assim liquidara a herança na partilha e chegara ao Pilar, para ser senhor de engenho. 
Trazia haveres, as suas moedas de ouro, um gado de primeira e muita vontade de trabalhar. Tivera que lutar no princípio 
com toda dificuldade. Nada sabia de açúcar. Para ele, porém, não havia empecilhos. Levantou o engenho, e dois anos 
após a sua chegada ao Santa Fé tirara a primeira safra. O povo, a princípio, não levava a sério o Santa Fé. Viam aquele 
homem de fora, trabalhando com as suas próprias mãos, e não acreditavam que nada daquilo desse certo. 
 
(Adaptado: REGO, José Lins do. Fogo Morto. Rio de Janeiro, José Olympio, 50. ed., 1998. p.115) 
 
Tinha filhos e pensava dar aos herdeiros uma criação melhor. 
 
O povo, a princípio, não levava a sério o Santa Fé. 
 
Viam aquele homem de fora... 
 
Fazendo as devidas alterações, os segmentos sublinhados acima foram corretamente substituídos por um pronome, na 
ordem dada, em: 
 a) dá-los - não levava-lhe a sério - Viam-o 
 b) dá-los - não levava-o a sério - Viam-lhe 
 c) lhes dar - não lhe levava a sério - Viam-o 
 d) dar-lhes - não o levava a sério - Viam-no 
 e) dar-lhes - não levava-lhe a sério - Viam-no 
 
Questão 24: FCC - TJ (TRE PB)/TRE PB/Administrativa/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão. 
 
Nos últimos dias, fomos bombardeados com estatísticas e reportagens alarmantes sobre pais angustiados por não poder 
gastar o mesmo que gastaram no ano de 2014 no dia da criança − em letras minúsculas. Não acredito em dia da criançaem maiúsculas. Não há celebração da infância (ou da maternidade e paternidade) que careça de compras. Todos 
sabemos que são datas para movimentar o comércio e nada há de errado em aquecer a atividade econômica. Mas, no 
caso das crianças, que não compreendem a comercialização do afeto, é triste ver pais se desculpando por não poder 
comprar algo como se isto represente uma falha em demonstrar dedicação aos filhos. Falar de dinheiro com os filhos 
parece quase tão difícil quanto falar de sexo. 
 
Num distante longo feriado, visitando uma família querida na costa oeste americana, me surpreendi com a naturalidade 
de uma menina de oito anos, quando perguntei: “Qual é o plano para amanhã?”. “Compras”, foi a resposta. A menina 
não me disse que precisava de um casaco de inverno ou um livro para a escola. É possível que nada lhe faltasse no 
momento, mas o programa seria comprar, verbo intransitivo. Minha surpresa era explicada pelo choque de cultura e 
geração. Crescendo no Rio de Janeiro, o verbo comprar como uma atividade, tal como ir à praia ou ao teatro, não era 
usado por crianças. 
 
Um jornalista americano, que foi um dos inventores da cobertura sobre finanças pessoais, lançou, este ano, o livro O 
Oposto de Mimados: Criando Filhos Generosos, Bem Fundamentados e Inteligentes Sobre Dinheiro. Ron Lieber começou 
a ser emparedado pela própria filha de três anos com perguntas sobre dinheiro que o faziam engasgar. Ele se deu conta 
de que uma das maiores ofensas que se pode fazer a mães e pais é descrever seus filhos como mimados. O verbo é 
passivo. Mimados por quem? 
 
Assim, não chega a surpreender que pais vejam o impedimento para comprar como um fracasso pessoal. 
 
(Adaptado de: GUIMARÃES, Lúcia. Comprar, verbo intransitivo. 
In: Cultura-Estadão, 12/10/2015) 
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... nada há de errado em aquecer a atividade econômica. (1º parágrafo) 
... que não compreendem a comercialização do afeto... (1º parágrafo) 
... uma falha em demonstrar dedicação aos filhos. (1º parágrafo) 
 
Na ordem dada, os complementos verbais sublinhados acima são corretamente substituídos por pronomes em: 
 a) aquecê-la − compreendem-no − demonstrar-lo 
 b) aquecer-lhe − compreendem-na − demonstrar-lhes 
 c) aquecer-la − o compreendem − demonstrar-lo 
 d) aquecer-lhe − compreender-lhe − demonstrá-los 
 e) aquecê-la − a compreendem − demonstrar-lhes 
 
Questão 25: FCC - Adm (DPE RR)/DPE RR/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas, mas acabei me cansando de tê-los e perdê-los; há anos vivo sem nenhum 
desses abrigos, e também, como toda gente, sem chapéu. Tenho apanhado muita chuva, dado muita corrida, me 
plantado debaixo de muita marquise, mas resistido. 
 
Ontem, porém, choveu demais, e eu precisava ir a três pontos diferentes do bairro. Pedi ao moço de recados, quando 
veio apanhar a crônica para o jornal, que me comprasse um chapéu-de-chuva que não fosse vagabundo demais, mas 
também não muito caro. Ele me comprou um de pouco mais de trezentos cruzeiros. 
 
Depois de cumprir meus afazeres voltei para casa, pendurei o guarda-chuva a um canto e me pus a contemplá-lo. Senti 
então uma certa simpatia por ele; meu velho rancor contra os guarda-chuvas cedeu a um estranho carinho, e eu mesmo 
fiquei curioso de saber qual a origem desse carinho. 
 
Pensando bem, ele talvez derive do fato de ser o guarda-chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças. 
Sou apenas um quarentão, e praticamente nenhum objeto de minha infância existe mais em sua forma primitiva. 
 
O guarda-chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto 
abusaram que até caíram de moda. Ele permaneceu austero, negro, com seu cabo e suas invariáveis varetas. 
 
Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo 
de fúnebre, essa pequena barraca ambulante. 
 
Já na minha infância era um objeto de ares antiquados, que parecia vindo de épocas remotas, e uma de suas 
características era ser muito usado em enterros. Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, 
apesar de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir, de mudar de dono. Ele na verdade só é fiel a seus 
amigos cem por cento, que com ele saem todo dia, faça chuva ou sol, apesar dos motejos alheios; a estes, respeita. O 
freguês vulgar e ocasional, este o irrita, e ele se aproveita da primeira distração para sumir. 
 
(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Coisas antigas. In: 200 Crônicas escolhidas. 13. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998, p.217-9) 
 
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi feita corretamente 
em: 
 a) quando veio apanhar a crônica = quando veio apanhar-lhe 
 b) Depois de cumprir meus afazeres = Depois de cumprir-nos 
 c) Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas = Já lhes tive 
 d) pendurei o guarda-chuva = pendurei-no 
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 e) Pedi ao moço de recados = Pedi-lhe 
 
Questão 26: FCC - TJ TRT9/TRT 9/Administrativa/Segurança/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
 
#PARTIU VIVER? 
 
Sabe o que eu mais acho incrível nas redes sociais? Como as pessoas acabam se tornando diferentes do que são. 
Diferentes mesmo. Todo mundo é bonito, sai de casa maquiado, com o cabelo certinho, come um prato digno de chef e 
leva essa vida de comercial de margarina. Eu tenho perfil em quase tudo o que é rede, mas também tenho uma teoria 
que funciona, pra mim pelo menos: quanto mais ativo você está na internet, mais chato está seu dia a dia. Sério, eu 
acredito nisso. 
 
Boa parte das pessoas, nas redes sociais, vive a vida que queria viver. Dá a impressão de que a internet se transformou 
em um trailer do seu dia a dia. Mas qualquertrailer no cinema parece interessante. Mais do que o filme em si. É só editar 
e apagar os defeitinhos com um filtro poderoso. 
 
Eu mesma não vou curtir sair com o cabelo arrepiado em foto, o problema é acreditar que a vida alheia é assim, 100% 
irretocável e divertida. Qualquer pessoa viva experimenta momentos de tristeza, tédio, preguiça, falta de inspiração, 
comida feia no prato, cabelo rebelde, olheira, dúvida sobre um tema... Supernormal não ser perfeito, não ter uma 
opinião formada sobre algo. Anormal mesmo é essa vida plástica que a gente nota pelo Snapchat, 
Facebook e Instagram. 
 
(Adaptado de Scherma, Mariana, 01/10/2015. Disponível em: <www.cronicadodia.com. 
br/2015/10/partiu-viver-mariana-scherma.html>. Acessado em: 01/10/2015) 
 
A colocação pronominal está correta em: 
 a) As pessoas têm dedicado-se a compartilhar fotos de várias situações. 
 b) Ela repara como tornam-se diferentes algumas pessoas nas redes sociais. 
 c) A autora parece incomodar-se com algumas postagens nas redes sociais. 
 d) Há vários recursos digitais que prestam-se a corrigir os defeitos das imagens. 
 e) Atualmente, as pessoas sempre lembram-se de sorrir ao serem fotografadas. 
 
Questão 27: FCC - ADP (DPE SP)/DPE SP/Administrador/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
Barbárie e civilização 
 
Em 1777, o ferino filósofo francês Voltaire escreveu: 
 
“O mundo começa a civilizar-se um pouco; mas que ferrugem espessa, que noite grosseira, que barbárie dominam ainda 
certas províncias, sobretudo entre os probos agricultores tão louvados em elegias e éclogas, entre lavradores inocentes e 
vigários de aldeia,que por um escudo arrastariam os irmãos para a prisão e vos apedrejariam se duas velhas, vendo-vos 
passar, exclamassem: herege! 
 
O mundo está melhorando um pouco; sim, o mundo pensante, mas o mundo bruto será ainda por muito tempo um 
composto de animais, e a canalha será sempre de cem para um. É para ela que tantos homens, mesmo com desdém, 
mostram compostura e dissimulam; é a ela que todos querem agradar; é dela que todos querem arrancar vivas; é para 
ela que se realizam cerimônias pomposas; é só para ela, enfim, que se faz do suplício de um infeliz um grande e soberbo 
espetáculo” 
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(O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 29-30) 
 
Estão adequadas ambas as construções pronominais indicadas entre parênteses, como alternativas válidas, no contexto, 
para as expressões sublinhadas em: 
 a) Voltaire atribui aos grosseiros (atribui-lhes) a responsabilidade por aplaudirem a barbárie (lhe aplaudirem). 
 b) As velhas acusam a vítima (acusam-lhe) de herege e os bárbaros seguem as velhas (seguem-nas) em seu 
preconceito. 
 c) Os poetas idealistas louvam os campesinos (lhes louvam), ignorando os defeitos deles (ignorando-lhes os 
defeitos). 
 d) Muitos homens querem agradar as massas (as agradar), não hesitando em cortejar as mesmas (cortejar-lhes). 
 e) Para que aprimoremos a civilização (a aprimoremos), é preciso prestigiar os pensantes (prestigiá-los). 
 
Questão 28: FCC - TJ TRT23/TRT 23/Administrativa/2016 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
O que é assinatura digital? 
 
A assinatura digital é uma modalidade de assinatura eletrônica, resultado de uma operação matemática que utiliza 
algoritmos de criptografia assimétrica e permite aferir, com segurança, a origem e a integridade do documento. 
 
A assinatura digital fica de tal modo vinculada ao documento eletrônico “subscrito” que, ante a menor alteração neste, a 
assinatura se torna inválida. A técnica permite não só verificar a autoria do documento, como estabelece também uma 
“imutabilidade lógica” de seu conteúdo, pois qualquer alteração do documento, como por exemplo a inserção de mais 
um espaço entre duas palavras, invalida a assinatura. 
 
Necessário distinguir assinatura digital da assinatura digitalizada. A assinatura digitalizada é a reprodução da 
assinatura autógrafa como imagem por um equipamento tipo scanner. Ela não garante a autoria e integridade do 
documento eletrônico, porquanto não existe uma associação inequívoca entre o subscritor e o texto digitalizado, uma 
vez que ela pode ser facilmente copiada e inserida em outro documento. 
 
(Disponível em: http://portal.trt23.jus.br/ecmdemo/public/trt23/Informese/ assinaturaDigital. Acesso em: 
02.12.2015) 
 
O pronome está empregado corretamente na seguinte frase redigida a partir do texto: 
 a) A técnica da assinatura digital permite proteger documentos, porque os atribui uma espécie de código 
inviolável. 
 b) O documento com assinatura digital recebe uma criptografia assimétrica, conferindo-lhe uma “imutabilidade 
lógica”. 
 c) Uma maneira de deixar o documento eletrônico mais seguro contra fraudes é acrescentá-lo uma assinatura 
digital. 
 d) Os algoritmos usados na assinatura digital de documentos lhes tornam mais confiáveis, pois evitam a 
adulteração. 
 e) A inserção de mais um espaço em um documento com assinatura digital pode invalidar-lhe definitivamente. 
 
Questão 29: FCC - AJ TRT23/TRT 23/Administrativa/"Sem Especialidade"/2016 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
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Em 1949, quando o pai morreu, Manoel herdou suas terras em Corumbá. Pensou inicialmente em vender as terras, mas 
a mulher convenceu Manoel a restabelecer raízes no Pantanal. Por ocasião do lançamento de "O Guardador das Águas", 
que daria a Manoel o seu primeiro Prêmio Jabuti, afirmou: "Entre o poeta e a natureza ocorre uma eucaristia”. 
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados acima foram corretamente substituídos por um 
pronome, na ordem dada, em: 
 a) vendê-las − convenceu-o − lhe daria 
 b) vender-lhes − convenceu-lhe − daria-lhe 
 c) as vender − convenceu-lhe − o daria 
 d) vendê-las − lhe convenceu − daria-no 
 e) vender-lhes − o convenceu − lhe daria 
 
Questão 30: FCC - AJ TRF3/TRF 3/Apoio Especializado/Biblioteconomia/2016 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
O pior no meu entender está na poesia brasileira, tanto quanto a nossa literatura não imediatamente comercial, ter sido 
convertida, no empenho de fazê-la alcançar um público mais amplo do que o cada vez mais arredio público frequentador 
de livrarias, em remédio chato de tomar. Indicados pelos professores como leitura obrigatória a alunos sem maior 
curiosidade intelectual, esses livros, essas antologias ministradas sob receita pedagógica traem a finalidade precípua da 
literatura, que é a de deleitar. Dou a este verbo uma etimologia poética, pouco me importando saber se é falsa, possível 
ou verdadeira. Vejo-o nucleado na palavra “leite”, o alimento primeiro e essencial que reconcilia o nascituro com o 
mundo no qual se vê repentinamente atirado, sem consulta prévia, e que o faz imaginá-lo, como nos poemas de William 
Blake, antes o paraíso dos prazeres da idade da inocência que o prosaico reino de deveres da idade da experiência. 
 
(Adaptado de: PAES, José Paulo. Apud. SILVA, Marcia Cristina. José 
Paulo Paes: entre o crítico literário e o poeta para crianças. Revista FronteiraZ, São Paulo, n. 8, julho de 2012.) 
 
fazê-la alcançar − Vejo-o nucleado − faz imaginá-lo 
 
Os pronomes dos segmentos acima se referem, respectivamente, a: 
 a) literatura não imediatamente comercial – este verbo – o paraíso 
 b) literatura não imediatamente comercial − leite − o alimento primeiro 
 c) leitura obrigatória − o alimento primeiro − o mundo 
 d) poesia brasileira − o nascituro − o paraíso 
 e) poesia brasileira − este verbo − o mundo 
 
Questão 31: FCC - AJ (TRE PE)/TRE PE/Judiciária/2011 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
 
Bárbaros 
 
A hipocrisia é uma característica comum dos impérios, mas alguns exageram. Quando a rainha Vitória se declarou 
chocada com os bárbaros chineses em revolta contra os ingleses, no fim do século XIX, não mencionou que a revolta era 
uma reação dos chineses à obrigação de importar o ópio que os ingleses plantavam na Índia, tendo destruído sua 
agronomia no processo. 
 
Os ingleses obrigavam os hindus a abandonarem culturas tradicionais para produzir o ópio e foram à guerra para 
obrigar os chineses a consumi-lo, num momento particularmente bárbaro de sua história. 
 
Havia sempre bárbaros convenientes nas fronteiras dos impérios: orientais fanáticos, monstros primitivos, tiranos 
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sanguinários. Legitimavam a conquista colonial, transformando-a em missão civilizadora, enobreciam a raça 
conquistadora pelo contraste e – em episódios como o da Guerra do Ópio – disfarçavam a barbaridade maior dos 
civilizados alegando a truculência /já esperada de raças inferiores. 
 
As razões do mais forte continuam chamando-se razões históricas. As razões dos mais fracos são “protestos raivosos 
desses bárbaros rebeldes”, que teimam em se opor à sua dominação pelos mais fortes. E como são os vencedores que se 
encarregam de contar a História... 
 
(Adaptado de Luís Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro) 
 
Os mais fortes empreendiam a conquista colonial,

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