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Universidade Veiga de Almeida - UVA 2019 Página 1 de 2 Disciplina: Psicologia jurídica Professora: Elizabete Aluno: Luiz Alberto Ramos Barbosa Mat.: 20191101316 Turma 1JUR32A Tijuca Período: 2º / Noite Curso: Direito JUSTIÇA Introdução Com uma Crítica da atual conjectura social brasileira, Maria Augusta Ramos (Brasília/DF, 1964) utilizou este documentário para expor a realidade social de nosso país, e mostrou na pratica, com imagens reais do cotidiano de apenados, promotores, defensores e juízes. Este documentário, demonstra, a cruel realidade da sociedade brasileira, para isso, usou cenas dos Tribunais, e as condições familiares e de moradia de todos envolvidos, sendo os tribunais local onde esperamos que a justiça teoricamente se executa. A autora não quis demonstrar a realidade dos Tribunais em nosso país, porém os acontecimentos, nos leva a tomarmos nossas próprias ideias e conceitos sobre o tema. É um filme que retrata a realidade brasileira através do Judiciário. O documentário tem seu foco no sistema punitivo e realiza uma observação da sociedade brasileira, uma vez que o judiciário é apenas uma extensão do meio social, pois quando os litígios chegam aos tribunais foi porque todas as possibilidades de solução sociais não funcionaram. Palavra-chave Direito; Psicologia jurídica; documentário; Justiça; Maria Augusta Ramos Objetivo Este presente trabalho tem como o objetivo, fazer uma análise pessoal do documentário JUSTIÇA, da cineasta Maria Augusta Ramos. O foco será na comunicação entre os apenados e os operadores do direito, as condições sociais e econômicas dos operadores bem como dos apenados e seus familiares, e observar as condições dos locais de encarceramento e a atuação dos juízes. “Quem tá preso na verdade, só tem pé de chinelo, ladrão pé de galinha, o povo mais miserável [sic]”. Esta frase de uma das defensoras resume e expõem o retrato da impunidade, ineficácia e desigualdades da sociedade, através do sistema judicial penal brasileiro. A estrutura que abrange esse sistema punitivo, que tramita pelos meandros dos tribunais até o sistema prisional, exibe o tratamento desigual fornecido aos envolvidos nessa relação processual. A comunicação O glamour na posse da juíza como desembargadora contrastam com as cenas dos presos amontoados em celas superlotadas, com roupas penduradas, grades enferrujadas, comendo quentinhas de procedência duvidosa. Mesmo se tratando de uma oitiva, os juízes já tratam os acusados como culpados, pois as perguntas são feitas com base na denuncia e no registro de ocorrência, que muitas vezes conduz a uma verdade produzida por quem detém o poder coercitivo. In loco, os denunciados não compreendem sequer as perguntas feitas pelos juízes para responder de forma adequada, tendo que a defensora intervir para entendimento do acusado. Como no caso que abre o documentário em que um homem negro, deficiente que foi preso no dia de carnaval, acusado de pular um muro para roubar casas sendo ele cadeirante. Universidade Veiga de Almeida - UVA 2019 Página 2 de 2 Condições sociais É notório as condições socio familiares distintas dos envolvidos neste documentário, pois após a audiência, os familiares dos apenados vão pra casa em pé em transporte coletivo, andam vários quilômetros subindo morro a pé, e moram em barracos em condições precárias, enquanto os operadores do Direito vão em seus carros confortáveis chegam em casa com a estrutura familiar clássica, ou seja jantar a mesa, conversa com a família, orientar os filhos e assistir tv todos juntos. Condições dos presídios É estarrecedor o modo como são tratados os apenados em nosso pais pois todos os locais de encarceramento são superlotados, banheiros com condições de higiene horríveis, o que aumenta em muito o risco de contrair doenças de todos os tipos, o presos tem que revezar o momento de dormir pois alguns tem que dormir em pé, os deficientes ficam nesse local se arrastando para chegar até o banheiro. Quanto a atuação dos juízes. Eles se colocam em uma posição superior inalcançável aos acusados pois não tem paciência de ouvir o réu, não dando a real importância ao depoimento do acusado, o que muitas das vezes leva ao juiz decidir de forma fria sem analisar o caso de uma forma mais humanizada Conclusão Deste modo este documentário nos mostra um retrato de como a sociedade trata os transgressores em nosso país. Pois antes do julgamento eles já estão condenados. Não existe um olhar para tentar melhorar a situação social da população que muitas vezes recorre a cometer crimes por não ter um horizonte favorável em suas vidas. Não digo que criminosos tenham que ter suas prisões revogadas. Mas, que se haja um trabalho político social que envolva educar para construir um Brasil com menos pessoas nas cadeias. Pois entendo que através da educação é que encontraremos uma solução para esvaziar esses locais de encarceramento. Lembrando que o documentário JUSTIÇA, data de 2004 e hoje estamos em 2019 e as condições pouco mudaram, fazendo com que este vídeo seja visto como atual mesmo passados 15 anos. REFERÊNCIA DA OBRA EM ANÁLISE JUSTIÇA. Direção e produção de Maria Augusta Ramos. Documentário. Brasil: produção independente, 2004. 1 DVD (100 min). Ntsc, son., color. Port. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qUWZHNWcj7U&t=3349s , Acesso em: 15/11/2019, as 21:46
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