Buscar

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS E SUAS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
Resumo: Este artigo faz uma analise sobre a evolução histórica das constituições brasileiras, expondo seus pontos positivos e negativos. É de extrema importância que todos os brasileiros tenham conhecimento sobre a formação do Direito no Brasil, principalmente de nossa constituição. Deste modo, abordamos de forma simples e explicativa todo o processo até chegar à constituição de 1988. 
Palavra-chave: Direito Constitucional. Evolução Histórica. Constituição. Brasil. 
Abstract: This article analyzes the historical evolution of Brazilian constitutions, exposing their positive and negative points. It is extremely important that all Brazilians have knowledge about the formation of law in Brazil, especially of our constitution. In this way, we approach the whole process in a simple and explanatory manner until we reach the 1988 constitution.
Keywords: Constitutional right. Historic evolution. Constitution. Brazil.
Sumário: Introdução. Constituição brasileira é a de 1824. Constituição brasileira é a de 1891. Constituição brasileira é a de 1934. Constituição brasileira é a de 1937. Constituição brasileira é a de 1946. Constituição brasileira é a de 1967. Emenda constitucional n° 1 de 1969. Constituição brasileira é a de 1988. Conclusão. Referências. 
INTRODUÇÃO: A constituição federativa do Brasil é a norma máxima do ordenamento jurídico brasileiro, atualmente está em vigência à constituição de 1988, onde a mesma trás como fundamentos a SOBERANIA, A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, OS VALORES SOCIAIS DO TRABALHO e o PLURALISMO POLITICO.
Faz-se necessário aprofundar a respeito, por isso iremos analisar todas as constituições brasileiras e a emenda constitucional n° 1 de 1969. 
A primeira constituição brasileira é a de 1824, a mesma surgiu quando Dom Pedro I dissolve a assembleia legislativa e decide propor um projeto que se tornaria a primeira constituição. Essa constituição da inicio ao poder moderador, que nada mais é que uma desigualdade entre os poderes do Estado. Atualmente os três poderes do Estado são harmônico e independente, buscando uma igualdade entre os mesmo. Diferentemente do que ocorreu com a constituição de 1824, pois o poder moderador proporcionava o poder máximo ao imperador, fazendo com que a palavra dele fosse a ultima e que realmente importava. 
Além disso, o governo era monárquico, ou seja, a sucessão de imperadores funcionava através da hereditariedade. E a representação do senado funcionava através de membros VITALICIOS escolhidos pelo imperador. 
Não podemos falar que o judiciário tinha autonomia na constituição de 1824, pois o mesmo ficava submisso ao poder moderador e a assembleia geral. Em termos práticos, o que ocorria é que o próprio imperador era detentor do poder de suspender e remover os senhores magistrados, além disso, a assembleia geral poderia criar, extinguir e modificar da maneira que fosse mais pertinente. 
A segunda constituição brasileira é a de 1891, sendo à primeira após a proclamação da república e tinha como ideologia principal estabelecer o presidencialismo no Brasil. 
A mesma foi responsável pela implantação da republica federativa, estabelecendo 20 Estados-Membros, com isso, já se falava em limitação e autonomia entre os Estados. Além disso, não podemos esquecer-nos de falarmos da divisão entre os poderes, nesta constituição existe apenas três, o poder executivo, legislativo e o judiciário. Diferentemente da constituição de 1824 que contava ainda com o poder moderador. 
IMPORTANTE: Apenas os Homens podiam votar (mulheres, padres, mendigos, soldados, analfabetos e menores de 21 anos não podiam votar).
A terceira constituição brasileira é a de 1934, criada logo após a crise econômica de 1929, além disso, existiam diversos movimentos sociais que reivindicavam melhores condições na seara trabalhista. Então, em 1934 foi promulgada a terceira constituição federal do Brasil e esta foi a que menos durou, passando apenas três anos em vigência.
A constituição de 1934 cria a justiça eleitoral e com ela alguns critérios para o voto, o voto passa a ser secreto e as mulheres conquistam o direito de votar, além disso, o voto passou a ser obrigatório para maiores de 18 anos. 
Não podemos esquecer de falar da criação da justiça do trabalho, onde a mesma implementa leis trabalhistas que visão a proteção do trabalhador, como por exemplo podemos citar a proibição de menores de 14 anos trabalhar, jornada de trabalho de 8 horas, férias remuneradas, proibição entre diferença de salários para pessoas que ocupam mesmas funções, entre outros. 
A quarta constituição brasileira é a de 1937, criada ainda no governo Vargas, quando nomeia a ação de “Estado novo” que nada mais que um golpe de estado para que o mesmo continua-se no poder, deste modo, Getúlio Vargas se tornou um ditador. Essa constituição tinha caráter fascista, onde durante o regime ditatorial muitas pessoas foram perseguidas e a liberdade de impressa foi abolida. 
As principais características da constituição de 1937 foram: a concentração do poder executivo e legislativo nas mãos do presidente (justamente por ser um regime ditatorial), pena de morte para aqueles contrários a ideia do ditador, e um fato de extrema importância foi a diminuição dos direitos e garantias fundamentais. 
A quinta constituição brasileira é a de 1946, surge após Vargas ser desposto do cargo de presidente do Brasil, a nação estava com medo do que poderia ocorrer e era necessária uma nova constituição para estabelecer a redemocratização do Estado.
A Republica Federativa, a extinção da pena de morte prevista no Estado novo, a inviolabilidade do domicilio e correspondência e a liberdade de pensamento e expressão são algumas das principais características da constituição de 1946 que deixava para traz o regime ditatorial de Getúlio Vargas e seguia para um futuro incerto, mas com esperança de um Estado democrático em que todos teriam voz. 
A sexta constituição brasileira é a de 1967, a elaboração desta constituição foi comandada pelos militares, onde os mesmos assumiam a formalização do golpe militar. Essa C.F desfazia boa parte dos preceitos democráticos da Constituição de 1946, servindo, na prática, de mero pretexto para a ação do governo militar sobre a vida pública. 
Como características principais tínhamos: O nome do país se torna República Federativa do Brasil; Documento promulgado (foi aprovado por um Congresso Nacional mutilado pelas cassações); Confirmava os Atos Institucionais e os Atos Complementares do governo militar; Restringe os direitos dos trabalhadores, como exemplo podemos citar o direito de greve; Ampliação de a Justiça Militar; Abre espaço para a decretação posterior de leis de censura e banimento.
Emenda constitucional n° 1 de 1969.
É necessário ter conhecimento que a doutrinadores que acreditam que a emenda constitucional foi uma constituição e outros que acreditam que foi apenas uma emenda constitucional. Antes de tudo, informamos que o Supremo Tribuna Federal considera que essa emenda foi uma constituição, por provocar inúmeras mudanças no ordenamento jurídico. 
Direitos perdidos
Considerando esta Emenda, a Constituição de 1967 instituía, além do já mencionado no AI-5, o fim das eleições diretas para o Executivo federal (na prática, o AI-3 anulou qualquer possibilidade de pleitos justos), a capacidade do Executivo de legislar por decretos, a extinção dos partidos políticos existentes (AI-2), o fim da liberdade de expressão e do direito à greve. Embora previsse os direitos básicos de liberdade, segurança individual e propriedade, além do direito de reunião e associação para fins lícitos, nenhuma dessas prerrogativas era assegurada, visto que decretos e emendas podiam ser (e foram) usados para anulá-los. Uma das áreas pouco (ou menos) afetadas pela arbitrariedade estatal foram os direitos trabalhistas, que mantiveram muito do previsto nas constituições anteriores: salário mínimo, jornada diária de oito horas,
proibição da diferença salarial em mesmo ofício e do trabalho infantil (doze anos), etc.
A sétima constituição brasileira é a de 1988, no dia 5 de outubro de 1988 é promulgada a constituição federativa do Brasil de 1988, com o intuído de garantir os direitos constitucionais previsto em seu texto. 
Suas principais características são: O direito de voto para os analfabetos; Voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos; Os direitos trabalhistas passaram a ser aplicados, além de aos trabalhadores urbanos e rurais, também aos domésticos; Direito a greve; Liberdade sindical; Diminuição da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais; Licença maternidade; Licença paternidade; Décimo terceiro salário para os aposentados; Seguro desemprego; Férias remuneradas com acréscimo de 1/3 do salário; Restabeleceram eleições diretas para os cargos de presidente da República, governadores de estados e prefeitos municipais; Sistema pluripartidário; Colocou fim a censura aos meios de comunicação, obras de arte, músicas, filmes, teatro, etc.
Conclusão.
Diante do exposto, percebemos que foi um longo processo até chegar a constituição de 1988, onde a população brasileira lutou pelos seus direitos, não deixando um poder autoritários calar a voz dos mais fracos. 
A constituição federal de 1988 traz clausulas pétreas e inúmeros direitos e garantias fundamentais, com o intuito de proteger a população e até mesmo os estrangeiros, percebemos a importância da constituição federal, pois ela é a norma máxima do ordenamento jurídico brasileiro, assim assegurando o Estado democrático de Direito.
Referências: 
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. 7. ed. Coimbra: Livraria Almedina, 2003.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15.ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
PAULA, Daniel Giotti de. Ainda existe separação de poderes? A Invasão da política pelo direito no contexto do ativismo judicial e da judicialização da política. In: NOVELINO, Marcelo; FELLET, André Luiz Fernandes; PAULA, Daniel Giotti de (org.). As Novas Faces do Ativismo Judicial. Salvador: Editora jusPODIVM, 2011. P. 271-312.
SARMENTO, Daniel. O neoconstitucionalismo no Brasil: riscos e possibilidades. In: NOVELINO, Marcelo; FELLET, André Luiz Fernandes;  PAULA, Daniel Giotti de (org.). As Novas Faces do Ativismo Judicial. Salvador: Editora jusPODIVM, 2011. P. 73-114.
Francisco Danilo de Souza Gomes, graduando em Direito e monitor de direito constitucional pelo centro universitário UNINTA. E-mail: sousadanilo400@gmail.com

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Mais conteúdos dessa disciplina