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PTG- Produção Interdisciplinar Textual em Grupo

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
Centro de Educação a Distância
CURSO: Serviço Social 5º semestre
AUTORES:
MARIA DO LIVRAMENTO LINHARES DE OLIVEIRA: 2339339405
PRICILA ALMEIDA DA SILVA. MATRÍCULA: 2339168305
ROSÁLIA SOUSA DA SILVA. 2339338905
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
A IMPORTÂNCIA DO TERCEIRO SETOR NA SAÚDE
Camocim – CE
2019
AUTORES:
MARIA DO LIVRAMENTO LINHARES DE OLIVEIRA: 2339339405
PRICILA ALMEIDA DA SILVA: 2339168305
ROSÁLIA SOUSA DA SILVA: 2339338905
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
A IMPORTÂNCIA DO TERCEIRO SETOR NA SAÚDE
Trabalho apresentado ao Curso, Serviço Social para as disciplinas: Pesquisa em Serviço Social, Tratamento da Informação e Indicadores Sociais, Política Social de Atenção à Criança e Adolescente, Rede Sócio assistencial e Terceiro Setor, Projetos de Pesquisa em Serviço Social, Produção Textual Interdisciplinar em Grupo.
 
Prof.  Juliana Isabele Gomes Probst
Camocim-CE
2019
Hospital Alêr Belchior Martins, 09 de Outubro de 2019
A
Sra. Prefeita municipal de Pelotas
Ortêncya Fellipe Santos
Sr. Prefeito municipal de Caxias do Sul
Fabiano Cremente Sousa
Sr. Prefeito municipal de Alegrete
Dionaro Safônias Pereira
Prezados senhores prefeitos e prefeita
	Apresento esta carta cujo objetivo é contar brevemente a história do terceiro setor, assim como argumentar a importância do repasse de vossas parcerias para efetivação de políticas públicas, no que tange a desresponsabilização do estado com relação ao social, no que concerne ser de responsabilidade dos estados, uma vez que o município não se faz garantir sozinho o acesso ao direito mínimo dos princípios básicos aos usuários, em questão as crianças e adolescentes com decorrência de CA (Câncer), que precisam ser acompanhados e necessitam constantemente de internações, bem como a realização de exames, e consultas, atendimento sócio assistencial tanto aos pacientes quanto para seus acompanhantes familiares, durante todo o tratamento. Sendo de suma importância a efetivação de vínculos nas etapas subsequentes à descoberta da doença.
	O serviço social visa à garantia e proteção dos direitos fundamentais também a crianças e adolescentes, sobre a resolução da CF (Constituição Federal) de 88 no Art. 5°, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo assim a inviolabilidade do direito à vida. Os Artigos 197 e 198 da Constituição Federal de 1988 dispõem que são de relevância pública as ações e serviços voltados para a área da saúde; a portaria federal n° 055 de 24 de fevereiro de 1999 da Secretaria de Assistência à Saúde/Ministério da Saúde, Art 7º dispõe sobre o tratamento fora do domicílio, bem como despesas para acompanhantes nos casos em que houver indicação médica, seguindo o Art 1º da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, onde diz que esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
	No Brasil, assim como em outros países, ocorre o crescimento do Terceiro Setor que, por sua vez, coexiste com dois outros setores: Primeiro Setor, representado pelo governo, cumprindo este uma função administrativa dos bens e serviços públicos, correspondendo, assim, às ações do Estado, nos âmbitos distrital, municipal, estadual e federal; e o Segundo Setor, representado pelo mercado, ocupado pelas empresas privadas com fins lucrativos e o Terceiro setor que abrange as entidades sem fins lucrativos como as associações e fundações comumente chamadas de Organizações Não Governamentais (ONGs) ou Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs).
	Para ser considerada parte do terceiro setor, a entidade precisa ter como objetivo a geração de serviços de atendimento ao público. Como sabemos o Estado não consegue atender a todas as necessidades da população. Isto, aliado à má distribuição de renda, desencadeia uma série de problemas sociais, especialmente em comunidades carentes.
	As organizações do terceiro setor costumam ter um viés social. Muitas têm como propósito fornecer educação a quem não tem recursos para pagá-la. Outras buscam capacitar jovens de risco para o mercado de trabalho e auxiliá-los na busca pelo primeiro emprego. Há ainda as que foquem no esporte e na dança como uma forma de recuperar jovens. Mas, o grupo que reúne as maiores entidades do terceiro setor é o da saúde.
	A Santa Casa de Misericórdia é um exemplo disto. Mesmo que parte dos seus serviços seja privado – ou seja, pago – pelo menos 60% dos seus leitos são destinados a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta característica lhe garante repasses de verbas por parte do governo e também isenções fiscais, como a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área de Educação (CEBAS). Caso haja o descumprimento desta determinação, a entidade filantrópica pode perder seu CEBAS e, consequentemente, o benefício fiscal, causando o não atendimento aos usuários que dela necessita.
	A importância das entidades que compõem o Terceiro Setor torna-se evidente quando verificamos as atividades que elas desenvolvem:
Atuam com uma variedade de questões que afetem a sociedade na área da assistência social, cultura, saúde, meio ambiente, lazer, esporte, educação, entre outros;
Prestam atendimento a pessoas e famílias à margem do processo produtivo ou fora do mercado de trabalho, sobretudo nas áreas da assistência social, educação e saúde;
Trabalham na garantia e defesa dos direitos dessa população;
São de caráter privado, mas desenvolvem trabalhos coletivos e individual de interesses públicos;
Geram emprego, e estimulam o voluntariado.
	Hoje o terceiro setor desenvolve um papel fundamental no país, redesenhando as esferas do estado, onde a garantia de direitos ainda se encontra em declínio, ou seja, desigual, onde mais da metade da população procura o acesso a um conjunto de organizações de iniciativas privadas que visam à produção de bens e serviços públicos em prol do atendimento dos direitos básicos da cidadania, sem fins lucrativos, onde a parceria das OSCIP- organização social civil de interesse público, determinadas a pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, comprometidos com interesses públicos em forma de colaboração de estado, ou seja, trabalham no repasse de verbas, através de realização de convênios públicos privados, com administração pública e terceiro setor, onde há várias organizações que a população recorre para se ter alguma garantia de direitos, já que o estado é incapaz de arcar com toda demanda, é por essas questões que são significantes para efetivação de políticas públicas privadas, e garantia de direitos.
	Em 1938 foi criado o conselho nacional de serviço social (CNSS) que estabeleceu que as instituições nelas inscritas pudessem receber subsídios governamentais recebendo alguns casos de financiamento do estado para sua obra; onde houve um terceiro momento de muitas mobilizações e organizações filantrópicas e assistenciais que se uniram a esses movimentos sociais onde também surgiram as organizações sem fins lucrativos a mobilização social e contexto político; no quarto momento o estado veio diminuir suas intervenções sociais onde causou um aumento excessivo no terceiro setor precisamente nas instituições sem fins lucrativos esse aumento foi com objetivo de atender as demandas que o estado não estava dando conta ou muitas vezes desvalorizava assim havendo desigualdade, instabilidade econômica, política social e principalmente saúde e educação.
	No caso das parcerias entre a administração pública e as Organizações Sociais de Saúde é feito um contrato de gestão, no qual as OSs são qualificadas pelo poder público, para prestar atividade de interesse do Estado na implementação, supervisão e avaliação de políticas públicas.
	Esse modelo de contrato deve dispor sobre as formas de compras e contratações, e as metas quantitativas e qualitativas que devem ser alcançadas para que os recursos continuem sendo repassados pelas Secretarias de Saúde em
sua totalidade.
	Assim, não há uma entrega total da gestão à entidade privada, tendo em vista que ainda prevalece a hierarquia e subordinação em face à administração pública, porque esta fica responsável pelo repasse financeiro por meio do órgão público contratante e as OSs garantem a prestação do serviço público, ficando demonstrado o caráter complementar constante como requisito do preceito constitucional trazido no artigo 199, §1º.
	Há os que defendem tal gerenciamento porque amplia os benefícios para a população considerando que grande parte dos hospitais têm problemas com ineficácia em sua gestão e dificuldade no oferecimento de serviços de qualidade. Há também os que rejeitam essa forma de prestação de serviço, por terem ideais pré-concebidos de que esse modelo é uma espécie de privatização dos hospitais e que possibilitaria uma burla à obrigatoriedade de licitação e concursos públicos.
	Conquanto a discussão sobre terceirização de gestão hospitalar tenha tomado proporções apenas recentemente, a Constituição Federal em seus artigos 197 e 199, §1º, já autorizava a execução dos serviços sociais de saúde através de terceiros, ou ainda, por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, sendo livre a assistência à saúde por meio da iniciativa privada, podendo estas, participar de forma complementar.
	Como o Terceiro Setor é formado por entidades sem fins lucrativos torna-se mais dificultoso o repasse de verbas, para gerenciamento das atividades exercidas em prol da cidadania. Por essa razão torna-se comum o fato dessas organizações encontrar-se em constante dificuldade financeira. Assim sendo é imprescindível manter as parcerias que são em sua maioria partes essenciais para a continuação do bom desempenho efetivado pelo Hospital Alêr Belchior Martins. Para não cessar suas atividades em prol de crianças e adolescentes diagnosticados com CA, dando auxílio também através dessas parcerias, aos seus acompanhantes, uma vez que em caso de estadias, seus direitos estão resguardados pelo Art. 7º da portaria federal n° 055 de 24 de fevereiro de 1999 da Secretaria de Assistência à Saúde/Ministério da Saúde.
	Desde modo, informo-lhes que nosso maior objetivo é a continuação dos tratamentos para com nosso público alvo, sendo-lhes assegurados no Art 5º do ECA, que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, descriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
	Posto isto, pedimo-los que reconsiderem a retirada da parceria para com nossa instituição, uma vez que exercemos de forma íntegra nosso papel em prol da assistência aos nossos usuários, ofertando nossos serviços em detrimento às necessidades da carência assistida pelo nosso Hospital em atendimento no munícipio e regiões vizinhas, quando as mesmas não possuem repasse de tratamento para o câncer à crianças e adolescentes, estando essa parcela da população à cargo de nossos auxílios e deveres com a saúde pública que é assegurada pelos artigos 197 e 198 da Constituição Federal de 1988.
	O papel de nossa instituição é a melhoria na efetivação do atendimento para nosso público alvo, através dos repasses e parcerias efetivadas com vossos Excelentíssimos Senhores e senhora prefeita, para dar continuidade ao nosso trabalho e reconhecimento perante a região Sul de nosso país, para isso é de fundamental importância que continue nossa parceria, a fim de nos mantermos unidos na atuação social para com nossas populações, não medindo esforços no combate ao câncer em crianças e adolescentes, tendo como reconhecimento municipal e estadual os índices de diminuição das reincidências de nosso público alvo, assegurando que nossos municípios se moldam juntos para que nosso objetivo seja alcançado.
	É nosso dever enquanto sociedade civil e jurídica, prestar assistência a crianças e adolescentes, no que diz o Art. 4º do ECA:
Que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes á vida, á saúde, á alimentação, á educação, ao esporte, ao lazer, á profissionalização, á cultura, á dignidade, ao respeito, á liberdade e á convivência familiar e comunitária.
	Sendo assim, devemos priorizar nossos esforços na boa administração dessa política pública que assegura a nossos usuários uma melhor qualificação em nossos atendimentos, voltando-se para a questão social, em que, muitos de nossos usuários não se disponibilizam de meios financeiros para tratamento, deslocamento, realização de exames, dentre outras necessidades que possam surgir devido ao diagnóstico de CA em nosso público alvo. Reforço que é de suma importância o prolongamento de vossas parcerias, para que se façam valer os direitos sociais assegurados em leis, e para que nosso Hospital se mantenha executando de forma vital nosso atendimento.
Atenciosamente, a assistência social do Hospital.
Referências bibliográficas 
ECA- Estatuto da criança e do adolescente, Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, p ,13. Art. 4º. Plt.
TERCEIRO SETOR: a sociedade por ela própria. Revista Brasileira de Administração. Ano XII, n. 38. set. 2002. p. 30-36.
[1] – (Revista Brasileira de Administração, 2002, p. 30). Acesso em 08 de outubro de 2019.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Nos Art 5º , 197º, 198º e 199º. Acesso em 08 de outubro de 2019.
PORTARIA FEDERAL. nº 055 de 24 de fevereiro de 1999 da secretaria de assistência á saúde/ministério da saúde. Das disposições do atendimento fora do domicilio. Acesso em 07 de outubro de 2019.

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