Terceiro setor: entidades sem fim lucrativos em prol da sociedade

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
LAUREN AVILA DE MOURA
LUCIOLA TEIXEIRA ROLAN
TERCEIRO SETOR:
entidades sem fins lucrativos em prol da sociedade.
Santa Vitória do Palmar
2018
LAUREN AVILA DE MOURA
LUCIOLA TEIXEIRA ROLAN
TERCEIRO SETOR:
entidades sem fins lucrativos em prol da sociedade.
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná – Unopar, como requisito parcial para obtenção da média semestral nas disciplinas do segundo semestre de 2018.
Orientador (a): Prof.ª Amanda Boza, Juliana Chueire Lyra, Maria Angelica Santini, Paulo Sergio Aragão.
Santa Vitória do Palmar
2018
SUMARIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO.........................................................................................5
CONCLUSÃO......................................................................................................8
INTRODUÇÃO
 No Brasil, assim como no resto do mundo, a sociedade é dividida em três setores.
 O primeiro setor consiste em instituições estatais comandadas pelo governo municipal, estadual e federal, que administram os bens e serviços públicos e representam as ações do Estado.
 O segundo setor correspondem as empresas e ao capital privado, cujos recursos são empregados em beneficio próprio, visando alcançar fins lucrativos.
 O terceiro setor tem natureza privada, porem agem sem fins lucrativos como se fossem públicos. As entidades sem fins lucrativos têm em sua essência cinco premissas fundamentais: não distribuir lucros ou excedentes entre seus líderes e funcionários; ser privada; ser voluntária (no sentido de ter sido criada voluntariamente, mas não necessariamente nem exclusivamente possui voluntários em seus quadros de funcionários); ser capaz de autogerir-se; ser institucionalizada (existir formalmente).
 Dentro disso, podemos citar as organizações prestadoras de serviço como saúde, educação, lazer e cultura sendo percebidos em forma de escolas, centros de pesquisa e de profissionalização, museus, hospitais, asilos, creches que lutam por direitos diversificados como questões antidiscriminatórias, ambientais e sociais, como associações de bairro, sindicatos, associações profissionais, de proteção à flora, comunidades tradicionais, entre tantas outras.
DESENVOLVIMENTO
 Terceiro setor é um conjunto de instituições, como fundações, 
 associações comunitárias, organizações não governamentais, entidades filantrópicas que são iniciativas privadas porém sem fim lucrativos, que atuam em prol do bem comum e da cidadania.
 As organizações não governamentais tem objetivo de exercer atividades que auxiliam os governos ou apoiam causas coletivas. Entidades filantrópicas estão voltadas para o atendimento de pessoas carentes, cuidados de idosos, reabilitação de drogados, proteção a testemunhas, assistência a família, suporte ao desamparados, e diversas outras atividades de assistência social.
 No Brasil, o Terceiro Setor começou no sec. XVI, com a fundação da Santa Casa de Misericórdia de Santos, em 1543. Da sua criação, até hoje, a instituição oferece apoio assistencial e hospitalar, sendo a primeira referencia histórica de uma entidade de Terceiro Setor no Brasil.
 No período de colonização e império, as instituições que ofereciam assistência na saúde e educação eram aquelas ligadas a Igreja Catolica, o que traduz bem as noções de caridade e filantropia da época, geralmente ligadas pelos valores religiosos.
 No sec. XX outras religiões começaram a ganhar força, passando a dividir com a Igreja Católica o domínio sobre instituições e entidades sem fim lucrativos. Nesse período, o pais enfrentava mudanças, como a transição do Imperio para a Republica e a crescente urbanização e industrialização, que acabaram criando novas demandas sociais, de forma que as instituições precisavam se modernizar.
 Na década de 30, no Estado Novo, as entidades de Terceiro Setor da época foram regulamentadas por uma nova legislação que declarava a utilidade publica dessas instituições e também pela formação do Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS), que estabeleceu que as organizações ligadas ao conselho pudessem receber subsídios e auxílios.
 Alguns anos depois, a insatisfação com a politica interna, após a implantação do regime militar, contribuiu para a consolidação cada vez maior do Terceiro Setor no Brasil. Com a retomada da Democracia, o governo optou por praticas neoliberais, com menor intervenção do Estado. 
 Como resultado, o Terceiro Setor passou a ter papel importante nos assuntos que envolvem a temática social, visto que o governo diminuiu os investimentos nesse segmento, fazendo as instituições sem fim lucrativos assumirem por conta própria as demandas do país.
 Atualmente, o cenário econômico, social e politico enfrentam os efeitos da crise de 2008, que causa desemprego e desaceleração na economia. Nesse contexto, o Terceiro Setor se destaca como peça chave para superar a crise e manter a evolução dos últimos anos. Para isso, a sociedade necessita trabalhar em conjunto com as entidades para que os objetivos sociais sejam alcançados.
 As politicas públicas são programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado com participação de entes públicos ou privados que visam assegurar determinado direito de cidadania no seguimento social, cultural, étnico ou econômico. Correspondem aos direitos assegurados constitucionalmente, como por exemplo, saúde e educação.
 Sabe-se que Terceiro Setor tem desenvolvido no Brasil um papel fundamental, em complementação e até substituição, à atuação do Estado, na atuação nas áreas de saúde, cultura, educação, meio ambiente e em diversos outros ramos sociais. Com isso, viu-se uma necessidade de regulamentar essas parcerias.
 O Chamado Novo Marco Regulatório do Terceiro Setor, fundamentado através da Lei 13.019/2014, traz uma série de mudanças para a formalização de parcerias entre as Organizações da Sociedade Civil e o Poder Público:
· Este marco regulatório exige que existam pelo menos três anos de atuação da organização civil para que esta possa receber recursos do governo;
· Determina-se ainda que tais organizações participem de processo seletivo, por meio de chamada pública, para firmar contratos com a administração pública, de forma equiparada nas três esferas (União, Estados e DF, e municípios);
· A mão de obra poderá agora ser assalariada normalmente, o que vai melhorar a capacidade e a qualidade das equipes, afastando a precarização dos operadores não remunerados que em geral serviam, na maioria das vezes, de forma voluntária;
· Os valores dos projetos que serão implementados pelas organizações que entram na nova regulamentação, para receber verbas públicas, terão de ser publicados anualmente.
 O objetivo não é apenas o de apoiar o controle dos resultados e assegurar a qualidade da parceria, mas também saber se a finalidade do projeto consagrado com os recursos do governo logrou êxito, a legislação prevê a realização de uma pesquisa de satisfação com os beneficiários finais.
 O respeito às diferenças e garantia de direitos também são áreas trabalhadas pelo Terceiro Setor, ainda mais no que diz respeito à educação inclusiva, pois o forte empenho com campanhas educativas e de aceitação das diversidades culturais, sociais e físicas, com alunos público-alvo da educação especial na escola regular é um trabalho de muita importância frente à luta contra qualquer tipo de intransigência.
 A historia é marcada por vários acontecimentos, que ao longo dos anos fizeram com que se estabelecessem alguns paradigmas sobre o humano ’’perfeito’’ e quem não se encaixasse nos padrões era excluído. Por exemplo, na Roma Antiga, nobres e plebeus tinham permissão para sacrificar os filhosque nasciam com alguma deficiência. Da mesma forma, em Esparta os bebes e pessoas que adquirissem alguma deficiência eram lançados ao mar ou de precipícios.
 Com o decorrer dos anos, a assistência e qualidade de tratamento dado às pessoas com deficiência tiveram substancial avanço. A acessibilidade, transportes adaptados, rampas, língua de sinais, escrita Braille, salas de Atendimento Educacional Especializado ( AEE) são recursos adquiridos de forma a atender plenamente a pessoa com algum tipo de deficiência.
 O trabalho em escolas regulares evoluiu muito depois que se tornou obrigatório a educação inclusiva e a socialização de todos no mesmo ambiente, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
 No que se refere ao papel do assistente social nessa área, a ligação do acesso às instituições e garantia de oferta de vagas e atendimento especializado, além de doutrinar a família, cobrar da escola o atendimento e o cumprimento da lei. Em alguns casos, encaminhar para as APAE’S, que é outro exemplo de entidades do Terceiro Setor, que atendem quase todos os municípios brasileiros.
CONCLUSÃO
 Com o presente trabalho podemos concluir que as associações e empresas do terceiro setor são de suma importância em nossa sociedade, pois o primeiro e o segundo setor não tem capacidade de assumirem as demandas sociais da atualidade. 
 O trabalho de amparo, garantia de direitos, assistência e auxilio ao governo fazem com que o terceiro setor se torne um segmento imprescindível para o bem comum da sociedade. 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
http://www.bengalalegal.com/pcd-mundial
http://www.crianca.mppr.mp.br/2017/03/12701,37/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019compilado.htm
http://autossustentavel.com/2014/07/o-terceiro-setor-e-sua-historia-na-sociedade-brasileira.html
https://www.bhbit.com.br/terceiro-setor/o-que-e-terceiro-setor-significado/
https://jus.com.br/artigos/51995/terceiro-setor-o-novo-marco-regulatorio-das-organizacoes-da-sociedade-civil
http://nossacausa.com/politicas-publicas-para-o-terceiro-setor/
http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/coea/pncpr/O_que_sao_PoliticasPublicas.pdf