Prévia do material em texto
SISTEMA VENOSO Constituído por veias e vênulas Sistema venoso Circulação Sistêmica SISTEMA VENOSO Constituição das veias e vênulas artérias veias 1 2 3 4 1: endotélio 2: tecido elástico 3: músculo liso 4: tecido fibroso SISTEMA VASCULAR Pressão nas veias Sistema venoso Pressão venosa central Pressão sanguínea na veia cava torácica; • Determinante da pressão de preenchimento do ventrículo direito; • Determinante do volume sistólico (mecanismo de Frank-Starling). Fatores que influenciam a pressão venosa central (PVC): • Débito cardíaco; • Forças gravitacionais; • Contração de músculos esqueléticos (músculos das pernas e abdominais); • Atividade respiratória; • Tônus simpático vasoconstrictor. As variações na pressão venosa central (PVC) ocorrem por alterações do volume sanguíneo venoso (VV) ou da complacência venosa (CV). C = ∆V/ ∆P Complacência venosa (venoconstricção) FATORES QUE AUMENTAM A PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC), PELA REDUÇÃO DA COMPLACÊNCIA VENOSA OU POR AUMENTAR O VOLUME DE SANGUE VENOSO PVC AUMENTADA POR MUDANÇA EM: Redução do débito cardíaco Volume Aumento do volume sanguíneo Volume Constricção venosa Complacência Mudança de postura corporal (ortostática>supina) Volume Dilatação arterial Volume Expiração forçada (ex. Valsalva) Complacência Contração muscular (abdome e membros) Volume e complacência Densidade: Hg = 13,6 g/cm3; sangue = 1,02 g/cm3; H2O = 1,00 g/cm 3 Efeito da gravidade na pressão sanguínea Ph = γ.g.h Ph: pressão hidrostática γ: densidade do fluído g: constante de gravidade h: altura da coluna Coluna hidrostática sanguínea e pressão venosa Posição ortostática Efeito da deambulação Válvulas venosas Veias varicosas Bomba muscular esquelética Atividade Muscular “Bomba Venosa" Bomba respiratória Efeito da respiração sobre o retorno venoso Efeito da respiração sobre a Pressão Venosa e Retorno Venoso 1 2 21 Efeito da variação de volume sob baixa pressão sobre a pressão sistêmica média Pressão sistêmica média ou Pressão média de enchimento circulatório Retorno Venoso • Retorno venoso: volume de sangue que retorna ao átrio direito por unidade de tempo. • Pressão sistêmica média: valor da pressão atrial direita quando o retorno venoso é zero. Pressão sistêmica média Efeitos de alterações do volume sanguíneo (Vol), complacência venosa (Cv) e resistência periférica total (RPT) sobre a curva de função vascular (retorno venoso X pressão atrial direita (PAD). Mudanças no volume sanguíneo (Vol) e complacência venosa (Cv) altera a pressão média de enchimento circulatório (Pmc). Retorno Venoso X Débito Cardíaco Efeitos de alterações do volume sanguíneo e resistência periférica total (RPT) sobre as curva de função vascular e cardíaca EFEITOS FISIOLÓGICOS DA VARIAÇÃO DA PRESSÃO NOS FLUIDOS EFEITO DA POSTURA NA PRESSÃO SANGÜÍNEA O coração é uma "bomba" muscular que, no homem, pode exercer uma pressão manométrica máxima de cerca de 120 mmHg no sangue durante a contração (sístole), e de cerca de 80 mmHg durante a relaxação (diástole). Devido à contração do músculo cardíaco, o sangue sai do ventrículo esquerdo, passa pela aorta e pelas artérias, seguindo em direção aos capilares. Dos capilares venosos o sangue segue para as veias e chega ao átrio direito com uma pressão quase nula. Em média, a diferença máxima entre as pressões arterial e venosa é da ordem de 100 mmHg. Como a densidade do sangue (r » 1,04 g/cm3) é quase igual à da água, a diferença de pressão hidrostática entre a cabeça e os pés numa pessoa de 1,80 m de altura é 180 cmH2O. A figura abaixo mostra as pressões arterial e venosa médias (em cm de água), para uma pessoa de 1,80 m de altura, em vários níveis em relação ao coração. Uma pessoa deitada possui pressão hidrostática praticamente constante em todos os pontos e igual à do coração. Se um manômetro aberto contendo mercúrio fosse utilizado para medir as pressões arteriais em vários pontos de um indivíduo deitado, a altura da coluna de mercúrio seria aproximadamente 100 mm, ou seja 136 cmH2O. As pressões arteriais em todas as partes do corpo de uma pessoa deitada são aproximadamente iguais à pressão arterial do coração. Quando a pessoa está sentada, ou em pé, devido à elevação da cabeça em relação ao coração, a pressão arterial é mais baixa na cabeça e é dada por: Pa (cabeça) = Pa (coração) - r s g h Onde r s é a densidade do sangue e h a diferença de nível entre o centro da cabeça e o centro do coração. Assim, quando uma pessoa deitada se levantar rapidamente, a queda de pressão arterial da cabeça será r sgh, o que implicará uma diminuição do fluxo sangüíneo no cérebro. Como o fluxo deve ser contínuo e como o ajuste do fluxo pela expansão das artérias não é instantâneo, a pessoa pode sentir-se tonta. Em casos de variações de pressão muito rápidas, a diminuição da circulação pode ser tal que provoque desmaio. A PRESSÃO SANGÜÍNEA DA GIRAFA Um animal que possui propriedades fisiológicas extraordinárias é a girafa. Sua altura varia de 4,0 m a 5,5 m. Seu coração está, aproximadamente, eqüidistante da cabeça e das patas, ou seja, a uns 2 m abaixo da cabeça. Isso significa que a pressão arterial da girafa precisa ser muito maior que a do homem, ou de outro animal mais baixo, para que a cabeça possa ser atingida pelo fluxo sangüíneo. J. V. Warren e sua equipe mediram as pressões nas artérias de algumas girafas de uma reserva, no Quênia, cujos resultados estão ilustrados na figura abaixo. Na posição 1, quando a girafa está deitada, sua cabeça e seu coração estão no mesmo nível, e a pressão arterial da carótida varia entre 180 a 240 mmHg e o ritmo cardíaco é 96/min. Quando o animal levanta a cabeça, posição 2, a pressão se mantém aproximadamente igual à da posição 1, mas a freqüência cardíaca diminui. Na posição ereta 3 e em movimento normal 4, aumenta a freqüência cardíaca a cerca de 150/min, enquanto que a pressão arterial cai para 90 a 150 mmHg. O galope 5 eleva a freqüência cardíaca ao valor de 170/min e produz uma variação da pressão arterial entre 80 a 200 mmHg. A pressão sistólica ao nível do coração da girafa varia entre 200 e 300 mmHg, enquanto que a diastólica varia entre 100 e 170 mmHg. O valor médio da razão pressão sistólica/pressão diastólica é de 260/160. Esse valor, comparado com o valor médio de uma pessoa - 120/80 - classificaria a girafa de hipertensa. Entretanto, essa hipertensão não se deve a problemas vasculares, mas é uma condição necessária para suprir o cérebro do animal com sangue quando ele está ereto.