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Neoplasias e diferenciações celulares atípicas

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Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
 
A​LTERAÇÕES DO CRESCIMENTO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR 
Proliferação celular: ​alterações celulares prévias, crescimento celular (citoplasma, aumento                 
do número de organelas, duplicação do DNA, formação de um RNA que vai levar essa informação).                               
Modificadores que envolvem o crescimento. 
- Envolve os processos de crescimento ou multiplicação celular 
- Formação do conjunto de células que compõem os indivíduos 
- Processo: mitose 
 
Diferenciação celular: dependendo dos fatores de diferenciação as células podem se                     
diferenciar.  
Fisiologicamente: é um processo de especialização morfológica e funcional das células que                       
as permite realizar uma função específica. 
Patologicamente: células que já eram especializadas e que passam a ter estímulos externos                         
ou alterações do próprio gene, fazendo com que ela se transforme em outra. 
 
C​LASSIFICAÇÃO CELULAR BASEADA NO TEMPO DE VIDA 
Células lábeis: células de constante renovação; alto índice mitótico. Tempo de vida curto,                         
replicam rapidamente, são renovadas constantementes e, portanto, entram em um ciclo celular (fase                         
G0-G1) mais vezes durantes seu tempo de vida. 
- Quanto mais ciclos celulares uma célula faz, maior a chance de mutação. 
- Ex: células epiteliais - epiderme, TGI, TRS, Trato Reprodutivo; 
 
Células estáveis: células que proliferam somente após estímulo, baixo índice mitótico.                     
Proliferam somente quando existe um estímulo de proliferação. Depende dos fatores de                       
crescimento. ​Ex: fator de crescimento de fibroblastos. ​Podem atuar de maneira parácrina, endócrina                         
ou até mesmo autócrina e fazer um estímulo na célula para que elas se proliferem. São induzidas a                                   
proliferação quando há necessidade de proliferação ou desbalanceamento na liberação desses                     
fatores de crescimento. ​Normalmente,​ ​ nos tipos de processos que envolvem células estáveis. 
- Fígado​: perda de hepatócitos e ao mesmo tempo um processo de indução de proliferação                           
para renovação e substituição por tecido parenquimal. 
 
Células perenes: ​células que não se dividem após diferenciação; inexistência de mitose. A                         
célula madura perene não tem mais capacidade de divisão. ​Ex: neurônios, células do                         
musculares cardíacas e estriadas esqueléticas.  
 
Quando essas alterações ocorrem? As alterações vão ocorrer mediante a uma agressão ou                         
estímulo; na maioria dos casos, são crônicos. Pode resultar em respostas adaptativas (reversíveis ou                           
não) e morte celular. Pode ocorrer respostas adaptativas que ​não são reversíveis, mas que não                             
culminam na morte celular.   
1 
Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
 
Classificação​: 
- Alterações do volume celular:​ hipotrofia e hipertrofia. 
- Alterações de divisão celular: ​hiperplasias e hipoplasia. 
- Alterações da diferenciação celular: ​metaplasia. 
- Alterações da diferenciação e divisão celular: ​displasia e neoplasia. 
- Outras alterações: ​agenesia (não formação de órgãos), atresia (sem cavidades), 
estenose (fechamento), ectopia/heterotopias (órgãos em locais que não são 
conhecidos), hamartias e hamartomas, coristias. 
C​LASSIFICAÇÃO E METÁSTASE 
Neoplasia: ​proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, no qual as células                     
reduzem ou perdem o controle da diferenciação, em consequência da alterações nos genes que                           
regulam o crescimento e diferenciação. 
- O câncer é uma neoplasia maligna. Sempre ocorre aumento da celularidade. 
- O conceito de “autônomo” é importante, pois as células não respondem a estímulos de                           
inibição.  
- Reduzem ou perdem o controle da diferenciação: elas tendam a se diferenciar, têm                         
capacidade e autonomia para se modificarem. Têm essa capacidade de alterar a expressão                         
gênica. Não precisa ser por mutação: pode suprimir ou ativar outros genes, se transformando                           
em perfis diferentes, cada vez mais agressivo. 
- Quando o câncer ocorre num período muito rápido após a agressão ou num paciente jovem                             
significa que agressão pode ter sido muito violenta para ter capacidade oncogênica ou este                           
paciente possuía uma predisposição genética.  
 
Nomenclaturas importantes: 
- Tumor: ​aumento de volume daquela região; pode se tratar de um processo 
inflamatório ou neoplasia. Como em neoplasias ocorre um aumento de volume 
(macroscopicamente), chama-se de tumor. 
- Neoplasma: termo que usamos quando queremos falar de uma lesão específica de 
um local. 
- Câncer:​ Karcinos (grego): crustáceo, caranguejo. Neoplasia maligna. 
- Oncologia:​ área da ciência que estuda estas lesões. 
- Cancerígeno ou oncogênico: refere-se ao agente que tem potencial 
carcinogênico/oncogênico. 
 
Classificação: 
- Comportamento: 
- Benigno​: não há possibilidade de metástase. Pólipos. 
- Maligno​: há possibilidade de metástase. 
- Histogênese: 
- Origem da neoplasia (tecido) 
 
Nomenclatura: 
- Tecido Epitelial: 
- Benigno: ​sufixo “oma” 
2 
Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
- Maligno:​ prefixo “carcinoma” ou “adenocarcinoma” 
- Adenocarcinoma mamário ou carcinoma de glândulas mamárias. 
 
- Tecido mesenquimal 
- Benigno:​ sufixo “oma” 
- Condroma 
- Maligno: ​sufixo “sarcoma” 
 
 
 
3 
Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
EXCEÇÕES:  1
- Leucemia:​ leucemia linfóide e leucemia milóide. 
- Linfoma:​ gera massa, linfoma mediastino ou linfosarcoma geralmente sempre maligno) 
- Melanoma: neoplasias malignas que ocorrem em melanócitos, normalmente encontrados na                   
pele (Benignas: nevo, nevo benigno, melocitoma) 
- Meningioma maligno: ​neoplasia na meninge; meningioma = benigno. 
- Teratomas: ocorre em células que não são diferenciadas; não tem origem epitelial ou                         
mesenquimal. Muito comum em indivíduos após a puberdade em regiões de testículos ou                         
ovários. Em crianças pode ocorrer em várias localidades do corpo. 
- Aula prática: pode proliferar-se e exibir aspectos histológicos semelhantes a outros                     
lugares do corpo. 
 
- Lesão no útero de mulheres, principalmente que sofreram aborto, os “restos celulares” que                         
ficam no organismo pode desencadear um processo inflamatório e consequentemente se                     
tornar um tumor. ​Benigno: ​mola hidatiforme; Maligno: ​cariocarcinoma. Estrutura bolhosa,                   
atípica; Pode ser o aparecimento de uma lesão maligna. 
- Blastoma: glioblastoma; nefroblastoma; são neoplasias comuns no SNC quando têm origem                     
no neurônio. 
RESUMO 
1) Definição de proliferação celular; 
2) Definição de diferenciação celular; 
3) Classificação celular baseada no tempo de vida; 
4) Classificação de alterações celulares; 
5) Conceito de neoplasia; 
6) Nomenclatura em neoplasia; 
7) Classificação de neoplasia - comportamento e aspecto microscópico; 
 
M​ORFOLOGIA DAS NEOPLASIAS 
É possível observar uma “massa” nesses processos - com exceção de leucemias. Podemosencontrar quatro características macroscópicas, que podem ser associadas ou não. 
- Lesão vegetante ou vegetativa: superfície rugosa, rugosidade, projeções bem definidas, cheia                     
de “sobe e desce”, lembrando uma couve-flor/árvore. Muito comum em processos benignos,                       
infecção por papilomavirus. 
- Lesão nodular: superfície lisa, bem delimitado, bem definido, parecendo uma “bola” na                         
superfície do órgão que apresenta a lesão. 
- i.e: leiomioma; neoplasia benigna originadas das células musculares lisas; 
1 ​Todas as vezes que se referenciar a células que estão próximas a completa diferenciação, possui-se 
sufixo "blastoma", muito comum em sistema nervoso. 
4 
Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
- Lesão ulcerada ou ulcerativa: ​aumento de volume; observa-se áreas aprofundadas, baixas                     2
em relação a pele; áreas ulceradas - que evoluíram para a necrose na superfície do tumor.                               
Lesão profunda, com extravasamento de sangue, porque chega em vasos. Na maioria dos                         
casos tem chance de ser uma lesão maligna. 
- Lesão infiltrativa:​ aspecto infiltrativo; órgão tubular; início da proliferação; 
- i.e: adenocarcinoma intestinal; 
 
 
C​LASSIFICAÇÃO: COMPORTAMENTO DAS NEOPLASIAS ​BENIGNAS  3
- Não gera metástase; 
- Crescimento lento e expansivo: 
- As células vão crescendo, com suas estruturas de adesão, de forma contínua; 
- Neoplasma pequeno e bem delimitado: 
- A delimitação é feita por uma cápsula fibrosa, como forma responsiva do organismo                         
devido ao crescimento lento e expansivo; 
- Compressão de estruturas adjacentes: 
- Compressão de nervos e vasos; 
- Normalmente sem degeneração, necrose e hemorragias: 
- O crescimento lento permite que dê tempo para induzir angiogênese - fator de                         
crescimento vascular, principalmente VEFG - esse crescimento acompanha a                 
proliferação das células neoplásicas para serem bem nutridas; é por isso que não se                           
observa ulcerações, hemorragia e necrose; 
 
- Consequências de neoplasias benignas: 
Nem sempre as neoplasias benignas oferecem risco ao paciente. Contudo, pode trazer                       
algumas alterações clínicas em relação à neoplasia. Dependendo da localização pode comprimir o                         
encéfalo, impedir a passagem do alimento pelo TGI e outros. 
Em suma, neoplasias benignas possuem poucas alterações, são pouco modificadas, mantêm                     
semelhanças com a morfologia das células normais. Não possuem alterações gênicas e/ou                       
epigenéticas. Mantêm-se estruturas de adesão. As células vão crescendo e proliferando na mesma                         
velocidade, de forma lenta e expansivamente, formando neoplasmas pequenos e bem delimitados. 
 
- Microscopia de neoplasias benignas: 
- Células bem diferenciadas, com atipias celulares e arquiteturais discretas, células se                     
proliferam unidas entre si. 
- Se vê poucas células bizarras; 
- Poucas diferenças, são muito parecidas entre si. 
- Não infiltrativo: 
2 ​Região necrótica (geralmente em mucosas) que atinge camadas mais profundas vascularizadas, 
frequentemente com presença de hemorragia 
3 ​Células bem diferenciadas, com atipias celulares e arquiteturais discretas, células proliferam unidas 
entre si. 
5 
Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
- Por não ter perda das proteínas de adesão, não tem capacidade de se infiltrar. A                             
capacidade infiltrativa é um dos primeiros passos para conseguir metastizar.  
- Não tem alterações gênicas que envolvem proteínas de adesão. 
- Formação de cápsula fibrosa; 
- Formação de vasos sanguíneos; 
C​LASSIFICAÇÃO: COMPORTAMENTO DAS NEOPLASIAS ​MALIGNAS 
Propriedades bioquímicas e funcionais diferentes. Maior captação de aminoácidos e                   
atividade glicolíticas; 
- Síndromes paraneoplásicas; 
 
D​IFERENCIAÇÃO E ​A​NAPLASIA 
  Diferenciação: ​grau de semelhança entre as células neoplásicas e as células normais, em                         
nível morfológico e funcional. 
Anaplasia: falta de diferenciação ou regressão da célula. No câncer, quando uma lesão é                           
anaplásica, significa que ela regrediu em diferenciação. Normalmente a neoplasia surge de células                         
diferenciadas e sofre alterações genéticas/epigenéticas, tornando a célula diferente. 
A maior captação de aminoácidos e atividade glicolítica ocorre porque as neoplasias                       
malignas fazem muitas coisas. Possuem uma instabilidade genômica muito grande. 
 
C​OMPORTAMENTO MACROSCÓPICO DA NEOPLASIA ​MALIGNA 
- Crescimento rápido e infiltrativo (limites indefinidos): 
- Alterações em genes que suprimem a proliferação e genes que induzem a proliferação 
- Inibição da supressão da proliferação 
- Aumento da indução de proliferação - fator de crescimento, etc. Qualquer sinal                       
que resulta em aumento proliferativo celular. 
 
- Neoplasma maiores e poucos delimitados; 
- Não apresenta cápsula; 
- Normalmente com degeneração, necrose e hemorragia (ulcerações) 
- Necrose no centro do tumor ou em focos espalhados pelo tumor, depende do padrão                           
de crescimento. As células se proliferam tão rapidamente que não há tempo de haver                           
uma angiogênese que acompanhe o crescimento celular e nutra este tecido em                       
questão, diferentemente das neoplasias benignas. 
6 
Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
- É muito comum ocorrer necrose na superfície; hemorragia; ulcerações - crescimento                     
rápida e baixa oxigenação. 
 
C​OMPORTAMENTO ​MICROSCÓPICO ​DA ​N​EOPLASIA ​M​ALIGNA 
- Células pouco diferenciadas, com atipias celulares e arquiteturais acentuadas, perda de                     
adesão celular; 
- Em alguns casos é necessário fazer alguns exames para ter certeza, como PCR e                           
imunohistoquímica; 
- Intensa proliferação e figuras de mitose; 
- Alterações nucleares e nucleolares; 
- Pouca formação de vasos sanguíneos 
- Muita estimulação de angiogênese, mas sem tempo de acompanhar o crescimento                     
rápido.  
- Angiogenesis in cancer and other diseases  4
- Aumento da relação núcleo/citoplasma - normalmente observa-se um aumento de tamanho                     
principalmente do núcleo; 
- Hipercelularidade:​ intensa proliferação celular; 
- Pleomorfismo celular - células com formas diferentes: grandes, pequenas, ovaladas e                     
arredondadas. Pode aparecer células gigantes e há presença de atipia celular. 
- Alterações nucleares: 
- Hipercromatismo (cromatina irregular/compacta): 
- Célula trabalha muito, cromatina mais condensada; reflexo a alterações                 
epigenéticas; 
- Tamanho e forma nucleares diferentes dos normais. 
- Numerosas mitoses​, diversas figuras de mitose presentes na lâmina, resultando em                     
um crescimento rápido. 
- Presença de mitose atípica normalmente ocorre em lesões malignas. 
 
M​ETÁSTASE  5
Formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre si . 6
 
- Vias de disseminação: 
- Implantação direta:​ caem em cavidades e acessam outros órgãos; 
- Disseminação linfática: adentram os vasos linfáticos tumorais ou peritumorais e                   
chegam ao linfonodo que drenam aquela região; 
- Disseminação hematogênica: célula tumoral acessa um vaso sanguíneo de pequenocalibre e circula dentro da corrente sanguínea, até colonizar aquele novo órgão; 
- Disseminação neural ; 7
 
4 ​Angiogenesis in cancer and other diseases - Peter Carmeliet, Nature Review 
5 ​Perde proteínas de adesão, expressa genes que resultam em pseudópodes para metastizar 
6 ​lesões multinodulares (presentes no mesmo tecido) não é considerado metástase 
7 ​Neoplasia de glândula salivar, por exemplo. Não é tão comum como a disseminação hematogênica, mas 
bastante comum em alguns tipos de específicos de cânceres. 
7 
Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
1) Início do tumor, perda de adesão 
2) Vão infiltrando nas camadas inferiores, até chegar nas vias de disseminação (adentra vaso                         
sanguíneos, linfáticos e cavidades); 
 
a) D​estacamento das células da massa tumoral original; 
b) D​eslocamento dessas células através da MEC : a célula precisa conseguir alterar seus genes                         8
para expressarem enzimas para degradar MEC. 
c) I​nvasão de vasos linfáticos ou sanguíneos - precisa conseguir produzir mais enzimas de                         
degradação. Para adentrar vasos linfáticos/sanguíneos precisa produzir enzimas que                 
degradam sua parede. Artérias são mais complicadas de serem destruídas; 
d) S​obrevivência das células na circulação: atrito com o fluxo sanguíneo; formação de um                         
recobrimento de fibrina, reconhecimento como próprio; ativação de genes para expressar na                       
superfície que não serão reconhecidos para serem eliminadas; modificação de expressões                     
antigênicas para enganar os linfócitos na corrente sanguínea; pode sobreviver por anos ou                         
não. 
e) A​desão ao endotélio vascular no órgão em que irão se instalar: ​a adesão/migração é                           
direcionada; depende de um gradiente de concentração; liberação de fatores quimiotáticos                     
que o atraem para o tecido; de maneira sistemática ocorre a ativação de células tronco que                               
fazem com que elas possuam um perfil semelhante ao de células neoplásicas; produz fatores                           
quimiotáticos para órgãos em que vai metastizar; 
f) S​aída dos vasos nesse órgão (diapedese); 
g) P​roliferação no órgão invadido; 
h) I​ndução de vasos para o suprimento sanguíneo da nova colônia; 
 
L​ÂMINA 
(ainda a ser adicionado pelo autor) 
C​ARCINOGÊNESE 
Agressões ambientais em um indivíduo geneticamente suscetível​; 
- Doenças genéticas; 
- Vírus; 
- Substâncias químicas; 
- Irradiação - solar ou ionizante; 
- Meio ambiente e lesões pré-metastáticas; 
Vírus e irradiação foram os primeiros fatores carcinogênicos detectados.  
 
Etiopatogenia: 
Uma célula sofre mutação, se divide, ocorre a proliferação clonal. Hoje já sabemos que                           
compõe o ambiente tumoral as células tronco.  
 
Características fenotípicas: 
- Autonomia de proliferação; 
- Insensibilidade aos sinais inibidores de mitose; 
- Evasão de apoptose; 
8 Matriz extracelular 
8 
Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
- Evasão de senescência replicativa - ativação de telomerase; 
- Autonomia de sobrevivência; 
- Instabilidade genômica; 
- Capacidade de evasão do sistema imunitário; 
- Capacidade de invadir e metastizar; 
Tipos de erros: mutações, mutações por inserção, rearranjo, translocações etc. 
 
Proto-oncogenes: 
- Principal classe de de genes alteradas em processos neoplásicos; 
- Estimulam a multilocação celular: fatores de crescimento, seus receptores, moléculas                   
transdutoras de sinais, fatores de transcrição e moléculas envolvidas diretamente no ciclo                       
celular (ciclinas e CDK); 
- Agressão gênica; 
- Função:​ proliferação e supressão celular; 
- erbB: câncer de mama; 
 
Genes supressores de tumor: 
- Controlam a proliferação celular em limite fisiológico para cada tecido; 
- Genes que codificam moléculas que inibem a proliferação celular.; 
- BRCA-1 e BRCA-2 – além de ter função de supressão tumoral, tem função de reparo; 
- Genes de reparo do DNA; 
- Função:​ realização de pequenos reparos no DNA; evita erros morfológicos nos genes; 
 
Genes da apoptose 
- Função:​ aumentar/inibir apoprose; 
- Genes da família UVDR ou ERC; 
- Lesão por radiação ultravioleta; 
- Xeroderma pigmentoso: doença hereditária; 
- Indivíduos são incapazes de reparar dímeros de pirimidina (ação de raios UV); 
- Desenvolvimento de vários cânceres de pele; 
- Lesões inflamatórias na córnea; 
- Nevos 
- Melanoma 
 
Genes BRCA-1 e 2 breast cancer  9
- Lesão por radiação ionizante; 
- Mutados em 80% dos carcinomas mamários hereditários e em 10-15% dos esporádicos; 
- Genes da mobilidade celular; 
- Genes de células móveis por natureza; 
- Movimentos amebóides; 
- Produção de substâncias como hialuronidase; 
- Invasibilidade; 
 
9 Câncer de mama e ovário 
9 
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I​MUNOLOGIA TUMORAL 
- Evasão do sistema imunológico; 
- Microambiente supressor de resposta citotóxica; 
- Expressão de proteínas expressas em células fetais; 
- Antígenos tumorais semelhantes a das células de origem; 
- Secreção de moléculas imunossupressoras ou que bloqueiam anticorpos; 
- Células de reconhecimento: linfócitos/macrófagos - cooperação, juntamente com células do                   
estroma e células transformadas, em favorecer a progressão da neoplasia. 
 
A célula tumoral é inicialmente reconhecida e atacada pelas células de defesa. Com o tempo,                             
ela consegue alterar os seus receptores de superfície, de forma que as células de defesa –                               
principalmente NK – não consegue eliminar as células tumorais. Portanto, a célula tumoral possui                           
mecanismos para burlar o sistema imunológico. Pessoas com imunossupressão – carcinogênese é                       
facilitada. 
A célula tumoral além de burlar o SI, faz com que as células de defesa ajam a seu favor.                                     
Macrófagos – produção de citocinas que favorecem o crescimento das células, aumentando a chance                           
de malignidade dessas células. Quanto maior o número de macrófagos M2 – pró tumoral – mais                               
maligna é a neoplasia. Sugestão: ativação de linfócitos para que eles passem a reconhecer novamente                             
as células tumorais. 
 
S​ÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS 
Além de sinais locais, o paciente possui sinais clínicos sistêmicos que já se conhecem como                             
sinais clínicos associados ao câncer.  
- Manifestações clínicas que acompanham as neoplasias, muitas vezes precedendo as                   
manifestações primárias do câncer ou metástases. 
10 
Patologia Geral: Neoplasias 
André Luiz Ribeiro (FF/UFG) 
Prof. Drª. Marina Pacheco Miguel (IPTSP/UFG) 
- Produção heterotrópica de substâncias – muito parecidas com aquelas do organismo 
Exemplos de síndromes paraneoplásicas: 
- Neoplasias malignas: síndrome anorexia-caquexia; perda de apetite, emagrecimento –                 
estágios avançados 
- Mieloma/Linfomas múltipla: amiloidose cutânea; pode ter progressão para insuficiência                 
hepática/renal; observa a amiloide  
- Tumores hipofisários, carcinomas pulmonares e prostáticos:​ hiperpigmentação 
- Sertrolioma:​ feminilização; características que envolvem a essa síndrome; câncer de testículo 
- Neoplasias afetando as células beta das ilhotas pancreáticas:​ hipoglicemia 
- Neolasias da hipófise e da adrenal: síndromede Cushing; normalmente obesidade, pele                       
afilada, rosto arredondado. 
 
A​LTERAÇÕES DO CICLO CELULAR 
Células alvo de agentes tumorigênicos: células de reserva ou basais nos epitélios,                       
células-tronco nos tecidos hematopoiéticos e as células em G0; 
 
Inibidores de CDK 
CDK1:​ p21 p27 p57 
CDK2:​ p21 p27 p57 
CDK4:​ p15 p16 p18 p19 
CDK6:​ p21 p27 p57 
 
CDK: Cinases dependentes de Ciclina 
 
Tipos de erros: mutações, mutações por inserção, rearranjos, translocações, supressão                   
gênica, amplificação gênica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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D​ISTÚRBIOS DA PROLIFERAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR 
 
Hiperplasia é o aumento do número de células em um órgão ou tecido (com capacidade                             
replicativa), sendo consequência do aumento da síntese de fatores de crescimento e de seus                           
receptores e rotas de estímulo para a divisão celular e/ou por diminuição da apoptose. Para que um                                 
tecido hiperplásico seja bem nutrido, é necessário que aumente o suprimento sanguíneo na região,                           
integridade morfofuncional adequada e aumento da inervação. A hiperplasia é vista como uma                         
região ou órgão de tamanho aumentado, e na microscopia observa-se o aumento da celularidade. 
Hiperplasia fisiológica: ​hiperplasia compensatória, como ocorre no rim, após nefrectomia;                   
hiperplasia por estímulos hormonais, como ocorre na gravidez; mamas durante a puberdade ou                         
lactação. 
Hiperplasia patológica: ​regeneração hiperplásica de hepatócitos na cirrose hepática;                 
hiperfunção da hipófise;  
 
Hipoplasia ​é a redução do número de células em um órgão ou tecido, por consequência da                               
diminuição da síntese de fatores de crescimento, estímulos para a divisão celular e/ou aumento da                             
apoptose, além disso, pode ocorrer também na embriogênese, onde o órgão não é formado                           
corretamente. A região afetada apresenta-se de forma mais leve e menor em relação ao normal, mas                               
a arquitetura do órgão mantém-se preservada. 
Hipoplasia fisiológica: ​involução do timo após a puberdade; involução das gônadas no                       
climatério ; senilidade. 10
10 Climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de 
pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa (última menstruação) é um fato que ocorre durante o climatério. 
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Hipoplasia patológica: ​hipoplasia da medula óssea em casos de infecção ou ação de agentes                           
tóxicos; 
 
Metaplasia: é a mudança de um tecido adulto para um tecido diferente, mas de uma mesma                               
linhagem. Como é o caso de um epitélio que se transforma em outro tipo epitelial, mas que não se                                     
modifica em tecido mesenquimal. Normalmente resulta de uma irritação persistente que leva ao                         
surgimento de um tecido mais resistente, no entanto, pode resultar em um tecido que confere uma                               
menor proteção ao indivíduo.  
- Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado em queratinizado, ocorre na boca ou                     
esôfago em casos de irritações prolongadas; 
- Epitélio pseudoestratificado ciliado em epitélio estratificado pavimentoso queratinizado ou                 
não – metaplasia brônquica no tabagismo 
- Tecido cartilaginoso em tecido ósseo,  
 
Displasia: é caracterizada por alterações na proliferação e diferenciação celular,                   
acompanhada por redução ou perda de diferenciação das células afetadas.  
 
Hipertrofia: é o aumento dos constituintes estruturais e das funções celulares, resultando no                         
aumento do tamanho da célula. Para que isso ocorra, é importante que algumas questões sejam                             
atendidas como: fornecimento de O2 e nutrientes para suprir o aumento de oxigênio exigido pelas                             
células; preservação da inervação; organelas e sistemas enzimáticos íntegros - células danificadas                       
não conseguem hipertrofiar; 
Hipertrofia fisiológica: ​musculatura lisa uterina durante a gravidez; 
Hipertrofia patológica: ​hipertrofia do miocárdio em caso de sobrecarga; hipertrofia da                     
musculatura estriada esquelética em casos de grandes esforços (i.e: musculação, atletas e                       
trabalhadores braçais); hipertrofia em hepatócitos por ação de barbitúricos; 
 
Hipotrofia: ​hipotrofia e atrofia fundamenta-se na redução quantitativa dos componentes                   
estruturais e das funções celulares, resultando em diminuição do volume das células nos órgãos                           
atingidos. É uma forma de resposta adaptativa da célula, que podem ou não ocasionar lesões                             
adaptativas, a novas condições impostas pelo organismo. 
Hipotrofia fisiológica: ​senilidade, os órgãos reduzem suas atividades metabólicas; 
Hipotrofia patológica: ​inanição, deficiência nutricional resulta em hipotrofia generalizada;                 
órgãos ou tecidos em desuso; compressão como tumores, cistos, etc; 
 
 
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G​ENES ASSOCIADOS À CARCINOGÊNESE 
Os ​proto-oncogenes participam das funções celulares relacionadas ao crescimento e à                     
proliferação. Suas proteínas podem atuar como fatores de crescimento ou como seus receptores.                         
Em geral, eles coordenam a proliferação celular. As mutações nesses genes conferem                       
autossuficiência no crescimento da célula.  
● ERBB1, ERBB2:​ Superexpressão está associada a carcinoma de células escamosas no pulmão; 
● FLT3​: A amplificação desse gene está associada a câncer de mama e de ovário 
Os ​genes supressores de tumor possuem a função de aplicar um "freio", reparar ou interromper o                               
ciclo celular e causar apoptose. Portanto, mutações nesses genes conferem um crescimento                       
descontrolado.  
● BRCA1 e BRCA 2​: possuem a função de reparo do DNA, associado aos carcinomas da mama                               
feminina e masculina, e carcinoma do ovário. 
● p53 responsável pela interrupção do ciclo celular e apoptose em resposta ao dano celular,                           
associado à maioria dos cânceres humanos. 
Os ​genes de reparo de DNA codificam moléculas que participam do reconhecimento e do reparo de                               
lesões do DNA.  
● UVDR ou ERC​, que atuam no reparo do DNA após radiação UV. As mutações nesses genes                               
resultam em um maior risco de desenvolver vários tumores. Um exemplo é o xeroderma                           
pigmentoso, onde os indivíduos apresentam inúmeras lesões na pele como nevos e até                         
melanomas.  
Os ​genes da apoptose possuem a função de programar a morte celular, permitindo a reposição de                               
células sem aumentar a celularidade, favorecendo o crescimento da massa tumoral.  
● TP53​, responsável pela diminuição da apoptose por redução de genes pró-apoptóticos (BAX) 
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