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Faculdade Anhanguera de Anápolis psicomotricidade

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Faculdade Anhanguera de Anápolis
Joice da Conceição Ferreira
Psicomotricidade na Educação Infantil
Anápolis
2019
Psicomotricidade na educação infantil
Nos movimentos das crianças se articula toda sua afetividade, desejos e suas possibilidades de comunicação. O que é psicomotricidade? Sua definição. No princípio, a psicomotricidade era utilizada apenas na correção de alguma debilidade, dificuldade ou deficiência. ainda está em formação, já que à medida que avança e é aplicada, vai-se estendendo a distintos e variados campos.
Hoje, vai mais longe: a psicomotricidade ocupa um lugar importante no desenvolvimento infantil, sobretudo na primeira infância, em razão de que se reconhece que existe uma grande interdependência entre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais. A psicomotricidade é a ação do sistema nervoso central que cria uma consciência no ser humano sobre os movimentos que realiza através dos padrões motores, como a velocidade, o espaço e o tempo.
A psicomotricidade, como estimulação aos movimentos da criança, tem como meta:
Considerando-se que  na primeira infância existe uma forte correlação entre os desenvolvimentos motores e intelectuais, e de suma importância  a estimulação do desenho infantil , que representa seu primeiro “tesouro” expressivo, que muito  irá contribuir para o desenvolvimento infantil e consequentemente para a construção  de sua linguagem / aprendizagem.
O desenho é uma atividade espontânea e como tal, deve-se respeitá-la e considerá-la como a grande obra das crianças. Se a criança tem vontade de desenhar, anime-a sempre que o faça. O ideal seria que todas as crianças pudessem ter, desde cedo, algum contato com o lápis e o papel. Começarão com rabiscos e logo estarão desenhando formas mais reconhecíveis. Quanto mais a criança desenhar, ela se aperfeiçoará, e mais benefícios se notará no seu desenvolvimento. O desenho facilita e faz evoluir a criança na:
A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educação Infantil.
 A Psicomotricidade nada mais é que se relacionar através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. A Psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente.
Vitor da Fonseca (1988) comenta que a "PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível.
 Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que toda criança passe por todas as etapas para o desenvolvimento da linguagem.
 O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor. Para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio afetivo.
 Segundo Barreto (2000), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”. A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio motoras, pois assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo.
 Bons exemplos de atividades físicas são aquelas de caráter recreativo, que favorecem a consolidação de hábitos, o desenvolvimento corporal e mental, a melhoria da aptidão física, a socialização, a criatividade; tudo isso visando à formação da sua personalidade. 
Saco sensorial
Gel, bolinhas e pequenos objetos dentro do saco plástico fascinam as crianças pequenas.
Só o que é preciso para essa atividade é um saco plástico grande e bastante gel de cabelo. Outros pequenos objetos podem ser adicionados para tornar o toque ainda mais interessante: na foto, há estrelinhas metálicas, compradas na papelaria, e bolinhas de gel. Lantejoulas, bichinhos de borracha, pompons ou botões são alternativas à mistura.
A dica é colar as extremidades do saco plástico no chão com fita crepe ou dupla face, para que as crianças possam engatinhar ou andar sobre ele com mais segurança. Também é possível usar várias sacolas menores, contendo texturas diferentes (areia, terra, gelatina) para que elas possam comparar uma à outra.
Idade indicada: 
A partir dos 9 meses, sempre com a supervisão de um adulto.
Cortina sensorial com garrafas
Garrafas recheadas com todo tipo de material podem ocupar as crianças por horas em uma brincadeira coletiva.
Nesta brincadeira, garrafinhas cheias dos mais diversos materiais são pendurados formando uma cortina para que as crianças explorem diferentes texturas, pesos e temperaturas. Na foto, foram 50 combinações diferentes, dentre elas:
Garrafas leves, com penas, isopor, papel e folhas;
Garrafas pesadas, com areia, pedrinhas, farinha, água ou gel;
Garrafas sonoras, com grãos, macarrão, clipes de papel, botões, arroz, conchas ou palitos de dente;
Garrafas com água gelada e água morna;
Garrafas com “movimento”, em que grãos ou pequenos objetos flutuam na água, no gel ou mesmo no ar (no caso de penas e ou flocos de isopor);
Garrafas com pequenas reações químicas, como água e óleo ou água e um pouco de detergente (que causará espuma assim que for chacoalhado).
E por aí vai, é só dar asas à imaginação.
Idade indicada:
A partir de 1 ano de idade, sempre com a supervisão de um adulto.
Carimbos naturais
Carimbos feitos de vegetais são uma atividade criativa que exercita a motricidade fina.
Os formatos dos carimbos podem ser feitos com ajuda de uma faca pequena ou de cortadores de biscoitos (aqueles em formato de estrelas ou corações) – essa parte da atividade, é claro, deve ser preparada com antecedência por um adulto, porém as crianças podem ajudar escolhendo os formatos. Batata, cenoura, pimentão e erva-doce foram usados na foto acima, mas vale explorar outros vegetais disponíveis. A dica é aproveitar aqueles que você tem em casa, mas já não estão tão bons para o consumo.
Segundo as mães, brincar com os alimentos ajuda a fortalecer a relação com a comida e promove a alimentação saudável. Afinal, as crianças que tiveram contato com as verduras
em um contexto divertido e de descoberta não devem achá-las tão “nojentas” na hora da refeição. Incentive as comparações entre cada alimento: qual tem a casca mais áspera, qual é macio, qual tem sementes, etc..
Idade indicada:
A partir dos dois anos, sempre com a supervisão de um adulto.
Galhos e lã
Perfeitos para trabalhar a destreza dos dedos, os enfeites de galhos e lã.
uso de ferramentas, coordenação dos olhos e mãos e coordenação motora bilateral. Ao trabalha-la, você estará facilitando a realização de tarefas rotineiras como manusear os botões, zíper e cadarço, colorir, recortar e usar os talheres, entre outras.
Para essa atividade, não há segredo: convide a turma para sair da sala de aula e recolher galhos de diferentes tamanhos no pátio. Então, sentem-se juntos para fabricar os enfeites com novelos de lã coloridos. A brincadeira consiste em enrolar os galhos com diferentes combinações de cores, exercitando a motricidade fina. Você também pode usar fitas e barbantes.
Idade indicada:
A partir dos 3 anos, sempre com supervisão de um adulto.
Conclusão
    Conclui-se com este trabalho que os professores devem estar realmente compromissados com as crianças, no qual é a fase mais importante para o desenvolvimento e construção do sujeito. A psicomotricidade vem fazendo um diferencial nesta etapa quando realizada com objetivos claros e concretos.
    Nas atividades psicomotoras os alunos revelam as mais diferentes emoções, tendo a oportunidade de criar, expressar se por meio das brincadeiras, conhecer a si mesma e as diferentes funções que o corpo realiza, conhecer o outro, e o espaço.
    Conclui-se também que a psicomotricidade quando envolvida com aprendizagem, traz resultados positivos, pois são através das atividades de movimentos que a criança terá a oportunidade de desenvolver cognitivamente, pois com um simples traçado de uma letra no chão, quando a criança passe por cima, ela estará assimilando este movimento, e também com um simples modelar de uma massinha, irá oportunizando a criança a movimentar seus punhos que muita das vezes não se locomovem adequadamente, o que possibilitará a escrita da criança quando entrar na fase de alfabetização. O corpo é o veículo para a ação, para o conhecimento e para socialização. As experiências corporais modificam o intelecto, a vida afetiva e as ações motoras dos indivíduos. O corpo deve ser visto como um todo, pois nele estão todas as tensões e emoções que caracterizam a evolução psicoafetiva de um sujeito. Toda a educação psicomotora deve ser realizada levando-se em conta as necessidades reais do indivíduo, partindo do simples para o complexo. Sem dúvida uma criança que não conhece a si mesmo e suas potencialidades não conseguirá também relacionar com si mesmo e com os outros, vivendo em mundo isolado e distante, assim cabe a escola e a família estimular o movimento através de brincadeiras e jogos, proporcionado assim uma vivencia corporal ampla capaz de desenvolver capacidades física, afetivas e motoras.
Referências
ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Teoria e prática em psicomotricidade: Jogos atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. Rio de Janeiro: Wak 2006.160p.
BARROS, Darcymires do Rêgo; ERREIRA, Carlos Alberto de Mattos; HEINSIUS, Ana Maria. Psicomotricidade Escolar. Rio de Janeiro: Wak, 2008. 296 p.
FONSECA, Vitor da. A Psicomotricidade e o desenvolvimento do ser humano. São Paulo. 1983. Disponível em: http://www.leoabreu.psc.br/02.htm, Acesso em: 09 dez. 2009.
GORETTI, Amanda Cabral. “A Psicomotricidade”. Disponível em: http://www.cepagia.com.br/textos/a_psicomotricidade_amanda_cabral.doc, cesso em: 04 dez. 2009.
OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: Educação e Reeducação enfoque e Psicopedágogico. Petropólis. RJ, Vozes, 1997.

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