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ÉTICA E CIDADANIA WEB 5 - REVISÃO M.ª CAMILA GALLINDO UNIDADE 1 - A moral se refere a um conjunto de normas, valores (ex: bem, mal), princípios de comportamento e costumes específicos de uma determinada sociedade ou cultura (SCHNEEWIND, 1996; WEIL, 2012). É eminentemente prática, voltada para a ação concreta e real, para um certo saber fazer prático-moral e para a aplicação de normas morais consideradas válidas por todos os membros de um determinado grupo social COMO HAVEMOS DE VIVER? COMO EU DEVO AGIR? - A ética regulamenta as ações do convívio humano. Torna a vida humana possível, passando a ser mediação necessária para que a humanidade possa se aproximar da utopia sonhada em termos de convivência (ALLES, 2014) - A ética tem por objeto de análise e de investigação a natureza dos princípios que subjazem as normas de uma determinada sociedade, questionando-se acerca do seu sentido, bem como da estrutura das distintas teorias morais e da argumentação utilizada para dever manter, ou não, no seu seio determinados traços culturais. Pode ser conceituada como a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito dos fundamentos da vida moral PORQUE HAVEMOS DE VIVER SEGUNDO X OU Y MODO DE VIVER? QUE VIDA EU QUERO VIVER? QUEM EU QUERO SER? UNIDADE 1 - Interconexão: tanto a ética implica a moral, enquanto matéria-prima das suas reflexões e sem a qual não existiria, como a moral implica a ética para se repensar, desenhando-se, assim, entre elas uma importante relação - Importância: o desenvolvimento de uma capacidade de interrogação, reflexão e ponderação de cada sistema de moralidade existente quanto à natureza e pertinência das suas normas e regras morais secularmente instituídas, mas nem sempre repensadas à luz do sentido dos princípios que as fundamentam (Exemplos: a escravidão era aceitável e considerada natural, as mulheres consideradas como propriedade do homem) - Movimento da história e do que atende às demandas de cada sociedade - Variação da ideia de bem que perpassa ambos os conceitos - Cada sociedade define os valores positivos e negativos, os atos permitidos ou proibidos para seus membros UNIDADE 2 - ESTRANGEIRO: categoria genérica, pois ignora as singularidades de cada um, as experiências, as condições e as razões nas quais há a inserção em um território “estranho” - EXILADO: pessoa obrigada a sair e seu país de origem - IMIGRANTE: há uma opção pelo deslocamento e a possibilidade de volta - EXPATRIADO: chega em seu destino com um contrato assinado, vai trabalhar em uma unidade outra da sua empresa – “cidadão do mundo” - HOSPITALIDADE: temática relevante tendo em vista a intensificação das questões envolvendo a mobilidade global, vínculo entre mundos “[...] múltipla forma de acolhimento, de alianças, da formação de vínculos faz parte de mecanismos associativos rotulados de hospitalidade e está do lado oposto da rivalidade, da competição” (BUENO, 2016, p. 5) - DESLOCAMENTO DE FRONTEIRAS: o “Outro” no meu espaço e “Eu” no território do “Outro”; tradução das diferenças, conciliação, e adaptação das mesmas UNIDADE 2 - TRABALHO: satisfação das necessidades humanas materiais e culturais - Os gregos e o ócio criativo digno dos homens livres, aptos ao desenvolvimento da erudição e da participação na vida pública - Escravos dedicados às atividades cotidianas e domésticas, ao cultivo da terra, entre outras – a escravidão foi muito tempo considerada o modo mais adequado de relação laboral - Divisão social do trabalho: o material e o intelectual - EMPREGO: originário da sociedade capitalista, no contexto da 1ª Revolução Industrial (séc. 18) [ cercamentos, êxodo rural, espaços urbanos, venda da força de trabalho ] - 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (séc. 19 e 20) I 3ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (séc. 20 e 21) - MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO: as relações materiais que os homens e as mulheres estabelecem e os modos como produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações. As relações econômicas e as forças produtivas que lhes são correlatas constituem a base (infraestrutura) de sua existência. Superestrutura: estrutura jurídico-política e ideológica UNIDADE 3 - MUNDO DIGITAL E TECNOLOGIAS: o acesso não é para todos e todas; a apropriação do conteúdo também é assimétrica - Potencialização do espírito democrático ou criação de abismos? - O fenômeno das Fake News - Ideia da “terra de ninguém” – faz-se o que quer mesmo que conflite com a autonomia e a privacidade do outro - Lei 12.737/2012, a Lei Carolina Dieckmann, tipifica como infrações condutas no ambiente virtual (especificamente, o vazamento de dados); - Lei 12.965/2014, o Marco Civil da Internet, privacidade e dados pessoais UNIDADE 3 - Narrativa hegemônica e ideia de um sujeito universal – homem, branco, heterossexual - São vários os atravessamentos: a sobreposição de diversas identidades sociais e de formas de opressão “levar em conta as inúmeras fontes da identidade, embora não tenha a pretensão de propor uma nova teoria globalizante da identidade” (CRENSHAW, 1994, p. 54 apud HIRATA, 2014, p. 62) - Engessamento: “essa ideia é de tal modo enraizada socialmente que o fato de ser uma mulher não desejar ser mãe é interpretado como um problema, um ‘defeito’, seja de ordem física (ela não pode e então diz que não quer), seja de ordem moral (ela é uma mulher fria, egoísta), seja de ordem psicológica (ela teve problemas com a própria mãe, é ‘traumatizada’)” (SANTOS; NOVELINO; NASCIMENTO, 2001 apud SANTOS, 2005, p. 32) - O movimento feminista da segunda onda assim o fez a partir da constatação de que as reinvindicações não são homogêneas. “Afinal, as sociedades possuem as mais diversas formas de opressão, e o fato de ser uma mulher não a torna igual a todas as demais. Assim, a identidade de sexo não era suficiente para juntar as mulheres em torno de uma mesma luta” (PEDRO, 2005, p. 82) - Pensamento plural: falar em mulheres é contestar a ideia de que a mulher seja uma categoria homogênea, adotada em referência a mesmas experiências de vida essencialmente compartilhadas UNIDADE 4 - A dignidade da pessoa humana no horizonte, a criação de caminhos para o bem comum - PROTEÇÃO > JUSTIFICAÇÃO : Quais as formas de proteger os direitos humanos? - Fundamentação absoluta não é garantia para sua plena realização - O conceito de direito natural colocado em xeque porque as interpretações do que é “estado de natureza” e “justo por ser natural” são variadas. JUSNATURALISTAS: argumentos absolutos para mostrar que os direitos humanos advêm da natureza humana – basta ser humano para ter seus direitos garantidos - Homens e mulheres considerados de forma concreta - Apropriação dos Direitos Humanos nos e pelos Estados - Sua afirmação universal no âmbito internacional - Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) UNIDADE 4 - CONTEXTO BRASILEIRO: a Ditadura Militar (1964-1985) e a Constituição Cidadã (1988) - Não assegura o reconhecimento, o respeito e a prática cidadã em prol dos Direitos Humanos na realidade cotidiana - Criação de uma cultura de paz, papel preventivo, proclamação de princípios (contra a tortura, a guerra, a discriminação e a violência humana), mudança de mentalidade (nova consciência ética) -> a educação em Direitos Humanos tem a ver com a construção e a prática de uma cultura em Direitos Humanos - Apropriação dos direitos e deveres – torna-se cidadão/cidadã – cidadania enquanto processo - Cidadania de papel e codependência dos direitos (civis, políticos, econômicos, sociais e culturais) de forma a garantir a dignidade humana - Questionamento das contradições existentes entre a afirmação de que os indivíduos são iguais e livres perante a lei e a constatação da realidade -Consideração das particularidades regionaisdentro dos princípios universais dos Direitos Humanos UNIDADE 4 - ARISTÓTELES: interpretação, reflexão e questionamento (animais racionais); estabelecimento e dependência das relações com os/as outros/as (animais políticos) -> TÁBULA RASA; aprendizado com a experiência alheia – aprendizado constante; o conhecimento é relativo (indivíduo, cultura, sociedade, economia, relações familiares, profissionais, de amizade, etc) - DESCARTES: como é possível ter certeza indubitável acerca de algo?; embasamento em um conjunto de pressupostos entendidos como verdades absolutas; dúvida de toda verdade instituída; dúvida oriunda da capacidade de pensar; existe algo que pensa; “Se duvido logo penso, se penso logo existo” - KANT: o mundo é uma incógnita, passível ao entendimento do observador; relação do indivíduo com o mundo mediada pelo conceito que é atribuído ao objeto de sua relação; eu-mundo: relação de juízos e conceitos preestabelecidos ou verdades instituídas; encaixotar o desconhecido em categorias e domínio pelo saber; não é possível sabermos quais os conceitos ou como eles se colidem e se organizam em um mundo particular – saber individualizado
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