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Bacia do Paraná - Formação Serra Geral

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Bacia do paraná-formação serra geral 
Alunos:
Professor: Marco Aurélio Costa Caiado 
Matéria: Geologia Aplicada
Bacia do paraná
A Bacia do Paraná é uma das bacias hidrográfica do Brasil que está localizada na região sudeste e centro-sul do país e no centro-leste da América do Sul.
Compreende o Segundo e o Terceiro Planalto Paranaense, recobrindo a maior porção do estado. 
É uma bacia sedimentar, que evoluiu sobre a Plataforma Sul-Americana, e sua formação teve início a cerca de 400 milhões de anos, no Período Devoniano terminando no Cretáceo.  
A persistente subsidência na área de formação da bacia, embora de caráter oscilatório, possibilitou a acumulação de grande espessura de sedimentos, lavas basálticas e sills de diabásio, ultrapassando 5.000 metros na porção mais profunda.   Sua forma é aproximadamente elíptica, aberta para sudoeste, e cobre uma área da ordem de 1,5 milhão de Km2.
Formação Geológica
A Bacia do Paraná é uma grande bacia intracratônica sul-americana, desenvolvida completamente sobre crosta continental. Foi preenchida por rochas sedimentares associadas a vulcanismo e intrusões básicas, que podem alcançar até 7.000 m de espessura.
Segundo Milani (1997), o registro sedimentar-magmático da Bacia do Paraná é representado por seis Superseqüências deposicionais : Rio Ivaí (Ordoviciano - Siluriano), Paraná (Devoniano), Gondwana I (Carbonífero - Eocretáceo), Gondwana II (Meso a Neotriássico), Gondwana III (Neojurássico - Eocretáceo) e Bauru (Neocretáceo)
. Diagrama Estratigráfico da Bacia do Paraná (Milani et al., 2007).
Estratigrafia
A coluna estratigráfica da Bacia do Paraná foi subdividida em seis unidades alostratigráficas de segunda ordem ou supersequências: 
Supersequência Rio Ivaí: a supersequência mais basal, de idade Neo Ordoviciana a Siluriana, foi depositada quando a região constituía um imenso golfo preenchido pelas águas do Panthalassa, e possui três formações geológicas: a mais antiga, denominada formação Alto Garças, é constituída principalmente por arenitos quartzosos finos a grossos, pouco feldspáticos, e possui espessura máxima da ordem de 300 m.
Supersequência Paraná: a supersequência seguinte, de idade Devoniana, foi depositada quando a Bacia do Paraná passava por um ciclo transgressivo regressivo. Apresenta uma espessura máxima em torno de 800 m, chegando até alguns milhares de metros em alguns locais do território. A Supersequência Paraná é constituída por duas formações geológicas: Furnas e Ponta Grossa. 
Furnas e ponta grossa
A formação Furnas é constituída por arenitos quartzosos brancos, caulínicos. No topo da Supersequência Paraná ocorre a formação Ponta Grossa, uma seção predominantemente argilosa e que, além de ser rica em macrofósseis, é uma das potenciais geradoras de petróleo da bacia. 
Entre os fósseis de animais encontrados nesta formação predominam invertebrados marinhos como branquiópodos, trilobitas, bivalvios, gastrópodes, anelídeos e equinodermos. 
As constituições podem ser observadas conforme as figuras ao lado.
Geração e migração 
Os folhelhos devonianos da Formação Ponta Grossa possuem potencial para geração de hidrocarbonetos e abrangem quase 2/3 da bacia e estão senis em quase toda essa área.
Os folhelhos betuminosos permianos da Formação Irati possuem potencial para geração de hidrocarbonetos líquidos e são imaturos na maior parte da bacia. 
A migração dos hidrocarbonetos pode ter se dado ao longo dos planos de falhas ou diques de diabásio, ou por movimentos de fluidos em camadas permeáveis, planos de acamamento e superfícies de discordância. 
No Campo de Barra Bonita a migração ocorre por contato direto pela erosão por canais glaciais, preenchidos por reservatórios carboníferos, que atingiram os geradores devonianos subjacentes.
. Modelo esquemático de acumulação do Campo de Barra Bonita, incluindo as rotas de migração entre geradora e reservatório (Milani e Catto, 1998).
Pavimento estriado de Witmarsum, Paraná, Brasil. Estrias formadas por geleiras da Glaciação Karroo.
Afloramento de varvitos no Parque do Varvito, Itu-São Paulo.
Afloramento de arenitos eólicos da formação Botucatu.
Afloramento de basaltos da Formação Serra Geral no Salto São Francisco. A maior queda d'água da região Sul do Brasil.
Supersequência Gondwana I: Segundo Milani (1997) esta superseqüência comporta uma porção basal transgressiva, correspondente ao grupo Itararé, constituído por depósitos sedimentares glacio-marinhos, e ao Grupo Guatá, formado por rochas de ambiente deltaico, marinho e litorâneo da Formação Rio Bonito e marinho da Formação Palermo. Acima, uma seção regressiva acomodase por um ciclo de subsidência correspondendo ao Grupo Passa Dois, constituído pelas Formações Irati, Serra Alta, Teresina e Rio do Rasto.
Supersequência Gondwana II: durante o início do triássico, boa parte da Bacia do Paraná parece não ter sofrido subsidência, com exceção de alguns locais devido a falhamentos, possibilitando a deposição de sedimentos de origem fluvial e lacustre. 
Supersequência Gondwana III: Esta supersequência, depositada do jurássico superior ao Cretáceo superior, marca a ocorrência de dois eventos de grande importância. A sua porção basal indica a ocorrência de uma grande desertificação do ainda continente Gondwana, o "deserto Botucatu", semelhante ao deserto do Saara e com área superior a um milhão de km². 
Formação Serra Geral 
A Bacia do Paraná é o palco em que se desencadearam os eventos magmáticos que vieram a resultar na Formação Serra Geral, composta por planaltos, serras, afloramentos, degraus e escarpas de natureza basáltica, constatados, por exemplo, desde as feições verticais do Parque Nacional do Iguaçu (PR) até as escarpas do Parque Nacional dos Aparados da Serra (RS).
A Formação Serra Geral, associada à ruptura do paleocontinente Gondwana com o maior vulcanismo fissural em região continental, que resultou no empilhamento de até 2.000 m de basaltos sobre os sedimentos da Bacia do Paraná, além de intrudir-se por entre os mesmos, sob a forma de diques e soleiras.
Cessadas as atividades vulcânicas e promovidos os ajustes isostáticos, definiu-se uma depressão sobre o pacote basáltico, onde a Supersequência Bauru depositou-se no Cretáceo Superior. É composta por rochas sedimentares de sistemas eólicos, fluviais e aluviais, finalizando a história deposicional da Bacia do Paraná. 
Seção geológica Gondwana III
Diagrama Estratigráfico da Bacia do Paraná (Milani et al., 2007).
Afloramento de basaltos da Formação Serra Geral nas Cataratas do Iguaçu. Os diversos "degraus" mostram a sucessão de derrames vulcânicos.
Afloramento de basaltos da Formação Serra Geral no Cânion do Itaimbezinho.
Aparados da Serra. Serra Geral – Porção Leste.
Bibliografia 
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/regiao-hidrografica-parana.htm
https://www.suapesquisa.com/geografia/parana.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Paran%C3%A1
http://parquedaciencia.blogspot.com/2016/05/a-origem-magmatica-da-formacao-serra.html
https://www.cprm.gov.br/publique/media/gestao_territorial/geoparques/Aparados/ap_geol_pag05.htm
MILANI, E. J.; RAMOS, V. A. 1998 Orogenias paleozóicas no domínio sulocidental do Gondwana e os ciclos de subsidência da Bacia do Paraná. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 28, n. 4, p. 527-544.
MILANI, E. J.; MELO, J. H. G.; SOUZA, P. A.; FERNANDES, L. A.; FRANÇA, A. B. 2007. Bacia do Paraná. Boletim de Geociências da Petrobrás, Rio de Janeiro, v. 15, n.2, p. 265-287.

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