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Southern, Northern, FISH e Western blotting Profra Glaucia Vilar 1 1. Técnicas de hibridização 2. Southern blot 3. Northern blot 4. FISH 5. Western blot 6. Comparação entre todas as técnicas 2 O QUE É HIBRIDAÇÃO/HIBRIDIZAÇÃO? 3 HIBRIDIZAÇÃO 4 Técnica biológica molecular na qual uma sonda de DNA ou RNA de fita simples é utilizada para localizar um gene ou molécula em uma célula ou tecido por complementaridade. Quando as duas cadeias simples, que se associam, são de proveniência diferente, forma- se uma cadeia híbrida e daí o nome hibridação. Detecção de sequências de nucleotídeos específicas. Determina o grau de semelhança genética entre combinações de sequências de DNA. Esta técnica geralmente é usada para determinar a distância genética entre duas espécies. Hibridização é fundamental em várias técnicas de biologia molecular como PCR, Southern blot e outras. Distância genética é uma medida da diferença de material genético entre diferentes espécies ou indivíduos da mesma espécie ou não. 5 Charles Sibley e Jon Ahlquist foram os pioneiros na utilização da técnica de hibridização do DNA para investigar relações evolutivas TÉCNICAS DE HIBRIDIZAÇÃO 6 TÉCNICAS DE HIBRIDIZAÇÃO Southern blot Northern blot FISH Western blot Usado para detectar DNA Usado para detectar RNA Usado para detectar proteína Usado para detectar sequências de DNA em cromossomos O QUE É BLOT/BLOTTING? 7 Blotting 8 Transferência de macromoléculas tais como ácidos nucleicos e proteínas para uma fase sólida - uma membrana. Membranas de nylon ou nitrocelulose (pequenos fragmentos de ác. nucleicos ou proteínas); PVDF- Fluoreto de polivinilideno (WB proteínas maiores) "borramento" (blotting em inglês) 9 O QUE SÃO SONDAS DE ÁCIDOS NUCLÉICOS? Sondas de ácidos nucleicos 10 HIBRIDIZAÇÃO Sondas de ácidos nucleicos 11 O que é o Southern Blot? 12 Southern blot DNA 13 O Southern blot é uma técnica de biologia molecular utilizada para conferir se uma determinada sequência de DNA se encontra ou não presente em uma amostra de DNA analisada. A técnica recebeu esse nome em homenagem ao seu criador, o biólogo britânico Edwin Southern da Universidade de Oxford. Existem outras técnicas de blotting em que os nomes são trocadilhos ao nome de Southern (que significa "do sul", em português), como é o caso de Western blot ("ocidente") e Northern blot ("norte"). Southern blot DNA 14 Resumidamente, o Southern blot é uma técnica de hibridização DNA-DNA A metodologia consiste na fragmentação do DNA em pedaços menores, através de uma eletroforese, seguindo-se a transferência para uma membrana e a detecção do fragmento de DNA de interesse por hibridação com uma sonda específica. Digestão do DNA com endonucleases de restrição Eletroforese para separação dos fragmentos Blotting dos fragmentos em uma membrana Hibridização com sonda Autoradiografia Southern blot DNA 15 Digestão do DNA com endonucleases de restrição A primeira etapa é a fragmentação ou digestão do DNA, onde as longas sequências de nucleotídeos devem ser divididas em fragmentos menores com a ajudas das endonucleases ou enzimas de restrição. Cada enzima reconhece uma ou mais sequências alvo e corta o DNA nestas sequências ou perto delas. Enzimas de restrição “tesouras moleculares” Southern blot DNA 16 Eletroforese para separação dos fragmentos O DNA fragmentado é submetido a eletroforese em gel de agarose para separar os fragmentos de acordo com peso molecular à medida que passam por uma corrente elétrica. Através do uso da eletroforese, podemos ver quantos diferentes fragmentos de DNA estão presentes em uma amostra, e o quão grande eles são em relação aos outros. Southern blot DNA 17 Blotting dos fragmentos em uma membrana Para transferência do DNA separado no gel para uma membrana de nitrocelulose ou de nylon, é necessário colocar a membrana sobre o gel e aplicar pressão uniformemente distribuída sobre o gel, levando à ligação do DNA à membrana. Seguidamente, a membrana é aquecida (no caso da utilização de uma membrana de nitrocelulose) ou exposta a radiação UV (no caso da utilização de uma membrana de nylon) para fixar permanentemente o DNA à membrana. Southern blot DNA 18 Hibridização com sonda A membrana é tratada com uma sonda hidridizadora, sendo esta uma molécula de DNA isolada de sequência conhecida e é idêntica, ou então complementar, àquela sequência a qual se quer determinar a presença ou não na amostra. A sonda de DNA é marcada de um modo que possibilite sua detecção, sendo normalmente realizada por meio da incorporação de átomos radioativos ou ligando-se a elas corantes fluorescentes ou cromogênicos. Essa sonda irá parear com qualquer sequência de DNA que for complementar a ela. Deste modo, caso a sequência buscada não estiver presente na amostra em questão, não ocorrerá o pareamento. Em seguida, todo excesso de sonda é lavado da membrana, removendo toda a sonda não hibridizada presente nela. Southern blot DNA 19 Autorradiografia A presença ou não da sonda na membrana (e as posições onde ela está presente) é revelada por uma autorradiografia em um filme de raio-x, ou pelo aparecimento de uma cor caso um marcador cromogênico tenha sido usado. Southern blot DNA 20 Southern blot DNA 21 Testes de paternidade Identificação criminal Identificar gene de interesse Identificar mutação ou rearranjo de gene Usado em diagnóstico de doenças genéticas Usado para identificar agentes infecciosos APLICAÇÕES: 22 In vitro susceptibility assay of drug-resistant HBV (Kim, J. H., Park, Y. K., Park, E. S. and Kim, K. H. (2014). Molecular diagnosis and treatment of drug-resistant hepatitis B virus. World J Gastroenterol 20(19): 5708-5720.) Southern blot DNA O que é o Northern Blot? 23 24 O Northern blot é uma técnica de biologia molecular utilizada para estudar a expressão gênica, ou seja, verificar se um determinado gene de um genoma é ou não transcrito em RNA e quantificar. Tendo sido descrita por James Alwine, David Kemp, and George Stark, em 1977 na Universidade de Stanford, essa técnica é assim denominada devido à similaridade do seu procedimento com o Southern blot (com a diferença de que, em vez de DNA, a substância analisada por eletroforese com uma sonda de hibridização é RNA). Northern blot RNA 25 Desnaturar o RNA em fita simples Eletroforese para separação dos fragmentos Blotting dos fragmentos em uma membrana Hibridização com sonda Autorradiografia Northern blot RNA 26 Northern blot RNA Desnaturação das moléculas de RNA para se tornarem moléculas de estrutura primária Northern blot RNA 27 APLICAÇÕES: •Úteis em estudo de expressão gênica (verificar se um determinado gene de um genoma é ou não transcrito em RNA) •Estudo de diferentes tecidos •Estudo do padrão temporal de expressão de genes durante o crescimento do indivíduo O QUE É HIBRIDIZAÇÃO FLUORESCENTE IN SITU (FISH)? 28 FISH 29 A hibridização fluorescente in situ, conhecida como FISH (Fluorescence in situ hybridization), é um técnica Citogenética usada para detectar e localizar determinadas sequências de DNA em cromossomos detectando anomalias cromossômicas A técnica foi desenvolvida na década de 1980 e utiliza sondas fluorescentes que se ligam somente às partes do cromossomo que apresentem um elevado grau de complementaridade com a sequência sendo visualizadas por microscopia de fluorescência. Citogenética é um ramoda genética que estuda a estrutura e função da célula, especialmente os cromossomos. FISH 30 A observação microscópica de cromossomos normais e anormais permitiram a construção de mapas citogenéticos do genoma de muitas espécies. Estes mapas mostram a localização relativa de características morfológicas dos cromossomos (ex: centrômeros, marcadores citogenéticos ou bandas) e lesões cromossômicas visíveis. Esta técnica permite identificar a presença, ausência, quantidade ou localização de segmentos cromossômicos específicos, através de sondas de DNA (segmentos cromossômicos de sequência conhecida) marcadas com fluorocromos. Por meio da técnica de FISH é possível investigar tecidos preservados, tecidos fixados em formol, preparações para citogenética convencional, amostras de sangue periférico, medula óssea e as amostras pré-natais como vilosidade coriônica, líquido aminiótico, sangue fetal e material de abortamento. FISH 31 Fixar e permeabilizar as células In situ hybridization Lavagem de sonda em excesso Análise ao microscópio de fluorescência FISH • Sondas que hibridam com sequências únicas ou loco-específicas; • Sondas que hibridam com estruturas cromossômicas específicas (sondas centroméricas, teloméricas); • Sondas que hibridam com sequências múltiplas de um mesmo cromossomo, também chamadas de “bibliotecas”, que “pintam” um cromossomo inteiro. 32 TIPOS DE SONDAS QUE PODEM SER UTILIZADAS Sondas para locus único: - genes, regiões satélites, centrômeros, telômeros ... FISH • Sondas que hibridam com sequências únicas ou loco-específicas-permitem identificar micro-deleções, alterações envolvendo genes específicos e oncogenes. • Sondas que hibridam com estruturas cromossômicas específicas (sondas centroméricas, teloméricas); • Sondas que hibridam com sequências múltiplas de um mesmo cromossomo, também chamadas de “bibliotecas”, que “pintam” um cromossomo inteiro. 33 TIPOS DE SONDAS QUE PODEM SER UTILIZADAS Sondas para cromossomo total 34 FISH APLICAÇÕES 35 Análise de danos cromossomais Mapeamento genético Genômica comparativa Diagnóstico de doenças (Expression Profiling of Rectal Tumors Defines Response to Neoadjuvant Treatment Related Genes. Palma et al, 2014) Biopsias de pacientes com cancer colorretal. Usaram 2 sondas (verde e vermelha), cada sonda ligando-se a partes diferentes do gene c-Myc. Numa célula normal, dois sinais vermelhos e dois verdes em separado são visiveis enquanto que em células com padrão alterado de c-Myc há dois sinais sobrepostos (sinais amarelos). (http://www.cancergeneticsitalia.com/dna-fish-probe/fhact/ Acessado em 31/10/2018) FISH O QUE É O WESTERN BLOT? 36 37 O western blot (ou immunoblotting) é uma técnica de biologia molecular e bioquímica utilizada para identificar uma proteína de interesse em uma mistura de proteínas. Criada em 1979 por Harry Towbin e seus colegas no Instituto Friedrich Miescher em Basel, Suíca. Nesta técnica é utilizado um anticorpo marcado contra a proteína de interesse. Como consequência da interação do antígeno com o anticorpo, a proteína-alvo (o antígeno), quando imobilizada no papel, pode ser identificada. Esta técnica permite detectar, caracterizar e quantificar múltiplas proteínas principalmente aquelas que estão em baixas quantidades em determinada amostra. Westhern blot Proteína 38 Westhern blot Proteína Extração de proteínas Dosagem das proteínas Eletroforese em gel Blotting das proteínas em uma membrana Bloqueio de ligações inespecíficas Incubação com o anticorpo primário (específicos) Incubação com o anticorpo secundário (peoxidase ou fluoróforo) Tratamento com o substrato específico para revelação 39 Extração de proteínas Westhern blot Proteína Após a coleta e armazenamento adequado da amostra, esta deve ser homogeneizada, até que nenhuma partícula de tecido seja visualizada. Os métodos de homogeneização usados podem ser divididos em cinco categorias: por homogeneização mecânica, ultrassônica, por pressão, por descongelamento e osmótica ou lise por detergentes. O lisado deve ser centrifugado, a fim de permitir a remoção de ácidos nucléicos, substâncias insolúveis e proteínas abundantes, porque normalmente proteínas pouco abundantes possuem valiosas informações diagnósticas e são responsáveis por processos importantes na célula. 40 Extração de proteínas Westhern blot Proteína 41 Westhern blot Proteína Dosagem das proteínas 42 Eletroforese em gel Westhern blot Proteína 43 Westhern blot Proteína Blotting das proteínas em uma membrana 44 Westhern blot Proteína Blotting das proteínas em uma membrana As principais vantagens do Electroblotting são a velocidade e a transferência completa quando comparada à difusão simples e à transferência a vácuo. O eletroblotting pode ser realizado por imersão completa de um sanduíche gel- membrana em uma solução tampão. Após a transferência, as membranas podem ser guardadas em geladeira em TBS para se proceder a imunodeteccção no dia seguinte. 45 Westhern blot Proteína Bloqueio de ligações inespecíficas 46 Westhern blot Proteína Incubação com o anticorpo primário (específicos) 47 Westhern blot Proteína Incubação com o anticorpo secundário (peroxidase ou fluoróforo) 48 Westhern blot Proteína Tratamento com o substrato específico para revelação 49 Westhern blot Proteína Tratamento com o substrato específico para revelação 50 (https://www.creative-diagnostics.com/Sample-Gel-Preparation.htm Acessado em 31.10.18) Westhern blot Proteína COMPARAÇÃO DAS TÉCNICAS 51 Southern blotting Northern blotting Western blotting Molécula detectada DNA (ds) mRNA (ss) Proteína Tipo de gel usado na eletroforese Agarose Agarose com formaldeído Gel de poliacrilamida Método blotting Transferência por capilaridade Trasnferência por capilaridade Trasnferência elétrica Sistema de detecção Autoradiografia Quimioluminescência Colorimetria Autoradiografia Quimioluminescência Colorimetria Quimioluminescência Colorimetria 52
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