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04_PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E CURRÍCULO PÓS-GRADUAÇÃO

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1 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL ............................................................ 4 
3 A IMPORTÂNCIA DE SE ENTENDER O QUE É PLANEJAMENTO 
EDUCACIONAL .......................................................................................................... 6 
4 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, DE CURRÍCULO E DE ENSINO ..... 11 
4.1 Planejamento educacional ....................................................................... 11 
4.2 Planejamento de currículo ....................................................................... 12 
4.3 Planejamento de ensino .......................................................................... 12 
5 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR E DA ESCOLHA DO 
CURRÍCULO ............................................................................................................. 13 
6 ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO ........................................... 15 
6.1 Conhecimento da realidade ..................................................................... 15 
6.2 Requisitos para o planejamento .............................................................. 16 
6.3 Elaboração do plano ................................................................................ 16 
6.4 Execução do plano .................................................................................. 16 
6.5 Avaliação e aperfeiçoamento do plano .................................................... 17 
7 O PLANO DA ESCOLA............................................................................. 17 
7.1 Roteiro para elaboração do plano da escola ............................................ 18 
8 COMPONENTES BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO ............ 18 
9 PLANO BIMESTRAL ................................................................................ 23 
9.1 Exemplo de Plano Bimestral .................................................................... 23 
10 PLANEJAMENTO DE AULA OU PLANO DE AULA .............................. 23 
11 O CURRÍCULO ESCOLAR ................................................................... 25 
11.1 Currículo escolar: limites e possibilidades ............................................... 27 
12 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA TRANSFORMAÇÃO DA 
PRÁTICA DOCENTE ................................................................................................ 29 
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 42 
14 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 
 
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com 
O ato conjunto de planejar propicia um encontro no qual quem participa exerce 
o que é mais humano no homem: a condição de dialogar, de expor ideias, de tratar do 
presente, como ato que se desenvolve e do futuro, como projeção do que se deseja. 
Essa é, de fato, a contingência que destaca o ser humano do âmbito zoológico, 
hipótese por meio da qual instaura-se a possibilidade de relacionamento entre os 
iguais e os diferentes, “no simples gozo da convivência humana”, sem as pesadas 
características do labor ou do trabalho. 
Particularmente, é correto dizer que o Planejamento Escolar pode ser 
entendido como um processo contínuo e sistemático de reflexão, decisão, ação e 
revisão, realizado pela comunidade de uma escola. Ele existe para fazer frente aos 
problemas que a realidade educacional apresenta, orientado pelas crenças e valores 
adotados por quem se compromete nessa empreitada. 
Este modelo de planejamento envolve a fase anterior ao início das aulas, o 
durante e o depois, significando o exercício da ação, que exprime a sua especificidade 
renovadora, seu caráter inovador e recorrente. Como processo dinâmico, deve 
expressar uma natureza coletiva e participativa, isto é, a comunidade escolar identifica 
os problemas de ensino, de aprendizagem, de relacionamentos, etc., pesquisa suas 
raízes e propõe formas para a superação dos mesmos. 
 
5 
 
Em uma análise crítica e pertinente, Vianna (1994, p.8) constata que 
 “O planejamento escolar está quase sempre desvinculado da realidade 
pessoal e social da escola, sem nenhum tipo de pesquisa prévia, de 
sondagem de aptidões ou necessidades”. (Apud JÚNIOR R. M. 2007. Pág. 
47). 
 Partindo de uma visão pragmática, pode-se entender que o processo de 
planejamento nas escolas tem como objetivos principais: evitar a rotina e a 
improvisação; economizar tempo, recursos financeiros e esforços; favorecer a 
coerência do trabalho educativo; promover a participação de todos os interessados 
diretos e/ou indiretos no processo educativo/escolar; propiciar a execução, o 
acompanhamento e a avaliação do trabalho desenvolvido. 
Do processo de planejamento nas escolas deve resultar uma proposta 
educacional a ser operacionalizada no Plano Escolar, que consolida o programa anual 
de trabalho da instituição em todas as suas dimensões e é fruto desse processo de 
planejamento da unidade, em função das reflexões críticas e permanentes da 
comunidade na qual está inserida, tendo em vista um novo padrão de qualidade e de 
utilização dos recursos disponíveis. 
Portanto, enquanto o planejamento caracteriza-se pela reflexão contínua sobre 
a prática pedagógica do cotidiano, o Plano Escolar deve constituir-se na formalização 
dos diferentes momentos desse processo. E, se o planejamento exige alguma 
formação dos envolvidos para se ter claro o significado técnico-político da educação 
escolar, além do papel de cada um no bojo desse sistema, a elaboração e a execução 
do Plano Escolar exige competência técnica, um “saber técnico”, que implica em 
acompanhamento e avaliação das ações previstas e determinadas, em harmonia com 
a legislação e decisões que estruturam e determinam a organização e o 
funcionamento das escolas, bem como sua legítima aspiração por uma autonomia 
institucional. 
Estabelecendo-se o planejamento como a etapa inicial de um processo de 
discussões, debates, propostas e tomada de decisões sobre o cotidiano e a realidade 
da escola, o Plano Escolar estrutura-se como um documento resultante dessa reflexão 
sobre a realidade definida. 
O Plano Escolar constitui-se, basicamente, na expressão objetiva das 
intenções e decisões da comunidade escolar, com vistas ao que se pretende realizar, 
 
6 
 
com que finalidade, num determinado período de tempo. Em decorrência, a 
importância do PlanoEscolar na produção de uma educação de qualidade torna-se 
evidente e esperada. 
3 A IMPORTÂNCIA DE SE ENTENDER O QUE É PLANEJAMENTO 
EDUCACIONAL 
 
Fonte: educainfantilotc.blogspot.com 
O ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução 
humana. Todas as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as mais 
complexas, na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas que 
as rodeiam. 
Mas não é só na vida pessoal que as pessoas planejam suas ações, o 
planejamento atinge vários setores da vida social. Se o ato de planejar é tão 
importante, porque algumas pessoas ainda resistem em aceitar este fato, 
principalmente no contexto escolar? Diante desse questionamento objetivou-se 
identificar os motivos pelos quais os professores resistem em preparar suas aulas e 
conscientizá-los da importância de utilizar o plano de aula como um norteador da ação 
pedagógica. 
 
7 
 
“O planejar é uma realidade que acompanhou a trajetória histórica da 
humanidade. O homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua 
vida”. (MENGOLLA, SAN’TANNA, 2001, p.15, Apud TUCUNDUVA C. C. 2008 
Pág. 51). 
Segundo Moretto (207, P. 100), percebe-se que o planejamento é fundamental 
na vida do homem, porém no contexto escolar ele não tem tanta importância assim “o 
planejamento no contexto escolar não parece ter a importância que deveria ter”. 
Hoje vivemos a segunda grande onda do planejamento. A primeira entra em 
crise na década de 70. A década de 80, embora, na prática, se apresente como uma 
grande resistência ao planejamento, contém os mais efetivos anos em termos da 
compreensão da necessidade, do estudo, do esclarecimento e da confirmação desta 
ferramenta. (GANDIN, 2008) 
A citação demonstra a dimensão da necessidade de se compreender a 
importância do ato de planejar, não apenas no nosso dia-a-dia, mas principalmente, 
no dia-a-dia de sala de aula. 
Para Moretto (2007), planejar é organizar ações. Essa é uma definição simples, 
mas que mostra uma dimensão da importância do ato de planejar, uma vez que o 
planejamento deve existir para facilitar o trabalho tanto do professor como do aluno. 
O planejamento deve ser uma organização das ideias e informações. 
Gandin (2008) sugere que se pense no planejamento como uma ferramenta 
para dar eficiência à ação humana, ou seja, deve ser utilizado para a organização na 
tomada de decisões e para melhor entender isto precisa-se compreender alguns 
conceitos, tais como: planejar, planejamento e planos que segundo Menegolla & 
Sant’Anna (2001, p.38) “são palavras sofisticadamente pedagógicas e que “rolam” de 
boca em boca, no dia-a-dia da vida escolar”. 
Porém, para Padilha (2003, p. 29), estes termos têm sido compreendidos de 
muitas maneiras. Dentre elas destaca-se: 
 
 Planejamento: É um instrumento direcional de todo o 
processo educacional, pois estabelece e determina as 
grandes urgências, indica as prioridades básicas, ordena 
e determina todos os recursos e meios necessários para a 
consecução de grandes finalidades, metas e objetivos da 
 
8 
 
educação. (MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001, Apud 
TUCUNDUVA C. C. 2008). 
 Plano Nacional de Educação: determina diretrizes, 
metas e estratégias para a política educacional dos 
próximos dez anos. O primeiro grupo são metas 
estruturantes para a garantia do direito a educação básica 
com qualidade, e que assim promovam a garantia do 
acesso, à universalização do ensino obrigatório, e à 
ampliação das oportunidades educacionais. Um segundo 
grupo de metas diz respeito especificamente à redução 
das desigualdades e à valorização da diversidade, 
caminhos imprescindíveis para a equidade. O terceiro 
bloco de metas trata da valorização dos profissionais da 
educação, considerada estratégica para que as metas 
anteriores sejam atingidas, e o quarto grupo de metas 
refere-se ao ensino superior. (MEC, 2014) 
 Plano de Curso: O plano de curso é a sistematização da 
proposta geral de trabalho do professor naquela 
determinada disciplina ou área de estudo, numa dada 
realidade. Pode ser anual ou semestral, dependendo da 
modalidade em que a disciplina é oferecida. 
(VASCONCELLOS, 1995, p.117 in Padilha, 2003) 
 Plano de Aula: É a sequência de tudo o que vai ser 
desenvolvido em um dia letivo. (“...). É a sistematização de 
todas as atividades que se desenvolvem no período de 
tempo em que o professor e o aluno interagem, numa 
dinâmica de ensino-aprendizagem. ” (PILETTI, 2001, p.73) 
 Plano de Ensino: É a previsão dos objetivos e tarefas do 
trabalho docente para um ano ou um semestre; é um 
documento mais elaborado, no qual aparecem objetivos 
específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico. 
(LIBÂNEO, 1994) 
 
9 
 
 Projeto Político Pedagógico: É o planejamento geral que 
envolve o processo de reflexão, de decisões sobre a 
organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da 
instituição. É um processo de organização e coordenação 
da ação dos professores. Ele articula a atividade escolar e 
o contexto social da escola. É o planejamento que define 
os fins do trabalho pedagógico. (MEC, 2006) 
 
Os conceitos apresentados têm por objetivo mostrar para o professor a 
importância, a funcionalidade e principalmente a relação íntima existente entre essas 
tipologias. Segundo Fusari (2008, p.45), “Apesar de os educadores em geral 
utilizarem, no cotidiano do trabalho, os termos “planejamento” e “plano” como 
sinônimos, estes não o são. ” 
Outro aspecto importante, segundo Schmitz (2000, p.108) é que “as 
denominações variam muito. Basta que fique claro o que se entende por cada um 
desses planos e como se caracterizam”. O que se faz necessário é estar consciente 
que: “Qualquer atividade, para ter sucesso, necessita ser planejada. O planejamento 
é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação, especialmente a 
educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização da situação de 
aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito sério. Não se 
pode improvisar a educação, seja ela qual for o seu nível”. (SCHMITZ, 2000, p.101) 
A educação, a escola e o ensino são os grandes meios que o homem busca 
para poder realizar o seu projeto de vida. Portanto, cabe à escola e aos professores o 
dever de planejar a sua ação educativa para construir o seu bem viver (MENEGOLLA 
& SANT’ANNA, 2001). 
A citação acima deixa clara a importância tanto da escola como dos professores 
na formação humana; por este motivo todas as ações educativas devem ter como 
perspectiva a construção de uma sociedade consciente de seus direitos e obrigações, 
sejam eles individuais ou coletivos. 
Apesar do planejamento da ação educativa ser de suma importância, existem 
professores que são negligentes na sua prática educativa, improvisando suas 
atividades. Em consequência, não conseguem alcançar os objetivos quanto à 
formação do cidadão. 
 
10 
 
A ausência de um processo de planejamento de ensino nas escolas, aliado 
às demais dificuldades enfrentadas pelos docentes do seu trabalho, tem 
levado a uma contínua improvisação pedagógica das aulas. Em outras 
palavras, aquilo que deveria ser uma prática eventual acaba sendo uma 
“regra”, prejudicando, assim, a aprendizagem dos alunos e o próprio trabalho 
escolar como um todo. (FUSARI, 2008, p.47, Apud FUSARI J. C. Pág. 46). 
Para Moretto (2007, p.100) “Há, ainda, quem pense que sua experiência como 
professor seja suficiente para ministrar suas aulas com competência. ” Professores 
com este tipo de pensamento desconhecem a função do planejamento bem como sua 
importância. Simplesmente estão preocupados em ministrar conteúdos, 
desconsiderando a realidade ea herança cultural existente em cada comunidade 
escolar bem como suas necessidades. 
 
 
 
Fonte: blogs.pme.estadao.com.br 
Outro aspecto que vem influenciando o ato de planejar dos professores são os 
materiais didáticos ou as instruções metodológicas para os professores que 
acompanham estes materiais. O professor faz um apanhado geral dos conteúdos 
dispostos no material e confronta com o tempo que tem disponível para ensinar esses 
conteúdos aos alunos e a partir desses dados divide-os atribuindo a este ato 
erroneamente o nome de plano de aula. 
Muitas vezes os professores trocam o que seria o seu planejamento pela 
escolha de um livro didático. Infelizmente, quando isso acontece, na maioria 
 
11 
 
das vezes, esses professores acabam se tornando simples administradores 
do livro escolhido. Deixam de planejar seu trabalho a partir da realidade de 
seus alunos para seguir o que o autor do livro considerou como mais indicado. 
(MEC, 2006, p. 40, Apud SANTOS A. 2013, pág. 21) 
Outra situação muito comum em relação à elaboração do plano de aula é que 
“em muitos casos, os professores copiam ou fazem cópia do plano do ano anterior e 
o entregam a secretaria da escola, com a sensação de mais uma atividade 
burocrática” (FUSARI, 2008, p. 45). 
Luckesi (2001) afirma que o ato de planejar, em nosso país, principalmente na 
educação, tem sido considerado como uma atividade sem significado, ou seja, os 
professores estão muito preocupados com os roteiros bem elaborados e esquecem 
do aperfeiçoamento do ato político do planejamento. Os professores precisam quebrar 
o paradigma de que o planejamento é um ato simplesmente técnico e passar a se 
questionarem sobre o tipo de cidadão que pretendem formar, analisando a sociedade 
na qual ele está inserido, bem como suas necessidades para se tornar atuante nesta 
sociedade. 
Para Luckesi (2001, p.108) o planejamento não será nem exclusivamente um 
ato político-filosófico, nem exclusivamente um ato técnico; será sim um ato ao mesmo 
tempo político-social, científico e técnico: político-social, na medida em que está 
comprometido com as finalidades sociais e políticas; científicas na medida em que 
não pode planejar sem um conhecimento da realidade; técnico, na medida em que o 
planejamento exige uma definição de meios eficientes para se obter resultados. 
O ato de planejar não pode priorizar o lado técnico em detrimento do lado 
político social ou vice-versa, ambos são importantes. Por este motivo, devem ser muito 
bem pensados ao serem formulados visando à transformação da sociedade. 
4 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, DE CURRÍCULO E DE ENSINO 
Na área da educação temos os seguintes tipos de planejamento: 
4.1 Planejamento educacional 
Consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do 
desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento requer a 
 
12 
 
proposição de objetivos em longo prazo que definam uma política da educação. É o 
realizado pelo Governo Federal, através do Plano Nacional de Educação e da 
legislação vigente. 
 
Fonte: pedlucimarmatos.blogspot.com 
4.2 Planejamento de currículo 
O problema central do planejamento curricular é formular objetivos 
educacionais a partir daqueles expressos nos guias curriculares oficiais. Nesse 
sentido, a escola não deve simplesmente executar o que é prescrito pelos órgãos 
oficiais. Embora o currículo seja mais ou menos determinado em linhas gerais, cabe 
à escola interpretar e operacionalizar estes currículos. A escola deve procurar adaptá-
los às situações concretas, selecionando aquelas experiências que mais poderão 
contribuir para alcançar os objetivos dos alunos, das suas famílias e da comunidade. 
4.3 Planejamento de ensino 
Podemos dizer que o planejamento de ensino é a especificação do 
planejamento de currículo. Consiste em traduzir em termos mais concretos e 
operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a 
 
13 
 
alcançar os objetivos educacionais propostos. Um planejamento de ensino deverá 
prever: 
 Objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais. 
 Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido determinado 
pelos objetivos. 
 Procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e promovem 
as atividades de aprendizagem. 
 Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a qualificação e 
a apreciação qualitativa dos objetivos propostos, cumprindo pelo menos a 
função pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle no processo 
educacional. 
5 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR E DA ESCOLHA DO 
CURRÍCULO 
O trabalho docente é uma atividade consciente e sistemática, em cujo centro 
está a aprendizagem ou o estudo dos alunos sob a direção do professor. O 
planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação 
docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. 
A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações 
sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências 
econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classes. Isso 
significa que os elementos do planejamento escolar – objetivos, conteúdos, métodos 
– estão recheados de implicações sociais, têm um significado genuinamente político. 
Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas 
opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ano 
nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses 
dominantes na sociedade. 
A ação de planejar é uma atividade consciente de previsão das ações docentes, 
fundamentadas em opções político-pedagógicas, e tendo como referência 
permanente situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, econômica, 
política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a 
comunidade, que interagem no processo de ensino). 
 
14 
 
O planejamento escolar tem, assim, as seguintes funções: 
 Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos de trabalho docente que 
assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do 
contexto social e do processo de participação democrática. 
 Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-
pedagógico e profissional, as ações efetivas que o professor irá realizar 
em sala de aula, através de objetivos, conteúdos, métodos e formas 
organizativas de ensino. 
 Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho 
docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao 
professor a realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação 
e rotina. 
 Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das 
exigências propostas pela realidade social, do nível de preparo e das 
condições socioculturais e individuais dos alunos. 
 Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que 
torna possível inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem 
o processo de ensino: os objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o 
que ensinar), os alunos e suas possibilidades (a quem ensinar), os 
métodos e técnicas (como ensinar) e a avaliação, que está intimamente 
relacionada aos demais. 
 Atualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto, aperfeiçoando-o em 
relação aos progressos feitos no campo de conhecimentos, adequando-
os às condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos, técnicas e 
recursos de ensino que vão sendo incorporados na experiência 
cotidiana. 
 Facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em tempo 
hábil, saber que tarefas professor e alunosdevem executar, replanejar 
o trabalho frente a novas situações que aparecem no decorrer das aulas. 
Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação, devem ser 
como um guia de orientação de devem apresentar ordem sequencial, objetividade, 
coerência, flexibilidade. 
 
15 
 
6 ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO 
6.1 Conhecimento da realidade 
Para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às 
necessidades do aluno é preciso, antes de qualquer coisa, saber para quem se vai 
planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo 
de planejamento. É preciso saber quais as aspirações, frustrações, necessidades e 
possibilidades dos alunos. Fazendo isso, estaremos fazendo uma sondagem, isto é, 
buscando dados. 
 
Fonte:http:blogsgb.blogspot.com 
Uma vez realizada a sondagem, deve-se estudar cuidadosamente os dados 
coletados. A conclusão a que chegamos, após o estudo dos dados coletados, constitui 
o diagnóstico. 
Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se o risco de propor o que é impossível 
alcançar ou o que não interessa ou, ainda, o que já foi alcançado. 
 
16 
 
6.2 Requisitos para o planejamento 
 Objetivos e tarefas da escola democrática: estão ligados às 
necessidades de desenvolvimento cultural do povo, de modo a preparar 
as crianças e jovens para a vida e para o trabalho. 
 Exigências dos planos e programas oficiais: são as diretrizes gerais, são 
documentos de referência, a partir dos quais são elaborados os planos 
didáticos específicos. 
 Condições prévias para a aprendizagem: está condicionado pelo nível 
de preparo em que os alunos se encontram em relação ás tarefas de 
aprendizagem 
6.3 Elaboração do plano 
A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo diagnóstico, 
temos condições de estabelecer o que é possível alcançarem o que julgamos 
possíveis e como avaliar os resultados. Por isso, passamos a elaborar o plano através 
dos seguintes passos: 
 Determinação dos objetivos. 
 Seleção e organização dos conteúdos. 
 Análise da metodologia de ensino e dos procedimentos adequados. 
 Seleção de recursos tecnológicos. 
 Organização das formas de avaliação. 
 Estruturação do plano de ensino. 
6.4 Execução do plano 
Ao elaborarmos o plano de ensino, antecipamos, de forma organizada, todas 
as etapas do trabalho escolar. A execução do plano consiste no desenvolvimento das 
atividades previstas. 
Na execução, sempre haverá o elemento não plenamente previsto. Às vezes, 
a reação dos alunos ou as circunstâncias do ambiente dispensa o planejamento, pois, 
uma das características de um bom planejamento deve ser a flexibilidade. 
 
17 
 
6.5 Avaliação e aperfeiçoamento do plano 
Ao término da execução do que foi planejado, passamos a avaliar o próprio 
plano com vistas ao replanejamento. 
Nessa etapa, a avaliação adquire um sentido diferente da avaliação do ensino-
aprendizagem e um significado mais amplo. Isso porque, além de avaliar os resultados 
do ensino-aprendizagem, procuramos avaliar a qualidade do nosso plano, a nossa 
eficiência como professor e a eficiência do sistema escolar. 
7 O PLANO DA ESCOLA 
O plano da escola é o plano pedagógico e administrativo da unidade, onde se 
explicita a concepção pedagógica do corpo docente, as bases teórico-metodológicas 
da organização didática, a contextualização social, econômica, política e cultural da 
escola, a caracterização da clientela escolar, os objetivos educacionais gerais, a 
estrutura curricular, diretrizes metodológicas gerais, o sistema de avaliação do plano, 
a estrutura organizacional e administrativa. 
 
Fonte:impulse.net.br 
O plano da escola é um guia de orientação para o planejamento do processo 
de ensino. Os professores precisam ter em mãos esse plano abrangente, não só para 
 
18 
 
uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a unidade teórico-metodológica 
das atividades escolares. 
7.1 Roteiro para elaboração do plano da escola 
 Posicionamento sobre as finalidades da educação escolar na sociedade 
e na nossa escola 
 Bases teórico-metodológicas da organização didática e administrativa: 
tipo de homem que queremos formar, tarefas da educação, o significado 
pedagógico-didático do trabalho docente, relações entre o ensino e o 
desenvolvimento das capacidades intelectuais dos alunos, o sistema de 
organização e administração da escola. 
 Caracterização econômica, social, política e cultural do contexto em que 
está inserida a nossa escola. 
 Características socioculturais dos alunos. 
 Objetivos educacionais gerais da escola. 
 Diretrizes gerais para elaboração do plano de ensino da escola: sistema 
de matérias – estrutura curricular; critérios de seleção de objetivos e 
conteúdos; diretrizes metodológicas gerais e formas de organização do 
ensino e sistemática de avaliação. 
 Diretrizes quanto à organização e à administração: estrutura 
organizacional da escola; atividades coletivas do corpo docente; 
calendário e horário escolar; sistema de organização de classes, de 
acompanhamento e aconselhamento de alunos, de trabalho com os 
pais; atividades extraclasse; sistema de aperfeiçoamento profissional do 
pessoal docente e administrativo e normas gerais de funcionamento da 
vida coletiva. 
8 COMPONENTES BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO 
O plano de ensino é um roteiro organizado das unidades didáticas para um ano 
ou semestre e contém os seguintes componentes: ementa da disciplina, justificativa 
 
19 
 
da disciplina em relação ao objetivos gerais da escola e do curso; objetivos gerais; 
objetivos específicos, conteúdo (com a divisão temática de cada unidade); tempo 
provável (número de aulas do período de abrangência do plano); desenvolvimento 
metodológico (métodos e técnicas pedagógicas específicas da disciplina); recursos 
tecnológicos; formas de avaliação e referencial teórico (livros, documentos, sites, etc.). 
Exemplo: 
Ementa: É uma descrição discursiva que resume o conteúdo conceitual ou 
conceitual/procedimental de uma disciplina. 
Justificativa: A justificativa deverá responder a três questões básicas do 
processo didático: o por quê? O para quê e o como. 
Objetivos: É a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da 
nossa atividade. Os objetivos nascem da própria situação: da comunidade, da família, 
da escola, da disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os objetivos, 
portanto, são sempre do aluno e para o aluno. 
Os objetivos educacionais ou gerais são as metas e os valores mais amplos 
que a escola procura atingir a longo prazo, e os objetivos instrucionais, também 
chamados de específicos, são proposições mais específicas referentes às mudanças 
comportamentais esperadas para um determinado grupo-classe. 
Para manter a coerência interna do trabalho de uma escola, o primeiro cuidado 
será o de selecionar os objetivos específicos que tenham correspondência com os 
objetivos gerais das áreas de estudo que, por sua vez, devem estar coerentes com os 
objetivos educacionais do planejamento de currículo. E os objetivos educacionais, 
consequentemente, devem estar coerentes com a linha de pensamento da entidade 
à qual o plano se destina. 
Conteúdo: Refere-se à organização do conhecimento em si, com base nas 
suas próprias regras. Abrange também as experiências educativas no campo do 
conhecimento, devidamente selecionadas e organizadas pela escola. O conteúdo é 
um instrumento básico para poder atingir os objetivos. 
Em geral, os guias curriculares oficiais oferecem uma relação de conteúdo das 
várias áreas que podem ser desenvolvidos em cada série. Pode-se selecionar o 
conteúdo com basenesses guias. Não devemos esquecer, no entanto, de levar em 
conta a realidade da classe. Outros cuidados que devem ser observados na seleção 
dos conteúdos: 
 
20 
 
 Devemos delimitar os conteúdos por unidades didáticas, com a divisão 
temática de cada uma. Unidade didática são o conjunto de temas inter-
relacionados que compõem o plano de ensino para uma série ou 
módulo. Cada unidade didática contém um tema central do programa, 
detalhado em tópicos. 
 Conteúdo selecionado precisa estar relacionado com os objetivos 
definidos. Devemos escolher os conhecimentos indispensáveis para que 
os alunos adquiram os comportamentos fixados. 
 Um bom critério de seleção é a escolha feita em torno de conteúdos mais 
importantes, mais centrais e mais atuais, com base no programa oficial 
da matéria, no livro didático adotado pela instituição. 
 É importante o fato de o mestre estar apto a levantar a ideia central do 
conhecimento que deseja trabalhar. Para que tal ocorrência se verifique, 
é indispensável que o professor conheça em profundidade a natureza 
do fenômeno que pretende que seus alunos conheçam. 
 Conteúdo precisa ir do mais simples para o mais complexo, do mais 
concreto para o mais abstrato. 
 Finalmente faça uma última checagem para verificar: 
 As unidades formam um todo homogêneo e lógico. 
 As unidades realmente contêm o conteúdo básico essencial. 
 O tempo para desenvolver cada unidade é realista. 
 Os tópicos de cada unidade possibilitam o entendimento da ideia central. 
 Os tópicos de cada unidade podem ser transformados em tarefas de 
estudo para os alunos e em objetivos e habilidades. 
 
Desenvolvimento metodológico ou metodologia de ensino: Procedimentos 
de ensino são ações, processos ou comportamentos planejados pelo professor para 
colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes 
possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos (TURRA apud 
PILETTI, 2003, p. 67). 
Indica o que professores e alunos farão no desenrolar de uma aula ou conjunto 
 
21 
 
de aulas. Sua função é articular objetivos e conteúdos com métodos e procedimentos 
de ensino que provoquem a atividade mental e prática dos alunos (resolução de 
situações problemas, trabalhos de elaboração mental, discussões, resolução de 
exercícios, aplicação de conhecimentos e habilidades em situações distintas das 
trabalhadas em classe, etc.) 
O professor, ao organizar as condições externas favoráveis à aprendizagem, 
utiliza meio ou modos organizados de ação, conhecidos como técnicas de ensino. As 
técnicas de ensino são maneiras particulares de organizar a atividade dos alunos no 
processo de aprendizagem. 
O desenvolvimento metodológico de objetivos e conteúdos estabelece a linha 
que deve ser seguida no ensino (atividade do professor) e na assimilação (atividade 
do aluno) da matéria de ensino. 
Ao planejar os procedimentos de ensino, não é suficiente fazer uma listagem 
de técnicas que serão utilizadas, como aula expositiva, trabalho dirigido, excursão, 
trabalho em grupo, etc. Deve-se prever como utilizar o conteúdo selecionado para 
atingir os objetivos propostos. As técnicas estão incluídas nessa descrição. Os 
procedimentos têm uma abrangência bem mais ampla, pois envolve todos os passos 
do desenvolvimento da atividade de ensino propriamente dita. Os procedimentos de 
ensino selecionados pelo professor devem: 
 Ser diversificados; 
 Estar coerentes com os objetivos propostos e com o tipo de 
aprendizagem previsto nos objetivos; 
 Adequar-se às necessidades dos alunos; 
 Servir de estímulo à participação do aluno no que se refere às 
descobertas; 
 Apresentar desafios. 
 
Recursos tecnológicos (didáticos, audiovisuais ou de ensino): As 
tecnologias merecem estar presentes no cotidiano escolar primeiramente porque 
estão presentes na vida, mas também para: 
 Diversificar as formas de produzir e apropriar-se do conhecimento. 
 
22 
 
 Serem estudadas, como objeto e como meio de se chegar ao 
conhecimento, já que trazem embutidas em si mensagens e um papel 
social importante. 
 Permitir aos alunos, através da utilização da diversidade de meios, 
familiarizarem-se com a gama de tecnologias existentes na sociedade. 
 Serem desmistificadas e democratizadas. 
 Dinamizar o trabalho pedagógico. 
 Desenvolver a leitura crítica. 
 Ser parte integrante do processo que permite a expressão e troca dos 
diferentes saberes. 
 
 Avaliação: Avaliação é o processo pelo qual se determina o grau e a 
quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o 
contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido. 
No planejamento da avaliação é importante considerar a necessidade de: 
 Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno. 
 Selecionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com os 
objetivos propostos. 
 Selecionar e/ou montar instrumentos de avaliação. 
 Registrar os dados da avaliação. 
 Aplicar critérios aos dados da avaliação. 
 Interpretar resultados da avaliação. 
 Comparar os resultados com os critérios estabelecidos (feedback). 
 Utilizar dados da avaliação no planejamento. 
 
O feedback deve ser encarado como retro informação para o professor sobre o 
andamento de sua atuação. Dessa forma, a avaliação desloca-se do plano da 
competição entre professor e aluno, para significar a medida real do conhecimento, 
tornando-se assim menos arbitrária. 
 
23 
 
9 PLANO BIMESTRAL 
O planejamento do bimestre pode conter uma unidade didática ou mais. É uma 
especificação maior do plano de curso. Uma unidade de ensino é formada de assuntos 
inter-relacionados. O planejamento bimestral das unidades didáticas também inclui 
objetivos, conteúdos, etc. Em princípio, deve ser planejado ao final do bimestre, ou 
período que o antecede, pois está lhe servirá de base ou apoio. Isto significa que os 
bimestres ou unidades serão planejadas ou replanejadas ao longo do curso. 
9.1 Exemplo de Plano Bimestral 
PROGRAMA 1º BIMESTRE CURSO: 
DISCIPLINA: PROFESSORA: 
TURNO: CARGA HORÁRIA: horas/aula 
SÉRIE: TURMA: ANO: 
OBJETIVOS 
PROGRAMA 
 
CONTEÚDOS Nº 
AULAS 
ENCAMINHAMENTO 
METODOLÓGICO 
AVALIAÇÃO 
 
 
 
RECURSOS TECNOLÓGICOS 
REFERENCIAL TEÓRICO 
INDICAÇÃO DE LEITURA COMPLEMENTAR 
10 PLANEJAMENTO DE AULA OU PLANO DE AULA 
A aula é a forma predominante de organização didática do processo de ensino. 
É na aula que organizamos ou criamos as situações docentes, isto é, as condições e 
meios necessários para que os alunos assimilem ativamente conhecimentos, 
habilidades e desenvolvam suas capacidades cognoscitivas. 
O plano de aula é o detalhamento do plano de ensino. As unidades didáticas e 
subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas 
 
24 
 
e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação da aula é uma tarefa 
indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar num documento escrito 
que servirá não só para orientar as ações do professor como também para possibilitar 
constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as profissões o 
aprimoramento profissional depende da acumulação de experiências conjugando a 
prática e a reflexão criteriosa sobre a ação e na ação, tendo em vista uma prática 
constantemente transformadora para melhor. 
Na elaboração do plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro 
lugar, que a aula é um período de tempo variável. Dificilmente completamos numa só 
aula o desenvolvimento de uma unidade didática ou tópico deunidade, pois o 
processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma sequência articulada de 
fases: 
 Preparação e apresentação dos objetivos, conteúdos e tarefas. 
 Desenvolvimento da matéria nova. 
 Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização). 
 Síntese integradora e aplicação. 
 Avaliação. 
 
Isto significa que não devemos preparar uma aula, mas um conjunto de aulas. 
 
Modelo de José Carlos Libâneo (Pedagogia crítico-social dos conteúdos): 
Escola: Disciplina: Data: 
Série: Professor: 
Unidade didática: 
Objetivos 
Específicos 
Conteúdos Nº aulas Desenvolvimento 
Metodológico 
 
 
 
 
 
 Preparação: 
Introdução do assunto: 
Desenvolvimento e estudo 
ativo do assunto: 
Sistematização e aplicação: 
Tarefas para casa: 
 
Avaliação: 
Referencial teórico: 
 
Modelo de Nelson Piletti: 
 
25 
 
 
Tema central: 
Objetivos: 
Conteúdo: 
 
Procedimentos de ensino Recursos Procedimentos de avaliação 
 
 
 
 
 
 
11 O CURRÍCULO ESCOLAR 
O currículo escolar é um elemento importante para o planejamento do 
professor, pois pode organizar os conteúdos e as atividades, contudo ele é um recurso 
para o educador e não uma lei rígida ou um mandamento a ser seguido 
metodologicamente, ele pode ser usado como um norte para a práxis pedagógica, 
com flexibilidade de ajustes para melhor atender as necessidades dos educandos. 
Sendo que, cada instituição pode construir o seu currículo, ou este fazer parte da rede 
escolar, podendo usar os livros didáticos no auxilio desta construção. 
A origem da palavra currículo – currere (do latim) – significa carreira, por isso 
ele é uma caminhada dentro do processo ensino e aprendizagem, que vai ajustando 
os conteúdos a realidade dos educandos. Ele não é único no nosso país, mas os 
Parâmetros Curriculares Nacionais oferecem uma sugestão, uma forma de definição 
das disciplinas e distribuição dos conteúdos entre os componentes curriculares 
propostos. Devido à dimensão territorial e à diversidade cultural, política e social do 
país, nem sempre os Parâmetros Curriculares chegam às salas de aula. 
Não se separa conteúdos de processo de instrução, ou seja, ação em desenvolvê-lo 
em consonância com atividades práticas. 
Segundo Sacristán (1998), sem conteúdo não há ensino qualquer projeto 
educativo acaba se concretizando na aspiração de conseguir alguns efeitos 
nos sujeitos que se educam (...) quando há ensino é porque se ensinam algo 
ou se ordena o ambiente para que alguém aprenda algo (...) a técnica de 
ensinar não pode preencher todo o discurso didático evitando problemas para 
o conteúdo colocado. (Apud LIMA M. 2006). 
 
26 
 
Assim, a educação pode ser compreendida como sendo uma atividade 
expressa de formas distintas onde tanto o conteúdo programático e a didática usada 
possam transformar o currículo em uma ação que produza a aprendizagem. 
Defini-lo não é uma tarefa muito fácil, mas é importante na produção de novas 
subjetividades no mundo contemporâneo. Daí o entendimento do currículo escolar 
como um caminho, um curso ou uma listagem de conteúdos que devem ser seguidos 
(GOODSON, 2005). 
Nessa perspectiva, o termo está intimamente vinculado à ideia de 
sequencialidade e de prescrição. Em relação à ideia de transitoriedade Silva (2005) 
diz que: Uma história do currículo tem que ser uma história social do currículo, 
centrada numa epistemologia social do conhecimento escolar, preocupada com os 
determinantes sociais e políticos do conhecimento educacionalmente organizado. 
Enfim, tem que descobrir quais conhecimentos, valores e habilidades eram 
considerados verdadeiros e legítimos numa determinada época, assim 
como determinar de que forma essa validade e legitimidade foram estabelecidas. 
(SILVA 2005, p.10-11). 
Em Silva (2005) encontra-se a ideia de vários currículos constroem sujeitos 
também diferentes sendo diferenças sociais: Diferentes currículos produzem 
diferentes pessoas, mas naturalmente essas diferenças não são meras diferenças 
individuais, mas diferenças sociais, ligadas à classe, à raça, ao gênero. Dessa forma, 
uma história do currículo não deve ser focalizada apenas no currículo em si, mas 
também no currículo como fator de produção de sujeitos dotados de classe, raça, 
gênero. 
Nessa perspectiva, o currículo deve ser visto não apenas como a expressão ou 
a representação ou o reflexo de interesses sociais determinados, mas também como 
produzindo identidades e subjetividades sociais determinadas. O currículo não apenas 
representa, ele faz. É preciso reconhecer que a inclusão ou a exclusão no currículo 
tem conexões com a inclusão ou exclusão na sociedade. (SILVA, 2005, p.10) 
 
27 
 
11.1 Currículo escolar: limites e possibilidades 
 
Fonte: curriculosinteligentes.com.br 
Podemos dizer que ensinar, uma das funções essenciais da escola, é promover 
a “transposição didática” de conhecimentos, um processo que torna os saberes 
“ensináveis, exercitáveis e passíveis de avaliação” e em que é possível distinguir três 
fases de transformação: 
1ª - da cultura extraescolar para o currículo formal; 
2ª - do currículo formal para o currículo real; 
3ª - do currículo real para a aprendizagem efetiva (PERRENOUD, 1993, p. 25). 
E para que isso se realize, a escola precisa construir um currículo que: 
 Concilie os conhecimentos científicos que presidem a produção 
moderna e o exercício da cidadania plena, a formação ética e a 
autonomia intelectual, as competências cognitivas e as sociais, o 
humanismo e a tecnologia; 
 Considere as múltiplas interações entre os conteúdos das disciplinas e 
a abertura e a sensibilidade para identificar as relações entre escola e 
vida pessoal e social, entre o aprendido e o observado, entre o aluno e 
o objeto do conhecimento e entre a teoria e suas consequências e 
aplicações práticas como pressupostos decisivos de sua organização; 
 
28 
 
 Reconheça a linguagem como elemento primordial para a constituição 
dos conceitos, relações, condutas e valores, o conhecimento como 
construção coletiva e a aprendizagem como mobilizadora de afetos, 
emoções e relações humanas (COLL, 1997); 
 Selecione o que de fato é relevante e consistente no conjunto 
extraordinário de conhecimentos hoje disponível, o que impõe à escola 
o compromisso de propiciar ao professor o desenvolvimento da 
capacidade de ‘mapear’ os conhecimentos relevantes na escala 
adequada às necessidades e possibilidades dos alunos. 
Ora, essa tarefa reconhecidamente não é fácil. E uma das maiores dificuldades 
para a sua realização está na prescrição, na maioria das escolas, de um currículo legal 
e formal que reproduz uma colcha de retalhos de informações descontextualizadas e 
fragmentadas, moldada por uma tradição pedagógica anacrônica e inócua, para dizer 
o mínimo. 
É como se desejássemos ajudar uma pessoa a visitar algum lugar maravilhoso 
que conhecemos há muito tempo. Para orientá-la, desenhamos um mapa. Porém, o 
mapa se baseia em informações ultrapassadas e desfocadas, engavetadas em algum 
canto poeirento da memória. É pouco provável que este mapa seja eficaz. O terreno 
mudou. As referências são outras. Muitas indicações não existem mais, enquanto 
outras surgiram alterando o panorama. Precisa-se estudar novamente a área e 
promover um levantamento atualizado antes de criar um mapa útil, capaz de servir de 
orientação segura em um terreno que não apenas pode ter mudado sua aparência 
externa, mas sua própria natureza. 
A escola não pode mais fixar sua visão no dedo que aponta, mas olhar para 
aquilo que o dedo aponta: uma constelação de novos conhecimentosque, além de 
representar o recurso mais importante do mundo contemporâneo, é uma das 
instâncias em que a solidariedade se realiza como um dos elos mais fortes entre os 
membros da espécie humana, o que exige a reflexão sobre o próprio conhecimento, 
atitude que nos compromete e constitui, em última análise, o fundamento de toda 
ética. 
Por isso, se pensa uma organização curricular orientada por uma visão 
orgânica do conhecimento, coerente com essa metamorfose da racionalidade, 
caracterizada por uma abordagem renovada e renovadora que trate os conteúdos 
 
29 
 
escolares e as situações de aprendizagem de modo a destacar as múltiplas interações 
entre as disciplinas do currículo. 
O processo de reflexão, conforme nos propõe Kemmis, implica “a imersão 
consciente do homem no mundo de sua experiência [...] carregado de conotações 
valore, intercâmbios simbólicos, correspondências afetivas, interesses sociais e 
cenários políticos. ” Além disso, a reflexão: 
 Expressa uma orientação para a ação e se refere às relações 
historicamente situadas entre pensamento e a ação; 
 Pressupõe relações sociais; 
 Expressa e serve interesses particulares de natureza humana, política, 
cultural e social; 
 Reproduz ou transforma ativamente práticas ideológicas; 
 
É uma prática que exprime o poder de reconstrução social (NÓVOA, 1992) uma 
abertura e uma sensibilidade capazes de reconhecer o nexo entre o conhecimento e 
os contextos contemporâneos da vida social e pessoal. 
O currículo é por natureza uma rede de sentidos capaz de estabelecer uma 
relação ativa entre o aluno e o objeto do conhecimento e de relacionar, dialeticamente, 
o aprendido com o observado, a teoria com suas consequências e aplicações práticas. 
Mas um grande obstáculo se interpõe: a realidade imediata, na medida em que 
a educação escolar incorpora uma rotina metodológica conservadora muito resistente 
que considera os objetos isolados e estáticos, plenamente construídos e definitivos. 
Portanto, grande parte dos problemas decorre não apenas de eventuais deficiências 
do conhecimento científico ou da sua organização histórica, mas, sobretudo, da 
própria realidade (DEMO,1998). 
12 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA TRANSFORMAÇÃO DA 
PRÁTICA DOCENTE 
O planejamento educacional tem sido bastante discutido na formação docente, 
principalmente por exercer uma significativa importância no processo metodológico 
que garante o sucesso da reciprocidade de aprendizagens no ambiente escolar. Este 
 
30 
 
processo não é apenas uma ação burocrática e de registro, requer uma ação 
intencional e flexível visando a ressignificação da prática docente perante a realidade. 
Segundo Gama e Figueiredo (2006) o ato de planejar sempre acompanhou a 
história da humanidade, de modo que o homem sempre pensou sobre suas ações, 
sem nem ao menos saber o significado da palavra planejamento. O conceito pode ser 
entendido como o ato de imaginar, raciocinar, projetar ações, entre outras que dão 
ênfase a ação humana. O planejamento está presente em nosso dia a dia mesmo que 
de forma implícita, sem que nem ao menos possamos perceber. No processo de 
educação, o planejamento funciona como instrumento de fundamental importância à 
medida que as ações pedagógicas necessitam de intencionalidade, não se 
restringindo apenas as atividades improvisadas, as quais não consideram a 
complexidade existente no ambiente educacional. Sendo assim, a profissão docente 
exige reflexões constantes a partir de um planejamento flexível o qual esteja apto a 
adaptações de acordo com a realidade. 
Para o sucesso do método de trabalho é preciso que haja um planejamento 
porque o método é apenas um guia que vai orientar o professor no processo de 
transformar a realidade. Assim, o professor pode utilizar o Planejamento como um 
método de trabalho reflexivo sobre sua prática. 
No entanto, a realidade que o professor encontra em sala de aula é complexa 
e multidimensional, principalmente em escolas públicas onde o contexto das relações 
sociais envolve várias dificuldades e desafios. Nesse diapasão, Zabala (1998) enfatiza 
a importância da reflexão contínua na prática docente, pois de acordo com ele, na 
educação há uma dificuldade de se controlar a diversidade que advém da prática, já 
que as coisas acontecem rapidamente e, para entender toda essa complexidade, faz-
se necessário uma atuação prática baseada na reflexão. 
Assim, o planejamento exige do professor o desenvolvimento de algumas 
competências necessárias para realização de seu trabalho junto à 
comunidade escolar. Essas competências designarão “[...] uma capacidade 
de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação” 
(PERRENOUD, 2000, p. 14, Apud ALMEIDA G. M. 2018). 
 Nesse entendimento não adianta apenas o professor se comprometer, o aluno 
precisa estar disposto a aprender. E o corpo administrativo precisa se envolver não 
só com as relações administrativas, mas também manter uma boa interação com a 
sala de aula, com os alunos e com os professores, enfim, com toda a comunidade 
 
31 
 
escolar. Todos unidos em prol do mesmo objetivo: o aprendizado e a transformação 
da realidade que quando bem integradas desenvolvem uma maturidade cognitiva 
reflexiva. 
Segundo Vasconcelos (2002) é preciso que a reflexão do professor e da escola 
se dê em três dimensões: realidade (onde estamos), finalidade (onde queremos ir) e 
mediação (o que fazer para chegar lá). Essa é a estrutura básica do planejamento, 
instrumento metodológico importante para a intervenção da realidade. 
O planejamento da educação escolar pode ser concebido como processo que 
envolve a prática docente no cotidiano escolar, durante todo o ano letivo, onde o 
trabalho de formação do aluno, através do currículo escolar, será priorizado. “Assim, 
o planejamento envolve a fase anterior ao início das aulas, o durante e o depois, 
significando o exercício contínuo da ação reflexão-ação, o que caracteriza o ser 
educador” (FUSARI, 1988, apud VASCONCELLOS, 2002, p. 80, Apud ALMEIDA G. 
M. 2018). 
É importante enfatizar que não há uma lei previamente determinada que oriente 
todo o trabalho educacional, há fatores comuns que permitem certo grau de previsão, 
porém não de forma absoluta. O dinamismo e a imprevisibilidade do processo exigem 
também o dinamismo da consciência, ou seja, o educador deve estar atento durante 
todo o processo, tendo em vista o que é necessário fazer diante de possíveis 
mudanças na realidade educacional. 
O Educador vai crescendo na mesma medida que aprende a transformar sua 
prática pedagógica. E o planejamento está vinculado às ideias de antecipação de 
realização da ação tendo em vista atingir um objetivo e transformar a realidade. É 
importante reconhecer então, que mudar a realidade não é fácil, mas se o professor 
não sonhar e não desejar se não tiver esperanças de fazer algo diferente em sala de 
aula e não considerar as utopias as quais o trabalho educacional apresenta como 
desafios, sua prática pode não ter sentido algum já que o próprio não acredita em seu 
poder de transformação. 
Com relação ao currículo, o PPP da escola destaca a necessidade de um 
planejamento curricular estruturado, vinculado aos Parâmetros Curriculares Nacionais 
e a Lei de Diretrizes e Bases, colocando como foco o aprendiz como ser autônomo 
que possui relação dialética com o mundo. O PPP, ainda afirma a necessidade de 
criar e recriar estratégias de práticas pedagógicas curriculares que visem alcançar a 
 
32 
 
meta fundamental da instituição. Tendo como finalidade o desenvolvimento integral 
da criança, respeitando sua idade, os aspectos físicos e psicológicos. 
 Silva (2003), ao observara questão da teoria aplicada ao currículo escolar 
destaca que não se busca uma forma ideal de currículo, mas sim uma possibilidade 
de construção do mesmo baseada em novas teorias surgidas com a necessidade de 
suprir problemas advindos do desenvolvimento da sociedade. Por isso, quando se 
constrói um currículo deve-se levar em consideração fatos históricos e sociais. 
Deste modo, não há uma maneira única para se definir um currículo, o que 
existe é uma propositura das diversas formas de incluir questões específicas do 
contexto social dentro do mesmo: identidade, relações de poder, cultura, religião, 
gêneros, diversidade, etnia, orientação sexual, etc. Percebe-se assim a flexibilidade 
existente nele, pois este uma vez construído não pode ser utilizado como único 
instrumento, mas sim, é preciso que seja adaptável à mudança e as necessidades 
que surgem. Considerando ainda a dificuldade de seguir um currículo de acordo com 
tudo que ele vem especificando. É preciso vê-lo como um instrumento que irá somar 
a prática pedagógica e não atrapalhar a execução de ações. 
A escola tem o papel também de preparar um planejamento que considere a 
realidade de acordo com o momento histórico-social que estamos vivendo. 
De tal forma, não importa apenas o que se planeja, mas também como se 
planeja. E um dos grandes desafios com relação ao planejamento nas instituições 
escolares corresponde à colaboração mútua e a incorporação dos objetivos traçados 
criando uma nova cultura. 
 É preciso que haja um equilíbrio das responsabilidades individuais e coletivas 
na instituição escolar. Esse equilíbrio pode ser alcançado pelo planejamento das 
ações, de forma que haja um envolvimento de todos, procurando superar as 
dificuldades existentes coletivamente. Quanto maior o nível de participação, maior 
chance de ver o planejado realizado. 
É importante considerar que o planejamento é complexo e envolve uma série 
de ações e competências. Além disso, exige participação e interação dos sujeitos em 
sua construção, envolve uma série de alternativas, pois irá depender do envolvimento 
do profissional e dos participantes desta ação. 
De acordo com Libâneo (1994, p. 221), “o planejamento é um meio para se 
programar as ações docentes”, então, como realizar esse planejamento de modo que 
 
33 
 
o mesmo atinja todos os alunos cada qual à sua maneira e à sua realidade? De que 
maneira programar a própria ação docente favorecerá o aprendizado eficaz dos 
alunos? Farias et al. (2014, p. 111) escreve que: 
O planejamento é ato, é uma atividade que projeta, organiza e sistematiza o 
fazer docente no que diz respeito aos seus fins, meios forma e conteúdo. [...] 
o planejamento é uma ação reflexiva, viva, contínua. Uma atividade 
constante, permeada por um processo de avaliação e revisão sobre o que 
somos, fazemos e precisamos realizar para atingir nossos objetivos. É um ato 
decisório, pois nos exige escolhas, opções metodológicas e teóricas. 
Também é ético, uma vez que põe em questão ideias, valores, crenças e 
projetos que alimentam nossas práticas. (FARIAS et al., 2014, p. 111, Apud 
LIMA A. K. R. Pág. 02). 
Sendo o planejamento uma ferramenta usada geralmente com o intuito de 
administrar algo, traçar caminhos e alcançar objetivos, reconhecemos a importância 
e exigência dessa prática em todos os setores onde há atividade humana. Desta 
maneira, o ensino não poderia fugir disso, dado que, para obter um maior 
aproveitamento e rendimento educacional, é essencial que se planeje o caminho a ser 
percorrido, pois é a partir disso que se pode racionalizar, organizar e coordenar a ação 
docente tendo em vista vincular o contexto escolar com o contexto social. Portanto, 
toda prática educativa, sendo ela de caráter sistemático e intencional, exige um 
planejamento que a organize e oriente. 
Ao realizar o planejamento, coloca-se em questão fatores educacionais 
didáticos, éticos e políticos; pois, exige do professor decisões sobre questões 
metodológicas, teóricas, além de crenças e valores que, mesmo inconscientemente, 
orientam a prática docente. Por estas razões, o ato de planejar reflete a posição do 
professor dentro dos processos sociais e, consequentemente, educacionais; bem 
como revela os propósitos que deseja alcançar com sua prática. Se tenciona, por 
exemplo, gerar no educando o desejo de transformação da sociedade ou a sensação 
de que é impossível alterar o modo de organização social. 
Planejar é a parte inicial e principal de um bom desempenho profissional de 
todos os professores, é com base nele que acontece todo o processo pedagógico. 
Faz-se necessário, logo no primeiro momento, analisar as necessidades dos alunos, 
para que dessa forma seja possível atendê-las e, por conseguinte saber o que vai 
planejar; posto isso, conhecer o aluno e o ambiente é imprescindível. Além disso, 
segundo Piletti (2007, p.61) no processo de planejamento procuramos responder as 
seguintes perguntas: O que pretendo alcançar?; Em quanto tempo pretendo 
 
34 
 
alcançar?; Como posso alcançar isso que pretendo?; O que fazer e como fazer?; 
Quais os recursos necessários?; O que e como analisar a situação a fim de verificar 
se o que pretendo foi alcançado? 
 
Fonte: www.prefeiturateotonio.com.br 
Planejar a aula é de extrema importância para a prática docente pois evita a 
rotina e improvisação, promove a eficiência do ensino, garante um melhor 
desempenho da prática docente, norteia a realização das atividades, evita a 
desorganização em sala garantindo maior segurança na direção do ensino, e além de 
tudo isso é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino-
aprendizagem. 
O planejamento não se restringe somente ao professor presente na sala de 
aula, mas é uma ação que permeia toda a comunidade escolar e se associa às 
imposições sociais e à todas as experiências trazidas pelos alunos. Por isso, é certo 
dizer que o trabalho docente é sistemático e tem sempre o objetivo de fazer com que 
os alunos tenham êxito na aprendizagem. Portanto, o professor pode planejar sua 
aula de forma individual, contudo é crucial seguir algumas diretrizes impostas pela 
direção da escola e pelas secretarias de educação, para que não fuja 
demasiadamente do que já foi planejado para a escola como um todo, assim 
dificultando a autonomia docente na hora de executar seu plano de aula. 
 
35 
 
 Então, com o intuito de compreender mais sobre o planejamento e sua 
importância, precisamos, ainda, saber que há modalidades e níveis de planos: plano 
de aula, plano de ensino, plano de escola e currículo. 
No planejamento educacional, é preciso considerar o currículo escolar, palavra 
que vem do latim – curriculum – e significa percurso; caminho, em linhas gerais, é a 
distribuição dos conteúdos a serem estudados e as atividades a serem executadas 
pelos estudantes em seu percurso pelo ensino fundamental. Trata-se da trajetória 
estudantil de todo aluno, incluindo as matérias que serão ensinadas a cada período 
letivo, os tópicos que serão abordados em cada matéria e também a aptidão que o 
estudante deve reger ao final de cada etapa. “Tradicionalmente currículo significou 
uma relação de matérias ou disciplinas, com um corpo de conhecimentos organizados 
sequencialmente em termos lógicos”. (PILETTI, 2007, p. 51, Apud LIMA A. K. R. Pág. 
06) 
O currículo é um documento de orientação para todo o corpo docente de uma 
instituição, em especial, para o professor. Fazse necessário que este documento seja 
planejado de acordo com a realidade dos educandos e da escola, propiciando 
diversidade de conteúdos, além do mais, é de suma importância que o mesmo esteja 
de acordo com o Projeto Político Pedagógico. Todos aquelesque direta ou 
indiretamente estão ligados à dinâmica do processo educativo de determinada escola 
deve participar da elaboração do currículo escolar, porém os objetivos finais cabem 
ao diretor, supervisor pedagógico, orientador educacional e professores defini-los. 
Para uma melhor compreensão do planejamento da ação didática se faz 
necessário a distinção do mesmo e o conceito de plano, já que divergem quanto ao 
significado. Dessa forma, o planejamento é um processo mental que compreende o 
ato de analisar, refletir e prever, em contrapartida, o plano é o resultado do processo 
mental de planejar, ou seja, um esboço dos seguimentos obtidos no processo. 
Ao se deparar com a premência do planejamento, muitos professores se 
perguntam “o que ensinar? ” e, dessa forma, sabendo que o mais importante é 
promover o desenvolvimento integral e harmonioso do aluno, envolvendo as áreas 
cognitiva, afetiva e psicomotora, não se deve levar em consideração a quantidade de 
conteúdo, mas a qualidade do mesmo, porém, são os objetivos traçados 
anteriormente que devem direcionar a escolha destes. Outro aspecto presente em um 
 
36 
 
bom plano é ele ser flexível, isto é, caso necessário, seja viável fazer possíveis 
reajustamentos para melhor aplicação sem infringir sua unidade e continuidade. 
Sabendo que, na prática docente, o planejamento também almeja atingir 
objetivos desejados, superar dificuldades, assegurar unidade e coerência, além de 
diminuir a improvisação, o que acaba sendo comum na realização de planos, pois 
alguns professores não buscam refletir sua prática e acabam se rendendo ao 
improviso, percebemos, então, que o planejamento é de suma importância tanto para 
o melhor desenvolvimento docente quanto discente. 
Deste modo, afirmamos que o planejamento orienta a prática docente e que há 
também alguns princípios norteadores que conduzem ao próprio ato de planejar, um 
deles é a flexibilidade, que diz respeito à disponibilidade de avaliar, corrigir e realizar 
um replanejamento de percurso; outro aspecto importante é o participativo, que 
consiste na mobilização e articulação de toda comunidade escolar, visando construir 
ideias e práticas. A coerência também é um traço significativo no planejamento, pois 
a mesma estabelece concordância entre os elementos do plano (objetivos, conteúdos, 
metodologia, recursos e avaliação). Assim como a ousadia e a objetividade são 
princípios que, conjuntamente, compõe um bom planejamento, logo que faz menção 
a pensar em práticas que possam sair do papel e se concretizarem. (Farias et al, 
2014). 
Dessa maneira, o planejamento é composto por elementos de várias naturezas, 
entre eles está a definição de objetivos, metas a serem alcançadas na escola ou, mais 
especificamente, na sala de aula. É importante que esteja presente nos objetivos as 
tarefas da escola e as exigências sociais sempre de acordo com o contexto de vida 
dos alunos, além disso, é primordial que os objetivos estejam sempre relacionados 
com os outros componentes do plano (conteúdos, metodologias, avaliação). Ao definir 
os objetivos da aula, coloca-se em questão a maneira cujo conteúdo será transmitido, 
isto é, quais métodos e quais recursos o professor deve/pode utilizar que servirão, 
efetivamente, como instrumento facilitador da aprendizagem de seus alunos, 
igualmente acontece ao delimitar objetivos para a escola em um nível mais global, ao 
pensar sobre o plano da escola. 
Também podemos falar sobre a definição de conteúdos, cuja relevância para a 
aprendizagem é enorme. Conhecendo a importância, atualmente, visa-se a qualidade 
e não somente a quantidade, não se faz mais necessário dar ao aluno um grande 
 
37 
 
volume de informação, pois mais significativo é a escola promover o desenvolvimento 
integral e harmonioso do aluno, incluindo as áreas cognitiva, afetiva e psicomotora. 
Outro aspecto é o tipo de conteúdo a ser selecionado, ou seja, o mais importante é 
que este esteja voltado para a realidade cotidiana da vida escolar dos alunos. No 
entanto, conteúdo tem uma ligação direta com objetivos, pois, segundo Piletti (2007), 
são estes que devem direcioná-los, para assim conteúdos deixar de serem fins em si 
mesmos para tornarem-se meios para alcançar a concretização dos fins visados pelo 
processo de aprendizagem. A escolha do conteúdo passa por duas etapas: seleção e 
organização; e a estrutura da matéria de ensino é um dos critérios para a organização 
deste. 
Um bom planejamento de uma aula esta enraizado em um currículo bem 
estruturado. Contudo, tantas são as definições de currículo, que não faltam aqueles 
que enunciam a morte do currículo como um campo de estudo e pesquisa (PEDRA, 
1997). No entanto, “o currículo é uma construção humana, e como tal, carrega as 
marcas do tempo e do espaço social de suas construções” (PEDRA, 1997). 
Segundo Bourdieu (2009) podemos dizer que um sistema de ensino seja tanto 
mais capaz de dissimular sua função social de legitimação das diferenças de classe 
sob sua função técnica de produção das qualificações, se ele for capaz de incorporar 
um bom currículo que satisfaça as exigências do mercado de trabalho. 
Retomar a discussão do currículo nos estudos pedagógicos é recuperar a 
consciência do valor cultural da escola como instituição facilitadora do ensino 
(SACRISTÁN, 1998). 
Parece não haver dúvidas de que o bom planejamento pode contribuir 
significativamente no processo de ensino e aprendizagem. Alguns atributos 
importantes do planejamento são segundo Vasconcellos (1995): a organização 
adequada do currículo, a racionalização do tempo, a contribuição com o não 
desperdiçar de atividades de aprendizagem, a auto-formação do professor, a 
valorização da participação dos alunos, e a expropriação a que os professores foram 
submetidos. 
 Por sua vez, é necessária segundo Sacristán (1998), certa prudência diante 
de observações pedagógicas com o currículo. Não se deve esquecer que o currículo 
supõe a concretização dos fins sociais e culturais, de socialização e que atribui à 
educação escolar uma ajuda ao desenvolvimento, estímulo e cenário do ambiente. 
 
38 
 
Cada vez mais os estudantes estão nos questionando a cerca da importância 
de determinados conteúdos em variadas matérias. Conteúdos que historicamente 
tiveram a sua autoridade, mas que no contexto atual podem não ser mais tão 
significativos. Pensar, repensar, discutir e refletir o currículo parece uma saída 
coerente para este dogma atual. 
Um papel importante do professor crítico é conforme Moreira (1990) encorajar 
o desenvolvimento de condutas, modelos sociais e crenças que estejam em harmonia 
com a nova sociedade. Se alimentar das vontades e interesses dos estudantes e do 
mercado pode ser um grande passo na transição da desapropriação do professor 
teórico para o professor crítico. 
Ainda segundo Moreira (1990) a teoria do currículo segue novas direções, já 
que a abordagem técnica (que originalmente pressupõe uma escolaridade tecnicista 
e profissionalizante) de questões curriculares esta sendo gradativamente substituída, 
ao menos em nível de discurso, por uma abordagem fundamentalmente sociológica 
(que pressupõe uma formação geral, humanista e científica). Em uma pesquisa com 
professores universitários, ele cita que os professores alegam que diante das 
reflexões sobre currículo, elas pouco contribuem para instrumentalizar o especialista, 
e sim dão grande importância aos aspectos políticos do currículo. 
Estudar e beber historicamente de currículo nos leva a dois autores precursores 
na reflexão: J. Dewey e C. Bobbitt. Segundo Pedra (1997), John Dewey entendia o 
currículo como algo voltado para o professor, enquanto Bobbitt, ao contrário,entendia-
o como algo dado ao aluno. 
Para Dewey (1978) o “currículo dá ao educador a possibilidade de determinar 
o ambiente, o meio necessário a criança, e assim dirigir indiretamente a sua 
atividade mental. Conforme Bobbitt “o currículo é aquele conjunto ou série de 
coisas que as crianças e os jovens devem fazer e experimentar a fim de 
desenvolver habilidades que os capacitem a decidir assuntos na vida adulta”. 
(Apud AGUIAR G. F. 2011. Pág. 03) 
Para Dewey (1978) o “currículo dá ao educador a possibilidade de determinar 
o ambiente, o meio necessário a criança, e assim dirigir indiretamente a sua atividade 
mental. Conforme Bobbitt “o currículo é aquele conjunto ou série de coisas que as 
crianças e os jovens devem fazer e experimentar a fim de desenvolver habilidades 
que os capacitem a decidir assuntos na vida adulta”. 
 
39 
 
Discutir o currículo trata-se de demonstrar ao educando que o conhecimento é 
a única ferramenta que dispomos para cuidar de nossa existência. 
 
Fonte: www.escolaweb.com.br 
Em contramão a um bom planejamento de aula e um currículo bem organizado, 
está a carência de horas para que os professores possam se dedicar ao estudo, 
pesquisa e preparação. Sem dúvida, que o educador moderno deve se preparar para 
um novo cenário (inclusão de mídias, novas tecnologias, e inserção de atividades 
extracurriculares) no processo de ensino e aprendizagem, no entanto, as instituições 
de ensino devem oferecer um espaço adequado ao docente, oferecer educação 
continuada e disponibilizar horas de permanência para a uma boa elaboração de 
pesquisas e materiais didáticos. 
Os indicadores básicos da educação brasileira revelam certo descaso da 
política governamental com a educação em nosso país. Os sistemas de ensino 
atravessam uma crise, e suas razões são muito extensas, no entanto, existe um 
consenso geral de que essas deficiências se manifestem segundo três razões 
principais: a iniquidade (desigualdade no acesso aos serviços de ensino), a ineficácia 
(falta de correlação entre os gastos em serviços de ensino e seu impacto em padrões 
educacionais) e a ineficiência (incorreta utilização de recursos com serviços de 
ensino). 
 
40 
 
 Em geral, cada instituição de ensino está inserida em uma realidade que às 
vezes é muito distinta entre si (por exemplo: a sua forma de organização política 
pedagógica, a sua infraestrutura física, a região a que está introduzida, as demandas 
a que deve obedecer, entre outros). Contudo, mesmo diante de indiferenças os 
educadores fomentam que um bom planejamento de currículo está amarrado há um 
conjunto muito vasto de variáveis, e que deve possuir características fundamentais. 
O pensar currículo está enlaçado a um grande número de fatores e 
responsáveis, e muitos são os agentes envolvidos. 
Um bom currículo está condicionado à experiência do corpo docente 
encarregado, a motivação desses profissionais, ao grau de escolaridade desses 
professores, a conjuntura e organização escolar acadêmica e as condições de 
trabalho oferecidas (pela escola) ao professor (horários de permanência, programas 
de educação continuada), entre outros. Abaixo são citados alguns atributos que são 
fundamentais pelos pesquisadores defensores das reflexões em torno do currículo. 
1. Descreve a concretização das funções da escola; 
2. É um instrumento eficiente no processo educativo; 
3. Pode, mas não deve ser um objeto estático, e sim um modelo de pensar a 
educação; 
4. Deve ser organizado a partir dos diferentes níveis de educação; 
5. Pode ser moldado através das condições da região, da cidade, da escola, 
bairro e ou turma (varia tanto no tempo como no espaço); 
6. É um elo para o plano pedagógico; 
7. Relaciona-se a soma de exigências acadêmicas como uma base de 
experiências; 
8. Deve ser construído segundo o pensamento discente, docente, 
mercadológico, social e humano. 
 Uma nova perspectiva de currículo está sendo organizada. Novos educadores 
críticos constroem novos currículos pautados no questionamento e na reflexão em 
conjunto com os interessados (discentes, mercado, indústria, sociedade). O diálogo 
revolve em torno da importância dos conteúdos (competências), ou seja, quais 
realmente são fundamentais no nosso tempo. 
 Pressupondo um sistema de educação com equidade, eficácia e eficiência, 
parece não haver tanta divergência quanto às características proeminentes de um 
 
41 
 
bom currículo. O professor moderno (crítico) deve participar dessa reflexão e 
promover sua discussão em sala de aula. É sair da zona de conforto. Escutar o que a 
sociedade tem a dizer muitas vezes pode render excelentes frutos a educação. Não 
cabe mais deixar de lado as possíveis contribuições que os interessados têm a dar. 
A reflexão sobre currículo ajuda no “transformar” a educação. A que ordens o 
currículo deve seguir? Como contribuir? Será que reorganizar o currículo pode ser 
umas das saídas para o engrandecimento de nosso país? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
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