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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E EXATAS ENGENHARIA DE ENERGIA VARIÁVEIS DE PROCESSO LEONARDO DE ALMEIDA COELHO PALOTINA – PR OUTUBRO, 2019 LEONARDO DE ALMEIDA COELHO VARIÁVEIS DE PROCESSO Trabalho apresentado a Universidade Federal do Paraná - UFPR, como pré- requisito parcial para obtenção de nota junto a disciplina de Automação. Orientador: André Assmann PALOTINA – PR OUTUBRO, 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇAO ........................................................................................................................ 4 2. OBJETIVOS ............................................................................................................................. 5 3. VARIAVEIS DE PROCESSO ...................................................................................................... 6 3.1 Pressão .......................................................................................................................... 6 3.2 Vazão ............................................................................................................................. 7 3.3 Temperatura.................................................................................................................. 7 3.4 Nível ............................................................................................................................... 8 4. CONCLUSAO ........................................................................................................................ 10 REFERENCIAS ............................................................................................................................... 11 4 1. INTRODUÇAO A variável de processo é uma grandeza física que altera seu valor em função de outras variáveis e principalmente em relação ao tempo. O objetivo do controle de processo é o de manter uma variável constante ou, no mínimo, variando dentro de certos limites estabelecidos. Antes de ser controlada, uma variável deve ser medida, dentro de uma classe de precisão requerida pelo pessoal do processo. A partir da medição da variável, o operador de processo pode efetuar o controle manual, como aumentar uma pressão, diminuir uma temperatura, encher um tanque (nível) ou fechar uma válvula (vazão). Em sistema de controle automático, o sinal medido é contínua e automaticamente comparado com um valor de referência e este erro é usado como função de controle, sem a interferência do operador humano. Em um processo industrial típico, mais de 90% das medições envolvem apenas quatro variáveis: pressão, temperatura, vazão e nível. As outras variáveis menos comuns incluem: posição, condutividade, densidade, análise, pH e vibração (RIBEIRO, 1999, pg. 299). Segundo PROCEL (2008) o objetivo principal de qualquer sistema de medição ou controle é aumentar a eficiência do processo, e consequentemente os lucros da instalação, atuando sobre: a qualidade do produto final, a segurança das pessoas e equipamentos, a preservação do meio ambiente, a economia de matéria prima, de energia e de mão de obra. 5 2. OBJETIVOS Definir o conceito teórico de variável de processo, e elencar as principais variáveis utilizadas nas industrias nos dias atuais, para controlar os processos. 6 3. VARIAVEIS DE PROCESSO 3.1 Pressão A pressão é uma grandeza medida com relação à referência. Se esta referência for a pressão atmosférica, a medida será dita pressão relativa ou manométrica. Se a referência for o vácuo, será dita pressão absoluta. Quando for omitida a pressão de referência, subentende-se que se trata da pressão relativa (PROCEL, 2008). Pressão absoluta = Pressão relativa (manométrica) + Pressão atmosférica A pressão é provavelmente a grandeza física que possua o maior número de unidades empregadas para representá-la (PROCEL, 2008). 1atm =1,033kgf/cm2 =101325Pa =10332mmH2 O = 760mmHg =1,013bar = 14,695psi Figura 1: Escala de referência para medidas de pressão. Fonte: PROCEL Pressão é força por unidade de área. A pressão é uma quantidade derivada da força (massa vezes comprimento por tempo ao quadrado) e da área (comprimento ao quadrado) (RIBEIRO, 1999). 7 3.2 Vazão Vazão ou fluxo é o deslocamento de volume, ou massa, de um fluido, por unidade de tempo (RIBEIRO, 1999). Segundo PROCEL (2008) a vazão volumétrica é igual à quantidade de volume que escoa através de uma secção em um intervalo de tempo considerado. É representada pela letra Qm e é expressa pela seguinte equação: De acordo com PROCEL (2008) a vazão mássica é igual à quantidade de massa de um fluido que atravessa a secção de uma tubulação por unidade de tempo. É representada pela letra Qm e expressa pela seguinte equação: A é igual à quantidade de peso que passa por uma certa secção por unidade de tempo. É representada pela letra Qp (onde W é o peso) e expressa pela seguinte equação: 3.3 Temperatura Todos os corpos são constituídos de moléculas que se encontram em constante agitação, quanto mais agitadas estiverem as moléculas mais quente estará o corpo e, consequentemente, quanto menos agitadas mais frio. Temperatura é o grau de agitação destas moléculas. A representação quantitativa da temperatura é feita por escala numérica, onde, quanto maior o valor mostrado, maior a energia cinética média das moléculas do corpo em questão (PROCEL, 2008). Existem três divisões clássicas de medição de temperatura: Pirometria: termo usado para medição de altas temperaturas na faixa onde efeitos de radiação térmica passam a se manifestar. Criogenia: termo usado para a medição de baixas temperaturas; próximas ao zero absoluto. Termometria: termo abrangente usado para medição das mais diversas temperaturas. A temperatura é uma quantidade de base do SI, conceitualmente diferente na natureza do comprimento, tempo e massa. Quando dois corpos de mesmo comprimento são combinados, tem-se o comprimento total igual ao dobro do original. O mesmo vale para dois intervalos de tempo ou para duas massas. Assim, os padrões de massa, comprimento e tempo podem ser indefinidamente divididos e multiplicados para gerar tamanhos arbitrários. O comprimento, massa e tempo são grandezas extensivas. A temperatura é uma grandeza intensiva. A 8 combinação de dois corpos à mesma temperatura resulta exatamente na mesma temperatura (RIBEIRO, 1999). A maioria das grandezas mecânicas, como massa, comprimento, volume e peso, pode ser medida diretamente. A temperatura é uma propriedade da energia e a energia não pode ser medida diretamente. A temperatura pode ser medida através dos efeitos da energia calorífica em um corpo. Infelizmente estes efeitos são diferentes nos diferentes materiais. Por exemplo, a expansão termal dos materiais depende do tipo do material. Porém, é possível obter a mesma temperatura de dois materiais diferentes, se eles forem calibrados. Esta calibração consiste em se tomar dois materiais diferentes e aquecê-los a uma determinada temperatura, que possa ser repetida. Coloca-se uma marca em algum material de referência que não tenha se expandido ou contraído. Depois, aqueça os materiais em outra temperatura determinada e repetível e coloque uma nova marca, como antes. Agora, se iguais divisões são feitas entre estesdois pontos, a leitura da temperatura determinada ao longo da região calibrada deve ser igual, mesmo se as divisões reais nos comprimentos dos materiais sejam diferentes (RIBEIRO, 1999). Um aspecto interessante da medição de temperatura é que a calibração é consistente através de diferentes tipos de fenômenos físicos. Assim, uma vez se tenha calibrado dois ou mais pontos determinados para temperaturas específicas, os vários fenômenos físicos de expansão, resistência elétrica, força eletromotriz e outras propriedades físicas termais, irá dar a mesma leitura da temperatura (RIBEIRO, 1999). A lei zero da termodinâmica estabelece que dois corpos tendo a mesma temperatura devem estar em equilíbrio termal. Quando há comunicação termal entre eles, não há troca de coordenadas termodinâmicas entre eles. A mesma lei ainda estabelece que dois corpos em equilíbrio termal com um terceiro corpo, estão em equilíbrio termal entre si. Por definição, os três corpos estão à mesma temperatura. Assim, pode-se construir um meio reprodutível de estabelecer uma faixa de temperaturas, onde temperaturas desconhecidas de outros corpos podem ser comparadas com o padrão, colocando-se qualquer tipo de termômetro sucessivamente no padrão e nas temperaturas desconhecidas e permitindo a ocorrência do equilíbrio em cada caso. Isto é, o termômetro é calibrado contra um Temperatura padrão e depois pode ser usado para ler temperaturas desconhecidas. Não se quer dizer que todas estas técnicas de medição de temperatura sejam lineares, mas que conhecidas as variações, elas podem ser consideradas e calibradas (RIBEIRO, 1999). Escolhendo-se os meios de definir a escala padrão de temperatura, pode- se empregar qualquer uma das muitas propriedades físicas dos materiais que variam de modo reprodutível com a temperatura. Por exemplo, o comprimento de uma barra metálica, a resistência elétrica de um fio fino, a militensão gerada por uma junção com dois materiais distintos, a temperatura de fusão do sólido e de vaporização do liquido (RIBEIRO, 1999). 3.4 Nível Costuma-se definir nível, como a altura do conteúdo de um reservatório, que poderá ser um líquido ou um sólido (PROCEL, 2008). 9 O nível pode ser considerado a altura da coluna de líquido ou de sólido no interior de um tanque ou vaso. O nível não se aplica a gases em tanque de teto fixo, pois o gás sempre ocupa todo o espaço (pessoal de gasômetro pode ter aplicações de medição de nível de gás – tem vaso de teto flutuante). Em aplicações industriais, pode se ter um vaso com dois líquidos não miscíveis e se quer medir a interface desses dois líquidos (RIBEIRO, 1999). 10 4. CONCLUSAO Ao fim do trabalho, foi possível compreender um pouco mais a fundo sobre a definição de variável de processo, chegando a um resultado satisfatório visto o objetivo do trabalho. Também foi possível entender sobre as variáveis de nível, pressão, temperatura e vazão, que são de suma importância para os processos industriais atualmente, pois em eles, muitos dos processos perderiam em qualidade, agilidade e segurança. 11 REFERENCIAS RIBEIRO, Marco Antônio. Instrumentação. 8. ed. rev. Salvador: [s. n.], 1999. 478 p. v. 1. Disponível em:https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/ 34138572/Instrumentacao_2.pdf?response-contentdisposition=inline%3B%20fil ename%3DInstrumentacao.pdf&X-Amz-Algorithm=AWS4-HMAC-SHA256&X Amz-Credential=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A%2F20191021%2Fus-east1%2Fs 3%2Faws4_request&X-Amz-Date=20191021T145142Z&X-AmzExpires=3600& X-Amz-SignedHeaders=host&X-AmzSignature=cdfa09b3b049ab3a8c553886f0 c490652830f6d2461619ef7e61dbe44a468ae9. Acesso em: 20 out. 2019. PROCEL (Brasil). Instrumentação e Controle. 11. ed. Brasília: [s. n.], 2008. 221 p. v. 1. Disponível em: https://bucket-gw-cni-static-cmssi.s3.amazonaws.com/m edia/uploads/arquivos/Instrumentao_corrigido.pdf. Acesso em: 19 out. 2019.
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