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A importância da intervenção do fisioterapeuta na obstetrícia

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UNISALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Fisioterapia 
 
 
 
 
 
 
Cintia Maria Vieira da Silva Valenciano 
Maraísa de Fátima Rodrigues 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO 
FISIOTERAPÊUTICA NA ASSISTÊNCIA DO TRABALHO 
DE PARTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2015 
 
 
 
Valenciano, Cìntia Maria Vieira da Silva; Rodrigues, Maraisa de 
Fátima 
A importância da intervenção fisioterapêutica na assistência do 
trabalho de parto / Cíntia Maria Vieira da Silva Valenciano; Maraisa de 
Fátima Rodrigues. - - Lins,2015. 
 76p. il. 31cm. 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em 
Fisioterapia, 2015 
 Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Ana Cláudia de Souza Costa 
 
1. Fisioterapia. 2. Gestante. 3. Trabalho de parto 4. Parto. 5. Dor. 
I. Título 
 
CDU 615.8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cintia Maria Vieira da Silva Valenciano 
Maraísa de Fátima Rodrigues 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA 
ASSISTÊNCIA DO TRABALHO DE PARTO 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora 
do Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium, Curso de 
Fisioterapia, sob orientação da Prof.ª 
Ms. Ana Claudia de Souza Costa e 
orientação técnica da Profª Jovira 
Maria Sarraceni. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2015 
 
 
 
CINTIA MARIA VIEIRA DA SILVA VALENCIANO 
MARAÍSA DE FÁTIMA RODRIGUES 
 
A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA 
ASSISTÊNCIA DO TRABALHO DE PARTO 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 
para obtenção do título de bacharel em Fisioterapia. 
 
Aprovada em: _____/______/_____ 
 
Banca Examinadora: 
 
Prof(a) Orientador(a): Ana Claúdia de Souza Costa 
Titulação: Mestre em Fisioterapia pela Unimep - Piracicaba 
Assinatura: ___________________________________________ 
 
 
1º Prof(a): _______________________________________________________ 
Titulação:_______________________________________________________ 
Assinatura: ___________________________________________ 
 
 
2º Prof(a): _______________________________________________________ 
Titulação:_______________________________________________________ 
Assinatura: ___________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À Deus 
 
Por ter me dado forças quando precisei, e por jamais ter me deixado desistir, 
mesmo nos momentos mais difíceis da minha vida. Por ter me dado saúde para 
que eu pudesse sempre me doar aos meus pacientes e dar o meu melhor a 
eles. E por todas as vezes que eu pedi em silencio e fui agraciada com as suas 
bênçãos. “A quem Deus abençoa ninguém amaldiçoa” 
 
Ao Cristian 
 
Meu querido esposo “minha vida” muito obrigada por ter me ajudado nesses 
cinco anos de faculdade, sou eternamente grata por ter estado do meu lado 
sempre, me dando forças quando precisei. Sempre me apoiou e me incentivou 
a buscar meus sonhos, por mais difíceis que eles fossem sempre me mostrou 
que temos objetivos nessa vida. 
 
Aos meus Pais 
 
Muito obrigada por tudo minha mãe Anália, por ter me ensinado a ser forte 
nessa vida, e que nada é fácil, mas com esforço tudo se conquista. Meu pai 
Dau que hoje está lá de cima vendo a realização de um sonho que não é só 
meu mais também é seu. Obrigada por tudo meu pai SAUDADES ETERNAS. 
 
Aos meus Irmãos 
 
Muito obrigada por ter estado comigo sempre, vocês são de extrema 
importância em minha vida, com vocês aprendi o que é amor e união de 
irmãos. Amo vocês. 
 
 
À Família Valenciano 
 
Gostaria de agradecer imensamente ao apoio que sempre tive de vocês, muito 
obrigada por fazerem parte da minha vida sempre. Obrigada aos meus sogros 
 
 
 
Márcia e Pascual por toda força e incentivo, aos meus cunhados Danielle, 
Douglas e Guilherme por ter me ajudado sempre que necessário. Muito 
obrigada a cada um de vocês, por fazerem parte desse sonho que hoje se 
torna realidade, amo vocês. 
 
À minha grande amiga e parceira 
 
Maraísa muito obrigada por desde o inicio mergulhar nessa aventura comigo e 
jamais ter desanimado ou desistido, que nossos sonhos se tornem realidade e 
que Deus nos abençoe mais e mais. Saiba que pode contar sempre comigo 
parceira e também “dinda de casamento”, sou grata e feliz por Deus ter 
colocado você em minha vida. Amo você amiga. 
 
À minha querida Orientadora 
 
Ana o que falar de você a não ser te agradecendo sempre por tudo, por toda 
paciência, pelos puxões de orelhas em certos momentos, pelos conselhos, 
pelas maravilhosas conversas e por todo incentivo, obrigada Ana por sempre 
estar do meu lado e ser tão parceira. Mais uma vez muito obrigada Ana por ter 
aceitado o nosso convite para ser a nossa Orientadora, desde o começo você 
também mergulhou no nosso sonho e fez dele uma linda realidade e nos 
proporcionou momentos maravilhosos de aprendizado e conhecimento. 
Gostaria de lhe agradecer, por ter feito com que eu me apaixonasse de forma 
imaginável pela Saúde da Mulher. Obrigada por tudo sempre. Saiba que tenho 
um enorme carinho por você. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cintia Maria Vieira da Silva Valenciano 
 
 
 
À Deus, 
 
Primeiramente, por ter me oferecido a chance de estar realizando um sonho e 
por ter me abençoado nos momentos difíceis ao longo desses anos. Por ter me 
dado coragem pra seguir e nunca desistir. 
 
Aos meus pais, 
 
Obrigada, por ter me dado a oportunidade de estar estudando e fazendo o que 
eu amo, pela força, apoio, por não ter me deixado nunca pensar em desistir em 
nenhum momento, por sempre estar do meu lado me ajudando. Amo vocês! 
 
Ao Rodrigo, 
 
Obrigada, por sempre me apoiar em tudo! Por estar presente em todos os 
momentos de minha vida, e sempre me ajudando! Te amo! 
 
A minha orientadora, 
 
Obrigada por ter participado e nos ajudado nesse momento tao importante que 
esta sendo para nós. Por ter nos ensinado muito, por estar presente quando 
precisamos! Continue sempre assim! 
 
A minha amiga e parceira, 
 
Peço sempre a Deus pra abençoar sempre nossa amizade. Além de amiga 
minha madrinha de casamento na qual tenho muito carinho. Obrigada por tudo! 
Por sempre estar por perto quando preciso, por nunca ter pensado em desistir. 
Muito obrigada!! 
 
 
 
 
Maraísa de Fatima Rodrigues 
 
 
À equipe da Santa Casa 
 
O meu muito obrigado a todos os Enfermeiros e Técnicos em Enfermagem da 
Santa Casa de Lins. Em especial o meu muito obrigado para Paula que fez o 
nosso sonho se tornar realidade, possibilitando mostrar um pouco do nosso 
trabalho com as gestantes, muito obrigada por estar sempre presente, por ser 
tão atenciosa e dedicada. Gostaria de agradecer ao Dr. Fábio e a Dra. Bruna 
que nos recebeu de braços abertos e nos proporcionou muito conhecimento. 
 
 
 
Aos Mestres 
 
Muito obrigada a cada professor que fez parte da construção de uma 
profissional que hoje ama abundantemente a Fisioterapia. Obrigada ao Antônio 
Henrique Semensato Júnior, Gislaine Ogata, Ana Claudia de Souza Costa, 
Jonathan Telles e ao professor Marcos Aurélio Gabanela Schiavon obrigado a 
cada um de vocês por tudo. Obrigada professora Jovira por toda a ajuda na 
construção desse trabalho.À XXXIª Turma de Fisioterapia, a famosa T31, muito obrigada a cada um de 
vocês por sermos muito unidos e fazerem da nossa faculdade um lugar onde 
fizemos amizades que irão durar para sempre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cintia Maria Vieira da Silva Valenciano 
 
 
 
 
À equipe da Santa Casa de Lins, 
 
Obrigada aos médicos, enfermeiras, pela paciência e por ter nos ajudado a 
fazer esse maravilhoso trabalho com as gestantes, no qual amamos, somos 
muito grata e muito feliz por ter colocado em pratica e agora expondo nosso 
lindo trabalho! 
 
Aos mestres, 
 
Coordenadora, professores, enfim, a quem estiveram sempre por perto nos 
ajudando de alguma forma. Muito obrigada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maraísa de Fatima Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A proposta da pesquisa visa mostrar ao profissional da saúde um 
conhecimento mais amplo sobre a gestação e as alterações que a mulher sofre 
em seu corpo, entre outros fatores relacionados, como fatores psicológicos e 
sociais, que também são alterados. As parturientes já são indicadas à 
fisioterapia no pré-natal para durante este processo de desenvolvimento, ter 
recomendações adequadas, explicações sobre as etapas do trabalho de parto, 
utilização de técnicas fisioterapêuticas, como exercícios para alívio de dor, da 
respiração, posturais, utilização da eletroestimulação transcutânea (TENS), 
para que na hora tenha menos dor, desconfortos, se sinta mais relaxada, 
tranquila, segura e para que tenha um parto satisfatório. Trata-se de um estudo 
experimental do tipo caso-controle, com o objetivo de diminuir dores e 
desconfortos, auxiliar no posicionamento da parturiente, contribuir para que a 
parturiente se torne um elemento ativo no processo de parto, diminuindo assim, 
o tempo e a dor, durante o trabalho de parto. Para isso, participaram do estudo 
10 parturientes, que foram divididas em dois grupos, sendo o G1, um grupo 
contendo 5 parturientes que foram submetidas à intervenção fisioterapêutica e 
o GC, um grupo com 5 parturientes compondo o grupo controle. Para obter a 
pontuação da dor, foi utilizada a Escala Visual Analógica (EVA). Os resultados 
do presente estudo demonstraram que algumas das gestantes apresentaram 
melhora na dor do parto, apresentando também uma diminuição no desconforto 
causadas pela dor do parto. 
 
 
Palavras Chave: Fisioterapia, Gestação, Trabalho de parto, Parto, Dor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The proposed research aims to show the health professional a broader 
knowledge about pregnancy and the changes that the woman suffers in his 
body, and other related factors such as psychological and social factors, which 
are also changed. Mothers are already indicated to physical therapy in prenatal 
care for during this development process, have adequate recommendations, 
explanations about the stages of labor, use of physiotherapy techniques such 
as exercises for relieving pain, breathing, posture, use of transcutaneous 
electrical stimulation (TENS) so that the time has less pain, discomfort, feel 
more relaxed, quiet, safe and having a satisfactory delivery. This is an 
experimental study of the case-control in order to reduce aches and pains, 
assist in the positioning of the mother, help the laboring woman to become an 
active element in the birth process, reducing the time and pain during labor. For 
this, participated in the study 10 pregnant women, who were divided into two 
groups: the G1, a group containing five pregnant women who underwent 
physical therapy intervention and the GC, a group of 5 mothers making up the 
control group. For the scores of pain, Visual Analogue Scale (VAS) was used. 
The results of this study showed that some of the patients presented 
improvement in labor pain, also showing a decrease in discomfort caused by 
the pain of childbirth. 
 
 
Key Words: Physiotherapy, Pregnancy, Labor and Delivery Childbirth Pain. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12 
1 CONCEITOS PRELIMINARES ...................................................................... 15 
1.1 Gestação .................................................................................................... 15 
1.1.1 Primeiro trimestre ..................................................................................... 15 
1.1.2 Segundo trimestre .................................................................................... 16 
1.1.3 Terceiro trimestre ..................................................................................... 17 
1.2 Adaptações fisiológicas maternas .......................................................... 17 
1.2.1 Sistema respiratório ................................................................................. 18 
1.2.2 Sistema gastrointestinal ........................................................................... 19 
1.2.3 Sistema nervoso ...................................................................................... 20 
1.2.4 Sistema urinário ....................................................................................... 20 
1.2.5 Sistema circulatório .................................................................................. 20 
1.2.6 Sistema endócrino ................................................................................... 21 
1.2.7 Sistema músculo esquelético ................................................................... 23 
1.3 Parto ........................................................................................................... 24 
1.3.1 Tipos de parto .......................................................................................... 26 
1.3.2 Assistência profissional durante o trabalho de parto ................................ 26 
1.3.3 Dor durante o trabalho de parto ............................................................... 27 
1.3.4 Analgesia durante o trabalho de parto ..................................................... 28 
1.3 Fisioterapias durante o trabalho de parto ................................................... 30 
1.4.1 Técnicas utilizadas para avaliar a dor durante o trabalho de parto .......... 31 
1.4.2 Técnicas utilizadas para o alivio da dor durante o trabalho de parto ....... 32 
2 O EXPERIMENTO ......................................................................................... 33 
2.1 Condições ambientais ................................................................................. 33 
2.2.2 Métodos ................................................................................................... 34 
2.2.3 Técnicas ................................................................................................... 34 
2.3 Materiais e procedimentos realizados ......................................................... 35 
2.3.1 Eletroanalgesia ........................................................................................ 35 
2.3.2 Exercícios Respiratórios .......................................................................... 36 
2.3.3 Alongamento e Relaxamento ................................................................... 36 
2.4 Resultados .................................................................................................. 36 
 
 
2.5 Discussão ................................................................................................... 42 
2.6 Conclusão ................................................................................................... 44 
2.7 REFERÊNCIAS.......................................................................................... 44
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
DC – Débito Cardíaco 
FSH – Hormônio Foliculo-Estimulnte 
HPL – Lactogenio Placentário Humano 
LH – Luteinizante 
TENS - Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation 
TSH - Hormônio Estimulador Da Tireoide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Estudos mostram que a maioria das mulheres preferem o parto vaginal, 
por ser mais fácil de superar a dor, do que a de um parto operatório, e também 
por permitir uma recuperação mais rápida. Já, outros estudos mostram que as 
mulheres preferem a cesariana para fugir do tratamento grosseiro que 
receberam em hospitais públicos, de procedimentos dolorosos sem ter 
necessidade e da falta de analgesia quando preciso. (BRIQUET, 2011). 
Mesmo nos tempos atuais, o momento do parto pela gestante 
caracteriza-se por sentimentos de angústia, medo e fantasias. De um modo 
geral, as mulheres no momento do nascimento de seus filhos, não se sentem 
preparadas para encarar essa etapa. Para que isso não aconteça, é 
necessário que durante o pré-natal sejam esclarecidas e ajudadas por 
profissionais da saúde, individualmente ou em grupos de gestantes. 
É importante que elas recebam informações sobre as etapas durante o 
trabalho de parto, sua duração e os sinais e sintomas característicos, dentre os 
quais podemos citar a eliminação do tampão mucossanguinolento, as cólicas 
abdominais decorrentes de contrações uterinas e o rompimento da bolsa de 
líquido amniótico. Essa assistência no pré-natal através de informações é 
fundamental para a tranquilidade da parturiente no momento do parto. 
Durante o trabalho de parto, a parturiente requer mobilidade pélvica e o 
uso intensivo da musculatura do abdome. O fisioterapeuta, exatamente por 
estudar todos os movimentos das articulações do corpo humano e o 
funcionamento muscular, auxiliando na contração e no relaxamento, é um dos 
profissionais capacitados a contribuir qualitativamente no atendimento à 
parturiente, pois trabalha otimizando a fisiologia humana.(BRIQUET, 2011). 
Alguns trabalhos descrevem técnicas fisioterapêuticas como: “estímulo 
à deambulação, adoção de posturas verticais, exercícios respiratórios, 
analgesia através da neuroeletroestimulação transcutânea (TENS), 
massagens, banhos quentes, cinesioterapia e relaxamento, são exemplos 
dessas técnicas. (BAVARESCO et al, 2011). 
Diante disso o presente estudo tem como objetivo principal diminuir 
14 
 
dores e desconfortos, auxiliar no posicionamento da parturiente, contribuir para 
que a parturiente se torne um elemento ativo no processo de parto, diminuindo 
assim, o tempo e a dor, durante o trabalho de parto. 
Partindo-se da hipótese de que o fisioterapeuta utiliza alguns recursos e 
técnicas para minimizar esses desconfortos durante o trabalho de parto 
vaginal. Neste sentido, há uma redescoberta das posturas, verticais, sentada, 
ajoelhada, de cócoras e em quatro apoios, e da liberdade de movimento da 
parturiente como prática eficiente para facilitar o trabalho de parto. 
Trata-se de um estudo experimental do tipo caso-controle com 
abordagem Quantitativa, onde nos conceitos preliminares, aborda-se a teoria 
da gestação e suas alterações fisiológicas e o parto, tipos de parto e a dor 
durante o trabalho de parto e a fisioterapia durante o trabalho de parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
1 CONCEITOS PRELIMINARES 
 
1.1 Gestação 
 
A mulher no período gestacional sofre diversas mudanças, passando por 
processos fisiológicos, hormonais, anatômicos e muitas vezes 
musculoesqueléticos, devendo ser consideradas normais durante o estado 
gravídico. 
 
No período da gravidez, ocorrem diversas adaptações físicas, 
devido ao crescimento e desenvolvimento fetal. No entanto, 
essas alterações, em algumas mulheres, trazem 
consequências que podem resultar em dor e limitações em 
suas atividades diárias. (ALMEIDA, BARACHO, BARACHO, 
2007, p.34). 
 
Durante a gestação a mulher vai queixar de dores nas costas, 
desconfortos posturais e respiratórios, alterações emocionais, acompanhado 
de um quadro de ansiedade característico, sendo este considerado normal. 
(DALVI et. al, 2010, p.02). 
 
É preciso saber que, apesar das modificações fisiológicas que 
acontecem durante a gestação afetarem principalmente os 
órgãos da reprodução, todo o controle feminino poderá ser 
alterado. Essas modificações são necessárias para a 
manutenção da gestação, o desenvolvimento do feto, o parto e 
a lactação imediata. (BRIQUET , 2011, p.47). 
 
Segundo Rezende (2014) entre as mudanças, estão as modificações 
sistêmicas, relacionadas a postura e deambulação; altera-se o metabolismo; 
modificações hemodinâmicas no sistema cardiovascular; no sistema 
sanguíneo; no sistema urinário; no sistema respiratório; no sistema digestivo; 
no sistema endócrino e no sistema tegumentar. Pode-se também, observar 
modificações nos órgãos genitais, relacionadas a vulva, vagina e útero. 
 
1.1.1 Primeiro trimestre 
 
Nas primeiras semanas de uma gestação, o embrião é pequeno e 
16 
 
frágil. A gestante sente enjoos (especialmente na parte da manhã) e 
sonolência; não se sente bem com certos alimentos e aromas, muitas vezes 
familiares. Sente vontade de urinar frequentemente e aumenta a sensibilidade 
mamária. (NEME, 2006). 
Nesse sentido pode-se citar Galletta, segundo o qual: 
 
Na ultrassonografia, o saco gestacional pode ser visibilizado 
pela via transvaginal, a partir da quarta semana e três dias a 
partir da data da ultima menstruação e, pela via 
transabdominal, a partir da quinta semana. Já dando inicio na 
quinta semana gestacional, já é possível visualizar os 
batimentos cardíacos do feto através da ultrassonografia pela 
via transabdominal e nesse período o embrião deve medir 
entre 7 cm a 8 cm. Na décima segunda semana já se é 
possível realizar a ausculta clinica da frequência cardíaca fetal, 
através de um dispositivo eletrônico como o Sonar Doppler. 
Com 13 semanas de amenorreia, a mãe mais experiente já 
pode sentir os primeiros movimentos do feto, que agora 
medem de 14 a 17 cm de comprimento e cerca de 100g de 
peso estimado. (Galletta, 2006, p.64-68). 
 
1.1.2 Segundo trimestre 
 
A partir do segundo trimestre é que a mulher consegue perceber com 
mais evidencia as mudanças em seu corpo. É nele que a gestante percebe os 
movimentos fetais, é a primeira vez que sente o seu bebê, poderá apresentar 
preocupação quanto às alterações do corpo (sentir medo de não voltar à forma 
natural antes da gestação), medo de ficar modificada como pessoa, isto é, 
perder a sua identidade e se tornar outra pessoa. É mais comum nesta fase à 
passividade, que ocorre por modificações no metabolismo que são necessárias 
na preparação de seu novo papel de mãe. Esta fase se mostra com maior 
necessidade de afeto, cuidado e proteção (BAPTISTA et al, 2006, apud MELO 
& LIMA, 2000). 
Para Batista e Furquim (2003) nesse segundo trimestre: 
 
Outras características comuns são: a diminuição dos sintomas 
de mal estar, vômitos e náuseas, podendo haver um aumento 
de varizes devido ao volume da circulação sanguínea, o 
aparecimento da linha nigra no ventre, aumento de apetite, 
micção mais frequente, sentimento de ciúmes e medo de ser 
traída por se sentir feia, dentre outras (BAPTISTA et al, 2006 
apud BAPTISTA & FURQUIM, 2003,p 02). 
17 
 
1.1.3 Terceiro trimestre 
 
Após a 20ª semana de gestação as mudanças posturais são maisevidentes, onde se percebe um maior crescimento abdominal e das mamas, 
provocando deslocamento do centro de gravidade para frente e modificações 
importantes como, protusão de ombros com consequente rotação interna dos 
membros superiores, aumento da lordose cervical, anteriorização da cabeça, 
anteversão pélvica, podendo ocorrer o aumento da lordose lombar e tensão na 
musculatura paravertebral, hiperextensão dos joelhos, sobrecarga de peso nos 
pés e aplainamento do arco longitudinal medial. 
A esse respeito, pode-se citar Melo e Lima, segundo o qual: 
 
No terceiro e último trimestre, as gestantes, por estarem 
próximas ao momento do parto, poderão ser tomadas pela 
ansiedade, pois haverá mudanças na sua rotina de vida diária 
após o nascimento do bebê. Geralmente se preocupam com o 
parto, como por exemplo, as dores da contração, preocupação 
com ela e o bebê, e medo de morrer. (BAPTISTA et al, 2006 
apud MELO & LIMA, 2000, p 03). 
 
1.2 Adaptações fisiológicas maternas 
 
O conhecimento das adaptações fisiológicas que ocorrem durante a 
gestação no organismo materno é muito importante para a mulher saber, 
quanto o profissional para que sejam realizados cuidados obstétricos. Essas 
modificações envolvem temporariamente todos os sistemas, sendo o suficiente 
para gerar situações biológicas, corporais, mentais e sociais, e devem ser 
diferenciadas entre aspectos normais e patológicos, precisando ser 
diagnosticados para serem tratados durante a gravidez. 
Em uma gravidez nem sempre é fácil diferenciar os aspectos normais 
dos patológicos por não ser uma tarefa fácil de ser executada. Desta forma, 
segundo Zugaib (2012) “é possível deparar-se com várias situações de má 
adaptação do organismo materno na presença do feto, de manifestações de 
doenças latentes, de alterações patológicas que estão ligadas especificamente 
ao período gestacional”. 
 
O feto vai atuar no organismo materno como um indivíduo 
18 
 
necessitando de elementos nutritivos. Por isso, inúmeras 
alterações vão ocorrer para suprir suas exigências. Muitas são 
visíveis e a gestante vai conseguir sentir, e outras não vão ser 
percebidas. A base dessas alterações está na produção dos 
hormônios estrógeno e progesterona e com a evolução da 
gestação, esses hormônios aumentam, com interação entre a 
mãe e o feto. (CALDAS, 2014, p.170). 
 
Essas adaptações que se iniciam desde a fecundação, se estendem ao 
longo da gestação ate o término da lactação, seria: 
a) Sistema endócrino; 
b) Sistema tegumentar; 
c) Sistema urinário; 
d) Sistema hematológico; 
e) Sistema musculoesquelético; 
f) Sistema gastrointestinal; 
g) Sistema respiratório, e 
h) Sistema cardiovascular. 
 
1.2.1 Sistema respiratório 
 
O consumo de oxigênio na gravidez está aumentado em 15 a 20% para 
suportar a massa materno-fetal adicional e o trabalho cardiorrespiratório. A 
prenhez, associada à diminuição da capacidade funcional residual reduz a 
reserva de oxigênio materno. (REZENDE; MONTENEGRO, 2003, p.80). 
 
As alterações sobre a caixa torácica já é notada logo que se 
inicia a gestação. Assim se observa a elevação diafragmática 
de aproximadamente 4cm e uma maior capacidade de trabalho 
desse músculo. A amplitude de movimento do diafragma vai 
diminuindo ao longo da gravidez por causa do aumento do 
volume abdominal que ocorre normalmente com o crescimento 
do feto. Os episódios de apneia podem diminuir dependendo 
da posição da gestante, sabendo que em posição supina piora 
a oxigenação e que pode até mesmo gerar dispneia paroxística 
noturna. (ZUGAIB, 2012, p. 176). 
 
Segundo Tomé (2007) existem algumas alterações fisiológicas 
pulmonares na gravidez como: 
a) Asma brônquica: que é uma das doenças crônicas mais comuns e 
perigosas durante a gestação. 
19 
 
Sialorréia: Secreção Excessiva de Saliva 
b) Doença pulmonar tromboembólica: o tromboembolismo (TE) 
venoso é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade 
durante a gestação, sendo cinco vezes mais frequente na mulher 
grávida do que na mulher que não está grávida. 
c) Pneumotórax: é uma complicação rara e grave, para a mãe e para 
o feto, devido à demanda de oxigênio durante a gravidez e em especial 
durante o parto. 
d) Hipertensão pulmonar: ocorrem alterações na pequena circulação 
aumentando o fluxo sanguíneo pulmonar e dilatação compensatória 
vascular que resulta na queda da pressão arterial pulmonar. Estas 
alterações atingem o pico no segundo trimestre e mantêm-se 
constantes até o parto. 
 
1.2.2 Sistema gastrointestinal 
 
Conforme Rudge, Borges e Calderon (2005, p. 42), “as modificações 
do aparelho digestório visam à melhora da absorção de nutrientes para o 
fornecimento ao concepto. Há aumento do apetite e da sede que começam no 
primeiro trimestre e persistem por toda gestação”. Nesse sentido complementa 
Caldas (2014) devido as alterações gastrointestinais, estão os fatores 
relacionados ao sistema digestivo, como: 
a) Boca: no qual um fenômeno comum no início da gestação é a 
sialorréia também apresenta um aumento da vascularização, com 
consequente edema e sangramento fácil na gengiva. 
b) Esôfago e Estômago: no qual o refluxo gastroesofágico é 
exacerbado pelo útero aumentado. 
c) Fígado: possui uma atividade metabólica muito aumentada, 
participando dos processos de transformações energéticas e da 
produção de proteínas na gestação. 
d) Intestino: observam-se flatos com frequência. No intestino delgado 
há aumento na absorção do ferro e do cálcio. Embora algumas 
gestantes apresentem constipação intestinal, algumas podem 
apresentar diarreia. 
20 
 
 
1.2.3 Sistema nervoso 
 
Estão relacionadas com o Sistema Nervoso Central (SNC), algumas 
queixas discretas sobre alterações de memória e concentração, que 
geralmente aparecem no último trimestre, e a sonolência. (ZUGAIB, 2012). 
Dentre as adaptações do SNC à gravidez a mais frequente é a sonolência. 
Pouco se conhece sobre a causa da sonolência e das modificações psíquicas, 
durante a gravidez evocando-se o aumento hormonal como responsável por 
essas alterações. (CARRARA; DUARTE, 1996). 
Complementa Zugaib (2012) que “o padrão e a qualidade do sono nem 
sempre só aumentam a fadiga da gestante no fim da gestação, como também 
pode colaborar para quadros psíquicos de melancolia puerperal ou até mesmo 
depressão”. 
 
1.2.4 Sistema urinário 
 
Durante a gravidez o sistema urinário vai apresentar várias 
modificações anatômicas e fisiológicas. Nesse sentido pode-se citar que “a 
mais notável alteração anatômica no trato urinário excretor durante a gravidez 
é a dilatação dos cálices, bacinetes e uretere“. (GUARIENTO, GUARIENTO, 
ALVES, 2011, p.147). 
E complementa: 
 
Na gestação, a infecção urinária é de grande importância em 
função de sua elevada incidência neste período da vida da 
mulher. É a terceira intercorrência clínica mais comum na 
gestação, acometendo de 10 a 12% das grávidas, sendo que a 
maioria destas infecções ocorre no primeiro trimestre da 
gravidez. Esta infecção pode contribuir para a mortalidade 
materno-infantil. (JACOCIUNAS, PICOLLI,2007 p.01) 
 
1.2.5 Sistema circulatório 
 
No início da gravidez, ocorre vasodilatação periférica, possivelmente 
em consequência do aumento do ácido nítrico, fator vasoativo, relaxante 
elaborado pelo endotélio vascular. Na quinta semana de gestação já é 
21 
 
 
observado o acréscimo da frequência cardíaca e com isso eleva também o 
débito cardíaco. 
A partir de 20 semanas de gestação o útero gravídico impede o retorno 
venoso ao coração, quando a gestante assume a posição supina. Portanto, 
muitas mulheres começam a sentir a chamada síndromede hipotensão supina, 
no qual pode até referir a perda de consciência. Mas, quando isso acontece a 
gestante precisa somente ficar em decúbito lateral esquerdo para novamente o 
débito cardíaco ser restaurado. (REZENDE, 2014). 
Segundo Carraca e Duarte: 
 
Em virtude da ação angiogênica do estrógeno e vasodilatadora 
da progesterona, a pressão arterial irá diminuir durante a 
gestação, juntamente a estes fatores a intervenção placentária, 
a circulação arterial e venosa contribui para redução dos níveis 
tensionais. Apesar de a viscosidade sanguínea estar reduzida, 
a coagulação da grávida está aumentada. Isto ocorre porque a 
fibrinólise está inibida e existe aumento nítido, de praticamente, 
todos os elementos da coagulação. Todas as adaptações 
observadas no sistema circulatório visam a reserva sanguínea 
para o momento do parto e defesa contra hemorragias que 
podem ser catastróficas em partos sem assistências. 
(CARRARA, DUARTE, 1996, p.03). 
 
As maiores alterações no sistema circulatório que surgem na gravidez, 
entre a 28ª e 32ª semana de gestação, incluem o aumento do débito cardíaco, 
do volume sanguíneo, por causa do volume plasmático, da redução da 
resistência vascular periférica e da pressão sanguínea. No início da gravidez 
essas alterações alcançam o seu máximo no terceiro trimestre e são 
permanentes até o parto. São necessárias essas alterações, pois contribuem 
para o ótimo crescimento e desenvolvimento do feto e protegem a mãe das 
perdas fisiológicas de sangue no parto. (CARRARA, DUARTE, 1996) 
 
1.2.6 Sistema endócrino 
 
O período gestacional é considerado como pan-hiperendocrinismo, 
com o sistema endócrino funcionando com todas as suas reservas. Destaca-se 
o pâncreas, hipófise, tireoide, paratireoides e adrenais. Existe uma maior 
exigência metabólica, em troca do aumento do fluxo sanguíneo, a estas 
glândulas. Durante a gestação surge, temporariamente, um novo órgão no 
22 
 
 
organismo materno, a placenta. Reconhece-se que na placenta há uma 
infinidade de hormônios. (CARRARA, DUARTE,1996). 
Segundo Valadares e Dias (2007) os hormônios relativos a placenta 
são: 
a) Tireoide: o TSH é o melhor marcador da função da tireoide na 
gravidez, ocorrendo clinicamente um aumento de tamanho da 
tireoide, facilitando a sua palpação. 
b) Pâncreas: durante a gravidez é pouco estudado, porém pode surgir 
a pancreatite aguda tornando-se um problema para a gestante. 
c) Hipófise e Suprarrenal: o FSH e o LH são diminuídos a níveis 
mínimos. O ACTH e os níveis de cortisol total e livre se elevam um 
pouco, bem como a prolactina. A ocitocina, o TSH e a vasopressina 
não se alteram. 
d) Progesterona: nas primeiras 10 semanas de gestação são 
produzidas a progesterona pelo corpo lúteo. Sendo que as suas 
principais ações são: redução da tonicidade da musculatura lisa em 
órgãos maternos; aumento da temperatura e da gordura corpórea; 
na mama, associa-se às células alveolar e glandular que produzem 
leite e estímulo do centro respiratório aumentando a frequência e a 
amplitude respiratória. 
e) Estrogênio: os antecessores dos estrogênios são derivados no início 
da gestação da corrente sanguínea materna. Sendo que suas 
principais ações são: retenção hídrica que pode associar-se a ação 
compensatória de retenção de sódio e ativação do sistema renina-
angiotensina-aldosterona; aumento da camada intermediária da 
mucosa vaginal, glicogênio e flora Doederlein; flexibilidade das 
articulações pélvicas; homeostase do cálcio no sistema 
musculoesquelético e juntamente com a prolactina, sua ação nos 
ductos mamários prepara para a lactação. 
f) Relaxina: é um hormônio peptídico produzido pelo corpo lúteo 
gravídico sendo que no primeiro trimestre sua concentração sobe 
edeclina no segundo. 
23 
 
Marcha Anséria: é a mudança do padrão de Marcha Materna. 
 
g) Lactogenio Placentário Humano (HPL): é um polipeptídio secretado 
pelo sinciciotrofoblasto. O nível de HPL na circulação materna 
correlaciona-se com o peso fetal e placentário até as ultimas quatro 
semanas da gestação. O seu papel metabólico é mobilizar lipídios 
sob a forma de ácidos graxos livres. 
h) Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG): é uma glicoproteína. A 
glicoproteína a sobrevivência do corpo lúteo é totalmente 
dependente do HCG. A prova para gravidez na urina e no sangue 
materno tornam-se positivas a partir da quinta à sexta semana de 
gestação, sendo que as provas imunológicas para beta-receptores é 
o mais confiável. 
 
1.2.7 Sistema músculo esquelético 
 
Durante a gestação também ocorrem as modificações físicas para o 
perfeito crescimento e desenvolvimento fetal. As modificações 
musculoesqueléticas são as que mais reproduzem dor na gestante, como, por 
exemplo, a cervicalgia, a dorsalgia, a lombalgia e a dor sacro ilíaca. 
A esse respeito: 
 
Durante o período gestacional, a quantidade de gestantes que 
suportam algum tipo de dor, muitas vezes na coluna lombar, 
chega em torno de 50%, e a porcentagem de gestantes que 
citam sentir dor na coluna vertebral, como um todo, chega a 
80%. A região lombar e a sacro ilíaca são as regiões de maior 
incidência de dor. (CORTEZ, 2012 et al. apud SANT'ANA et al, 
2008, p.02). 
 
Nesse sentido corrobora Carrara Duarte: 
 
Há uma modificação no centro de gravidade da gestante pelo 
aumento do volume abdominal, isso faz com que haja uma 
compensação anterior, fazendo com que ela assuma a posição 
ereta, acentuada na postura de grávida, fazendo assim 
aumentar a base. Um dos mecanismos prevalecentes de 
compensação é a lordose. O caminhar da gestante é 
característico, chamado até por alguns de "marcha anserina". 
(CARRARA, DUARTE, 1996, p.03 ).
24 
 
 
Para Cortez apud Quimelli (2006), "relata a alta incidência de dor na 
coluna lombar e o impacto causado pela incapacidade física na gestação, de 
modo que as atividades diárias da vida sejam realizadas com dificuldade. 
 
1.2.8 Sistema tegumentar 
 
A produção placentária de estrógenos leva á proliferação da 
microvasculatura de todo o tegumento, fenômeno conhecido como 
angiogênese. (ZUGAIB, 2012). 
A expansão da vascularização da pele acarreta o aparecimento do 
eritema palmar, telangectasias e expansão da pilificação (lanugem) que diminui 
após o parto. (RUDGE, BORGES, CALDERON, 2005). 
“As estrias normalmente acontecem no período gestacional. Das 
grávidas, 90% têm estrias ou víbices, que são faixas delgadas e atróficas, 
avermelhadas ou violáceas”. (CALDAS, 2014). 
 
1.3 Parto 
 
Deve-se citar sua importância, segundo Barracho (2012, p.183), “em 
contra partida, a resposta típica da mulher com o início do trabalho de parto e o 
aumento das contrações uterinas é buscar companhia, suporte emocional e 
segurança, entretanto, sem abrir mão de um ambiente calmo e introspectivo”. 
Para confirmar o início do trabalho de parto, basta verificar se há 
modificações do colo. Dessa maneira, evitam-se rebates falsos, que podem 
antecipar o parto de 8 a 15 dias resultando de fenômenos característicos, em 
geral, à queda do ventre. Em relação ao trabalho de parto, é importante 
diferenciar o verdadeiro do falso trabalho. 
O verdadeiro é aquele que é determinado por contrações uterinas 
regulares que, gradualmente, vão se tornando mais frequentes, intensas e 
duradouras, acompanhadas de esvaecimento e dilatação do colo do útero. O 
falso trabalho, de parto relativamente aplicado ao final da gravidez, é 
caracterizado por contrações uterinas irregulares na frequência, na intensidade 
e na duração sem modificações no colo do útero. (BRIQUET, 2011). 
No desenvolvimento do trabalho de parto, podemos mencionar quatro 
25 
 
 
estágios, sendoeles: período de dilatação cervical, período de expulsão fetal, 
período de dequitação ou de expulsão placentária, e quarto período de 
Greenberg. 
Na fase de cervicodilatação, que é o primeiro período, podemos 
observar duas fases: 
Fase de latência: as contrações começam a se regularizar, com 
impressão dolorosa pela parturiente. Sua duração média é de 16 a 20 horas 
nas primíparas e de 12 a 16 horas nas multíparas. Essas contrações têm como 
característica a intensidade e a duração, sendo maiores no fundo uterino e o 
seu sentido vai do fundo para o colo uterino. Nesse período, a alteração da 
cervicodilatação é discreta, mas prepara o colo para a fase ativa. 
Fase ativa: Seu início é de difícil definição; destaca-se com o 
apagamento do colo, 3 cm de dilatação e contração uterina regular de pelo 
menos duas contrações/10 minutos, com duração de 30 a 50 segundos, 
promovendo a dilatação; esta ocorre numa velocidade de cerca de 1 cm/hora 
nas primíparas, sendo mais rápida nas multíparas. (CALDAS, 2014). 
O período expulsivo inicia-se quando acontece a dilatação completa. 
Torna-se o período de maior risco fetal, em que se recomenda o controle da 
ausculta do coração fetal de 5 em 5 minutos. Esse período não deve 
ultrapassar 1 hora nas primíparas e 40-45 minutos nas multíparas. Passado 
mais tempo, o dano fetal pode aumentar. Se acontecer da cabeça fetal estar 
muito baixa, realiza-se à abreviação do período expulsivo do fórcipe. 
Quando as partes moles impedirem a saída da cabeça fetal, a 
episiotomia médio-lateral direita ou perineotomia são utilizadas, a fim de reduzir 
lesões às estruturas musculares e aponeuróticas do assoalho pélvico. 
A placenta é eliminada cerca de 5 a 10 minutos após a expulsão fetal. 
Quando essa dequitação é retardada em mais de 30 minutos, denominamos 
retenção placentária. Quando a placenta se exteriorizar pela vulva, procede-se 
à manobra de Jacobs, que é o movimento de torção. O fechamento da 
episiotomia ou perineotomia é realizado por planos mucoso, muscular, tecido 
celular subcutâneo e pele. 
Após 1 hora de dequitação (quarto período de Greenberg), os 
problemas, principalmente, hemorrágicos, são mais frequentes. Desta maneira, 
todos os profissionais da área da saúde devem ficar atentos quanto a essa 
26 
 
 
intercorrência. (CALDAS, 2014). 
 
1.3.1 Tipos de parto 
 
O número de mulheres que dão a luz por cesariana só aumenta em 
todo o mundo, e está se tornando cada vez mais comum, provocando grandes 
discussões em relação à preferência pelo tipo de parto. 
Dois estudos mostraram que a maioria das mulheres prefere o parto 
vaginal, por ser mais fácil de superar a dor, do que a de um parto operatório, e 
também por permitir uma recuperação mais rápida. Já, outros estudos mostram 
que as mulheres preferem a cesariana para fugir do tratamento grosseiro que 
receberam em hospitais públicos, de procedimentos dolorosos sem ter 
necessidade e da falta de analgesia quando preciso. (BRIQUET, 2011). 
Conforme apurado por Melchiori, “a maior parte das mulheres 
brasileiras prefere e deseja o parto normal à cesariana, mas acaba se 
submetendo à cirurgia por indicação do médico, de acordo com vários autores”. 
(BARBOSA & COLS., 2003 apud MELCHIORI et.al, 2009, p. 02). 
 
1.3.2 Assistência profissional durante o trabalho de parto 
 
Mesmo nos tempos atuais, o momento do parto pela gestante 
caracteriza-se por sentimentos de angústia, medo e fantasias. De um modo 
geral, as mulheres no momento do nascimento de seus filhos, não se sentem 
preparadas para encarar essa etapa. Para que isso não aconteça, é 
necessário que durante o pré-natal sejam esclarecidas e ajudadas por 
profissionais da saúde, individualmente ou em grupos de gestantes. É 
importante que elas recebam informações sobre as etapas durante o trabalho 
de parto, sua duração e os sinais e sintomas característicos, dentre os quais 
podemos citar a eliminação do tampão mucossanguinolento, as cólicas 
abdominais decorrentes de contrações uterinas e o rompimento da bolsa de 
líquido amniótico. Essa assistência no pré-natal através de informações é 
fundamental para a tranquilidade da parturiente no momento do parto. (SILVIA, 
SOUZA, p.01) 
27 
 
 
Os programas multidisciplinares de preparação são importantes para o 
parto conforme destaca Castro e Mendonça: 
 
É desenvolvido com a finalidade de possibilitar à parturiente o 
equilíbrio físico e psíquico, e a sensação de bem-estar. Têm 
como benefícios a redução dos sintomas de desconforto e dor 
do parto, controle da ansiedade, redução do tempo de trabalho 
de parto e do índice de recomendação para parto cesárea. 
Entre os membros da equipe, encontra-se o fisioterapeuta, 
para avaliar e supervisionar as alterações físicas enfocando a 
manutenção do bem-estar da parturiente e bebê, tanto na 
primeira quanto na segunda fase do trabalho de parto. 
(CASTRO, CASTRO, MENDONÇA, 2012, p.02). 
 
A presença de um acompanhante ajuda, dando apoio à parturiente 
quando oferece ações de conforto físico e emocional, e outras formas de ajuda. 
Segundo a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), “a parturiente 
deve escolher seu acompanhante, desde que confie plenamente e seja alguém 
que se sinta à vontade”. (BRIQUET, 2011, p. 470). 
Durante o trabalho de parto, a parturiente requer mobilidade pélvica e o 
uso intensivo da musculatura do abdômen. O fisioterapeuta, exatamente por 
estudar todos os movimentos das articulações do corpo humano e o 
funcionamento muscular, auxiliando na contração e no relaxamento, é um dos 
profissionais capacitados a contribuir qualitativamente no atendimento à 
parturiente, pois trabalha otimizando a fisiologia humana.(BRIQUET, 2011). 
 
1.3.3 Dor durante o trabalho de parto 
 
O trabalho de parto é um processo fisiológico e natural, porém 
doloroso. A dor durante o trabalho de parto promove o aumento da secreção de 
catecolaminas e cortisol, resulta em respostas fisiológicas como o aumento do 
débito cardíaco, da pressão arterial e da resistência vascular periférica, 
portanto o seu alívio é conduta reconhecida como um dos pilares da 
humanização do parto. Para avaliar a localização da dor durante o trabalho de 
parto e mensurá-la, criaram-se escalas e questionários, tornando possível sua 
quantificação e qualificação por profissional especializado. 
(SANTA’ANA,2013,p.03) 
A dor no trabalho de parto não é caracterizada apenas pelas 
28 
 
 
particularidades das gestantes, mas também por sua bagagem psicológica, 
fatores étnicos, culturais, ambientais e sociais.(SANTANA,2013p.02) 
Tanto a dor quanto a ansiedade promovem efeitos deletérios e 
aumentam a secreção de catecolaminas e cortisol, resultando em incremento 
do débito cardíaco (DC), da pressão arterial e da resistência vascular periférica. 
O aumento do débito Cardíaco materno é progressivo em torno de 10% a 15% 
no período de dilatação, 50% durante o período expulsivo e até 80% acima dos 
valores preliminares imediatamente após o parto. Um volume de sangue 
significativo também é deslocado do útero para a circulação central, durante as 
contrações, contribuindo para um aumento do debito cardíaco. Alguns 
trabalhos mostram elevação de 200% a 600% nos níveis circulantes de 
epinefrina e norepinefrina durante o trabalho sem analgesia farmacológica, 
evento este que leva à redução do fluxo sanguíneo uterino e ao 
comprometimento da perfusão fetal. Além disso, as catecolaminas afetam a 
contratilidade uterina, contribuindo para um trabalho de parto 
distócico.(SANTANA,2013,p.02) 
Para determinar a dor, o método mais utilizado no período proposto foi 
a escala visual analógica (EVA) - comumente aplicada em contextosclínicos 
para avaliar quantitativamente a dor. 
 
Embora o banho de chuveiro seja um recurso de fácil 
aplicabilidade, sem efeitos colaterais e de baixo custo, ainda é 
escasso na literatura mundial o volume de ensaios clínicos 
controlados sobre a utilização dessa terapêutica no alívio da 
dor, durante o trabalho de parto, justificando a importância 
desta pesquisa que poderá contribuir para definir a eficácia 
desse recurso não farmacológico. (SANTANA et al, 2013.p.2). 
 
O banho de chuveiro e o banho de imersão atuam no alívio da dor da 
gestante por ação da água aquecida em torno de 37 a 38° C. A redistribuição 
do fluxo sanguíneo ajuda no relaxamento da musculatura tensa e diminuição 
da liberação de catecolaminas e, com a elevação das endorfinas, reduz a 
ansiedade e promove a satisfação da parturiente. . (SANTANA,2013,p.02). 
 
1.3.4 Analgesia durante o trabalho de parto 
 
A dor no decorrer do trabalho de parto é geral: parir foi e é conceituado 
29 
 
 
doloroso por quase todas as culturas do mundo. Mesmo nas atuais condições e 
com os avanços das técnicas analgésicas e a capacidade de alívio, essa dor é 
sentida como uma das mais intensas pelo ser humano: é descrita como 
dolorosa por 50 a 70% das primigestas, como desagradável por uma grande 
parte das mulheres, certamente é temida pelas gestantes. 
No caso do trabalho de parto podemos destacar a eletroestimulação 
transcutânea a qual consideramos um modo de cuidado que pode ser utilizado 
junto à mulher em seu processo de parir. (KNOBEL; RADUNZ; CARRARO, 
2005). 
 
Existem muitos estudos na literatura a respeito da utilização do 
TENS, no entanto a aceitação da técnica pela gestantes é 
variável. A aplicação de correntes elétricas terapêuticas 
consiste em um dos vários recursos utilizados na fisioterapia. 
Uma vez moduladas com parâmetros corretos, estas correntes 
podem ajudar em diferentes condições, por exemplo: promover 
analgesia, contrações musculares, melhora do fluxo circulatório 
local, tonificação ou relaxamento muscular, bem como 
estimular a regeneração e a cicatrização de diversos tecidos. 
(SOUZA, MEJIA apud MELO et al, 2006, p.9). 
 
Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) é um método não 
invasivo. Nesse sentido: 
 
É a eletroterapia freqüentemente usada para produzir alívio da 
dor. TENS significar a aplicação de pulsos elétricos de baixa 
tensão para o sistema nervoso, passando eletricidade através 
da pele por meio de eletrodos. Ela se constitui de uma 
modalidade terapêutica de fácil manejo, que não apresenta 
efeitos colaterais ou interações com medicamentos, sendo 
utilizada para o alívio da dor pela estimulação de nervos 
periféricos, utilizando-se de eletrodos em nível da pele, estando 
baseada na liberação de opióides e na teoria do portão, ou 
também denominada teoria das comportas medulares de 
Melzack e Wall. Acredita se que a estimulação elétrica promove 
analgesia mediante a ativação das fibras táteis de diâmetro 
largo (A-beta), sem ativar as fibras de menor diâmetro (A-delta 
e C). ( SOUZA, MEJIA apud MELO et al, 2006, p. 9). 
 
O proveito na analgesia do trabalho de parto com a estimulação 
elétrica transcutânea justifica-se pelas múltiplas vantagens que se atribuem à 
sua aplicação conforme nos ensina Knobel; Radunz; Carraro; (2005): “o nível 
de consciência da parturiente não se altera, permitindo que a mesma participe 
30 
 
 
do parto, e que tenha contato com o recém-nascido e já inicie a amamentação 
precocemente”. 
 
A utilização de métodos, que permitam vencer de maneira 
natural a dor, é aconselhada por muitos pesquisadores, que 
são unânimes em apontar os efeitos danosos que os 
medicamentos analgésicos e anestésicos podem causar à mãe 
e ao feto durante o processo de parturição. Observou-se que 
as estratégias não farmacológicas no alívio da dor como os 
exercícios respiratórios, relaxamento muscular, massagem 
lombossacral e banho de chuveiro, apresentaram grande 
aceitação pelas gestantes com baixo risco obstétrico. 
(BAVARESCO, et al,2011, p.02). 
 
A massagem na região da lombar no tempo de contração uterina 
produzem os efeitos fisiológicos a partir da estimulação mecânica nos tecidos, 
por meio de pressão e estiramento ritmicamente aplicados, que irão produzir 
efeitos mecânicos, fisiológicos e psicológicos. (SILVA, SOUZA, p. 4). 
A massagem auxilia na diminuição da dor de várias formas. Uma delas 
está ligada ao impacto reflexo que ela possui sobre os trajetos sensoriais 
incluídos na transmissão da dor. A massagem também pode realizar alguma 
influência sobre alguns fatores desconhecidos da dor. A massagem é muito 
válida na melhora do fluxo sanguíneo venoso, desta maneira assume um papel 
importante na diminuição da dor. A massagem ajuda a cessar o ciclo da dor por 
seus efeitos mecânicos e reflexos e promove uma melhora na circulação, 
ajudando a alongar o tecido muscular e assim reduz a contração prolongada. 
(SILVA, SOUZA). 
 
1.3 Fisioterapias durante o trabalho de parto 
 
A intervenção fisioterapêutica na assistência obstétrica de baixo risco, 
como parte da rotina da equipe, valoriza a responsabilidade da gestante no 
processo, por meio do uso ativo do próprio corpo para que ajude na expulsão 
do feto. 
 
A presença do fisioterapeuta no acompanhamento do trabalho 
de parto não é uma prática determinada em nossa sociedade e 
nem inclusa no sistema de saúde. Porém, este profissional tem 
a primordial função de orientar e conscientizar a mulher para 
que ela desenvolva toda a sua capacidade, que será exigida no 
31 
 
 
momento, tornando-a segura e confiante. (BAVARESCO, et 
al,2011, p. 02). 
 
O fisioterapeuta tem a missão de preparar a parturiente com 
orientações, sobre a função muscular do assoalho pélvico, posições para o 
alivio a dor, exercícios respiratórios. Todo esse auxilio tem a finalidade de 
preparar a parturiente para o parto natural. 
Alguns trabalhos descrevem técnicas fisioterapêuticas conforme 
monstra Bavaresco: “estímulo à deambulação, adoção de posturas verticais, 
exercícios respiratórios, analgesia através da neuroeletroestimulação 
transcutânea (TENS), massagens, banhos quentes, crioterapia e relaxamento, 
são exemplos dessas técnicas. (BAVARESCO et al, 2011). 
 
O fisioterapeuta deve conduzir a paciente quanto a uma 
postura correta no leito, como, por exemplo, o decúbito lateral 
para melhorar a eliminação dos flatus, incentivar a 
deambulação precoce e evitar posturas antálgicas, aliviando as 
tensões musculares e promovendo analgesia, estimulando 
sempre uma postura correta (SOUZA apud BELEZA, 
CARVALHO, 2006, p.3). 
 
Complementa Landi apud BORGES, SORAYA, (2005) “o 
acompanhamento fisioterapêutico é primordial a fim de passar informações 
para a gestante. Serão realizados de exercícios que promovem um preparo 
cardiorrespiratório e físico, para que a gestante tenha um parto calmo”. 
 
1.4.1 Técnicas utilizadas para avaliar a dor durante o trabalho de parto 
 
Desde os primórdios da humanidade, o parto normal sempre foi 
considerado um processo extremamente doloroso pelo qual a mulher deve 
submeter-se para que se possa dar a luz a seus filhos. 
 
O não esclarecimento a respeito do trabalho de parto, medo, 
estresse, tensão, frio, fome, solidão, desamparo social e 
afetivo, ignorância com relação ao que está acontecendo e 
estar em ambiente diferente e com pessoas estranhas, são 
considerados fatores que aumentam a percepção dolorosa no 
parto. Em virtude da dor, podemos destacar que o número de 
cesarianas e o uso exorbitante de métodos farmacológicos vêm 
aumentando a cada dia sem que ao menos seja necessário. 
(SILVA, et al, 2013, p.03). 
32 
 
 
Apesar de fisiológico, o trabalhode parto é definido por alterações 
mecânicas e hormonais que provocam contrações uterinas, ocasionando na 
dilatação do colo uterino e descida da apresentação fetal. No tempo da fase de 
dilatação, a dor corresponde a uma sensação subjetiva, descrita como aguda, 
visceral e difusa. 
 
O principal proveito na utilização de recursos não-
farmacológicos é o reforço da autonomia da parturiente, 
fazendo com que haja a sua participação ativa e de seu 
acompanhante durante o trabalho de parto e o nascimento, 
estando associados as poucas contraindicações ou aos efeitos 
colaterais. Neste contexto, as informações existentes na 
literatura científica demonstram que a fisioterapia aplicada à 
saúde da mulher, especialmente na Obstetrícia, utilizando os 
recursos não-farmacológicos para alívio da dor no trabalho de 
parto, como o suporte contínuo, mobilidade materna, 
deambulação, exercícios respiratórios, massoterapia, bola 
suíça, banho de imersão e de chuveiro, eletroestimulação 
nervosa transcutânea (TENS), técnicas de relaxamento, dentre 
outros, promovem benefícios tanto para a instituição quanto 
para a parturiente. (GALLO, et al., 2011, p. 02). 
 
Mesmo que o acesso das parturientes aos meios não-farmacológicos 
para o alívio da dor no parto ser recomendado, a utilização destes na 
intervenção obstétrica ainda não é rotina na grande maioria das vezes, 
possivelmente pelo desconhecimento destes meios e de seus possíveis 
benefícios tanto pelos profissionais como pela população. A utilização desses 
recursos no trabalho de parto busca reaver o caráter fisiológico da parturição. 
(GALLO, et al., 2011) 
 
1.4.2 Técnicas utilizadas para o alivio da dor durante o trabalho de parto 
 
A dor do parto faz parte da própria natureza humana e, ao inverso de 
outras experiências de dores agudas e crônicas, não está relacionada à 
patologia, mas sim, com a experiência de gerar uma nova vida. Todavia, 
algumas mulheres acreditam que essa é a pior dor sentida e, muitas vezes, 
superior ao que esperavam. Técnicas não farmacológicas para o alívio da dor 
utilizadas (GAYESKI, GGEMANN, 2010). 
a) Massagens corporais: a massagem é um método de estimulação 
sensorial caracterizado pelo toque sistêmico e pela manipulação dos 
33 
 
 
tecidos. No trabalho de parto, a massagem tem o potencial de 
promover alívio da dor, além de proporcionar contato físico com a 
parturiente, potencializando o efeito de relaxamento, diminuindo o 
estresse emocional e melhorando o fluxo sanguíneo e a oxigenação 
dos tecidos. 
b) Exercícios respiratórios: têm a função de reduzir a sensação 
dolorosa, melhorar os níveis de saturação sanguínea materna de 
O2, proporcionar relaxamento e diminuir a ansiedade. Os exercícios 
respiratórios podem não ser suficientes na redução da sensação 
dolorosa durante o primeiro estágio do trabalho de parto, porém são 
eficazes na redução da ansiedade. 
c) Banho morno: a água aquecida induz a vasodilatação periférica e 
redistribuição do fluxo sanguíneo, promovendo relaxamento 
muscular. 
d) Bola: na bola a parturiente consegue ficar sentada com a coluna bem 
alinhada, sem desconforto. Ao contrário da cadeira (que é muito 
rígida), a bola amolda o corpo da gestante. Ela pode ficar 
simplesmente parada ou realizando movimentos verticais para cima 
e para baixo. Isto, além de ajudar na descida do bebê, também alivia 
a dor. (GAYESKI, GGEMANN,2010). 
 
TENS: Dentre as medidas não farmacológicas, podemos citar a 
eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS), 
comprovadamente segura, não invasiva, facilmente aplicável e 
de baixo custo. A TENS envia impulsos elétricos através de 
eletrodos posicionados na região para vertebral no nível de T10 
e L1, que corresponde a inervação do útero e cérvix e um par 
no nível de S2-S4, que corresponde a inervação do canal de 
parto e assoalho pélvico. (BARACHO, 2007, p. 218). 
 
2 O EXPERIMENTO 
 
2.1 Condições ambientais 
 
Após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Unisalesiano, 
Parecer no. 1.122.811, de 26 de junho de 2015 (ANEXO A), foi realizado um 
estudo observacional transversal do tipo caso-controle, com objetivo de 
34 
 
 
proporcionar uma melhor postura, alivio no desconforto e com isso uma 
melhora na qualidade de vida das parturientes, diminuindo assim, o tempo e a 
dor, durante o trabalho de parto. 
 
2.2 Casuística e método 
 
2.2.1 Casuística 
 
Após assinatura do termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
(ANEXO B), participaram do estudo um grupo com 10 parturientes, sendo que 
todas realizaram parto normal. Foram divididas em dois grupos, sendo o G1, 
um grupo contendo 5 parturientes que foram submetidas à intervenção da 
fisioterapia durante o trabalho de parto e o GC, um grupo com 5 parturientes 
compondo o grupo controle, para comparação. 
Para obter a pontuação da dor, foi utilizada a Escala Visual Analógica 
(EVA). A EVA irá auxiliar na verificação da intensidade da dor e é importante 
para verificarmos a evolução da dor durante o parto. 
 
2.2.2 Métodos 
 
O estudo foi realizado com 10 parturientes, que deram entrada em 
trabalho de parto na Associação Hospitalar Santa Casa de Lins, sem ter 
participado de intervenção fisioterapêutica no decorrer da gravidez. 
As pesquisadoras eram informadas imediatamente à admissão das 
parturientes, e por volta de 1 hora, iniciavam os procedimentos de coletas de 
dados e EVA. 
As parturientes do G1, foram submetidas à intervenção fisioterapêutica e 
acompanhamento através da EVA, enquanto as parturientes do GC, somente 
foram acompanhadas através da EVA, sendo estas submetidas ao banho 
durante o processo, sendo este procedimento padrão da Instituição, 
independente de acompanhamento fisioterapêutico ou não. 
 
2.2.3 Técnicas 
 
35 
 
 
2.2.3.1 Escala Visual Analógica (EVA) 
 
Escala visual analógica (EVA) para avaliar a dor : Instrumento utilizado 
para a avaliação da intensidade da dor. Trata-se de uma linha com as 
extremidades numeradas de 0-10, como se fosse uma régua. Em uma ponta 
da linha é marcada “nenhuma dor” e na outra ponta “pior dor imaginável”. 
Solicita-se, então, para que o paciente analise e marque na linha a dor que 
sente naquele momento. 
A EVA é de fácil aplicação. Tem um simples entendimento pelo paciente, 
sendo uma maneira mais fácil para determinar a intensidade da dor presente 
no paciente. (MARTINEZ, at al. 2011). 
 
Figura: Imagem demonstrativa Escala Visual Analógica Figura 1. 
 
Fonte: www.colunasp.com.br 
 
2.3 Materiais e procedimentos realizados 
 
2.3.1 Eletroanalgesia 
 
A TENS tem como principal efeito a analgesia. Existem duas 
explicações cabíveis quanto ao uso da TENS em trabalho de parto: 
segundo uma delas, os impulsos elétricos emitidos através da pele 
inibem as transmissões dos impulsos dolorosos através da medula 
espinhal (modulação da dor), e segundo a outra, a TENS faz com que 
o organismo libere opioides endógenos, como endorfina, através das 
sinapses neurais do sistema nervoso central. (PEREIRA , 2013, p.20) 
 
Quando utilizado o TENS se utilizava 4 eletrodos sendo localizados em 
L4 e S1 com o tempo de aplicação de até 30 min, com os seguintes parâmetros 
Frequência de 150Hz e Largura de pulso de 15Hz, esses parâmetros são para 
bloqueio ou seja para que a sua dor diminua. A posição da paciente sempre 
36 
 
 
era em decúbito lateral. 
 
2.3.2 Exercícios Respiratórios 
 
Foram realizados exercícios simples e de fácil entendimento para que 
as parturientes pudessem respirar e ofertar oxigênio de forma correta para o 
Bebe. 
Os exercícios se basearam da seguinte forma: paciente deitada ou 
sentadano leito era pedido então para que ela respirasse lentamente fazendo 
uma inspiração lenta pelo nariz e uma expiração lenta pela boca, esses mesmo 
exercícios eram utilizados para realizar exercícios na bola suíça. Os exercícios 
respiratórios no trabalho de parto têm a função de diminuir a sensação de dor, 
melhorarando os níveis de saturação sanguínea materna de O
2
, 
proporcionando relaxamento e diminuindo a ansiedade. 
 
2.3.3 Alongamento e Relaxamento 
 
O alongamento era realizado com a parturiente no leito e sentado sobre 
a bola suíça, era pedido que a paciente realizasse alongamentos de membro 
inferior e membro superior sobre a mesma, lembrando-se de auxiliar os 
exercícios respiratórios sempre. 
O relaxamento era feito através de massagem localizada muitas vezes 
na lombar da paciente, fazendo com que as dores sentidas no momento do 
parto diminuíssem. No trabalho de parto, com a massagem é possível 
promover alívio de dor, além de oferecer contato físico com a parturiente, 
aumentando o efeito de relaxamento, diminuindo o estresse emocional e 
melhorando o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos tecidos. 
 
2.4 Resultados 
 
Tabela 1: apresenta a evolução do Caso 01, do grupo G1. Parturiente de 35 
anos, Multigesta, com gestação Gemelar. 
 
37 
 
 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
11:00h 8 3 cm de dilatação 
12:00h 5 Dores que vai e vem 
13:00h 3 Pouca Dor 
14:00h 3 Pouca Dor 
15:00h 5 Banho e exercícios respiratórios 
16:00h 10 Administração de ocitocina 
17:00h 10 Exercícios respiratórios (dores intensas) 
18:00h 10 Início do período expulsivo 
18:50h Nascimento do 1º bebe 
18:54h Nascimento do 2º bebe 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2015. 
 
A tabela 1, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 1, onde a 
parturiente teve uma evolução boa, sendo que após a colocação da ocitocina, 
as contrações e a dilatação aumentaram, fazendo assim sua dor aumentar 
consequentemente. Foi utilizado o fórceps para a retirada do primeiro gemelar, 
não sendo necessário para o segundo gemelar. 
 
Tabela 2: apresenta a evolução do Caso 02, do grupo G1. Parturiente de 28 
anos e Multigesta. 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
11:00h 10 Rompimento da bolsa 
12:00h 10 Paciente com muita dor e contrações fortes 
13:00h 08 Banho e massagem na lombar e TENS 
13:40h 08 Exame do toque 08 cm de dilatação 
14:00h 10 Relata muita dor/exercícios respiratórios 
15:00h 10 Período expulsivo com dilatação total 
16:00h 10 Período expulsivo com muita dor 
16:35h Nascimento 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2015. 
 
38 
 
 
A tabela 2, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 2, onde a 
parturiente teve uma evolução boa, após o rompimento da bolsa suas 
contrações e dilatação aumentou bastante fazendo com que o período 
expulsivo não demorasse muito. Foram realizados exercícios respiratórios e 
eletroanalgesia. 
 
Tabela 3: apresenta a evolução do Caso 03, do grupo G1. Parturiente de 22 
anos e primigesta. 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
08:00h 04 Dor media com introdução de ocitocina 
09:00h 06 Aumento da dor 02 cm de dilatação 
10:00h 10 Muita dor, banho e exercícios com a bola. 
11:00h 10 Muita dor 
12:00h 08 Menos dor, exercícios respiratórios. 
13:00h 10 Massagem na lombar, 08 cm de dilatação. 
14:00h 08 Banho pois a paciente se sente bem na água. 
15:00h 10 Período expulsivo 
15:12h Sala de parto 
15:21h O bebe nasceu 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2015. 
 
A tabela 3, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 3, onde a 
parturiente teve uma ótima evolução, foram realizados massagem na lombar 
pois a mesma sentia muito desconforto e dor, não foi realizado o TENS pois a 
parturiente não conseguia ficar em decúbito lateral, após a colocação da 
ocitocina apresentou episódios de vomito. 
 
Tabela 4: apresenta a evolução do Caso 04, do grupo G1. Parturiente de 21 
anos e Multigesta. (continua) 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
11:00h 08 Muita dor com 03 cm de dilatação 
12:00h 07 Banho aumento de contração 
13:00h 10 Muita dor, com 05 cm de dilatação. 
 
39 
 
 
(conclusão) 
14:00h 10 Muita dor e exercícios respiratórios 
15:00h 10 Paciente com muita dor, 08 cm de dilatação. 
16:00h 10 Paciente esta em período expulsivo. 
17:00h 08 Muita dor dilatação total período expulsivo 
17:28h 10 O Bebe nasceu 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2015 
 
A tabela 4, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 4, 
parturiente teve uma boa evolução, porem necessitou de mais atenção pois 
apresentava dificuldade na forma de respirar, muitas vezes ela fazia apneia e 
logo após bradpneia. 
 
Tabela 5: apresenta a evolução do Caso 05, do grupo G1. Parturiente de 26 
anos e primigesta. 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
09:40h 09 Paciente com dor e 04 cm de dilatação 
11:00h 09 Muita dor 05 cm de dilatação 
14:20h 09 Dor intensa 
14:30h 07 Banho e menos dor 
14:45h 07 Rompimento da bolsa com 07 cm de dilatação. 
15:00h 07 Banho e exercícios respiratórios e com a bola. 
16:00h 09 Varias contrações seguidas 
17:00h 09 Ocitocina por não passar de 7 cm de dilatação 
17:30h 09 Contrações intensas/ Optou-se pela cesariana. 
 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2015 
 
A tabela 5, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 5, 
parturiente teve uma boa evolução porem a família esteve presente durante 
toda a evolução do parto, e alguns deles não concordavam que a paciente 
fizesse o parto normal gostariam que ela fizesse a cesariana. Após a 
introdução da ocitocina para aumentar a dilatação que estava nos 07 cm ela 
então concordou em fazer a cesariana por conta da dor que causa a ocitocina, 
40 
 
 
veio a concordar com a família em fazer a cesariana e assim foi realizada. 
 
Tabela 1: apresenta a evolução do Caso 01, do grupo GC. Parturiente de 29 
anos e Multigesta. 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
11:00h 09 Paciente com dor e 03 cm de dilatação 
12:00h 09 Muita dor e banho 
13:00h 09 Bastante dor 
14:00h 10 Introdução de ocitocina 
15:00h 10 Rompimento da bolsa com 05 cm de 
dilatação 
16:00h 10 Muita dor 
17:00h 10 Varias contrações seguidas 
18:00h 10 Dilatação total e período expulsivo 
18:30h Nasceu Bebe. 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2015 
 
A tabela 1, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 1, 
parturiente teve muita dor e em toda a sua evolução do parto a dor esteve 
presente e não diminuiu nem mesmo com o banho. 
 
Tabela 2: apresenta a evolução do Caso 02, do grupo GC. Parturiente de 20 
anos e Primigesta. (continua) 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
13:00h 05 Paciente com dor e 04 cm de dilatação 
14:00h 08 Muita dor 
15:00h 09 Bastante dor e Banho 
 
16:00h 10 Introdução de ocitocina 
17:00h 10 Muita dor 
18:00h 10 Muita dor e período expulsivo 
18:50h Bebe nasceu 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2015. 
41 
 
 
A tabela 2, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 2, 
parturiente no começo estava com pouca dor e com a realização do banho a 
dor diminuiu, porém após a introdução da ocitocina ela aumentou e não 
diminuiu mais. 
 
Tabela 3: apresenta a evolução do Caso 03, do grupo Gc. Parturiente de 30 
anos e Multigesta. 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
08:00h 03 Paciente com dor e 04 cm de dilatação 
08:30h 05 Pouca dor 
09:00h 07 Banho e pouca Dor 
10:00h 07 Pouca Dor 
11:00h 07Pouca Dor 
12:00h 07 Exame do toque 05 cm/ Cesariana 
13:00h Realizado a Cesariana 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2015. 
 
A tabela 3, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 3, a 
parturiente estava com pouca dor e na primeira vez que foi realizado o exame 
do toque ela se apresentava com 04 cm de dilatação algumas horas depois foi 
realizado novamente e ela estava com 05 cm de dilatação e então pelo medico 
responsável foi optado a cesariana para o bem estar da mãe e principalmente 
do Bebe. 
 
Tabela 4: apresenta a evolução do Caso 04, do grupo Gc. Parturiente de 23 
anos e Primigesta. (continua) 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
11:00h 10 Paciente com dor e 03 cm de dilatação 
12:00h 10 Muita dor 
13:00h 10 Bastante dor e Banho 
14:00h 10 Introdução de ocitocina 
15:00h 10 Muita dor e 07 cm de dilatação 
42 
 
 
 
16:00h 
 
10 
(conclusão) 
Muita dor 
17:00h 10 Muita dor período expulsivo 
18:00h Bebe nasceu 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2015. 
 
A tabela 4, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 4, 
parturiente desde o começo já se apresentou com muita dor, que não diminuiu 
com o banho, permanecendo alta. E assim persistiu ate o fim. 
 
Tabela 5: apresenta a evolução do Caso 05, do grupo Gc. Parturiente de 27 
anos e Primigesta. 
HORÁRIOS EVA OBSERVAÇÕES 
10:00h 03 Paciente com pouca dor e 03 cm de 
dilatação 
11:00h 05 Pouca Dor 
12:00h 07 Introdução da Ocitocina 
13:00h 10 Banho, porém muita Dor 
14:00h 10 Muita dor e 08 cm de dilatação 
15:00h 10 Muita dor e período expulsivo 
16:16h Bebe nasceu 
 
A tabela 5, apresenta a evolução do trabalho de parto do Caso 5, 
parturiente chegou com pouca dor e depois da introdução da ocitocina ela 
aumentou bastante e nem mesmo com o banho ela diminuiu e assim persistiu 
até o final. 
 
 
2.5 Discussão 
 
Os resultados do presente estudo demonstraram que algumas das 
gestantes apresentaram melhora na dor do parto, através da técnica 
massagem, a utilização do TENS e com o banho, apresentando também uma 
43 
 
 
diminuição no desconforto causadas pela dor do parto. 
Esse estudo se assemelha a pesquisa feita por Bavaresco, et. al. (2006) 
que diz que o fisioterapeuta é importante durante o processo parturitivo da 
gestante e ressalta que a fisioterapia no parto ainda não está inclusa em todos 
os sistemas de saúde, disponível para todas as gestantes. 
Santos (2006) corrobora com o presente trabalho, quando diz que dentre 
as técnicas para analgesia não-farmacológica para o parto destacam-se: 
relaxamento, percepção respiratória, massagem, posicionamento correto, 
TENS, banho quente. Das técnicas relatadas, nenhuma delas demonstrou ser 
maléfica à mãe ou ao bebe, todavia, promoveram maior analgesia à parturiente 
durante o trabalho de parto normal diminuindo a tríade: medo-tensão-dor. 
Baracho (2012) confirma com o trabalho exposto afirmando que o papel 
do fisioterapeuta durante o trabalho de parto vai além das orientações 
oferecidas no pré-natal. O acompanhamento da parturiente durante toda a 
gravidez e pós-parto deve ser feito na tentativa de corrigir posturas antálgicas, 
aliviar tensões, direcionar o melhor posicionamento durante o parto, incentivar 
o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico e oferecer maior conforto à 
parturiente. A fisioterapia também é importante e indispensável na preparação 
do assoalho pélvico durante toda a gravidez e da sua reeducação no pós-parto. 
Borges e Soraya (2005) ainda ressaltam a importância do fisioterapeuta 
na preparação da parturiente e com informações sobre os músculos do 
assoalho pélvico, posições que podem aliviar as dores e exercícios 
respiratórios que devem ser aplicados sempre, tudo isso com a finalidade de 
preparar a parturiente para o parto normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
2.6 Conclusão 
 
Por meio desse estudo, é notório que a atuação do fisioterapeuta 
durante todo o trabalho de parto é de grande importância. Um trabalho bem 
realizado diminui o tempo de parto e também contribui para a diminuição da dor 
tornando esse momento tão especial para as mulheres mais fácil de suporta-lo 
e diminuindo o medo do parto normal. As gestantes quando acompanhadas 
desde o inicio se sentem gratificadas por terem cooperado, ou seja, ativa 
durante todo trabalho de parto. 
Infelizmente esse trabalho da fisioterapia ainda não esta sendo realizado 
em todos os Hospitais e maternidades, somente em Hospitais com trabalhos 
particulares como Doulas. 
Muito importante que a paciente saiba da importância da autuação do 
fisioterapeuta no parto, ate mesmo de informações básicas que ele pode 
orienta-la para um retorno melhor para suas atividades diárias, e cuidados com 
o bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
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