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portifólio historiografia oriental (demerval alexandre da silva)

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O GRUPO
 
 PORTIFÓLIO DE PRODUÇÃO UNINTER
HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DA ANTIGUIDADE ORIENTAL
ALUNO : DEMERVAL ALEXANDRE DA SILVA 
RU:2787354 
 Antiguidade Oriental
É o termo dado ao período da Idade Antiga referente aos povos considerados pelos historiadores europeus como habitantes do espaço geográfico a leste da Europa. A Antiguidade Oriental é assim definida para se diferenciar da chamada Antiguidade Clássica, referente à história da Grécia e de Roma.
A Antiguidade Oriental, dessa forma, refere-se à história dos povos que habitaram o Oriente Médio e o Norte da África, sendo eles principalmente os Mesopotâmicos, os Egípcios, os Persas, os Fenícios e os Hebreus.
Apesar da diversidade cultural desses povos, havia alguns pontos comuns em suas formas de organização social. Eram fundados em Estados altamente centralizados, controlados por uma teocracia politeísta, utilizando-se da produção agrícola realizada às margens de grandes rios. Havia nesses povos uma rígida estratificação social, sendo muito pequena a mobilidade social.
A maior parte das populações era formada por camponeses ou por grupos sociais que trabalhavam em regime de servidão coletiva, principalmente na construção de grandes obras públicas, como edificações oficiais (templos, palácios, pirâmides etc.), cidades e aquedutos.
Apesar dessas características comuns, havia exceções que escaparam a essa generalização. Os fenícios, por exemplo, não se organizavam em torno de Estados centralizados, mas sim em cidades-estado com autonomia política. Além disso, dedicavam-se muito mais ao comércio pelo mar Mediterrâneo que à produção agrícola. Os hebreus, por sua vez, não eram politeístas, e sim monoteístas, uma diferença importante na configuração dos povos do Oriente Médio.
Os historiadores marxistas cunharam o termo Modo de Produção Asiático para poder definir a organização dos povos desse período e local. Em virtude da generalização do termo, Antiguidade Oriental e Modo de Produção Asiático são apresentados em conjunto, buscando, dessa forma, definir como ponto de partida a forma de produção material de vida desses povos para poder explicar o processo histórico no qual eles estavam inseridos.
Por Me. Tales Pinto
 A civilização egípcia é um dos principais símbolos da Antiguidade Oriental	
 EGITO ANTIGO
Há aproximadamente quatro mil anos antes de Cristo, o aprimoramento das técnicas de plantio e o desenvolvimento das atividades comerciais permitiram o surgimento de grandes civilizações em diferentes regiões do planeta. Europa, Ásia e África passaram a abrigar povos que buscaram nas proximidades de grandes rios e mananciais de água o conforto necessário para sua garantia de sobrevivência. Entre outras regiões, podemos citar o fértil Vale do Rio Nilo, lugar onde a civilização egípcia constituiu sua história.
Situado na porção nordeste do continente africano, o Egito integrava os limites do antigo Crescente Fértil. Ironicamente, boa parte dessa localidade é tomada por deserto de clima extremamente árido. Atualmente, as terras cultiváveis são controladas por um grupo de latifundiários que produzem algodão para suprir as demandas do mercado externo. Tal realidade está bem distante da diversificada e imponente potência agrícola que um dia foi o Egito no tempo dos faraós.
Com quase 6.700 quilômetros de extensão, o Rio Nilo foi chave fundamental para que essa imensa civilização fosse formada no continente africano. Por meio de um interessante sistema de cheias, os povos nômades que primeiramente chegaram àquela região puderam suportar as intempéries de um dos lugares de clima mais seco do planeta. Entre os meses de junho e outubro, a elevação das águas do Nilo cobria suas margens com um material orgânico (húmus) responsável pela fertilização das terras.
Toda essa benesse oferecida pelo meio ambiente acabou influenciando fortemente a constituição do pensamento religioso dos povos egípcios. Boa parte dos mitos e divindades egípcias tinha algum tipo de relação com a natureza. Muito provavelmente, influenciados pela observância dos ciclos naturais, os egípcios deram origem à crença na imortalidade, que os instigava a ter um cuidado especial com todos aqueles que faleciam.
Além de acreditar na forte influência que os deuses possuíam na organização da vida terrena, os egípcios também foram capazes de produzir conhecimento em diferentes áreas. Para ampliar a disponibilidade de terras cultiváveis, foram capazes de criar canais de irrigação e diques que potencializavam o uso das águas do Rio Nilo. Além disso, desenvolveram uma medicina própria que contava com a utilização de diversos remédios e, até mesmo, de cirurgias realizadas com o uso de anestesia.
Por contar com uma população bastante numerosa, os egípcios desenvolveram uma sociedade complexa dividida em várias camadas sociais. No topo dessa hierarquia estava o faraó, um deus encarnado que também era responsável pelas principais decisões políticas da civilização. Sem dúvida, uma breve investigação sobre os egípcios nos leva a crer que suas conquistas e mistérios quebram com aquela impressão arcaica que geralmente temos ao pensar nas populações da Antiguidade.
 
 Por Rainer Sousa
 Mestre em História
 
A civilização egípcia impressiona pela grande variedade de invenções e descobertas  
 Mesopotâmia – Sociedade e Cultura
Os povos mesopotâmicos ficaram conhecidos pelas inúmeras cidades-Estado independentes que ocupavam a região dos rios Tigre e Eufrates. Em cada uma delas havia a presença de uma autoridade real responsável pelas principais decisões de cunho político e religioso. Mesmo estando associados aos deuses, os reis mesopotâmicos não eram vistos como divindades. Habitando suntuosos palácios e tendo um amplo corpo de funcionários à sua disposição, a realeza compunha o topo da hierarquia social.
Logo após o rei e seus familiares, a pirâmide social dos povos mesopotâmicos contava com uma classe intermediária integrada por nobres, guerreiros, funcionários públicos e sacerdotes que desempenhavam importantes funções próximas à manutenção do Estado. A grande maioria da população era pertencente a uma classe de camponeses e trabalhadores que prestavam serviço à comunidade. Dessa maneira, essas sociedades eram majoritariamente sustentadas por uma ampla classe de homens livres.
Entretanto, em algumas sociedades de caráter iminentemente militarista, como no caso dos assírios, havia a presença de uma classe de escravos. Nas sociedades onde a questão da propriedade da terra não tinha um caráter rígido e centralizado, a presença de escravos era restrita, tendo em vista a disponibilidade de mão-de-obra oferecida pelo sistema de servidão coletiva. Em certos casos, os escravos eram utilizados para a realização de tarefas mais exaustivas e perigosas.
No campo científico, as culturas mesopotâmicas tiveram destacado papel no desenvolvimento da escrita com a criação de um sistema de caracteres cuneiformes. Com o progresso das atividades comerciais, a álgebra teve grande desenvolvimento com a criação de operações matemáticas e sistemas de pesos e medidas. Paralelamente, o interesse pela Astronomia permitiu a distinção das estrelas e dos planetas, e o desenvolvimento de um calendário lunar com doze meses de duração.
No terreno das artes e da arquitetura os mesopotâmicos ficaram conhecidos pela construção de suntuosos palácios e templos, mais conhecidos como zigurates. A escultura mesopotâmica era bastante simples, contando com imagens sem expressão e uma representação minimalista dos corpos. Na pintura, os temas cotidianos, religiosos e militares tinham grande destaque. Paralelamente, a cerâmica também tinha grande destaque na criação de utensílios e no registro de documentos escritos.
Por Rainer Sousa
Graduado
em História
Equipe Brasil Escola
 Idade Antiga História Geral
 
 Detalhe de uma escultura de origem mesopotâmica
 
 OS PERSAS
Durante a Antiguidade, a região da Mesopotâmia foi marcada por um grande número de conflitos. Entre essas guerras destacamos a dominação dos persas sobre o Império Babilônico, em 539 a.C. Sob a liderança do rei Ciro, os exércitos persas empreenderam a formação de um grande Estado centralizado que dominou toda a região mesopotâmica. Depois de unificar a população, os persas inicialmente ampliaram as fronteiras em direção à Lídia e às cidades gregas da Ásia menor.
A estabilidade das conquistas de Ciro foi possível mediante uma política de respeito aos costumes das populações conquistadas. Cambises, filho e sucessor de Ciro, deu continuidade ao processo de ampliação dos territórios persas. Em 525 a.C., conquistou o Egito – na Batalha de Peleusa – e anexou os territórios da Líbia. A prematura morte de Cambises, no ano de 522 a.C., deixou o trono persa sem nenhum herdeiro direto.
Depois de ser realizada uma reunião entre os principais chefes das grandes famílias persas, Dario I foi eleito o novo imperador persa. Em seu governo foram observadas diversas reformas políticas que fortaleceram a autoridade do imperador. Aproveitando da forte cultura militarista do povo persa, Dario I ampliou ainda mais os limites de seu reino ao conquistar as planícies do rio Indo e a Trácia. Essa sequência de conquistas militares só foi interrompida em 490 a.C., quando os gregos venceram a Batalha de Maratona.
A grande extensão dos domínios persas era um grande entrave para a administração imperial. Dessa forma, o rei Dario I promoveu um processo de descentralização administrativa ao dividir os territórios em unidades menores chamadas de satrapias. Em cada uma delas um sátrapa (uma espécie de governante local) era responsável pela arrecadação de impostos e o desenvolvimento das atividades econômicas. Para fiscalizar os sátrapas o rei contava com o apoio de funcionários públicos que serviam como “olhos e ouvidos” do rei.
Além de contar com essas medidas de cunho político, o Império Persa garantiu sua hegemonia por meio da construção de diversas estradas. Ao mesmo tempo em que a rede de estradas garantia um melhor deslocamento aos exércitos, também servia de apoio no desenvolvimento das atividades comerciais. As trocas comerciais, a partir do governo de Dario I, passou por um breve período de monetarização com a criação de uma nova moeda, o dárico.
A religião persa, no início, era caracterizada pelo seu caráter eminentemente politeísta. No entanto, entre os séculos VII e VI a.C., o profeta Zoroastro empreendeu uma nova concepção religiosa entre os persas. O pensamento religioso de Zoroastro negava as percepções ritualísticas encontradas nas demais crenças dos povos mesopotâmicos. Ao invés disso, acreditava que o posicionamento religioso do indivíduo consistia na escolha entre o bem e o mal.
Esse caráter dualista do zoroastrismo pode ser melhor compreendido no Zend Vesta, o livro sagrado dos seguidores de Zoroastro. Segunda essa obra, Ahura-Mazda era a divindade representativa do bem e da sabedoria. Além dele, havia o deus Arimã, representando o poder das trevas. Sem contar com um grande número de seguidores, o zoroastrismo ainda sobrevive em algumas regiões do Irã e da Índia.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
 
 Mosaico representando os exércitos persas
 
 FENÍCIOS
Os fenícios localizavam-se na porção norte da Palestina, onde hoje se encontra o Líbano. Os povos originários dessa civilização são os semitas que, saindo do litoral norte do Mar Vermelho, fixaram-se na Palestina realizando o cultivo de cereais, videiras e oliveiras. Além da agricultura, a pesca e o artesanato também eram outras atividades por eles desenvolvidas.
A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípcios deu condições para que o comércio marítimo destacasse-se como um dos mais fortes setores da economia fenícia. Ao longo da faixa litorânea por eles ocupada surgiram diversas cidades-Estado, como Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit. Em cada uma dessas cidades um governo autônomo era responsável pelas questões políticas e administrativas.
O poder político exercido no interior das cidades fenícias costumava ser assumido por representantes de sua elite marítimo-comercial. Tal prática definia o regime político da fenícia como uma talassocracia, ou seja, um governo comandado por homens ligados ao mar. Em meados de 1500 a.C. a atividade comercial fenícia intensificou-se consideravelmente fazendo com que surgisse o interesse pela dominação de outros povos comerciantes.
No ano de 1400 a.C.os fenícios dominaram as rotas comerciais, anteriormente controladas pelos cretenses, que ligavam a região da Palestina ao litoral sul do Mediterrâneo. Na trajetória da civilização fenícia, diferentes cidades imprimiam sua hegemonia comercial na região.
Por volta de 100 a.C. – após o auge dos centros urbanos de Ugarit, Sídon e Biblos – a cidade de Tiro expandiu sua rede comercial sob as ilhas da Costa Palestina chegando até mesmo a contar com o apoio dos hebreus. Com a posterior expansão e a concorrência dos gregos, os comerciantes de Tiro buscaram o comércio com regiões do Norte da África e da Península Ibérica.
Todo esse desenvolvimento mercantil observado entre os fenícios influenciou o domínio e a criação de técnicas e saberes vinculados ao intenso trânsito dos fenícios. A astronomia foi um campo desenvolvido em função das técnicas de navegação necessárias à prática comercial. Além disso, o alfabeto fonético deu origem às línguas clássicas que assentaram as bases do alfabeto ocidental contemporâneo.
No campo religioso, os fenícios incorporaram o predominante politeísmo das sociedades antigas. Baal era o deus associado ao sol e às chuvas. Aliyan, seu filho, era a divindade das fontes. Astarteia era uma deusa vinculada à riqueza e à fecundidade. Durantes seus rituais, feitos ao ar livre, os fenícios costumavam oferecer o sacrifício de animais e homens.
 
 Fenícios, povos dedicados ao comércio marítimo.

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