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RESUMO DO QUE É PSICOLOGIA SOCIAL PARA SILVIA LANE

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RESUMO DO QUE É PSICOLOGIA SOCIAL PARA SILVIA LANE 
 
 O presente texto tem como finalidade apresentar um breve resumo do que é 
Psicologia Social para Silvia Lane, contribuindo para 
conhecimento de quem busca ingressar para área da 
Psicologia Social. De modo geral, entende se a 
Psicologia como a ciência que estuda o comportamento 
do ser humano, “sejam comportamentos considerados 
conscientes que envolvam experiências, conhecimentos, 
pensamentos e ações intencionais, e num plano não 
observável diretamente, o inconsciente”. A Psicologia 
Social seria a ciência que estuda o comportamento de 
indivíduos no que ele é influenciado socialmente. .Desde 
cedo o ser humano já nasce cercado por outros 
indivíduos, desde cedo os grupos já fazem parte da vida 
do ser humano, assim como as famílias, as escolas, o 
trabalho, a igreja, amigos, etc. Ou seja, em todo tempo o 
indivíduo vive cercado de influências, seja pelos outros, 
seja pelas culturas, seja pelos costumes. A Psicologia Social estuda a relação 
essencial entre o individuo e a sociedade, está entendida historicamente, desde 
como seus membros se organizam para garantir sua sobrevivência até seus costumes, 
valores e instituições necessários para a continuidade da sociedade. Como somos 
determinados a agir de acordo com o que as pessoas que nos cercam julgam 
adequadas. (LANE, 2006, p. 10). Uma ênfase importante são os grupos, as instituições 
aos quais os indivíduos estão inseridos, ao sentimento de pertencimento e o quanto 
isso transforma o ser humano e também o quanto a linguagem tem poder para mexer e 
influenciar e assim tornar o homem um sujeito protagonista da sua própria história ou 
não. Silvia Lane destaca sobre o sujeito consciente de suas atitudes e pensamento, 
desenvolvendo sua consciência social. Como o ser humano se torna social? Silvia 
Lane fala da necessidade do indivíduo de outras pessoas por questão de sobrevivência 
e que sua vida será caracterizada por participações em grupo. Desde o primeiro 
momento da vida, o indivíduo está inserido num contexto histórico marcado por regras, 
leis, padrões de vida. E que essas “Normas/Leis” é o que caracterizam os papeis 
sociais. Quando um casal ganha um filho, estes adotam papéis de Pais, pois estes já 
não vão viver como antes, mas com outras responsabilidades, outras normas, outros 
padrões, vão viver como Pais e Mães e isso acontece para garantir a manutenção 
deste grupo social. Em cada grupo existem suas regras e normas, e para que um indivíduo se 
encaixe a um grupo, ele precisa que no mínimo suas práticas e ações sejam de acordo com as 
normas daquele grupo. Caso contrário, um exemplo claro é quando um funcionário de 
uma empresa desobedece a um chefe ou não age de conforme aquilo que é para agir, 
ou não faz conforme o protocolo, o outro se sairá melhor e/ou ele perderá o emprego. 
O sujeito pode ser livre, mas de acordo com o que a sociedade quer desde que não 
ponha em risco a ordem da sociedade. Silvia Lane fala sobre a Identidade Social, 
diante de uma diversidade de identidades, o indivíduo vai se descobrindo como um 
indivíduo diferente, distinto dos outros. Entre muitos da espécie humana, o indivíduo 
passa a ter suas características próprias em confronto com as outras 
pessoas, ele tem sua identidade social que o diferencia. O que de fato representa a 
identidade social, definida pelo conjunto de papeis que os indivíduos desempenham, 
atendem basicamente, à manutenção das relações sociais. “A questão é: É neste 
sentido que questionamos quanto à “identidade social” e “papéis” exercem uma 
mediação ideológica, ou seja, criam uma ilusão” de que os papéis ao “natural e 
necessário” e que a identidade é conseqüência de “opções livres” que fazemos no 
nosso conviver social, quando, de fato, são as condições sociais decorrentes da 
produção da vida material que determinam os papéis e a nossa identidade social. 
(LANE, 2006, p. 22). É diante desta questão que Silvia Lane fala da importância de 
levantar o problema da “Consciência de Si”, que ao invés do indivíduo apenas 
reproduzir o esperado pelos grupos que os cercam e ser julgado bem ajustado, este 
indivíduo o questiona a sua história de vida, sabendo de onde veio, encontrando as 
razões históricas da sociedade, do grupo social, procurando saber o porquê de poucos 
que dominam e muitos são dominados através da exploração da força de trabalho, 
questionando os papéis quanto a sua determinação e suas funções históricas, somente 
desta forma é que o indivíduo consegue ser um agente de mudança social, pois 
quando um sujeito se tem consciência de Si, é mais fácil chegar a consciência social. 
Outro aspecto importante para Silvia Lane é a questão da linguagem que está inserido em todas 
as atividades sociais: “artes, religião, modas, tecnologias, educação, formas de lazer, 
etc., e assim a linguagem, instrumento e produto social e histórico, se articula com 
significados objetivos, abstratos, metafóricos, 
além dos neologismos e gírias de cada época.” 
Não somente como forma de meio de comunicação, 
a linguagem está nos rituais, sinais, gestos e etc. 
“A linguagem surge para transmitir ao outro o 
resultado, os detalhes de uma atividade ou da 
relação entre uma ação e uma conseqüência A 
linguagem tem o poder de manipulação, meio 
de comunicação e influência. O agir, o pensar e 
o falar estão muito ligados, o problema é que 
em muitas situações as pessoas 
separam essas coisas. Falam sem pensar, 
pensam e não agem, falam, mas não agem e 
por aí vai. E para que não haja alienação e 
nem a lavagem cerebral, Silvia Lane fala que: 
A contra-arma do poder da palavra se encontra 
na própria natureza do significado: é ampliá-lo, é questioná-lo, é pensar sobre ele e não, 
simplesmente, agir em resposta a uma palavra. Entre a palavra e a ação deverá sempre 
existir o pensamento para não sermos dominados por aqueles que 
detêm o poder da palavra. (LANE, 2006, p. 32). Quando o individuo é capaz de 
confrontar as representações sociais com suas experiências e suas ações, e com as de 
outros do seu grupo social, é que este indivíduo será capaz de perceber o que é ideológico 
nas representações e ações consequentes. Ou seja, pensar a realidade e os significados 
atribuídos a ela, questionando de forma a desenvolver ações diferenciadas, isto é, 
novas formas de agir, que por sua vez serão objeto do seu pensar, é que o permitirá 
desenvolver a consciência de si mesmo, de seu grupo social e de sua classe como produtos 
históricos da sociedade, cabendo a este ser agente da sua história pessoal e social, 
decidindo se manter ou transformar a sociedade. 
 
REFERÊNCIA 
Lane, S. T. M. O que é psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2006 
www.academia.edu 
www.turmapsicologiaunip2018.blogspot.com 
 
 
http://www.academia.edu/
http://www.turmapsicologiaunip2018.blogspot.com/

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