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1 IFSC
MATERIAIS E PROCESSO 
TêXTIL
2 IFSC
SUM
ÁRIO
 UNIDADE 01- INDÚSTRIA TÊXTIL............................ 3
 1.1 INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA TÊXTIL ..................3
 1.2 HISTÓRIA DA INDÚSTRIA TEXTIL NO BRASIL ....4
 1.3 CADEIA TÊXTIL E DE CONFECÇÕES ...................8
 UNIDADE 02- DIVISÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL ........8
 2.1 FIBRAS ARTIFICIAIS OU QUÍMICAS................... 8
 2.2 FIAÇÃO .............................................. .............. 9
 2.3 TECELAGEM PLANA ..........................................9
 2.4 MALHARIA ....................................................... 9
 2.5 BENEFICIAMENTO ............................................ 9
 UNIDADE 03 - FIBRAS TÊXTEIS ..............................10
 3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS ........................... 10
 3.2 HISTÓRIA DAS FIBRAS TÊXTEIS ....................... 11
 3.3 FIBRAS TÊXTEIS NATURAIS ............................. 14
 3.4 FIBRAS NÃO NATURAIS OU QUÍMICAS ...........24 
 UNIDADE 04-TECNOLOGIA DA FIAÇÃO ................ 34
 4.1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA FIAÇÃO ..... 34
 4.2 SISTEMA DE FIBRAS DESCONTÍNUAS ............. 35
 4.3 OBTENÇÃO DE FIBRAS ARTIFICIAIS ................ 43
 4.4 OBTENÇÃO DE FIBRAS SINTÉTICAS ................ 44
 4.5 SISTEMA DE FIOS CONTÍNUOS ....................... 45
 UNIDADE 05- TECIDOS ......................................... 47
 5.1 TECIDO PLANO-TEC. DA TECELAGEM..............48
 5.2 MALHAS - TEC. DA MALHARIA ....................... 69
 5.3 TECNOLOGIA DOS NÃO TECIDOS ................... 75
 UNIDADE 06 - TEC. DO BENEFICIAMENTO............ 83
 6.1 BENEFICIAMENTO PRIMÁRIO ........................ 84
 6.2 BENEFICIAMENTO SECUNDÁRIO .................... 87
 6.3 BENEFICIAMENTO TERCIÁRIO ........................ 93
 UNIDADE 07 - LAVANDERIA ................................. 94
 REFERÊNCIAS ...................................................... 96
Materiais
 e 
Processo
 Têxtil
3 IFSC
UNIDADE 01
: INDÚSTRIA
 TÊXTIL
1.1 INTROD
UÇÃO À IND
ÚSTRIA TÊX
TIL
	 A	 indústria	 textil,	 em	 resposta	
a	 uma	das	 principais	 necessidades	 da	
população	(vestir-se)	está	presente	em	
todos	os	lugares	do	mundo,	assumindo	
extrema	 importância	 nas	 economias	
em	 desenvolvimento	 e	 absorvendo	
grande	 número	 de	 mão-de-obra,	 ja	
que	existem	inúmeros	processos	entre	
a	 entrada	 de	materia-prima	 e	 a	 saída	
do	produto	confeccionado.
	 A	 indústria	 têxtil	 tem	 como	ob-
jetivo	 a	 transformação	 de	 fibras	 em	
fios,	 de	 fios	 em	 tecidos	 e	 de	 tecidos	
em	peças	de	vestuário.	Podem	ser	para	
têxteis	 domésticos	 (roupa	 de	 cama	 e	
mesa)	 ou	 em	 artigos	 para	 aplicações	
técnicas	(geotêxteis,	airbags,	cintos	de	
segurança	etc.).	
	 As	 industrias	 têxteis	 tem	 seu	
processo	 produtivo	 muito	 diversifica-
do,	ou	seja,	algumas	podem	possuir	to-
das	as	etapas	do	processo	têxtil	(fiação,	
tecelagem	 e	 beneficiamento)	 outras	
podem	 ter	 apenas	 um	 dos	 processos	
(somente	 fiação,	 somente	 tecelagem,	
somente	 beneficiamento	 ou	 somente	
fiação	e	tecelagem	etc).
	 A	manufatura	dos	tecidos	é	uma	
das	 mais	 velhas	 tecnologias	 do	 ho-
mem.	Os	 tecidos	conhecidos	mais	an-
tigos	datam	aproximadamente	do	ano	
de	5.000	AC.	O	linho	e	o	algodão	foram	
as	primeiras	fibras	a	serem	transforma-
das	em	fios	e	tecidos.
	 A	 automação	 da	 indústria	 têx-
til	 aconteceu	 na	 Revolução	 Industrial,	
quando	as	máquinas,	até	então	aciona-
das	por	força	humana	ou	animal,	pas-
saram	a	ser	acionadas	por	máquinas	à	
vapor	e,	mais	tarde,	motores	elétricos.
	 A	 industria	 têxtil	pertence	a	 ca-
deia	produtiva	têxtil,	cujo	início	se	en-
contra	nos	produtores	de	matérias-pri-
mas	(algodão	e	demais	fibras),	insumos	
(corantes	 têxteis,	 pigmentos	 têxteis,	
produtos	auxiliares	etc),	e	nos	fabrican-
tes	de	máquinas	e	equipamentos	 têx-
teis.	A	mesma	encerra-se	no	comércio	
de	venda	final	ao	consumidor.
4 IFSC
1.2 História da Indústria 
Têxtil no Brasil:
Fase Colonial
	 No	 período	 colonial,	 que	 se	 es-
tende	de	1500	até	1844,	a	característica	
fundamental	 é	 a	 incipiência	 da	 indús-
tria	 têxtil,	 além	de	 sua	descontinuida-
de.	As	diretrizes	da	política	econômica	
para	as	colônias	eram	ditadas	pela	Me-
trópole.	 Assim,	 era	 comum	 a	 adoção	
	 O	 proces-
so	 de	 industria-
lização	 no	 Brasil	
teve	 seu	 início	
com	 a	 indústria	
têxtil.	 Suas	 raí-
zes	 precedem	 a	
chegada	e	a	ocu-
pação	 do	 País	
pelos	 portugue-
ses	 porquanto	
os	 índios	 que	
aqui	 habitavam	
já	 exerciam	 atividades	 ar-
tesanais,	 utilizando-se	 de	 técnicas	
primitivas	 de	 entrelaçamento	 ma-
nual	 de	 fibras	 vegetais	 e	 produzindo	
telas	 grosseiras	 para	 várias	 finalida-
des,	 inclusive	 para	 proteção	 corporal.
	 Todavia,	 partindo-se	 do	 princí-
pio	 de	 que	 tudo	 teria	 começado	 com	
a	 efetiva	 ocupação	 do	 território	 bra-
sileiro,	 ocorrida	 em	 1500,	 podem	 ser	
identificadas	 quatro	 etapas	 impor-
tantes	 para	 a	 definição	 da	 evolução	
histórica	 da	 indústria	 têxtil	 no	 país:	 a	
fase	colonial,	a	fase	de	implantação,	a	
fase	da	consolidação	e	a	fase	atual	que	
passaremos	 a	 analisar	 na	 seqüência.
de	 políticas	 de	
estímulo	 ou	 res-
trição,	 segundo	
seus interesses 
ou	 necessidade	
de	 cumprimen-
to	 de	 acordos	
comerciais	 com	
outros	 países.
I n st r u m e nto s 
restritivos:
Em	1785,	por	Alvará	
de	d.	Maria	I,	mandou-
-se	fechar	todas	as	fábri-
cas	de	tecidos	de	algodão,	
lã	e	outras	fibras,	com	exceção	daque-
las	 que	 fabricavam	 tecidos	 grosseiros	
destinados	à	vestimenta	de	escravos	e	
para	enfardamento	ou	embalagens.	A	
determinação	da	 extinção	das	fiações	
e	tecelagens	existentes	no	Brasil	tinha	
como	objetivo	evitar	que	um	número	
maior	de	trabalhadores	agrícolas	e	ex-
trativistas	minerais	fosse	desviado	para	
a	indústria	manufatureira.
	 Essa	restrição	foi	posteriormen-
te	 reforçada	 em	 instruções	 de	 outros	
membros	 do	 governo	 da	 Metrópole,	
tais	como	a	do	ministro	dos	Negócios	
Ultramarinos,	que	determinava	ser	ab-
solutamente	necessário	‘abolir	do	Bra-
sil	ditas	fabricas’,	advertindo	ao	vice-rei	
Luiz	de	Vasconcelos	e	Souza,	no	sentido	
de	ter	“grande	cuidado	em	que	debai-
xo	 do	 pretexto	 dos	 sobreditos	 panos	
grosseiros	 se	 não	manufaturarem	por	
modo	algum	os	que	ficam	proibidos”.
	 Em	 síntese,	 o	 famoso	 Alvará	 é	
extremamente	 representativo	 do	 po-
der	 coercitivo	que	exercia	 a	 autorida-
5 IFSC
de	central	colonizadora	sobre	qualquer	
esforço	de	desenvolver-se	uma	ativida-
de	manufatureira,	 quer	 por	 parte	dos	
nativos,	 quer	 pelos	 próprios	 colonos	
portugueses.
	 Com	a	chegada	de	Dom	João	VI	
ao	Brasil,	o	Alvará	de	d.	Maria	I	foi	revo-
gado,	mas	o	surto	industrialista	que	po-
deria	ter-se	verificado	não	ocorreu.	Ao	
contrário,	 foi	 aniquilado	 em	 razão	 de	
medidas	 econômicas	 de	 interesse	 da	
Metrópole	 que	 assinara	 em	 1810	 um	
tratado	de	aliança	e	comércio	com	a	In-
glaterra,	instituindo	privilégios	para	os	
produtos	 ingleses,	 reduzindo-se	os	di-
reitos	alfandegários	para	15%,	taxa	essa	
inferior	até	mesmo	à	aplicada	para	os	
produtos	 portugueses	 que	 entrassem	
no	Brasil.	Com	isso,	nossa	incipiente	in-
dústria	têxtil	não	tinha	como	competir	
com	 os	 tecidos	 ingleses,	 perdurando	
essa	 situação	 até	 1844,	 quando	 novo	
sistema	tarifário	veio	comandar	o	pro-
cesso	evolutivo	da	industrialização	bra-
sileira.
Fase de 
Implantação
Instrumentos	de	Estímulo:
	 Em	 1844,	 esboçou-se	 a	 primei-
ra	política	industrial	brasileira,	quando	
foram	elevadas	as	tarifas	alfandegárias	
para	a	média	de	30%,	fato	que	provo-
cou	 protestos	 de	 várias	 nações	 euro-
péias.	 A	 medida	 propiciou	 realmente	
um	 estímulo	 à	 industrialização,	 espe-
cialmente	para	o	ramo	têxtil,	que	foi	o	
pioneiro	desse	processo.
	 Contudo,	 o	 processo	 da	 indus-
trialização	não	se	deu	de	imediato;	elefoi	 lento,	 podendo	 ser	 considerado	 o	
período	 de	 1844	 até	 1913	 como	 fase	
de	 implantação	da	 indústria	no	Brasil.	
Em	1864,	o	Brasil	 já	tinha	uma	 razoá-
vel	 cultura	 algodoeira,	 matéria-prima	
básica	da	indústria	têxtil,	mão-de-obra	
abundante	e	um	mercado	consumidor	
em	 crescimento.	 Outros	 fatores	 não-
-econômicos	 também	 influenciaram	 a	
evolução	da	 indústria	 têxtil,	dentre	os	
quais	citam-se:	a	guerra	civil	america-
na,	 a	 guerra	do	Paraguai	 e	 a	 abolição	
do	 tráfico	 de	 escravos,	 fato	 este	 que	
resultou	 na	 maior	 disponibilidade	 de	
capitais,	antes	empregados	nessa	ativi-
dade.
	 Assim,	em	1864	estariam	funcio-
nando	no	Brasil	20	fábricas,	com	cerca	
de	 15.000	 fusos	 e	 385	 teares.	Menos	
de	20	anos	depois,	ou	 seja,	em	1881,	
aquele	 total	 cresceria	 para	 44	 fábri-
cas	 e	 60.000	 fusos,	 gerando	 cerca	 de	
5.000	 empregos.	Nas	 décadas	 seguin-
tes,	houve	uma	aceleração	do	processo	
de	 industrialização	e,	às	vésperas	da	 I	
Guerra	Mundial,	contávamos	com	200	
fábricas,	que	empregavam	78.000	pes-
soas.
Fase de 
Consolidação
	 Como	 visto	 anteriormente,	 no	
início	 da	 I	 Guerra	Mundial	 o	 Brasil	 já	
dispunha	 de	 um	 importante	 parque	
têxtil.	 A	 guerra	 pode	 ser	 considerada	
como	fator	decisivo	na	consolidação	da	
indústria	 têxtil	 brasileira.	 A	 limitação	
da	capacidade	do	País	de	importar	pro-
piciou	a	oportunidade	de	crescimento	
da	produção	interna	no	vácuo	deixado	
pelo	 não-suprimento	 externo	 de	 teci-
6 IFSC
por	meio	do	 incremento	da	produção	
interna,	 com	 o	 surgimento	 de	muitas	
fábricas	em	praticamente	todos	os	se-
tores	 da	 atividade	 manufatureira.	 No	
ramo	 têxtil,	 as	 fábricas	 se	 ampliaram,	
passando	 a	 operar	 com	 mais	 de	 um	
turno	 de	 trabalho	 e	 produzindo	 mais	
para	atender	o	mercado	interno	e,	ain-
da,	exportando	para	mercados	 impor-
tantes,	principalmente	da	Europa	e	dos	
Estados	Unidos.
	 O	 número	 de	 operários	 ocupa-
dos	no	ramo	têxtil	triplicou	no	período	
de	1920	a	1940.	A	participação	do	setor	
no	Produto	Industrial	atingiu	23,1%,	o	
que	bem	demonstra	o	nível	de	pujança	
alcançado	no	período.
Todavia,	terminado	o	conflito	mundial,	
novamente	o	setor	retornou	à	situação	
anterior.	Com	a	normalização	paulatina	
do	 mercado	 internacional,	 perdemos	
dos.	 Assim,	 a	 interrupção	 do	 fluxo	 de	
entrada	de	artigos	oriundos	do	exterior,	
pela	concentração	dos	Países	europeus	
e	Estados	Unidos	no	esforço	da	guerra,	
funcionou	como	elemento	de	estímulo	
para	 o	 cresci-
mento	 da	 in-
dústria	 brasi-
leira.	 Segundo	
dados	do	IBGE,	
em	1919,	a	 in-
dústria	 têxtil	
contava	 com	
105.116 tra-
balhadores,	 o	
que	 represen-
tava	 38,1%	 do	
cont ingente	
em p r e g a d o	
nas	indústrias	de	transformação.
 Com	o	fim	do	conflito	na	década	
de	20,	novamente	arrefeceu	a	ativida-
de	 têxtil	 pela	 retomada	 das	 importa-
ções	 de	 tecidos	 diante	 da	 dificuldade	
de	 competição	 com	 os	 similares	 es-
trangeiros	que	eram	vendidos	no	Brasil	
a	preços	inferiores	aos	que	eram	cobra-
dos	em	seus	países	de	origem.
Em	1929,	a	grande	crise	que	se	abateu	
sobre	 a	 economia	 mundial	 propiciou	
nova	oportunidade	de	crescimento	da	
indústria	brasileira,	a	exemplo	do	que	
havia	 ocorrido	 durante	 a	 I	 Guerra.	 A	
capacidade	de	importação	foi	drastica-
mente	reduzida,	levando	praticamente	
todos	os	países	a	adotarem	políticas	de	
substituição	dos	 importados	pela	pro-
dução	 interna	das	mercadorias	neces-
sárias	a	seu	abastecimento.
	 Esse	 processo	 foi	 aprofunda-
do	pela	eclosão	da	 II	Guerra	Mundial,	
período	em	que	ocorreram	realmente	
excepcionais	 alterações	 na	 estrutura	
industrial	brasileira.	Como	os	fornece-
dores	 tradicionais	 do	 Brasil	 estavam	
envolvidos	no	conflito,	abriu-se	a	pos-
sibilidade	 de	 o	 mercado	 ser	 suprido
7 IFSC
nossos	clientes	externos	e	as	exporta-
ções	caíram	a	níveis	insignificantes.	De	
uma	média	anual	de	cerca	de	24	mil	to-
neladas	de	tecidos	de	algodão	exporta-
dos	no	período	de	1942	a	1947,	caímos	
para	1.596	toneladas	em	1951,	que	se	
reduziram	a	 quase	 nada	 nos	 anos	 se-
guintes.	Os	investimentos	foram	trava-
dos	 e	 o	 obsoletismo	do	 equipamento	
em	uso	ficou	patente.
Fase Atual
	 A	 segunda	metade	dos	anos	50	
marca,	todavia,	o	 início	da	fase	 indus-
trial	brasileira	em	processo	acelerado,	
com	ênfase	para	os	setores	mais	dinâ-
micos	e	não-tradicionais.
Nessa	 fase,	o	 setor	 têxtil,	por	 influên-
cia	 sistêmica	 do	 desenvolvimento	 in-
dustrial	da	época,	também	começou	a	
passar	 por	 grandes	 transformações.	 É	
assim	que,	a	partir	de	1970,	incentivos	
fiscais	e	financeiros	administrados	pelo	
CDI	-	Conselho	de	Desenvolvimento	In-
dustrial,	órgão	do	Ministério	da	Indús-
tria	 e	 Comércio,	 possibilitou	 um	 mo-
vimento	 de	 fortes	 investimentos	 em	
modernização	e	ampliação	da	indústria	
têxtil,	 com	 vista,	 principalmente,	 ao	
aumento	 das	 exportações	 brasileiras	
de	produtos	têxteis.
	 Em	célebre	reunião	realizada	na	
sede	do	Sindicato	da	Indústria	de	Fiação	
e	 Tecelagem	do	 Estado	 de	 São	 Paulo,	
o	então	Ministro	da	Fazenda,	Antonio	
Delfim	Netto,	desafiou	o	setor	a	expor-
tar	100	milhões	de	dólares	por	ano	em	
manufaturados	 têxteis.	 Realmente,	 as	
exportações	têxteis,	que	tinham	alcan-
çado	apenas	42	milhões	de	dólares	em	
1970,	 deslancharam	 continuamente,	
atingindo	 US$	 535	 milhões	 em	 1975,	
US$	916	milhões	em	1980,	US$	1,0	bi-
lhão	em	1985,	US$1,2	bilhões	em	1990	
e	US$1,5	bilhão	em	1992.
	 A	partir	de	1993,	porém,	nossas	
vendas	 externas	 novamente	 regredi-
ram,	agora	por	conta	das	novas	e	pro-
fundas	 transformações	 ocorridas	 na	
economia	 e	 na	 política	 brasileira,	 tais	
como	 a	 abertura	 do	mercado	 interno	
aos	 fornecedores	 externos,	 iniciada	
em	1990,	a	eliminação	de	entraves	bu-
rocráticos	 às	 importações,	 a	 redução	
das	 tarifas	 aduaneiras,	 etc.,	 as	 quais	
ocasionaram	o	 fechamento	de	muitas	
empresas	e	obrigaram	o	setor	a	investir	
fortemente	na	sua	modernização	para	
reduzir	 custos	 e	 poder	 competir	 com	
os	 produtos	 importados.	 Mas	 esta	 já	
é	 outra	 parte	 da	 história	 que	 preten-
demos	 contar	 por	meio	 dos	 números	
e	 comentários	 alinhados	 no	 Relatório	
Setorial	 da	 Indústria	 Têxtil	 Brasileira,	
intitulado	“Brasil	Têxtil	2002”,	que,	or-
gulhosamente,	o	IEMI	oferece	a	todos	
os	que	labutam	nestes	setores.
8 IFSC
1.3 CADEIA TÊXTIL E DE 
CONFECÇÕES
O 
p r o d u t o 
final de cada 
uma destas fa-
ses é a matéria 
prima da fase 
seguinte.
entre	 esses	 elos,	melhorando	 assim	 a	
atuação	 da	 indústria	 e	 consequente-
mente	aumentando	a	qualidade	e	pro-
dução.
	 A	cadeia	têxtil	de	confecção	en-
globa	 a	 interação	 entre	 fornecedores	
de:
-Bens de capital e insumos (naturais e 
químicos)
-Produtores de manufaturados (fios, 
tecidos, planos e malhas)
-Bens acabados (confeccionados têx-
teis)
 Pode-se	afirmar	que	o	processo	pro-
dutivo	da	cadeia	 têxtil	 se	 inicia	com	a	
matéria-prima	 (fibras	 têxteis),	 sendo	
transformada	 em	 fios	 nas	 fiações,	 de	
onde	 seguem	para	 a	 	 tecelagem	 (que	
fabrica	 os	 tecidos	 planos)	 ou	 para	 a	
malharia	(que	fabrica	os	tecidos	de	ma-
UNIDADE 02: Divisão da 
Indústria Têxtil
Pode-se	destacar	como	etapas	da	In-
dústria	têxtil:
ção	 dessas	 cadeias	 suprir	 o	 consumi-
dor	 final	 em	 quantidade	 e	 qualidade,	
sempre	compatíveis	com	suas	necessi-
dades	 e	 a	 preços	 com-
petitivos.	
	 A	 utilização	
desse	 conceito	
permite	 a	 visua-
lização	 da	 cadeia		
como	 um	 todo,	 o	
que	 ajuda	 na	 iden-
tificação	 de	 suas	 fra-
quezas	 e	 potencialidades,	
de	 forma	 a	 intensificar	 a	 articulação	
 Cadeia	têxtil,	é	o	conjunto	de	ati-
vidades	 que	 se	 articulam	desde	o	 iní-
cio	 da	 produção	 (como	 por	 exemplo	
os	insumos	básicos),	até	o	produto	nas	
mãos	do	seu	consumidorfinal.	É	a	fun-
lha)	e,	finalmente	para	o	acabamento	e	
a	confecção.
-	 Fibras	artificiais	ou	quími-
cas;
-	 Fiação;
-	 Tecelagem	plana;
-	 Malharia;
-	 Beneficiamento.
2.1 FIBRAS ARTIFICIAIS OU 
QUÍMICAS
	 As	fibras	químicas	artificiais	sur-
gem	da	 transformação	de	 substâncias	
macromoleculares	 naturais	 ou	 da	 sua	
solubilidade	através	da	ação	de	agen-
tes	 químicos.	 Estas	 fibras	 podem	 ser	
derivadas,	 por	 um	 lado,	 da	 celulose	
de	várias	plantas	(árvores,	algodão,	al-
gas,…)	 ou,	 por	 outro,	 de	 proteínas	 de	
animais.
	 Os	 primeiros	 registos	 sobre	 a	
fabricação	 de	 fibras	 têxteis	 artificiais	
foram	 efetuados	 pelo	 inglês	 Robert	
Hooke,	em	Londres,	1665,	e	foi	Renee-
-Antoine	 de	 Réaumur	 que	 tentou	 por	
esta	teoria	em	prática,	em	1734,	mas	o	
resultado	não	foi	o	esperado.	Portanto,	
a	 descoberta	 sobre	 a	 fabricação	 des-
tas	fibras	deve-se	ao	químico	Christian	
Friedrich	Schönbein,	quando,	em	1846,	
conseguiu	obter	filamentos	colocando	
o	algodão	num	banho	de	ácido	nítrico	
e	clorídrico.	No	entanto,	as	fibras	desta	
9 IFSC
2.5 BENEFICIAMENTO
 
	 Beneficiamento	 de	 tecidos	 sig-
nifica,	de	uma	maneira	geral,	todos	os	
processos	a	que	um	tecido	é	submeti-
2.2 FIAÇÃO
 
 A	Fiação	pode	ser	definida	como	
uma	seção	de	operações	que	transfor-
ma	uma	massa	de	fibras	têxteis	inicial-
mente	 desordenadas	 (flocos)	 em	 um	
conjunto	 de	 grande	 comprimento,	 a	
qual	sua	seção	possui	algumas	dezenas	
de	fibras	mais	ou	menos	orientadas	e	
presas	a	si	mediante	uma	torção.	As	fi-
bras	têxteis	podem	ser	de	origem	natu-
ral,	artificial	ou	sintética.
	 Podemos	distinguir	dois	tipos	de	
fiação	quanto	ao	tipo	de	fibra:	a	fiação	
de	 fibra	 descontínua	 (lã,	 algodão,	 vis-
cose,	poliéster,	linho	etc.)	e	a	produção	
de	fios	contínuos	por	extrusão	(poliés-
ter,	 viscose,	 poliamida,	 elastano,	 poli-
propileno	etc.).
2.3 TECELAGEM PLANA
 
É	a	etapa	do	processamento	têxtil	em	
que	os	fios	são	entrelaçados,	transfor-
mando-se	em	tecidos	planos,	ou	seja,	
transforma-se	 em	 um	 tecido	 que	 não	
estica.	 É	 também	 chamada	de	 tecela-
gem	convencional.
Tecelagem	é	o	ato	de	tecer,	entrelaçar	
fios	 de	 trama	 (transversal)	 e	 urdume,	
ou	 urdidura,	 (longitudinal)	 formando	
tecidos.
Tecidos	produzidos	no	processo	de	te-
celagem	(também	conhecidos	como	de	
cala)	não	podem	ser	confundidos	com	
tecidos	 de	malha.	 Nos	 tecidos	 planos	
há	 somente	 duas	 posições	 possíveis	
para	os	fios	de	trama:	ou	ele	passa	por	
baixo	ou	passa	por	cima	dos	fios	de	ur-
dume.
2.4 MALHARIA
	 É	a	produção	de	tecidos	de	ma-
lha.	Os	tecidos	de	malha	são	caracteri-
zados	pelo	entrelaçar	dos	fios	 têxteis,	
sendo	esses	sempre	no	mesmo	senti-
do,	ou	todos	na	trama	(horizontal)	ou	
todos	 no	 urdume.	 Processo	 realizado	
com	a	ajuda	de	agulhas	.	O	processo	de	
tecimento	fundamental	neste	caso	é	o	
tricot.
forma	 geradas,	 eram	 altamente	 infla-
máveis.
	 Mais	 tarde,	 em	 1855,	 George	
Audemars	concebe	um	processo	de	ex-
tracção	da	 celulose	das	 árvores,	 equi-
valente	 ao	 usado	 para	 retirar	 a	 seda	
produzida	 pelo	 bicho-da-seda.	 Em	 se-
quência	 deste	 processo,	 Joseph	 Swan	
produz	 fibras	 através	 da	 inserção	 da	
celulose	em	orifícios	muito	finos.	O	seu	
principal	 objetivo	 era	 criar	 filamentos	
para	lâmpadas,	mas	descobriu	que	po-
dia	produzir	fibras	têxteis	através	deste	
processo,	reduzindo	o	seu	caráter	infla-
mável.	
	 Utilizando	o	processo	descober-
to	 por	 Swan,	 o	 químico	 conde	 Hilaire	
de	Chardonnet,	em	1889,	confecciona	
o	primeiro	tecido	para	fins	comerciais,	
então	designado	por	 seda	artificial	ou	
Raiom.
10 IFSC
UNIDADE 03: Fibras 
Têxteis
 
	 Fibra	textil	–	é	todo	o	corpo	que	
tem	um	comprimento	muito	superior	à	
espessura	e	que	pode	ser	transforma-
do	em	fios.
	 A	 indústria	 têxtil	 utiliza	diferen-
tes	espécies	de	fibras,	oriundas	do	rei-
no	vegetal,	animal	e	mineral,	existindo	
ainda	as	que	são	quimicamente	produ-
zidas	 pelo	 homem,	 através	 da	 utiliza-
ção	de	materiais	provenientes	dos	rei-
nos	vegetal	e	mineral.
	 Assim	sendo,	todo	material	pro-
veniente	 dos	 três	 reinos	 da	 natureza	
que	apresente	a	capacidade	de	produ-
zir	fios	é	considerado	como	uma	fibra	
têxtil.
3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS
 
 As	fibras	diferem-se	de	inúmeras	
maneiras.	Cada	qual	possui	caracterís-
ticas	e	propriedades	diferentes,	sejam	
as	dimensões	de	suas	cadeias	molecu-
lares,	 cristalinidade,	 as	 cores,	 massa	
específica,	 elas-
ticidade,	 hidro-
filidade	 e	 mui-
tas	 outras	 que	
irão	 conferir	 ao	
tecido	 aplica-
ções	 diversas.	
Daí	 a	 grande	
importância	 de	
se	 conhecer	 de	
forma	 profunda	
as	 fibras	 têxteis	
e	seus	aspectos	
técnicos	 antes	
de	 desenvolver	
dete rminado	
tecido,	 ou	 seja,	
tudo	 na	 cadeia	
têxtil	 passa	 pri-
me i r am e n t e	
pela	correta	es-
colha	 da	 fibra	
têxtil.
	 Veja	 re-
sumidamente	
a	 classificação	
das	 fibras	 abai-
xo:
do	após	o	tear,	e	tem	como	finalidade	
melhorar	as	características	visuais	e	de	
toque	do	material	têxtil,	além	de	poder	
dar	algumas	características	específicas	
ao	mesmo.	Basicamente	inclui	os	pro-
cessos	 de	 preparação	 (alvejamento,	
purga	 e	 desengomagem),	 tingimento	
ou	estampagem,	acabamento,	além	de	
processos	especiais.
11 IFSC
3.2 HISTÓRIA DAS FIBRAS TÊXTEIS
Observe	as	tabelas	contendo	a	história	de	algumas	fibras	têxteis:
- FIBRAS NATURAIS
 
FIBRA INFORMAÇÕES 
 
 
 
 
 
ALGODÃO 
• Os	
  primeiros	
  tecidos	
  remontam	
  3000	
  anos	
  
a.C.	
  e	
  foram	
  encontrados	
  na	
  Índia.	
  Foram	
  
introduzidos	
  pelos	
  árabes	
  na	
  Europa.	
  
• A	
   invenção	
  do	
   engenho	
  de	
  Eli	
  Whitney	
   em	
  
1793	
   revolucionou	
   o	
   processamento	
   do	
  
algodão;	
  
• O	
   desenvolvimento	
   do	
   tear	
   mecânico	
   em	
  
1884	
   trouxe	
   mais	
   uma	
   significativa	
  
evolução	
  na	
  indústria	
  do	
  algodão;	
  
• Maiores	
  produtores:	
  Estados	
  Unidos,	
  
Rússia,	
  China	
  e	
  Índia.	
  
 
 
LINHO 
-­‐ A	
  sua	
  cultura	
  iniciou-­‐se	
  no	
  Egito	
  primeiro	
  
para	
  alimentação	
  e	
  mais	
  tarde	
  para	
  fabricar	
  
tecidos.	
  O	
  auge	
  da	
  sua	
  cultura	
  deu-­‐	
  se	
  no	
  
séc.	
  XVIII	
  na	
  Alemanha.	
  
-­‐ Geralmente	
  considerada	
  como	
  sendo	
  a	
  fibra	
  
natural	
  mais	
  antiga;	
  
-­‐ Maiores	
  produtores:	
  Polônia,	
  Alemanha,	
  
Bélgica	
  e	
  França;	
  
	
  
12 IFSC
 
 
JUTA 
• É	
  oriunda	
  de	
  regiões	
  tropicais,	
  mas	
  as	
  
primeiras	
  fiações	
  situaram-­‐se	
  na	
  Escócia.	
  
• 	
  Os	
  países	
  onde	
  existe	
  maior	
  volume	
  de	
  
produção	
  desta	
  fibra	
  são	
  a	
  Ìndia	
  e	
  o	
  
Bangladesh.	
  
• É	
  uma	
  fibra	
  muito	
  barata. 
 
SISAL 
-­‐ Esta	
  fibra	
  é	
  originária	
  do	
  México,	
  só	
  
alcançando	
  importância	
  no	
  séc.	
  XIX.	
  	
  
-­‐ O	
  seu	
  embarque	
  fazia-­‐se	
  inicialmente	
  do	
  
Porto	
  de	
  Sisal,	
  o	
  que	
  deu	
  origem	
  ao	
  nome	
  da	
  
fibra. 
 
 
LÃ 
-­‐ Foi	
  utilizada	
  inicialmente	
  pelos	
  homens	
  do	
  
Paleolítico	
  para	
  se	
  cobrir.	
  	
  
-­‐ Existem	
   mais	
   de	
   40	
   tipos	
   diferentes	
   de	
  
animais	
   que	
   produzem	
   aproximadamente	
  
200	
  tipos	
  de	
  lã;	
  
-­‐ Maiores	
  produtores:	
  Austrália,	
  Nova	
  
Zelândia,	
  Rússia,	
  China,	
  África	
  do	
  Sul	
  e	
  
Argentina. 
 
 
 
 
SEDA 
-­‐ É	
  a	
  única	
  fibra	
  textil	
  que	
  a	
  natureza	
  produzem	
  fio,	
  sendo	
  o	
  filamento	
  elaborado	
  por	
  
uma	
  larva.	
  	
  
-­‐ Acredita-­‐se	
   Ter	
   sido	
   descoberto	
   por	
   uma	
  
princesa	
  chinesa;	
  
-­‐ A	
  sua	
  produção	
  iniciou-­‐se	
  na	
  China	
  à	
  cerca	
  
de	
  4000	
  anos.	
  Hoje	
  em	
  dia,	
  os	
  maiores	
  
produtores	
  de	
  seda	
  são	
  a	
  China	
  e	
  o	
  Japão.	
  	
  
-­‐ Foi	
  a	
  primeira	
  fibra	
  que	
  o	
  homem	
  tentou	
  
imitar	
  devido	
  ao	
  seu	
  delicado	
  processo	
  de	
  
produção. 
 
 
AMIANTO 
-­‐ Esta	
  fibra	
  já	
  era	
  conhecida	
  pela	
  civilização	
  
grega,	
  sendo	
  considerada	
  durante	
  muito	
  
tempo	
  a	
  fibra	
  mais	
  valiosa,	
  pois	
  não	
  ardia	
  
(chamavam-­‐lhe	
  o	
  linho	
  que	
  não	
  arde).	
  	
  
-­‐ O	
  maior	
  produtor	
  desta	
  fibra	
  é	
  o	
  Canadá. 
 - FIBRAS NÃO NATURAIS OU QUÍMICAS 
FIBRAS INFORMAÇÕES 
 
 
 
RAIOM 
• A	
   primeira	
   fibra	
   não	
   natural	
   produzida	
  
pelo	
  homem;	
  
• A	
  primeira	
  produção	
  comercial	
  se	
  deu	
  em	
  
1910	
   nos	
   Estados	
   unidos	
   pela	
   American	
  
Viscoce	
  Company;	
  
• Pela	
   manipulação	
   de	
   dois	
   diferentes	
  
químicos	
   e	
   técnicas	
   de	
   manufatura,	
   dois	
  
tipos	
   de	
   raiom	
   foram	
   desenvolvidos,	
   o	
  
raiom	
  viscose	
  e	
  o	
  raiom	
  acetato;	
  
• Nos	
  dias	
  de	
  hoje,	
  apenas	
  o	
  raiom	
  viscose	
  é	
  
produzido	
  nos	
  Estados	
  Unidos. 
	
  
13 IFSC
 
ACETATO 
-­‐ A	
  primeira	
  comercialização	
  desta	
  fibra	
  se	
  
deu	
  em	
  1924	
  pela	
  Celanese	
  Corporation. 
 
NYLON 
• A	
  primeira	
  produção	
  em	
  escala	
   industrial	
  
se	
  deu	
  pela	
  DuPont;	
  
• É	
  a	
  segunda	
  fibra	
  sintética	
  mais	
  utilizada	
  
no	
  mundo,	
  atrás	
  apenas	
  do	
  poliéster. 
 
ACRÍLICO 
-­‐ A	
  primeira	
  comercialização	
  desta	
  fibra	
  se	
  
deu	
  em	
  1950	
  nos	
  Estados	
  Unidos	
  pela	
  
DuPont. 
 
POLIÉSTER 
-­‐ A	
  primeira	
   comercialização	
  desta	
   fibra	
   se	
  
deu	
   em	
   1953	
   nos	
   Estados	
   Unidos	
   pela	
  
DuPont;	
  
-­‐ O	
  poliéster	
  é	
  a	
  fibra	
  sintética	
  mais	
  popular	
  
do	
  mundo. 
 
TRIACETATO 
-­‐ A	
  primeira	
  produção	
  de	
   triacetato	
   se	
  deu	
  
nos	
   Estados	
   Unidos	
   em	
   1954	
   pela	
  
Celanense	
  Corporation;	
  
-­‐ A	
  produção	
  em	
  escala	
  industrial	
  do	
  
triacetato	
  foi	
  descontinuada	
  em	
  1985. 
 
 
ELASTANO 
-­‐ A	
   primeira	
   produção	
   de	
   elastano	
   se	
   deu	
  
nos	
  Estados	
  Unidos	
  em	
  1959	
  pela	
  DuPont;	
  
-­‐ É	
  uma	
  fibra	
  elastomérica	
  de	
  propriedades	
  
parecidas	
  com	
  a	
  da	
  borracha,	
  permite	
  um	
  
estiramento	
   de	
   100%	
   e	
   com	
   a	
   mesma	
  
capacidade	
  de	
  retorno;	
  
-­‐ O	
  elastano	
  é	
  utilizado	
  na	
  forma	
  de	
  
filamento	
  contínuo. 
 
POLIPROPILENO 
-­‐ A	
   primeira	
   produção	
   se	
   deu	
   nos	
   Estados	
  
Unidos	
  pela	
  Hercules	
  Incorporated;	
  
-­‐ Em	
  1966,	
  a	
  poliolefina	
  foi	
  a	
  primeira	
  e	
  a	
  
única	
  a	
  receber	
  um	
  prêmio	
  Nobel; 
 
 
 
 
MICROFIBRA 
-­‐ A	
  primeira	
  produção	
  em	
  escala	
   comercial	
  
se	
   deu	
   em	
  1961	
  nos	
   Estados	
  Unidos	
   pela	
  
DuPont;	
  
-­‐ Hoje	
   as	
   microfibras	
   são	
   produzidas	
   nas	
  
mais	
  variadas	
  fibras	
  sintéticas,	
  ou	
  seja,	
  de	
  
nylon,	
  poliéster,	
  acrílico,	
  etc.;	
  
-­‐ A	
  definição	
  de	
  microfibra	
  é	
  para	
  as	
   fibras	
  
que	
   possuem	
   menos	
   de	
   um	
   Denier	
   por	
  
filamento.	
   Microfibra	
   é	
   a	
   mais	
   fina	
   fibra,	
  
mais	
  ainda	
  que	
  a	
  delicada	
  seda;	
  
-­‐ Para	
  relacionar	
  a	
  algo	
  mais	
  familiar,	
  um	
  
cabelo	
  humano	
  é	
  100	
  vezes	
  maior	
  (mais	
  
grosso)	
  do	
  que	
  a	
  microfibra. 
 
 
 
 
LYOCEL 
• A	
   primeira	
   produção	
   em	
   escala	
   industrial	
   de	
  
lyocel	
   se	
   deu	
   em	
   1993	
   nos	
   Estados	
   Unidos	
   pela	
  
Courtaulds	
   Fibers,	
   sob	
   o	
   nome	
   comercial	
   de	
  
Tencel;	
  
-­‐ Considerada	
   como	
   sendo	
   uma	
   fibra	
  
14 IFSC
	 As	chamadas	fibras	naturais	são	todas	as	fibras	que	já	se	apresentam	pron-
tas	na	natureza	necessitando	apenas	alguns	processos	físicos	para	transformá-
-las	em	fios.	
	 Elas	estão	divididas	em:
1.	 Fibra	Têxtil	Animal:	Seda,	lã,	Lhama,	etc.	
2.	 Fibra	Têxtil	Mineral:	Amianto.
3.	 Fibra	Têxtil	Vegetal:	Algodão,	Linho,	Sisal,	coco,	etc.	
•	 FIBRA	TÊXTIL		ANIMAL	E	MINERAL
3.3 FIBRAS TÊXTEIS 
NATURAIS
15 IFSC
1- Fibra da Seda
*	brilho	e	toque	super	macio
*	absorve	umidade	e	suor	;	
*	filamentos	extremamente	finos.	
*	Pouca	resistência	à	abrasão.
	 A	seda	possui	uma	inigualável	ca-
pacidade	 de	
reflexão	 de	
cor	e	de	ab-
sorção	tinto-
rial,	 apesar	
de	 ser	 mais	
difícil	de	tin-
gir	do	que	a	
lã.	 A	 absor-
ção	 de	 água	
é	 igualmen-
te	 boa,	 está	
na	 casa	 dos	
11%.
 A seda 
é	 a	mais	 re-
sistente das 
fibras	 natu-
rais.	 É	 mais	
resistente	do	
que	 a	 pró-
pria	 lã,	 por	
causa	princi-
palmente	de	
suas redes 
c r i s ta l inas	
bem	 orien-
tadas. A es-
tab i l i dade	
dimensional	da	seda	é	boa.	A	seda	não	
estica	 ou	 deforma-se	 facilmente,	mas	
apresenta	 encolhimento	 por	 relaxa-
mento	 em	virtude	da	 sua	 alta	 capaci-
dade	de	absorção	da	umidade.
	 Também	 chamada	 de	 médico	
têxteis,	 por	 ser	 antibacteriano,	 antia-
lérgico	e	ainda	termodinâmico.
2- Fibra da Alpaca:
*pouca	ondulação	e	brilho	sedoso;	
*	O	regain	da	alpaca	é	igual	ao	da	lã	de	
17%;	
*	A	tosquia	é	feita	uma	vez	a	cada	ano;	
*	pouco	mais	de	1,5kg	de	fibra	por	ani-
mal.
	 Usa-se	 a	 fibra	 na	 produção	
de	 roupas,	 boinas,	 gorros,	 cachecol,	
meias,	 tapete,	 pelúcias,	 sapato,	 entre	
outros.	Os	principais	consumidores	são	
países	com	 inverno	 rigoroso,	como	os	
da	América	do	Norte,	Inglaterra,	Japão,	
Europa,	 pois	 a	 roupa	 confeccionada	
16 IFSC
com	a	fibra	da	alpaca	é	um	bom	isolan-
te	térmico.
3- Fibra do Angorá:
*	é	uma	das	mais	finas	fibras	têxteis;	
*	leveza,	maciez	e	sensação	quente;	
*	tem	efeito	terapêutico	no	corpo	hu-
mano;	
*	 Anualmente	 produz	 entre	 0,9kg	 e	
1,1kg	fibra.
	 O	tecido	da	fibra	do	angorá	é	ob-
tida	do	pêlo	 longo	e	 suave	do	 coelho	
angorá.	Esse	tecido	é	ideal	para	roupas	
térmicas.	É	procurado	pela	sua	durabi-
lidade,	aquecimento	e	textura.	O	ango-
rá	é	muito	mais	quente	que	lã	e	é	per-
feito	para	quem	sofre	de	alergias	a	ela.
4- Fibra da 
Cashemere:
*	Extremamente	fina	e	macia;	
*	fibra	muito	cara;	
*	Anualmente	produz	em	média	150g	
por	animal.
	 A	 fibra	
da	 caxe-
mira	 é	
uma	das	me-
lhores	 no	 mundo.	 É	
cara	 e	 muito	 procurada,	 por-
que	as	cabras	caxemira	não	são	assim	
tão	frequentes,	mas	sobretudo	porque	
recolher	a	caxemira	é	um	processo	de-
morado,	pois	durante	o	processo,	tem	
que	separar	os		pêlos		duros	e	ásperos	
(tão	duros	que	servem	para	fazer	esco-
vas!)	no	meio	do	sub	pêlo	macio.	
5- Fibra do Camelo:
*	produção	de	tecidos	sofisticados;	
*	fibras	muito	cara.
 
17 IFSC
	 As	fibras	maisgrossas	são	fiadas	
em	fios	cardados	grossos	para	a	fábri-
ca	 de	 feltros	
e	 de	 tapetes.	
Usa-se	 sobre-
tudo	 na	 Chi-
na,	 Mongólia,	
Estados	 da	
antiga	 União	
Soviética	 e	 na	
África.
6- Fibra da Lã:
*	Isolante	térmico;	
*	Superfície	ondulada.
	 A	 lã	 ou	 pêlo	 como	 agente	 de	
proteção	 vem	 sendo	 utilizado	 desde	
a	 idade	da	pedra,	quando	as	peles	de	
animais	primitivos	eram	utilizadas	para	
cobrir	o	corpo	humano.
	 O	tecido	feito	de	 lã	serve	como	
isolante	 térmico,	 não	 esquenta	 tanto	
sob	 o	 sol	 (mantém	 a	 temperatura	 do	
corpo	em	média	5	a	8	graus	mais	baixa	
em	comparação	com	tecidos	sintéticos	
expostos	ao	sol),	“respira”	no	corpo,	é	
naturalmente	 elástico,	 portanto	 mais	
confortável	 e	
não	amassa.
	 A	 fibra	
da	 lã	 possui	
importantes	
propriedades,	
entre	 elas	
destaca-se	 a	
isolação	 tér-
mica,	graças	principalmente	ao	colchão	
de	ar	formado	pelas	ondulações	das	fi-
bras.	Portanto,	quanto	mais	fina	 for	a	
fibra	de	lã	e	mais	ondulada,	maior	será	
sua	capacidade	de	isolamento.
7- Fibra da Lhama:
*	Isolante	térmico;	
*Pelagem	 extremamente	 grossa	 e	
quente.
	 As	lhamas	vi-
vem	na	Cordilheira	
dos	Andes,	onde	as	
temperaturas	 são	
baixas.	 Assim,	 as	
pelagens	 servem	
para	 pro-
tegê-los	 do	
frio,	além	de	
proteger	 o	
seu	corpo	de	
arranhões	 e	
outros	 feri-
mentos.	
	 As	lha-
mas	também	
f o r n e c e m	
fibras	 abundantes,	 embora	 de	 quali-
dade	 inferior,	usadas	na	confecção	de	
tecidos	fortes	e	grossos.
18 IFSC
8- Fibra do Mohair:
*	Extremamente	resistente;
*Pelo	sedoso,liso	e	regular;
*	Baixa	captação	de	umidade.
	 A	 fibra	 é	 proveniente	 da	 cabra	
de	Angorá,	originária	da	Turquia.	É	con-
siderada	como	uma	das	fibras	mais	ri-
cas	que,	 sendo	misturada	 com	outras	
fibras,	 proporciona	 tecidos	 suaves	 e	
volumosos.	 As	
nossas	mantas	
de	 Mohair	 ca-
racterizam-se	
pela	sua	leveza	
e	 maciez,	 que	
as	 diferencia	
das restantes 
fibras.
9- Fibra da Vicunha:
*	rendimento	de	250	g	por	ano;	
*Pelo	macio	e	brilhante;
	 A	 fibra	 da	 vicunha	 (animal	 da	
família	 dos	 camelídeos),	 caracteriza-
da	 pelo	 seu	
pelo	 fino	
mais	 curto	
(50	mm	-	80	
mm)	 e	 os	
pelos	 mais	
longos,	 que	
podem	atin-
gir	 130	 mm	
de	 compri-
mento.	Utilizado	na	produção	de	teci-
dos	de	alta	qualidade	para	sobretudos,	
ternos	e	cobertores.
10- Fibra do Amianto:
*	boa	qualidade	isolante,	durabilidade	
e	flexibilidade;
*incombustibilidade.
	 O	 amianto	 é	 uma	 fibra	mineral	
natural	 sedosa	que,	por	 suas	proprie-
dades	 físico-químicas	 (boa	 qualida-
de	 isolante,	
durabilidade,	
flexibilidade,	
indestrutibili-
dade,	resisten-
te	 ao	 ataque	
de	 ácidos,	 ál-
calis	 e	 bacté-
rias,	 facilidade	
de	 ser	 tecida	
etc.),	abundân-
cia	na	natureza	
e,	principalmente,	baixo	custo	tem	sido	
largamente	utilizado	na	indústria.
	 Com	 o	 advento	 da	 Revolução	
Industrial	no	século	XIX,	o	amianto	foi	
a	matéria-prima	 escolhida	 para	 isolar	
termicamente	 as	 máquinas	 e	 equipa-
mentos.	 Foi	 largamente	 empregado,	
19 IFSC
atingindo	seu	apogeu	nos	esforços	da	
primeira	 e	 segunda	 guerra	 mundial.	
Dali	para	frente,	as	epidemias	de	ado-
ecimentos	e	vítimas	levaram	o	mundo	
“moderno”	 ao	 conhecimento	 e	 reco-
nhecimento	 de	 um	 dos	 males	 indus-
triais	do	século	XX	mais	estudados	em	
todo	o	mundo,	passando	a	ser	conside-
rado	 daí	 em	 diante	 a	 “poeira	 assassi-
na”.
	 O	Brasil	está	entre	os	cinco	maio-
res	produtores	de	amianto	do	mundo.
•	 FIBRA	TÊXTIL	VEGETAL
1- Fibra do Algodão:
*Suave	e	confortável;
*	Possui	boa	solidez;
*	Amassa	facilmente.
	 Tem	 sido	 cultivado	 por	mais	 de	
5.000	anos,	por	isso,	existem	hoje	mui-
tas	 variedades	 de	 diferentes	 tipos	 de	
algodão.	
	 Estas	 varia-
ções	 implicam	em	
diferentes	 carac-
terísticas	e	aplica-
ções,	e	se	dão	de-
vido	 as	 diferentes	
condições	de	solo,	
clima,	 fertilizantes	
20 IFSC
e	métodos	de	 cultivo.	A	qualidade	da	
fibra	de	algodão	está	baseada	em	sua	
cor,	finura,	comprimento	e	resistência.
		 O	 algodão	 é	 hidrofílico,	 o	 que	
significa	que	têm	excelente	capacidade	
de	absorção.	Roupas	feitas	de	algodão	
absorvem	 suor,	mantendo,	 assim,	 um	
maior	conforto.	Ele	pode	ser	misturado	
com	 qualquer	
outro	tipo	de	fi-
bra.	
	 A	 fibrta	 tam-
bém	 é	 conside-
rada	 Hipoaler-
gênico,	 o	 que	
significa	 que	
tem	 uma	 baixa	
tendência	 para	
provocar	 rea-
ções	alérgicas.
	 A	 qualidade	
da	 fibra	 de	 al-
godão	não	varia	
somente	 pela	
classificação	 do	
comprimento	 e	
variedades	 de	
fibras,	mas	tam-
bém	pelas	condições	físicas,	de	cor,	de	
maturação,	presença	de	sais	açúcares,	
bem	 como	 pelas	 quantidades	 de	 fo-
lhas,	areias	e	todo	o	tipo	de	impurezas	
contidas	devido	a	colheita.
2- Fibra do Cânhamo:
*	Absorvente;
*	Aparência	rústica;
*	Possui	grande	solidez;
*	Resistente	e	durável.
 Mistura-se 
facilmente	com	ou-
tras	fibras	e	é	pro-
tegido	 contra	 raios	
ultravioleta	 e	 tem	
uma	 propriedade	
chamada	 termodi-
nâmica	que	deixa	a	
roupa	fresca	no	verão	e	
quente	no	inverno.
	 O	 cânhamo	 tem	
origem	 nas	 fibras	 do	
caule	da	planta	de	cannabis	ruderallis.	
Tanto	 o	 cânhamo	 quanto	 a	 maconha	
são	membros	 da	 família	 da	 cannabis,	
mas	são	cultivos	diferentes	
dentro	dessa	família.	
	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	Portador	de	
uma	 fibra	 dura,	
de	 caule,	 chega	
a	 alcançar	 3	
metros	 de	
altura.
	 É	 uma	 fibra	
mais	 lenhosa	
do	que	o	linho	e,	conseqüentemente,	é	
mais	rígida.	O	cânhamo	tem	sido	usado	
em	quase	todas	as	formas	de	aplicação	
têxteis:	tecidos	finos,	cortinas,	cordas,	
redes	de	pesca,	lonas,	etc.
3- Fibra da Juta:
*Resistente	e	durável;	
*Solidez	à	luz	solar;	
*Ecologicamente	correto;	
*	Absorvente.
 
	 As	fibras	de	juta	são	extraídas	do	
caule	de	“plantas	duras”	,	assim	como	o	
21 IFSC
linho	e	o	cânhamo.	Trata-se	de	plantas	
herbáceas	 anuais,	 ou	 seja,	 alcançam	
a	maturidade	no	decorrer	de	um	ano,	
produzindo	 sementes	 para	 os	 demais	
períodos	 de	 cultivo,	 porém	 exigindo,	
para	 um	 bom	
desenvo l v i -
mento,	calor	e	
umidade.	Pos-
suem	um	cau-
le	 reto	 com	
circunferência	
de	 cerca	 de	
3,80	 cm	 e	 al-
tura	 entre	 1,5	
e	3	metros.
	 A	fibra	de	juta	apresenta,	geral-
mente,	 um	 brilho	 sedoso	 e,	 quando	
comparada	
ao	 linho,	 é	
mais	quebra-
diça,	o	que	a	
impede	 de	
ser trans-
formada	 em	
fios	 finos,	 já	
que	os	feixes	
não	 se	 sepa-
ram	 tão	 bem	no	 sentido	 longitudinal.	
Semelhante	à	do	linho,	ou	seja,	péssi-
ma	 recuperação	à	dobra,	 compressão	
ou	amarrotamento.	Deterioram-se	 ra-
pidamente	com	umidade,	tornando-se	
quebradiças,	fracas	e	escuras.
4- Fibra da Kenaf:
*Recurso	Natural	Renovável;	
*Reciclável	e	biodegradável;	
*Ecologicamente	correto.
	 O	 kenaf	 (Hi-
biscus	 cannabinus	
L)	é	uma	planta	da	
mesma	 família	 do	
cânhamo.	
	 Com	 as	 suas	
fibras	produzem-se	
mantas	 para	 isola-
mento	a	sons	de	percussão.
5- Fibra do Linho:
*Toque	liso	e	frio;	
*	Amassa	facilmente.
	 Uma	das	mais	 antigas	fibras	do	
mundo,	 usada	 pelos	 antigos	 Egípcios.	
Com	8.000	anos,	ainda	hoje	tem	gran-
de	 demanda	 em	 função	 de	 suas	 pro-
priedades.	Da	
família	de	Lin-
nun	usitatíssi-
mum	e	linnun	
perenne.
		 O	 cul-
tivo,	 assim	
como	 o	 pro-
cesso	 de	 pro-
dução	 da	 fi-
bra	 é	 muito	
caro,	 o	 que	
faz	com	que	o	
tecido	 tenha	
um	custo	ele-
vado.	Para	so-
lucionar	 esse	
problema	 as	
indústrias	 têxteis	 produzem	 a	 fibra	
de	 linho	misturada	a	outras	fibras	tais	
como:	o	algodão	e	a	viscose;	sem	per-
der	as	suas	características.
22 IFSC
6- Fibra da Malva:
*Absorvente;
*Resistente	e	durável;
*Solidez	à	luz	solar;
*Ecologicamente	correto.
	 A	 mal-
va	 produz	 fi-
bras	 têxteis	
similares	 às	
tradicional-mente	 uti-
lizadas	 na	
fabricação	
de	 papel,	
vestuário,	
barbantes	
e	 tecidos	
para	 esto-
fados	 e	 ta-
petes.	
 
	 É	 usada,	 sobretudo,	 na	 con-
fecção	 de	 sacaria	 para	 acondicionar	
produtos	 como	açúcar,	 café,	 castanha	
de	caju	e	cacau.
7- Fibra do Rami:
*	Mais	abrasivo	que	o	linho;	
*	Excelente	tingibilidade;	
*	Alta	resistência	.
	 Os	tecidos	de	rami	têm	boa	acei-
tação	no	mercado,	podendo	ser	consi-
derados	 como	 um	produto	 substituto	
muito	próximo	do	linho,	sendo	de	me-
nor	qualidade,	mas	com	a	vantagem	de	
ser	relativamente	mais	barato.	Em	ge-
ral	é	vendido	ao	consumidor	final	como	
se	fosse	linho	ou	com	o	nome	de	“linho	
rami”,	pois	dificilmente	as	pessoas	co-
muns	conseguem	distinguir	o	rami	do	
linho,	seja	sob	a	forma	de	roupa	pronta	
ou	de	tecido	para	ser	confeccionado.
									O	rami	é	uma	planta	perene,	isto	é,	
de	cultura	permanente,	que	pode	pro-
duzir,	sem	renovação,	por	cerca	de	20	
anos.	A	planta	apresenta	uma	cepa	de	
onde	 partem	 as	
hastes	que	podem	
atingir,	 em	 terre-
nos	 apropriados,	
entre	2	e	3	metros	
de	altura.	Permite	
,	em	média,	3	a	4	
cortes	por	ano.
	 	 	 	 	 	 	 	 	 Se	destaca	
por	 sua	 grande	
aplicação	em	teci-
dos	para	vestuário	
e	para	artigos	de	decoração.	É	clara	e	
brilhante.	Seus	fios	podem	ser	tão	for-
tes	quanto	os	do	 linho.	A	fibra	é	bas-
tante	durável,	mas	tende	a	perder	elas-
ticidade.
									Absorve	água	com	muita	rapidez	
e	aumenta	sua	resistência	em	cerca	de	
25%	quando	molhado,	o	que	torna	os	
tecidos	de	fácil	lavagem	e	de	rápida	se-
cagem.	Além	de	ser	bastante	resisten-
te,	o	rami	apresenta	a	vantagem	de	ser	
uma	fibra	longa	(	150	a	200	cm).	As	ex-
cepcionais	 qualidades	 têxteis	 do	 rami	
são	completadas	por	seu	aspecto	leve	
23 IFSC
e	fresco,	capaz	de	absorver	a	transpira-
ção	corporal.
8- Fibra do Abacá:
	 	 *	 Enorme	 resis-
tência	a	tensão;
	 	 *	 Dificilmente	
deteriorável	 sob	 a	
ação	da	água,	doce	
ou	salgada.
	 É	um	tipo	de	
bananeira	que	pro-
porciona	 também	 uma	 das	 mais	 im-
portantes	matéria	prima	para	cordoa-
ria.	Seus	frutos	não	são	comestíveis.	É	
empregado	também	na	manufatura	de	
cordéis,	sacos,	linhas	e	redes	de	pescar,	
tapetes,	 papel	 de	em-
brulho	 e	 pasta	
de	 papel.	 A	
fibra	 de	 ba-
nana	abacá	é	
proveniente	
das	 Filipinas,	
onde	 a	 Daimler-
Chrysler	apóia	um	pro-
jeto	de	cultivo	sustentável.
9- Fibra do Caroá:
*	Fibras	finas	e	brilhantes;	
*	Alta	resistência	.
	 Dentre	 as	 muitas	 espécies	 de	
Bromélias	que	ocorrem	no	semi-árido,	
o	caroá	tem	uma	característica	própria	
de	uso	pela	população.	Suas	folhas	ser-
vem	 para	 a	 ex-
tração	 de	 fibras	
que	 são	 usadas	
para	fazer	redes,	
sacolas,	 tecidos,	
barbantes,	etc.
10- Fibra do Fórmio:
*	fibras	finas	e	brilhantes;	
*	Alta	resistência	.
	 Planta	 muito	 ornamental,	 cujas	
folhas	fornecem	fibras	têxteis,	podendo	
quando	cortadas	em	tiras	finas	substi-
tuir	o	vulgar	cor-
del,	 por	 exem-
plo.	 para	 atar	
sacos	 e	 em	 ou-
tras	 tarefas	 agrí-
colas	 e	 de	 jardi-
nagem.	Também	
é	 conhecida	 por	
Linho-da-Nova-
-Zelândia,	 ou	
Fibra-da-Nova-
-Zelândia,	 por-
que,	 aí,	 o	 povo	
Maori	 utiliza	 as	
suas	 folhas	 para	
cestaria,	 cordas,	
redes	e	vários	utensílios	de	uso	domés-
tico.
11- Fibra do Sisal:
24 IFSC
*	Fibras	finas	e	brilhantes;	
*	Alta	resistência	. É usada notadamente em cor-doalha, solados de alpargatas, indús-tria de colchões de molas, sacolas, 
sandálias, cestos, escovas, etc. As fi-bras podem ser utilizadas tam-bém na indústria automobilística, substituindo a 
fibra de vidro. 
Uma fibra sinté-tica demora até 150 anos para se decompor no solo, enquanto a 
fibra do sisal, em meses, torna-se um fertilizante natural. É uma plan-ta perene, e as 
fibras são retira-das através das folhas. O comprimen-to varia entre 60 e 160 cm. Apresen-tam excelente resistência à ruptura e ao alongamento, além de notável re-sistência à água salgada (aumento de resistência quando molhada).
12- Fibra do Coco:
*	Toque	duro,	um	tanto	áspero	;	
*	Biodegradável;	
*	Não	causa	im-
pacto	 ambien-
tal.
 Para di-
minuir	 o	 consu-
mo	das	reservas	
de	petróleo	e	facilitar	a	reciclagem	dos	
carros	usados,	engenheiros	utilizam	as	
fibras	 em	 assento	 e	 encosto	 para	 au-
tomóvel	 com	 aglomerado	 de	 fibra	 de	
coco	e	látex	natural.
3.4 FIBRAS TÊXTEIS NÃO 
NATURAIS OU QUÍMICAS
 São	fibras	que	não	são	reti-
radas	prontas	da	natureza,	são	obtidas	
a	partir	de	polímeros	que	no	final	são	
moldados	em	forma	de	filamento.	
								Elas	estão	divididas	em:
1-	 Fibras	artificiais:	 São	fibras	pro-
duzidas	pelo	homem,	porém,	utilizan-
do	como	matéria-prima	polímeros	nat-
urais	como	a	celulose,	estes	polímeros	
são	regenerados	dando	origem	a	novas	
fibras.	As	mais	comumente	usadas	são	
a	viscose	(CV),	o	acetato	(CA),	o	Lyocel	
e	o	Modal.
2-	 	Fibras	sintéticas:	São	fibras	pro-
duzidas	 pelo	 homem	 usando	 como	
matéria-prima	 produtos	 químicos,	 da	
indústria	petroquímica.	As	mais	conhe-
cidas	são	o	poliéster	(PES),	a	poliamida	
(PA),	 o	 acrílico	 (PAC),	 o	 polipropileno	
(PP)	e	o	poliuretano	elastomérico	(PUR)	
também	 conhecido	 como	 Elastano,	
além	das	Aramidas	(Kevlar	e	Nomex).
25 IFSC
•	 FIBRAS	QUÍMICAS	ARTIFICIAIS
1- Fibra de Acetato:
*	Hipoalergênica	e	resistente	a	mofo;	
*	Soluvél	em	ace-
tona;	
*	Termoplástico.
	 O	 acetato	
de	celulose	é	um	
ester	 produzido	
pela	 reação	 da	
celulose,	extraída	e	purificada	da	polpa	
de	madeira.	
	 É	usada	na	indústria	têxtil	na	fa-
brica	 de	 tecidos	
para	 vestuário,	
forros,	 tapetes,	
guarda-chuvas	 e	
outros	produtos.
26 IFSC
2- Fibra de Alginato:
*	ajuda	na	cicatrização	de	ferimentos.
	 Algina	 é	 uma	 substância	 gelati-
nosa	sem	cor.	Ela	é	extraída	das	algas	
marinhas.	 Algina-
tos	 são	 transfor-
mados	 em	 cura-
tivos	 não	 tecidos	
através	de	proces-
sos	 têxteis.	 Para	
isso	 é	 utilizado	 o	
processo	 “need-
led”	 (costurados),	
permitindo	que	as	
fibras	 das	 placas	
fiquem	emaranhadas.	Nesse	processo,	
agulhas	pontiagudas	são	forçadas	atra-
vés	das	fibras	para	produzir	 o	 emara-
nhado.	 Isto	 aumenta	 a	 resistência	 do	
curativo	ao	seco	e	ao	molhado.
3- Fibra de Bambu:
*	Biodegradável;	
*	Ecologicamente	correto.
	 Pelo	 fato	 de	
ser	uma	fibra	100%	
celulósica,	 a	 fibra	
de	bambu	pode	ser	
totalmente	 degra-
dada	 no	 solo	 por	
microorganismos	 e	
luz	 solar,	 sem	 cau-
sar	riscos	ou	danos	
ao	meio	ambiente.	
Pode	florescer	sem	
o	uso	de	pesticidas	
e	 	 não	 é	 atacada	
por	pragas.	Este	fato	se	dá	pois	a	plan-
ta	 bambu	 na	 sua	 essência	 possui	 um	
agente	biótico	que	inibe	a	ação	de	bac-
térias.	 Essa	 característica	no	processo	
de	obtenção	das	fibras	têxteis	de	bam-
bu	se	intensifica	e	é	mantido	nos	arti-
gos	a	que	essas	fibras	se	destinam.	
	 Após	cinqüenta	lavagens	de	um	
tecido	 confeccionado	 com	 fibras	 de	
bambu,	 este	 ainda	 possui	 ótima	 pro-
priedade	 anti-bactérias,	 eliminando	
cerca	 de	 70%	 delas	 em	 ação	 no	 teci-
do.	A	função	bacteriostática	das	fibras		
se	 distingue	muito	 daquela	 encontra-
da	 em	artigos	 tratados	 quimicamente	
com	o	mesmo	propósito.	Nos	últimos	a	
presença	dos	agentes	químicos	tende	a	
causar	 alergia	
em	 contanto	
com	a	pele.
	 Além	do	
vestuário,	 as	
fibras	de	bam-
bu	 podem	 ser	
encontradas	
em	artigos		de	
higiene	 hospi-
talar,	 na	 linha	
de	 decoração	
(ótima	para	 cortinados	por	 serem	na-
turalmente	 bloqueadoras	 dos	 raios	
UV)	e	diversos	outros	artigos.	As		redes	
de	 hipermercados	 são	 grandes	 distri-
buidores	desta	fibra.
4- Fibra da Borracha:
*É	resistente	ao	calor	e	a	luz;
*É	impermeável.
27 IFSC
	 O	tecido	de	Látex	é	obtido	a	par-
tir	de	fibra	feita	de	látex,	uma	seiva	lei-
tosa	 incolor.	 Normalmente	 é	 utilizada	
com	outras	fibraspara	fazer	tecidos.	O	
tecido	 de	 Látex	 tem	 propriedades	 de	
alta	 imper-
meabiliza-
ção	 e	 lim-
peza	a	seco.	
É resistente 
ao	calor	e	a	
luz.
5- Fibra do Carbono:
*	Possui	propriedades	refratárias;.
	*	Suporta	altíssimas	temperaturas.
	 As	fibras	de	carbono	são	maté-
rias	primas	que	provém	da	pirólise	de	
materiais	carbonáceos	que	produzem	
filamentos	de	alta	resistência	mecâni-
ca	usados	para	os	mais	diversos	fins,	
entre estes 
motores	de	
naves	espa-
ciais.
6- Fibra da Caseína:
*	É	biodegradável;	
*	É	compatível	com	a	pele.
	 O	 tecido	 é	 consagrado	 através	
de	 um	processo	 químico.	 Para	 criar	 a	
fibra,	o	leite	líquido	é	desidratado	e	as	
suas	proteínas	 são	extraídas	e	em	se-
guida	dissolvidas	em	uma	solução.	Para	
finalizar,	estas	proteínas	são	colocadas	
em	 uma	 máquina	 que	 as	
une,	 transformando-as	
em	um	extenso	fio.
	 Cerca	 de	 100	
quilos	 de	 leite	 desna-
tado	 são	 necessários	
para	 fazer	 3	 quilos	 da	
fibra,	 razão	 pela	 qual	
o	tecido	ainda	não	de-
colou.	 No	 entanto,	 o	
material	 tem	 poten-
cial:	não	possui	coran-
te,	 permite	 maior	 res-
piração	 da	 pele,	 contém	
aminoácidos	benéficos	para	quem	usa	
e	é	tão	confortável	e	elegante	quanto	a	
seda.
7- Fibra do Cupro:
*	aspecto	e	o	tato	da	seda;
*maciez,	 absorção	
e	também	o	brilho;	
*	Boa	solidez	as	co-
res.
	 Cupro	 é	 o	
nome	que	é	conhe-
cido	 fibra	 celulose	
regenerada.	O	pro-
cesso	 inclui	 deixar	
o	 Línters	 do	 algodão,(fibrilas	 aderidas	
as	 sementes)	 que	 é	 o	 subproduto	 da	
28 IFSC
indústria	de	algodão.	A	Celulose,é	dis-
solvida	 em	 uma	 solução	 de	 cobre	 e	
amoníaco,	daí	o	nome	de	cupramonio.	
É	 apropriado	para	 confecções	de	 rou-
pas	 femininas,	 camisas	 e	 tecidos	para	
decoração.
8- Fibra Metálica:
*	Aspecto	brilhante;	
*	Antiestáticas;
	 Os	 metais,	 normalmente	 sóli-
dos	e	duros,	podem	aparecer	tão	flui-
dos	quanto	seda.	A	linha	metálica,	era	
usada an-
tigamente	
em	tecidos	
bordados	
pesados	 e	
caros.	 Em	
1950 Lurex 
fez	de	uma	
uma	 fibra	
de	 alumí-
nio	 uma	
tecido	metálico.	
	 Hoje	 Lurex	 pode	 ser	 colorido	 e	
frequentemente	 é	 envolto	 numa	 pro-
teção	 de	 plástico,	 prevenindo	 assim	
manchas	 e	 irritação	 para	 a	 pele.	 As	
características	 físicas	 e	 químicas	 das	
fibras	 não	 são	 alteradas	 pelo	 proces-
so	de	aplicação	do	metal.	As	fibras	são	
permanentemente	 antiestáticas	 ou	
condutoras	e	mantém	estas	proprieda-
des	mesmo	após	repetidas	lavagens.
9- Fibra Lyocel:
*	Biodegradável;	
*	Ecologicamente	correto.
	 A	 fibra	 deste	 novo	 fio,	 que	 foi	
lançada	 pela	 Courtalds	 provém	 da	
polpa	 da	 madeira,	 de	 bosques	 100%	
recicláveis.	 É	 um	 produto	 biológico	 e	
biodegradável	 porque	 para	 o	 seu	 de-
senvolvimento	 é	
utilizado	 um	 pro-
cesso	 de	 fiação	
por	 dissolvente,	
que	 se	 recicla	 to-
talmente	 sendo	
seus	 resíduos	 mí-
nimos	 e	 comple-
tamente	inócuos	.	
	 As	 proprie-
dades da 
fibra	 permi-
tem	 a	 este	
novo	 fio	 ser	
especial	para	
v e s t u á r i o ,	
b o r d a d o s ,	
acolchoados,	
jeans	 e	 ou-
tros.
	 O	processo	de	produção	consis-
te	 em	dissolver,	 a	 quente,	 a	 pasta	 de	
celulose	em	N-metyl	morfholine	oxide	
produzindo	uma	solução	clara	e	visco-
sa,	que	é	filtrada	e	extrusada	(proces-
so	de	transformação	da	pasta	em	fio),	
através	de	 injetores	de	fiação,	em	um	
banho	aquoso,	no	qual	a	celulose	é	co-
agulada,	posteriormente	a	fibra	é	lava-
da	com	água	para	remover	o	óxido	de	
amina,	 submetida	 à	 secagem	 e	 final-
mente	os	filamentos	 são	ondulados	e	
cortados.	
	 A	 solução	 do	 óxido	 de	 amina,	
proveniente	 da	 lavagem	 é	 purificada	
por	evaporação	eliminando	a	água	que	
é	reciclada	para	o	processo.
29 IFSC
10- Fibra Modal:
*	Toque	Macio;	
*	Grande	absorção.
	 Fibras	 de	 celulose	 regenerada	
normalmente	fabricadas	pelo	processo	
Viscose,	que	possuem	elevada	 tenaci-
dade	 e	 alto	módulo	 de	 elasticidade	 à	
úmido.	
	 Tem	 como	 Caracteríticas	 o	 to-
que	macio,	que	oferece	uma	sensação	
como	“pele	 sobre	pele”.	Mesmo	após	
muitas	 lavagens	 a	 Modal	 permanece	
macia	como	no	primeiro	dia,	permitin-
do	que	a	pele	respire	livremente.	Mo-
dal	absorve	50%	a	mais	de	umidade	do	
que	o	algodão.
11- Fibra Triacetato:
*	Não	problema	com	Pilling;	
*	Tem	bom	caimento.
	 O	 grupo	 das	 fibras	 celulósicas	
modificadas	 inclui:	 a	 fibra	 de	 acetato,	
constituída	 por	 diacetato	 de	 celulose,	
e	 a	 fibra	de	 triacetato.	As	 fibras	 celu-
lósicas	 são	 uma	 importante	 matéria-	
prima,	 nos	 meados	 do	 século	 XX	 re-
presentavam	 uma	 grande	 proporção	
nas	 fibras	 químicas.	 Mais	
recentemente	 foram	 ul-
trapassadas	pelas	fibras	
sintéticas,	 as	 quais	
apresentam	 me-
lhores	 proprie-
dades	 para	
diversas	uti-
lizações.		
	 Tr iace -
tato	 é	 um	 tecido	
de	 acetato	 melhora-
do,	que	não	derrete	 facil-
mente	 como	 também	 é	mais	
fácil	de	ser	manipulado.
12- Fibra de Vidro:
*	Isolante	térmico	e	acústico;
*	Não	inflamável.
	 É	um	material	composto	da	aglo-
meração	 de	 finíssimos	 filamentos	 de	
vidro,	 que	 não	 são	 rígidos,	 altamente	
flexíveis.	 Quando	 adicionado	 à	 resi-
na	poliéster	(ou	outro	tipo	de	resina),	
transforma-se	
em	 um	 com-
posto	 popular-
mente	 conhe-
cido	como	fibra	
de	 vidro,	 mas	
na	 verdade	 o	
nome	correto	é	
PRFV,	 ou	 seja,	
“Plástico	 Re-
forçado	com	Fibra	de	Vidro”.	A	lã	de	vi-
dro,	além	de	ser	um	excelente	isolante	
térmico	e	acústico,	apresenta	diversas	
vantagens	adicionais:	é	muito	leve,	não	
é	inflamável,	aumentando	muito	a	se-
gurança	dos	edifícios	onde	é	aplicada,	
30 IFSC
e,	 por	 ser	 de	 vidro,	 é	 extremamente	
durável.
	 O	 PRFV	 tem	 alta	 resistência	 à	
tração,	flexão	e	 impacto,	sendo	muito	
empregados	em	aplicações	estruturais.	
É	 leve	 e	 não	
conduz	 cor-
rente	 elétrica,	
sendo	 utiliza-
do	 também	
como	 isolan-
te	 estrutural.	
Permite	ampla	
f lexibi l idade	
de	projeto,	possibilitando	a	moldagem	
de	 peças	 complexas,	 grandes	 ou	 pe-
quenas,	 sem	 emendas	 e	 com	 grande	
valor	funcional	e	estético.
13- Fibra Viscose:
*	Higroscopicidade	muito	alta;	
*	Resiliência.baixa	por	amarrotar	facil-
mente.
	 Viscose	é	um	tipo	de	tecido	cuja	
a	 fibra	 é	 obtida	 através	 da	 regenera-
ção	 da	 celulose,	 a	 partir	 de	 pasta	 de	
madeira	e/ou	do	linter	de	algodão.	Co-
mercialmente	é	conhecida	como	rayon	
na	apresentação	de	filamento	contínuo	
e	fibrane	ou	floco	na	apresentação	da	
fibra	cortada.
	 A	viscose	é	razoavelmente	resis-
tente,	mas	a	sua	resistência	é	reduzida	
para	 metade	 quando	 está	 molhada,	
além	disso,	tem	como	inconveniente	o	
fato	de	se	amarrotar	facilmente.	
	 A	fibra	de	viscose	cortada	é	mis-
turada	 normalmente	 com	 algodão,	 lã	
e	fibras	de	poliéster	para	a	 fabrica	de	
tecidos	 e	 malhas	 para	 roupa	 interior,	
casacos	e	vestidos.
	 Possui	 maior	 absorção	 de	 umi-
dade	em	relação	ao	algodão.	Também	
é	conhecido	como	Seda	 Javanesa	 (em	
mistura	com	o	acetato).
31 IFSC
•	 FIBRAS	QUÍMICAS	SINTÉTICAS
1- Fibra Acrílico:
*	Bom	isolante	térmico;	
*	Não	amassa;
*	Fácil	lavagem.
	 O	 acrílico,	
por	 suas	 caracte-
rísticas,	 ocupa	es-
paço	 próprio	 no	
setor	 de	 confec-
cionados	 têxteis	
como	 o	 melhor	
substituto	 da	 lã.	
A	 matéria	 prima	
é	acrilonitrilo	(cia-
neto	de	 vinila)	 que	pode	 ser	obtido	a	
partir	do	amoníaco,	propilenos	e	oxigê-
nio.
	 Muito	resistente	à	ação	dos	raios	
solares	 (radiação	 ultra-violeta)	 e	 aos	
agentes	químicos,	não	encolhe	e	 seca	
rapidamente.	
	 Tem	 larga	 aplicação	 na	 fabrica-
ção	 de	 artigos	 de	 inverno:	 agasalhos	
em	 geral,	 meias,	 gorros,	 cobertores,	
mantas	e	tecidos	felpudos;	além	disso,	
por	ser	não-	alergênico,	é	muito	utiliza-
do	na	produção	desses	mesmos	artigos	
para	uso	infantil.
32 IFSC2- Fibra 
Arami-
da:
*	 Durabilida-
de	incompa-
rável;	
* É resisten-
te	à	chama	e	ao	calor	
. 
*	É	resistente	a	forte	impacto.
	 As	 fibras	 sintéticas	 de	 aramida	
foram	desenvolvidas	no	final	da	déca-
da	 de	 60	 e	 são	mais	 conhecidas	 pelo	
nome	de	Kevlar®,	marca	registrada	da	
empresa	Dupont,	mas	que,	na	verdade,	
representam	um	tipo	de	fibra	derivada	
do	 nylon.	 Oferecendo	 incomparável	
resistência	à	tração,	a	impactos	e	com	
estabilidade	térmica	diferenciada	para	
temperaturas	 que	 variam	de	 –40oC	 a	
130oC.
3- Cloreto de Poli-
vinila:
*	 Resistente	 às	 in-
tempéries	 (sol,	 chu-
va,	vento	e	maresia);
*	 Resistente	 à	 ação	
de	fungos,	bactérias,	
insetos	e	roedores;
	 O	 PVC	 não	 é	
um	 material	 como	
os	 outros.	 É	 o	 úni-
co	 material	 plásti-
co	 que	 não	 é	 100%	
originário	 do	 petró-
leo.	 O	 PVC	 contém,	
em	peso,	57%	de	cloro	(derivado	do	
cloreto	de	sódio	-	sal	de	cozinha)	e	
43%	de	eteno	 (derivado	do	petró-
leo).
	 Como	todo	plás-
tico,	 o	 vinil	 é	 feito	 a	
partir	de	repetidos	pro-
cessos	 de	 polimeriza-
ção	 que	 convertem	 hi-
drocarbonetos,	contidos	
em	 materiais	 como	 o	
petróleo,	em	um	úni-
co	 composto	 cha-
mado	polímero.	
	 Há	 também	
as	roupas	de	PVC	(roupas	de	“aparên-
cia	 molhada”),	 que	 geralmente	 são	
pretas,	brilhantes	e	esticam.	O	PVC	 já	
vem	com	uma	cobertura	plástica	de	fá-
brica,	é	lavável	e	relativamente	caro.
4- Elastano:
*	 Alongamento	 de	
mais	de	500%;	
*	Capaz	de	 recupe-
rar	 o	 comprimen-
to	 original	 mesmo	
após	 ciclos	 repeti-
dos	de	alongamen-
to	e	retração.
	 Elastano	é	um	filamento	sintéti-
co	conhecido	por	sua	excepcional	elas-
ticidade.	É	mais	 forte	e	durável	que	a	
borracha	seu	principal	concorrente.	Ele	
foi	inventado	em	1959	por	Joseph	Shi-
vers,	da	DuPont.	Quando	foi	colocado	
no	mercado,	revolucionou	muitas	áre-
as	da	 indústria	de	vestuário.	Ele	 tam-
bém	é	 conhecido	 como	 spandex	 (nos	
33 IFSC
EUA	e	Austrália).
	Utilizado	em	vestu-
ário	esportivo	(rou-
pa	 para	 ginástica),	
moda	 praia	 (sun-
gas,	 biquínis	 e	
maiôs)	etc...
	O	desenvolvi-
mento	 da	 fibra	
de	 elastano	 foi	
realizado	 pela	 Du-
P o n t	 por	 volta	 de	 1950	 e	
sua	comercialização,	com	nome	Lycra®,	
foi	iniciada	em	1958.	Atualmente,	esta	
fibra	é	produzida	em	oito	unidades	da	
DuPont	 localizadas	 em	diferentes	paí-
ses	do	mundo.	Existem	outros	produ-
tores	 de	 elastano	 na	 Alemanha	 e	 na	
Ásia.	A	fibra	elastano	não	é	usada	isola-
damente,	sua	utilização	industrial	se	dá	
sempre	em	conjunto	com	outras	fibras,	
como	a	poliamida	em	maiôs	e	meias	e	
o	 algodão	 em	malharia	 ou	 tecelagem	
plana.
5- Modacrílica:
*	Não	amarrota;	
*	Leve	e	quente.
	 Modacrílico	 é	 uma	 fibra	 muito	
usada	 na	 fabrica-
ção	 de	 peles	 fal-
sas,	mantos	de	lã,	
mantas,	bichos	de	
pelúcia	e	perucas.	
É	 elástico,	 leve,	
quente e resiste 
ao	 mofo,	 aos	 da-
nos	por	luz	solar	e	
à	rugosidade.
6- Poliamida:
*Toque	macio	e	agradável;	
*Resistência	ao	atrito;	
*Durabilidade.
	 Foi	a	primeira	fibra	química	sin-
tética	 criada	 pelo	 homem	 em	 1938.	
Devido	sua	resistência,	maciez,	confor-
to	e	principalmente	sua	absorção	equi-
librada	de	umidade	(4%)	é	considerada	
dentre	 as	 fibras	 sintética	 a	 mais	
amigável	a	pele.	Em	te-
cidos	ou	malhas	elás-
ticas	(misturada	com	
elastano	 Lycra®),	
onde	ajuste	e	conta-
to	direto	com	a	pele	
exigem	 materiais	
confortáveis,	 con-
quistou	 a	 preferência	
dos	consumidores.
	 A	 estrutura	molecular	 da	 polia-
mida	é	altamente	orientada	e	as	fibras	
são	de	50	a	80%	cristalinas,	conferindo	
uma	 grande	 resistência	 à	 fibra.	 A	 sua	
alta	resistência	dificulta	o	rompimento	
do	fio	durante	vários	processos	de	ma-
nufatura	 têxtil.	 Em	 vários	 segmentos	
têxteis,	 como	 a	 fabricação	 de	 meias,	
calções,	 jaquetas	 e	 agasalhos	 esporti-
vos,	a	mistura	de	algodão	e	poliamida	
está	sendo	cada	vez	mais	utilizada,	em	
virtude	 das	 seguintes	 características	
de	produtos	que	resultam	da	mistura:	
maior	 resistência	 à	 lavagem,	 secagem	
mais	 rápida,	 maior	 diferenciação	 no	
aspecto	visual,	praticidade	no	uso,	me-
lhor	afinidade	tintorial,	maior	estabili-
dade	 dimensional,	 caimento	 e	 toques	
variados	e	maior	poder	de	transpiração	
do	tecido.
34 IFSC
 7- Poliester:
*	Secagem	rápida;	
*Resistência	ao	abrão;	
*Durabilidade.
	 Após	 a	 desco-
berta	 da	 po-
l i a m i d a ,	
um	 grupo	
inglês	 de	
pesquisa	 se-
diado	 na	 Im-
perial	 Chemi-
cal	Industrie	–	ICI,	concentrou	esforços	
no	desenvolvimento	da	síntese	do	poli-
éster.	Estes	experimentos	levara	então	
à	produção	da	fibra	de	poliéster.
	 O	poliéster	é	um	tipo	de	plástico	
com	diversas	aplicações	industriais,	em	
especial	 na	 produção	 de	 tecidos	 para	
fabricação	de	roupas.
	 A	 fibra	 é	 obtida	 de	 processos	
químicos,	 derivada	 do	 petróleo.	 O	
poliéster	é	caracterizado	por	ter	uma	
ótima	 resistência,	 baixo	 encolhi-
mento,	secagem	rápida,	resistente	
ao	amarrotamento	e	abrasão.
UNID
ADE 
04: 
Tecnologia da Fiação
4.1- INTRODUÇÃO A TECNOLO-
GIA DA FIAÇÃO
	 A	Fiação	pode	ser	definida	como	
uma	seção	de	operações	que	transfor-
ma	uma	massa	de	fibras	têxteis	inicial-
mente	desordenadas	(flocos)	em	fio.		
	 Este	processo	é	utilizado	desde	a	
pré-história,	onde	a	fiação	era	realiza-
da	manualmente	(o	chumaço	de	fibras:	
lã,	 algodão	ou	 linho	por	exemplo,	 era	
estirado	 e	 depois	 torcido).	 Na	 antiga	
Grécia	este	mesmo	processo	era	reali-
zado	por	um	aparelho	chamado	ROCA.	
Com	o	passar	do	tempo	estas	técnicas	
foram	 evoluindo,	 e	 com	 a	 revolução	
industrial	 da	 Inglaterra,	 automatizou-
-se	o	processo	de	fiação,	passando	da	
simples	Roca	para	Filatórios,	máquinas	
que	conhecemos	hoje.
ROCA MANUAL
35 IFSC
 OBJETIVOS DA FIAÇÃO
	 O	 processo	 de	 fiação	 consiste,	
essencialmente,	em	transformar	a	ma-
téria-prima	fibrosa,	previamente	trata-
da,	em	um	fio,	com	relação	de	massa	
por	 unidade	 de	 comprimento	 (título)	
desejada	por	meio	de	um	conjunto	de	
operações	previamente	determinadas.	
As	 características	 físicas	 da	 matéria-
-prima	fibrosa	condicionam	e	definem	
o	 processo	 de	 fiação	 a	 ser	 utilizado,	
bem	como	o	fio	mais	fino	(com	menor	
relação	massa	por	unidade	de	compri-
mento)	que	pode	ser	produzido.
Os	objetivos	principais	da	fiação	são:
1	 abertura;	
2	 homogeneização;
3	 limpeza	 mecânica	 da	 matéria-
-prima.
	 Podemos	distinguir	dois	tipos	de	
fiação	quanto	ao	tipo	de	fibra:	a	fiação	
de	 fibra	 descontínua	 (lã,	 algodão,	 vis-
cose,	poliéster,	linho	etc.)	e	a	produção	
de	fios	contínuos	por	extrusão	(poliés-
ter,	 viscose,	 poliamida,	 elastano,	 poli-
propileno	etc.).
4.2 SISTEMA DE FIBRAS DES-
CONTÍNUAS
	 No	sistema	de	fibras	descontínu-
as	existe	um	conjunto	de	operações	bá-
sicas	para	a	formação	dos	fios	compre-
endendo	quatro	operações	distintas:
1- Abertura
 É a operação mediante a 
qual as fibras naturais de ori-
gem vegetal, animal, mineral 
ou química, são submetidas, 
por meio de máquinas, a uma 
quantidade máxima possível de 
separação, objetivando facili-
tar os processos subseqüentes.
2- Limpeza 
 É o processo de elimina-
ção de corpos estranhos conti-
dos nas fibras. As operações de 
abertura e limpeza são conco-
mitantes e a eliminação das im-
purezas se dá por meio da ação 
da força centrífuga (gerada 
pela rotação dos órgãos abrido-
res) fazendo as fibras (material 
mais leve) seguirem em frente 
no processo (fluxo de corrente 
de ar) e as impurezas caírem, 
sendo aspiradas para uma cen-
tral de filtros.
3- Estiragem
 É o afinamento de uma 
massa de fibras provocado pela 
maior velocidade periférica de 
saída em relação à velocidade 
periférica de entrada (trem de 
estiragem). A operação de esti-
ragem, nas fibras naturais, pro-
porciona o paralelismo o dasmesmas nos diferentes estágios 
da fiação e também concede ao 
produto final, que é o fio, pro-
36 IFSC
priedades físicas importantes, 
tais como resistência e alonga-
mento.
4- Torção
 É a operação que consis-
te em proporcionar ao fio um 
determinado número de voltas 
em torno do seu eixo por uni-
dade de comprimento. Essa tor-
ção é aplicada ao fio durante o 
processo de fiação e a sua finali-
dade é evitar que as fibras pos-
sam soltar-se umas das outras. 
O número de torções aplicadas 
ao fio está em função: da natu-
reza da fibra, do comprimento 
das fibras, do título, das carac-
terísticas do produto final e das 
necessidades demandadas pelo 
processo.
 O sentido de torção tam-
bém é importante, os fios po-
dem ser torcidos com torção no 
sentido direito (Z) ou esquerdo 
(S).
 Algumas	características	dos	fios	influenciam	na	comercealização	dos	mes-
mos.	Tais	características	são:
	
  
	
  
PUREZA	
  
Existe	
  uma	
  elevada	
  quantidade	
  de	
  impurezas	
  nas	
  fibras	
  
de	
  algodão,	
  lã,	
  etc.	
  Essas	
  impurezas	
  são	
  removidas	
  por	
  
processo	
   de	
   limpeza.	
   Quanto	
   mais	
   elevado	
   for	
   o	
  
percentual	
  de	
  impureza,	
  menor	
  sera	
  a	
  qualidade	
  deste	
  
fio.	
  
	
  
RESISTÊNCIA	
  
É	
   a	
   capacidade	
   que	
   o	
   fio	
   tem	
   de	
   resistir	
   aos	
   esforços	
  
aos	
  quais	
  venha	
  sofrer	
  nos	
  processos	
  posteriores	
  para	
  
sua	
  transformação	
  em	
  tecidos.	
  
	
  
FLEXIBILIDADE	
  
É	
   a	
   capacidade	
   do	
   fio	
   de	
   ser	
   submetido	
   a	
   flexões	
   e	
  
torções	
  sem	
  alterar	
  suas	
  características.	
  
	
  
	
  
TORÇÃO	
  
Tem	
  grande	
  influência	
  na	
  resistência	
  do	
  fio.	
  
	
  
	
  
REGULARIDADE	
  
A	
   uniformidade	
   do	
   fio	
   têxtil	
   é	
   uma	
   das	
   mais	
  
importantes	
   propriedades	
   de	
   qualidade,	
   pois	
   ela	
  
determinará	
  a	
  qualidade	
  do	
  tecido	
  (barramentos)	
  e	
  do	
  
processo	
  (paradas	
  de	
  máquinas).	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
TÍTULO	
  
O	
  título	
  do	
  fio	
  é	
  uma	
  expressão	
  numérica	
  que	
  define	
  a	
  
sua	
  espessura.	
  Devido	
  às	
  variadas	
  formas	
  de	
  seção	
  dos	
  
fios	
   e	
   suas	
   irregularidades,	
   o	
   diâmetro	
   do	
   fio	
   não	
   é	
   o	
  
parâmetro	
   mais	
   indicado	
   para	
   exprimir	
   a	
   sua	
  
espessura	
   exata.	
   Logo,	
   como	
   alternativa	
   foi	
   criar	
   um	
  
sistema	
  que	
  faz	
  uma	
  relação	
  entre	
  peso	
  e	
  comprimento	
  
do	
  fio.	
  Esse	
  sistema	
  é	
  chamado	
  de	
  titulação	
  ou	
  título	
  do	
  
fio.	
  
	
  
	
  
37 IFSC
 SISTEMA DE FIAÇÃO DE FIBRAS 
DESCONTÍNUAS
	 Quando	a	fibra	descontínua	che-
ga	à	indústria	(na	forma	de	fardos)	ela	é	
preparada	para	ser	processada.	Assim	
transformando	a	fibra	em	fio.	
	 Para	 isso,	 a	fibra	passa	por	 inú-
meros	processos	entre	a	matéria	prima	
inicial	e	o	fio	já	pronto.	Em	uma	sequ-
ência	 podemos	 listar	 como	 primeiro	
processo	a	Coleta	de	amostas	e	recebi-
mentos,	ao	chegar	os	fardos	à	empresa,	
são	descarregados	em	um	lugar	livre	da	
ação	do	sol	e	da	chuva,	de	onde	são	re-
tiradas	amostras,	que	serao	analisadas	
no	 laboratório	 de	 fiação.	 O	 propósito	
desta	análise	é	o	de	verificar:
• A quantidade de água na amos-
tra, conhecida como regain, ou seja, 
para haver a certificação, que está 
sendo adquirido um algodão com a 
quantidade tolerável de água.
• O tipo do algodão, nesta análi-
se é verificada a aparência do algodão 
contra padrões de classificação. O tipo 
1 é o algodão mais caro (mais limpo) e 
o tipo 7 o outro extremo é o algodão 
mais barato (mais sujo – cascas, restos 
de sementes, fibras mortas e sujeira 
de terra).
	 O	segundo	processo	a	seguir	é	a	
Armazenagem,	onde		os	fardos	são	po-
sicionados	no	depósito	conforme	suas	
propriedades,	o	que	irá	facilitar	o	plano	
de	mistura	da	fiação.
	 Depois	desses	processos	seguem	
o	 esquema	 de	 fiação	 mais	 indicado	
para	o	tipo	de	fibra,	ou	o	mais	conve-
niente.	Existem	três	tipos:
•Fluxos de Produção do fio cardado:
	
  
Sala	
  de	
  abertura	
  
	
  
Carda	
  
	
  
	
  
Passador	
  I	
  
	
  
Passador	
  II	
  
	
  
Maçaroqueira	
  
	
  
	
  
38 IFSC
-Fluxo de produção do fio Penteado:
	
  
	
   	
  
	
  
	
  
Bobinadeira	
  
	
  
	
  
Retorcedeira	
  (se	
  o	
  fio	
  para	
  a	
  tecelagem	
  tiver	
  que	
  ser	
  torcido)	
  
	
  
	
  
	
  
Filatório	
  de	
  Anel	
  
Sala	
  de	
  abertura	
  
	
  
Carda	
  
	
  
	
  
Passador	
  I	
  
	
  
	
  
Passador	
  II	
  
	
  
	
  
Reunideira	
  
	
  
	
  
Laminadeira	
  
	
  
	
  
Penteadeira	
  
	
  
	
  
	
  
Maçaroqueira	
  
39 IFSC
	
  
Filatório	
  de	
  anel	
  
	
  
	
  
Bobinadeira	
  
	
  
	
  
Retorcedeira	
  (se	
  o	
  fio	
  para	
  a	
  tecelagem	
  tiver	
  que	
  ser	
  retorcido)	
  
	
  
	
  
•Fluxos de Produção open end:
Sala	
  de	
  abertura	
  
	
  
	
  
Carda	
  
	
  
Passador	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Retorcedeira	
  (se	
  o	
  fio	
  para	
  a	
  tecelagem	
  tiver	
  que	
  ser	
  retorcido)	
  
	
  
	
  
Filatório	
  Open	
  End	
  
Entenda cada etapa:
Sala de abertura
	 Sala	que	possui	um	conjunto	de	
máquinas	 com	 a	 finalidade	 de	 abrir,	
limpar,	misturar	e	uniformizar	a	maté-
ria-prima	 (algodão).	O	produto	de	en-
trada	 é	 a	 algo-
dão	 em	 pluma,	
e	 o	 produto	 de	
saída	 é	 o	 floco	
de	algodão.
40 IFSC
Carda
	 No	 início	 a	 cardação	 era	 feita	
manualmente	 com	um	par	 de	peque-
nas	 escovas	 ou	 cardas.	 Seu	 principal	
objetivo	consiste	em	separar	as	fibras	
umas	 das	 outras,	 libertando-as	 das	
impurezas	que	ainda	possam	estar	na	
matéria-prima.	A	carda	possibilita	ain-
da	uma	mistura	mais	íntima	das	fibras.
	 Na	carda	se	dá	a	continuação	da	
abertura	e	limpeza	das	fibras.	É	o	início	
do	 processo	 de	 paralelismo	 e	 estira-
gem	da	massa	de	fibras.	O	produto	de	
entrada	nesse	processo	é	a	manta,	e	o	
produto	de	saída	é	a	fita	de	carda.
Passador
	 Tem	 como	 objetivo	 uniformizar	
o	 peso	 por	 unidade	 de	 comprimento,	
paralelizar	 as	 fibras	 através	 da	 estira-
gem	e	misturar	as	fibras.	A	idéia	básica	
da	estiragem	por	cilindros	é	simples.	A	
fita	é	introduzida	num	par	de	cilindros	
giratórios	com	velocidade	e	posterior-
mente	 esta	 fita	 de	 algodão	 entra	 em	
outro	par	de	cilindros	movimentando-
-se	a	uma	velocidade	maior,	por	exem-
plo,	seis	vezes	
maior	 que	 a	
do	 primeiro	
par,	 a	 fita	 re-
sultante	 será	
seis	 vezes	
mais	 compri-
da	e	fina	que	a	
introduzida	no	
primeiro	 par	
de	cilindros.
Juntamente	com	a	estiragem	ocorre	a	
paralelização	das	 fibras	 da	fita,	 o	 que	
auxilia	 nos	 processos	 posteriores	 de	
fiação,	 a	 paralelização	 alcançada	 com	
o	 atrito	 que	 se	 forma	 entre	 as	 fibras	
quando	estas	se	deslocam	em	relação	
umas	às	outras	resultam	no	endireita-
mento	destas	fibras.	O	produto	de	en-
trada	neste	caso		é	a	fita	de	carda	e	o	
produto	de	saída:	1	mecha.
	 Quando	 utilizado	 o	 processo	
penteado,	existe	a	necessidade	de	 in-
cluirmos	três	máquinas:	a	reunideira,	a	
laminadeira	e	a	penteadeira.
Reunideira
	 Tem	por	objetivo	reunir	as	fitas	
saídas	da	carda	ou	do	passador	e	unir	
em	forma	de	uma	manta	para	alimen-
tar	a	penteadeira.
Laminadeira
Temcomo	objetivo,	 reunir	 as	mantas	
vindas	 da	máquina	 anterior,	 para	 dar	
maior	uniformidade	à	manta	para	po-
der	alimentar	a	penteadeira.	A	lamina-
deira	é	alimentada	por	4	a	6	mantas	de	
reunideira.
41 IFSC
Penteadeira
	 Uniformiza	 o	 comprimento	 das	
fibras,	 eliminando	 todas	 aquelas	 que	
não	atinjam	o	comprimento	adequado	
para	obter	fios	finos	e	de	boa	qualida-
de.	A	 intensidade	da	 seleção	 será	 em	
função	da	qualidade	do	algodão	que	se	
trabalha.	 Permite	 ainda	 eliminar	 bas-
tante	“neps”,	que	são	emaranhado	de	
fibras	e	que	prejudicam	a	qualidade	do	
fio.	O	desperdício	obtido	na	penteadei-
ra,	isto	é,	as	fibras	curtas,	são	ainda	uti-
lizadas	por	uma	mistura	com	a	matéria	
que	alimenta	os	batedores,	para	obter	
fios	 de	menor	 qualidade	 e	mais	 gros-
sos.
Maçaroqueira
	 Na	 primeira	 fase	 da	 fiação,	 uti-
lizou-se	 o	 método	 da	 estiragem	 para	
obter	 uma	 melhor	 regularidade	 da	
massa	da	matéria	fibrosa	por	unidade	
de	 comprimento,	 sem	 procurar	 uma	
grande	redução	da	massa	por	unidade	
de	comprimento,	ou	seja,	a	espessura	
da	fita	na	saída	da	carda	até	a	saída	do	
passador	ou	da	penteadeira	manteve-
-se	a	mesma.
	 No	 entanto,	 a	 finalidade	 da	 fia-
ção	é	a	obtenção	do	fio	que	é	uma	es-
trutura	fibrosa	 linear	com	uma	massa	
por	unidade	de	comprimento	bastante	
reduzida,	sendo	que	para	a	fiação	con-
vencional	de	anel	não	é	possível	 con-
verter	 diretamente	 uma	 fita	 em	 fio,	
deve	haver	então	um	produto	interme-
diário	 tanto	em	espessura	quanto	em	
torção,	 que	 é	 o	 pavio.	 Assim	 sendo	 é	
necessário	 acrescentar	mais	 uma	má-
quina	no	processo	de	fiação,	chamada	
maçaroqueira.
	 Existem	dois	fluxos	de	processo	
distintos:	a	fiação	por	anéis	(que	pode	
também	ter	a	variante	com	penteadei-
ra),	 pode	 produzir,	 simultaneamente,	
vários	 fios	 (entre	 200	e	 1100	bobinas	
simultaneamente),	 sendo	 cada	 unida-
de	de	 fiação	 conhecida	 por	 fuso,	 que	
estão	 situados	 ao	 longo	 da	 máquina,	
repartidos	em	 igual	número	para	am-
bas	as	faces.	e	a	fia-
ção	 por	 rotor	 (fia-
ção	open-end),	que	
diferentemente	 do	
processo	 a	 anel,	
produz	 cerca	 de	
300	bobinas	simul-
tâneas	 em	um	dos	
lados	da	máquina	a	
velocidades	 muito	
superiores.	 A	 fia-
ção	 por	 anel	 é	 de-
nominada	 conven-
cional	 enquanto	 os	 outros	 processos	
são	denominados	não-convencionais.
Fiação anel
	 Neste	processo	as	mechas	após	
saírem	da	carda	seguem	para	a	passa-
dor	 onde	 serão	 duplicadas	 através	 da	
42 IFSC
junção	com	outras	mechas	e	então	es-
tiradas,	 saindo	 também	 em	 forma	 de	
mecha,	esta	etapa	tem	a	finalidade	de	
se	 homogeneizar	 a	 mecha	 reduzindo	
a	 sua	 variação	 da	massa	 por	 unidade	
de	comprimento.	Após,	as	mechas	se-
guem	 para	 a	 maçaroqueira	 onde	 são	
estiradas	reduzindo	assim	a	sua	massa	
por	 unidade	 de	 comprimento	 e	 rece-
bem	 uma	 pequena	 torção	 formando	
o	 pavio.	 Por	 conseguinte,	 o	 pavio	 ali-
menta	 o	 filatório	 anel	 onde	 ocorre	 a	
estiragem	e	a	torção	final	originando	o	
fio	pronto,	que	é	enrolado	em	espulas	
e	como	etapa	final	o	fio	é	repassado	da	
espula	para	o	cone	através	da	conica-
leira.	O	fio	produzido	por	este	método	
é	denominado	cardado.
	 Com	a	fiação	convencional	tam-
bém	 é	 possível	 produzir	 fio	 pentea-
do.	 A	 diferença	 durante	 o	 processo	 é	
a	adição	de	mais	duas	máquinas	após	
a	carda,	trata-se	da	reunideira	de	me-
chas	e	a	penteadeira,	cuja	a	função	é	a	
de	retirar	fibras	curtas	o	que	resulta	na	
produção	de	fios	de	melhor	qualidade	
com	 menos	 pilosidade	 e	 maior	 resis-
tência	além	de	permitira	produção	de	
fios	mais	finos.
Fiação a Rotor (Open End)
	 É	o	mais	utilizado	e	com	grande	
sucesso	comercial.	Este	método	de	fia-
ção	tem	uma	melhor	performance	para	
fibras	curtas.
	 Uma	 das	maiores	 vantagens	 da	
fiação	por	rotor	é	devida	ao	fato	de	a	
aplicação	da	 torção	 efetuar-se	 em	 se-
parado	 do	 enrolamento	 do	 fio,	 o	 que	
permite	altas	velocidades	no	mecanis-
mo	de	torção,	enquanto	o	enrolamento	
acontece	a	uma	velocidade	muito	mais	
baixa,	agredindo	menos	o	fio	e	as	fibras	
que	o	compõem.
	 Este	 tipo	 de	 fiação	 consiste	 na	
produção	do	fio	diretamente	da	fita,	o	
que	evita	a	necessidade	do	pavio	pro-
duzido	pela	maçaroqueira.	
	 O	processo	open	end	possui	este	
nome	 por	 fundamentar-se	 na	 produ-
ção	de	fios	de	fibras	descontínuas	por	
qualquer	método	 no	 qual	 a	 ponta	 da	
fita,	 ou	 da	mecha,	 é	 aberta	 e	 separa-
da,	 individualizando-se	 as	 fibras	 que	
a	 compõem,	 sendo	 reconstituída	 no	
dispositivo	de	fiação,	 a	 fim	de	 formar	
o	fio.	Existem	ainda	muitos	outros	mé-
todos	de	fiação	não	convencional,	em	
que	 são	 produzidos	 fios	 com	 caracte-
rísticas	 distintas,	 melhor	 adaptados	 a	
diferentes	artigos.
Bobinadeira
	 O	 processo	 de	 fiação	 de	 anel	
produz	o	fio	 singelo	em	uma	embala-
gem	chamada	de	espula,	a	espula	não	
pode	 ser	utilizada	para	o	processo	de	
tecelagem,	deve-se	então	mudar	a	em-
43 IFSC
balagem	do	fio	da	espula	para	uma	em-
balagem	que	possa	ser	utilizada	para	o	
processo	posterior	de	tecelagem,	esta	
embalagem	é	a	bobina.
	 	O	processo	de	mudança	de	em-
balagem	é	feito	em	uma	máquina	cha-
mada	 de	 bobinadeira.	 A	 bobinadeira	
além	da	função	de	mudança	de	emba-
lagem	tam-
b é m	
possui	
a	 fun-
ç ã o	
d e 
r e t i r a r 
as	irregularida-
des	 do	 fio,	 como	 os	
pontos	grossos	e	finos.
Retorcedeira
	 O	processo	de	fiação	convencio-
nal	produz	fios,	que	são	designados	de	
fios	singelos,	com	a	característica	prin-
cipal	das	fibras	estarem	retorcidas	em	
espiral	em	volta	do	eixo	do	fio.
	 	 É	 possível	 reunir	 dois	 ou	mais	
fios	simples,	combinando-os	por	meio	
de	 torção	de	modo	a	produzir	 um	fio	
retorcido.
	 O	 princípio	 de	 funcionamento	
da	retorcedeira	consiste	em	alimentar	
os	 fios	 a	 serem	 retorcidos	 através	 de	
um	par	de	cilindros,	retorcendo-os	em	
seguida	por	intermédio	de	um	fuso	de	
rotação.
 4.3 OBTENÇÃO DE FIBRAS ARTIFICIAIS
	 A	obtenção	de	fibras	de	acetato,	viscose,cupramônio	e	etc.,	são	obtidas	
pelos	seguintes	processos	de	fiação:
•	 Fiação	a	Seco	(Evaporação	
do solvente) Triacetato e Ace-
tato;
•	 Fiação	 a	 Úmido	 (Coagu-
lação), Viscose, polinósico e 
cupramônio.
Esquema de fiação a Seco:
44 IFSC
Esquema de fiação a Úmido:
4.4 - OBTENÇÃO DE FIBRAS SINTÉTICAS
	 Neste	processo,	acham-se	incluídas	todas	as	fibras	para	cuja	obtenção	par-
timos	de	substâncias	químicas	orgânicas	e,	através	de	processos	de	polimeriza-
ção,	fiação	e	estiragem,	obtém-se	o	filamento	(contínuo)	sintético.
Normalmente,	são	fibras	por	fusão	da	matéria	prima,	onde	se	acham	incluídas	as	
poliamidas	(naylon),	poliéster,	etc.,	havendo,	no	entanto,	o	caso	das	fibras	acrí-
licas,	que	podem	ser	obtidas	por	coagulação	(via	úmida)	ou	a	seco	(evaporação	
do	solvente).
45 IFSC
4.5 - SISTEMA DE FIOS CON-
TÍNUOS
	 Podemos	chamar	de	fios	os	ma-
teriais	 constituídos	por	fibras	naturais	
ou	 químicas,	 que	 apresentam	 grande	
comprimento	 e	 finura,	 formado	 me-
diante	as	diversas	operações	de	fiação.	
Eles	 se	 caracterizam	 por	 sua	 regulari-
dade,	diâmetro	e	peso,	sendo	que	es-
sas	duas	últimas	 características	deter-
minam	o	título	do	fio.
	 Antes	 da	 existência	 das	 fibras	
feitas	pelo	homem,	a	seda	era	o	único	
fio	de	filamento	contínuo	existente.
Os	tecidos	 feitos	com	fios	de	filamen-
tos	 contínuos	 normalmente	 possuem	
excelente	 resistência	 e	 uniformidade.	
Como	 indicado	 pelos	 fios	 finos	mono	
ou	 multifilamentos,	 que	 possuem	
grande	aceitação	comercial,	os	fios	de	
filamentos	 contínuos	 podem	 ser	 pro-
duzidos	com	densidade	linear	e	diâme-
tros	muito	menores	que	os	fios	de	fibra	
fiados.
	 Estes	 fios	 possuem	 uma	 boa	
combinação,	poder	de	cobertura,	con-
forto	e	boa	aparência,	exceto	para	al-
gumas	 aplicações	 específicas

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