Buscar

5-1 Unidade de esforço de produção

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Organização da Aula 
 
Estamos iniciando a quinta aula da disciplina Gestão de Custos Industriais. Seja bem-vindo! 
Hoje, vamos nos concentrar nos custos pela óptica gerencial e econômica. A seguir, veja os temas desta aula: 
1. Unidade de Esforço de Produção – UEP 
2. Custo Meta X Custo Kaizen 
3. Custo Padrão 
4. Visão geral dos temas segundo a percepção econômica 
 
Vamos lá! 
 
 
UEP – Unidade de Esforço de Produção 
Diferente do senso comum, controlar, para a linguagem dos negócios, não é apenas apontar algo como o 
simples ato de ler a fatura do cartão de crédito e achar ter controle dos gastos. Em verdade, o controle é uma 
atividade mais densa, a qual se realiza mediante três procedimentos básicos: mensuração, avaliação e execução. 
 Mensuração 
Tem-se as tarefas que buscam identificar, apurar e processar informações que sejam úteis à compreensão dos eventos 
que são controlados. 
 
 Avaliação 
Ocorre a comparação dos resultados que foram apurados nas atividades de mensuração para com o que era esperado 
para estes. Ou seja, não é possível dizer que algo é controlado sem que tenha antes um padrão definido como 
referência. Voltando ao controle do cartão de crédito, significa verificar se os gastos do mês estão em conformidade 
com o plano familiar. 
 
 Execução 
Depende do resultado que é obtido para o objeto de controle ao término da fase de avaliação, o qual, genericamente, 
pode ser definido como “em conformidade” ou “em desconformidade” com o padrão. O qual uma desconformidade 
não é, necessariamente, algo negativo, pois pode ocorrer que no momento da execução se observe que os resultados 
obtidos são mais favoráveis do que era previsto no padrão – por exemplo, o gasto efetivo no cartão pode ser menor 
do que foi planejado. Com base nesse contexto, tem-se que na fase da execução a ação que deve ser realizada pode 
ser para a manutenção (quando em conformidade ou favorável) ou correção e prevenção (quando em 
desconformidade desfavorável). 
 
Na gestão estratégica dos custos industriais, a história não é diferente, precisamos ter o constante controle dos 
custos da empresa, sendo assim, os três procedimentos citados devem fazer parte de nossa rotina. Quanto ao 
processo de mensuração, já conversamos bastante sobre ele nas aulas anteriores quando abordamos os tipos de 
gastos, as classificações dos custos, as formas de custeios e as possibilidades de precificação dos estoques. Agora 
chegou a hora de aprendermos a estabelecer os elementos tidos como padrão para a gestão de custos. 
 
 
Primeiramente, precisamos entender os elementos estruturais que são necessários para o processo de gestão e 
controle de uma empresa. E, para tanto, vamos utilizar a visão diagramática de Nascimento e Reginato (2003) sobre 
este tema, a qual se faz presente na Figura 01: 
 
Figura – 01: Diagrama do processo de gestão 
Como demonstra a Figura 01, o primeiro elemento estrutural do processo de gestão e controle é o 
planejamento estratégico, o qual representa a fase qualitativa da gestão, considerando aspectos ambientais amplos 
sobre o futuro da empresa. Em seguida temos a fase do plano operacional que é realizada em duas etapas, a do pré-
planejamento e a do planejamento propriamente dito. Nesse momento da estrutura, temos as etapas de simulação dos 
resultados e a construção do sistema orçamentário, o qual, por sua vez, será a diretriz da execução e o padrão para a 
fase do controle. Por fim, tem-se o feedback que resultará em medidas corretivas e preventivas. 
Essa lógica estrutural está presente no processo de gestão dos custos industriais. Na fase do planejamento 
estratégico e pré-operacional, temos o custo meta (ou alvo); na fase do planejamento operacional até a execução, 
temos o sistema orçamentário e o custo padrão; na fase do controle e feedback, temos a filosofia Kaizen. E, por fim, 
quanto à unidade de mensuração, podemos utilizar, dentre outras escalas, a da unidade monetária corrente (por sinal, 
a forma mais usual) ou unidade de esforço de produção (UEP). Nesse sentido, vamos começar explicando o que é 
uma UEP, afinal de contas, a forma monetária, isto é, a da métrica em “R$”, você já utiliza diariamente. Depois, vamos 
analisar o que são custos meta, custeio kaizen e custo padrão. 
 
 
A UEP foi inicialmente concebida pelo engenheiro francês Georges Perrin na década de 1940, mediante a alcunha 
de “GP” (iniciais do nome do engenheiro). Posteriormente, o método foi aperfeiçoado no Brasil por outro engenheiro, 
agora um italiano que conheceu e trabalhou com o idealizador do GP. A UEP não é simplesmente uma nova escala de 
mensuração, trata-se de um sistema de custeio que surge como uma alternativa de resposta para a conhecida 
arbitrariedade do rateio por absorção. Para tanto, esse método reestrutura a forma de analisar uma empresa, pois ele a 
divide em módulos operacionais, que nada mais são do que unidades que exercem o esforço operacional necessário 
à produção. E, nesse sentido, tem-se que o foco do UEP está no “custo de transformação”, que é o esforço que a 
empresa faz para transformar os insumos em produto final. 
 
 
Segundo Wernke e Mendes (2010), para produzir um bem, na lógica da UEP, exige-se basicamente dois tipos de 
gastos: o primeiro é aquele que é constituído pelas matérias-primas (os recursos que sofreram a transformação) e todos 
os recursos que são adicionados ao produto final sem sofrer qualquer tipo de transformação (por exemplo, 
embalagem); já o segundo gasto, é facilmente identificado como sendo aquele que é o real esforço da empresa para 
transformar a matéria-prima em produto final. Nesse sentido, a mão de obra, seja ela direta ou indireta, seria tratada 
como um esforço de produção. Ou seja, é o esforço de produção todo o gasto que se tem na fábrica ao se expurgar a 
matéria-prima, embalagens e quaisquer recursos que sejam consumidos sem alterações. Portanto, o processo de 
precificação e controle do valor unitário de um produto fabricado por uma empresa seria obtido mediante a soma 
desses dois grupos de gastos, os que são transformados e incorporados ao produto sem modificação mais o esforço 
para realizar essa transformação. 
Provavelmente você deve estar pensando agora: “A UEP é realmente bem interessante, mas por que ela está 
nesse tópico sobre controle do custo?”. Bem, é porque a eficácia de processo de gestão depende fortemente de como 
as necessidades informacionais dos gestores são atendidas e, nesse sentido, a UEP se destaca. A metodologia 
apresentada nos permite diferenciar o que é apenas um gasto sobre o qual a indústria exerce um esforço e gasto do 
esforço propriamente dito. 
Feita essa distinção, torna-se fácil uma análise sobre causalidade dos gastos da estrutura e, logicamente, assim 
nossas decisões serão bem mais efetivas quanto às escolhas de novas tecnologias, máquinas, instalações etc. Pois, 
como afirma Martins (2003), não adianta ter relatórios com apenas o valor do gasto, é necessário ter as comparações 
entre o valor gasto e o padrão definido, considerando tanto o custo por unidade como o volume dos produtos que se 
produz. Nesse sentido, a UEP é uma boa ferramenta de comparação e, sendo assim, de controle, pois fornece uma 
unidade homogênea de mensuração, o esforço de produção. 
Com relação às etapas básicas para implantação do método UEPs, vamos utilizar a divisão lógica e didática 
apresentada por Wernke e Mendes (2001, p.5): 
 Divisão da fábrica em postos operativos; 
 Determinar os índices de custos horários por posto operativo (ou o Custo/hora por posto operativo); 
 Escolha do produto-base (Custo-base ou UEP); 
 Cálculo dos potenciais produtivos (UEP/hora) de cada posto operativo; 
 Determinaçãodos equivalentes dos produtos em UEP (valor em UEP do produto); 
 Mensuração da produção total em UEP; 
 Cálculo dos custos de transformação. 
 
 
Acredito que agora tenha ficado claro que o que a UEP nos fornece é um meio de identificar qual a relação de 
esforço que um determinado produto exige em relação a outro tido como base e, a partir disso, avaliar o custo de sua 
transformação. Vamos entender esse contexto com um exemplo adaptado de Martins (2003): 
 
Dados comparativos básicos: 
a) Temos uma empresa que produz três produtos 
(A, B, C). 
b) “A” é o produto-base, portanto o esforço para 
produzir uma unidade dele representa para a 
empresa 1 unidade de esforços de produção (A = 
1 UEP). 
c) “B” exige o dobro do esforço de “A”, portanto 
precisa de 2 UEP (B = 2 UEP) 
d) “C” exige 4 vezes mais esforço que “A”, portanto 
precisa de 4 UEP (C = 4 UEP) 
 
Dados comparativos produção: 
JANEIRO FEVEREIRO 
Quant. UEP Quant. UEP 
 
5.000 A 
 
5.000 
 
1.000 A 
 
1.000 
 
2.000 B 
 
4.000 
 
1.000 B 
 
2.000 
 
3.000 C 
1
12.000 
 
8.000 C 
3
32.000 
1
10.000 
2
21.000 
1
10.000 
 
35.000 
 
 
Com base nos dados apurados, temos que a 
variação da produção em quantidade foi nula unidade 
(10 mil em fev. – 10 mil jan.), ou seja, foi de 0%. 
Todavia, no esforço de produção foi bem maior do que 
isso, pois ele variou de 21 mil UEP para 35 mil, 
representando assim um acréscimo de 14 mil UEP entre 
jan. e fev., portanto uma variação de 66,7%. O que isso 
significa? Que a empresa precisa de mais esforço para 
produzir 10 mil quantidades de A, B e C em Fevereiro do 
que precisou para produzir 10 mil quantidades de A, B e 
C em Janeiro. E, assim, logicamente, ela precisou ter um 
custo bem maior. Essa análise nos permite ver 
exatamente o porquê do aumento do custo total em uma 
situação que “aparentemente” foi igual na quantidade 
total produzida. 
 
 
 
Para entender melhor o conceito de UEP, assista, a seguir, à videoaula com o professor Ernani. 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grupouninter.com.br/2015/ABR/MT50029-
A05-P02.mp4

Continue navegando