14 pág.

Pré-visualização | Página 1 de 3
gestão empresarial Gestão Financeira Fontes de Financiamentos 2 ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Ao final da Unidade o aluno deverá ser capaz de diferen- ciar as principais fontes de financiamento das empresas. COmpetênCias Caracterizar as diferenças existentes entre as operações de curto prazo e longo prazo. Habilidades Explicar as principais operações de curto prazo e longo prazo. gestão Financeira Fontes de Financiamentos ApresentAção Nesta UA você vai identificar as principais fontes de fi- nanciamento das empresas. Caracterizar as diferenças existentes entre as operações de curto prazo e longo prazo e explicar as principais operações de curto prazo e longo prazo. pArA ComeçAr Segundo Assaf Neto e Lima (2009), as operações finan- ceiras são desenvolvidas basicamente no mercado de crédito e no mercado monetário. A finalidade do mercado de crédito é atender a pro- cura por recursos financeiros de curto prazo da eco- nomia, cabendo aos bancos comerciais o desenvolvi- mento desse papel, e sendo as modalidades básicas de crédito desse foco o desconto de notas promissó- rias e de duplicatas. Enquanto no mercado monetário, são feitas as ope- rações com títulos públicos (Notas do Tesouro Nacional e Letras do Tesouro Nacional) e valores mobiliários de renda fixa, dispondo as empresas de condições de flexi- bilizar a sua liquidez (reduzindo ou aumentando-a). Lemes Júnior; Rigo e Cherobim (2010) entendem que um dos aspectos críticos para o sucesso das empresas nacionais é justamente a obtenção de financiamento de longo prazo devido às altas taxas de juros cobradas pe- las instituições nacionais e estrangeiras. Sendo que os fatores que contribuem para o desempenho desses ju- ros altíssimos são: → Os altos níveis de inflação; → Políticas fiscais instáveis; → Baixo nível de poupança interna; → Sistema financeiro não totalmente regulado; → Altos percentuais de depósitos compulsórios sobre os depósitos à vista; Gestão Financeira / UA 02 Fontes de Financiamentos 4 → Déficits públicos: grande consumidor dos recursos internos etc. Em razão do processo de globalização, algumas empresas brasileiras, es- tão sendo adquiridas por empresas estrangeiras (que tem acesso a juros mais baixos, no mercado internacional), e para enfrentarem essa concor- rência, as empresas nacionais necessitam reduzirem seus custos finan- ceiros e para isso precisam conhecer a complexidade e as exigências para obtenção de financiamento de longo prazo. FundAmentos 1. intrOdUçãO Na estrutura ótima de capital os recursos próprios e os financiamentos de longo prazo (período superior a um ano), são utilizados em aplicações de recursos nos ativos permanentes, sobrando os financiamentos de curto prazo (não superior a um ano, no máximo) para aplicações em ativos cir- culantes temporários, geralmente, para: → Cobertura de deficiências de fundos; → Enfrentar a sazonalidade de seus negócios conforme atividade; → Para evitar os financiamentos de longo prazo (excesso de fundos ociosos). Nota: Segundo Megliorine e Vallim (2009), nesta Unidade foi utilizada a nomenclatura financiamento de curto prazo, para os empréstimos obti- dos de curto prazo, admitindo que o termo financiamento é mais utilizado para os empréstimos obtidos, em médio e em longo prazo, com destina- ção específica de utilização, 1.1. Os financiamentOs de curtO prazO pOderãO ser ObtidOs da seguinte fOrma: → Pela captação de recursos internos com a emissão de seu pró- prio título; → Pela captação de recursos externos por meio dos intermediá- rios financeiros. Gestão Financeira / UA 02 Fontes de Financiamentos 5 ConCeito Os intermediários financeiros fazem a captação de poupan- ças e emprestam esses recursos financeiros aos tomadores, desempenhando a função de emprestar e de administrar os fundos de forma eficiente. 1.1.1. Captação de recursos internos São os recursos do patrimônio líquido, que podem ser pela geração de re- cursos por meio dos resultados obtidos ou pela integralização de aumen- to do capital social. No entanto, a utilização desses capitais para aplicação em ativos circulantes, não é comum no dia a dia das empresas, ocorrem em circunstâncias esporádicas, como: → Elaboração de projetos de grande envergadura; → Socorro da administração para sanar dificuldades financeiras. 1.1.2. Captação de recursos externos Representa o endividamento da empresa, composto pelo passivo circu- lante (curto prazo), pertence a terceiros e são cobrados os encargos finan- ceiros conforme o prazo da captação dos recursos. Para Lemes Júnior; Rigo e Cherobim (2010) as origens de recursos de curto prazo estão classificadas em duas fontes de crédito: → Crédito comercial; → Crédito bancário. Com relação ao Crédito Comercial, eles correspondem às fontes naturais de financiamento, podendo ter ou não ter encargos financeiros, pois se referem às operações de: → Crédito de fornecedores; → Crédito de impostos e obrigações sociais; → E de outros créditos operacionais. a. Crédito de fornecedores: → É a principal origem de crédito comercial; → Os prazos de pagamentos interferem nos processos de vendas; → Algumas das vantagens nesta modalidade são: adequação, fonte de crédito, agilidade e custos financeiros atrativos. Gestão Financeira / UA 02 Fontes de Financiamentos 6 b. Créditos de Impostos e de Obrigações Sociais: → Correspondem aos prazos para recolher os impostos, contribui- ções e obrigações; → Esses prazos constituem créditos sem encargos para a empresa; → São origens espontâneas de cobertura de capital de giro. c. Outros Créditos Operacionais: → Pagamentos de salários, já que a legislação estabelece prazo de cinco dias úteis, após o mês; → Vendas com cobrança antecipada. Com relação ao Crédito Bancário, para Megliorine e Vallim (2009), corres- ponde às operações de empréstimo que pode ser realizados juntos aos intermediários financeiros. As principais modalidades do crédito bancário podem ser classificadas em cinco categorias, conforme veremos a seguir: 1. Desconto de Títulos: representa a troca do título de crédito, geral- mente duplicata ou nota promissória, por dinheiro. a. Desconto de Duplicatas: É um documento representativo das vendas ou serviços prestados a prazo pela empresa, como repre- senta um documento de cobrança, pode ser utilizada em opera- ção de crédito de desconto de duplicatas, sendo que a cobrança ficará sob responsabilidade da instituição financeira até o paga- mento. Como a duplicata é endossada, fica como garantia do pa- gamento do valor emprestado, e caso o sacado não efetue o pa- gamento, o banco poderá debitar na conta corrente da empresa tomadora do empréstimo. Geralmente essa operação é muito utilizada pelas empresas, em razão de: → Reduzir e evitar despesas de cobrança; → Facilitar e agilizar as operações de crédito; → O banco pode auxiliar na avaliação dos créditos dos clientes. b. Desconto de Nota Promissória: A nota promissória é emitida pelo devedor, pelo tomador do empréstimo, com assinaturas de avalistas caso o banco solicite. Como vantagens há a possibilidade Gestão Financeira / UA 02 Fontes de Financiamentos 7 de antecipação de recebimento dos recursos financeiros e a sim- plicidade da contratação. c. Empréstimos por contrato: Representam também uma moda- lidade de desconto de título, pois é realizado por meio de nota promissória, tendo como garantia avalistas ou garantia com du- plicatas. Seus recursos são destinados a financiar o capital de giro das empresas, contribuindo para o fluxo de caixa, e as operações de hot-money estão enquadradas nesses tipos de empréstimos. 2. Créditos Rotativos: Correspondem às operações de crédito simpli- ficadas adotadas pelas instituições