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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO CÓDIGO: POP ENF 1.21 Data da Emissão: 09/12/2016 GERAL (TODOS OS SERVIÇOS E/OU ENFERMARIAS) VERSÃO: 04 Data de Revisão: 01/02/2018 Próxima Revisão: 01/02/2020 COLETA DE URINA PARA EXAMES Responsável pela elaboração do POP: Enf. Anna Frigeri Garcia Enf. Marta Elizabeth Gomes Enf. Maria da Penha Pinheiro Responsável pela REVISÃO do POP: Enf. Cláudia Cruz da Silva Enf. Katerine Gonçalves Moraes Enf. Maria Helena de Souza Praça Amaral Enf. Stella Maris Gomes Renault Aprovado por: Enf. Sandra Souza de Lima Rocha (DIEN) Enf. Maria Helena de Souza Praça Amaral (Educação Continuada de Enfermagem) 1. DEFINIÇÃO Consiste na coleta de urina com emprego de técnica asséptica, pois a confiabilidade do resultado depende da forma correta da coleta. Desse modo, a observância na identificação precisa dos materiais necessários e na sequência do protocolo estabelecido são indispensáveis para a execução do procedimento. A coleta de urina para cultura deve ser realizada pela manhã, utilizando a primeira urina do dia. 2. OBJETIVOS Identificar agentes anormais presentes na urina, como por exemplo: sangue, pus, microrganismos patógenos, sedimentos, etc. 3. INDICAÇÃO Para esclarecer diagnóstico, como infecção urinária, cálculo renal, doenças renais, presença de sangramento, identificação de agente infeccioso, para direcionar tratamento antimicrobiano, e para detectar alterações nos valores padrões dos elementos da urina. 4. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO Equipe de enfermagem. 5. MATERIAL A SER UTILIZADO Frasco adequado para o exame solicitado ou coletor plástico com adesivo para bebês; Luva de procedimento; Álcool 70% Agulha; Seringa de 10 ml; Luva Estéril; Patinho ou comadre; Sabão; Pacote de gaze; Papel toalha; Biombo. 6. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 1 - COLETA DE URINA PARA ADULTOS LÚCIDOS E DEAMBULANTES: 1. Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante; 2. Higienizar as mãos; 3. Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário, unidade de internação, data e hora; 4. Orientar o paciente a: 4.1. Fazer higiene íntima utilizando água e sabão; 4.2. Desprezar o primeiro jato urinário e coletar o segundo jato no recipiente estéril; 4.3. Entregar o frasco com a urina no posto de enfermagem; 5. Colocar a identificação, preparada anteriormente, no frasco; 6. Registrar o procedimento em ficha única; 7. Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório. 2 - COLETA DE URINA EM PACIENTES ADULTOS ACAMADOS: 1. Higienizar as mãos; 1. Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário, unidade de internação, data e hora; 2. Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante; 3. Colocar biombos ao redor do leito; 4. Calçar luvas de procedimentos; 5. Colocar a comadre sob o paciente; 6. Fazer higiene íntima com água e sabão; 7. Desprezar o primeiro jato de urina e coletar o segundo em frasco estéril; 8. Secar o paciente e retirar a comadre; 9. Assegurar que o paciente esteja confortável e seguro no leito (grades elevadas); 10. Deixar a unidade do paciente em ordem; 11. Secar o frasco com papel toalha, caso seja necessário; 12. Colar a identificação, preparada anteriormente, no frasco; 13. Descartar o material utilizado em local apropriado; 14. Retirar luvas de procedimentos; 15. Registrar o procedimento em ficha única; 16. Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório. 3 - COLETA DE URINA DE CATETER VESICAL DE DEMORA: 1. Higienizar as mãos; 1. Esvaziar a sonda e bolsa coletora de urina; 2. Clampear o circuito coletor abaixo do nível da porta de amostra por quinze a trinta minutos; 3. Calçar luvas estéril e realizar assepsia da porta de amostra com gaze e álcool 70%; 4. Inserir a agulha com a seringa na porta de amostra e aspirar quantidade de urina suficiente; 5. Transferir a amostra para o recipiente estéril; 6. Descartar a agulha e a seringa na caixa de perfurocortante; 7. Remover o clamp do circuito coletor; 8. Fazer a identificação no frasco do exame com nome, leito, número do prontuário, unidade de internação e data; 9. Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório. 4 - COLETA DE URINA EM CRIANÇAS E BEBÊS: 1. Higienizar as mãos; 1. Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário, unidade de internação, data e hora; 2. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante; 3. Colocar biombos ao redor do leito, se possível encaminhar o paciente a sala de procedimentos; 4. Calçar luvas de procedimentos; 5. Fazer higiene íntima com água e sabão; 6. Solicitar que a criança urine no frasco próprio, ou coloque saco plástico estéril com adesivo; 7. Retirar o adesivo do coletor e pressionar contra a pele ao redor dos genitais, observando para que fique totalmente aderido; 8. O coletor pode permanecer por 30 minutos e depois deve ser trocado repetindo o procedimento: 9. Quando a urina estiver no coletor, retirar com cuidado e colocar a urina no frasco; 10. Fechar o frasco e colocar a etiqueta de identificação; 11. Descartar o material utilizado em local apropriado; 12. Assegurar que a criança esteja confortável e segura no leito (grades elevadas); 13. Retirar as luvas de procedimento; 14. Registrar o procedimento em ficha única; 15. Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório. 7. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCOS Sempre desprezar o primeiro jato de urina, pois o mesmo contém células e secreções que podem estar presentes na uretra, principalmente na presença de processo inflamatório ou infeccioso. O que poderia mascarar o resultado do exame; Não fazer uso de pomadas na região genital no dia anterior a coleta de urina; Para a coleta de urina em mulheres, recomenda-se a abstinência sexual de pelo menos 24 horas; Em mulheres menstruadas, usar tampão vaginal após a lavagem íntima, para evitar a contaminação da urina com sangue; Nunca obter amostra direto da bolsa coletora, pois esta urina pode ter sido eliminada há várias horas; Nunca desconectar o cateter do tubo de drenagem para obter uma amostra, pois pode haver entrada de patógenos e aumentar o risco de contaminação. 8. RESULTADOS ESPERADOS Correto resultado do exame para direcionamento da terapêutica. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WILKISOM, J.M. et al. Fundamentos de enfermagem, São Paulo: Roca, 2010. ARCHER, E. B. et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.