ATRIBUIÇÕES DO GESTOR AMBIENTAL

O GE ST O R AM BIE N T A L E O M ER C AD O DE TR A BA L H O D al van C a mi lo de Bo rt o l i C en t r o U n ive r si t á r i o Leon ardo da V in ci - U N I A S SE LV I G r adu açã o em T ecn ol og ia em G est ão A mbie n t a l ( GAM 0 134) \u2013 Prát i ca do M ó du l o V 09 / 12 /1 9 R ES U MO O present e art i g o t em com o p r i nci pal o bj et i vo o de i n vest i gar as a t ri bui ções de um G est or Am bi ent al e com o e ste prof issi o nal está i nse r i do no m e r cado de t r abal h o, anal i san do o ce nário brasil e iro atual . E ntr e os obj etivo s ge r ai s , est e tr a bal ho tr ar á a l uz outr a s questões com o a regul am ent ação d a ocup ação e seu regi st ro em consel h os am b i ent ai s. O cur so em Gest ã o Am bi ent al surgi u da ne cessi dade de posi ci ona r um prof i ssi on al com com pe t ê nci as para r esol ver o s probl em a s r el aci on ados a o m e i o am bien t e . A l ém d isso t êm qual i ficaçã o para desen vol ver proje t os am bi ent ai s, l a udos e parecer es t écni cos , ent re ou t ros. M u itas organi zações, por desco nheci m ent o da exi stênci a d o prof i ssi onal em gestão a m bi en t a l , acaba m contr a t a ndo prof i ssi on ai s de o ut r os seg ui m en t o s para r eal i zar o tr ab al ho de um gestor . Es t e tr a bal ho , port an t o, serve d e fer r am e nt a p ara di ssem ina r i nfor m aç ões sobre as com petênci as do g est or am b i ent al , serve t am bé m d e gui a para os i nt eressados em segui r a ca r r ei ra de gestor am b i ent al . Pa l avras-chav e: G est or Ambi en t al . C ompet ên ci as. Mer cado de t rabal h o. Legi sl açã o. 1 I NT R O D U ÇÃO O gestor ambi en t al é u m profi ssi o n al r el ativamen t e n ovo n o m ercado de t r abal h o. El e su r ge d o desp ert ar da so cie dade m ode r n a para as q u est ões ambie n t a is e su a m an u t en ção su sten t á vel di an t e o con su mo dese n f r eado dos r ecu rsos n atu r ai s n as ú l t i m as d écadas. C omo o próprio n ome j á su g er e, t e m a m i ssão de ad m i n istr a r o s recu r so s n atu r a is e al i n h á -los aos i n t eresses do setor pú bl i co ou p r i vado, asseg u r an do prát i cas su sten t áve is. E st e art i g o f oi con ce bi do com ba se n as dú vi das f r eq u en t es do s a cadêmico s de ge st ã o ambi en t a l qu an t o às su as r espo n sabi l i dades , o r econ h eci men t o da prof i ssão em órgãos r egu l amen t adores e seu s d everes n a soci ed ade . O f oco p r i n cip al é con cei tu ar de m an ei ra cl a r a e si mpl es a prof i ssão do ge st or ambi en t al , en gl oba n do as in ú mer a s áreas de e n t e n di m en t o d esta f or mação e i d en t i f icar a s po ssi bi l i dades d e mercado on de o gestor pode a t u a r . C om a i n t e n ção de f acil i tar o en t en di m en t o, este t rabal h o est á d i vi di do em sei s sessõe s: a f orm ação aca dêmica em gestão ambi en t al , a s 2 compet ên ci as d o prof i ssi on al g est or ambi en t al , a in vestig ação sobre o r econ h eci men t o da prof i ssão , qu a is são os con sel h o s regi on ai s e, por f i m , a n ál i se do m ercado de tr abal h o n o paí s. 2 R EF E RE N C I A L T EÓRICO Esta seção apr esen ta a l gu m as ab or dage n s t eórica s sobre a gest ã o ambie n t al e o s seu s b en ef í ci os e con ômicos. 3 FORMA Ç Ã O EM G ES T ÃO A MB I EN T AL O s probl emas ambi en t ai s cau sado s por at i vi dade s h u m an as vêm gan h an do destaqu e e est á con stan t e m en t e sen d o m an i f estados pe lo s di ve r sos veícu lo s de comu n i ca ção. C om o su r gi men t o d a Po l í tica N a cio n al d o M ei o Ambie n t e (BR AS IL, 1981) , o B r asi l passou a ser o paí s com a m el h or l e gi sl ação ambie n t a l do pl an e t a . Po r se tr a t a r de u ma prof i ssão rela t i vamen t e n o va n o mer cado de tr ab al h o, os prof i ssio n ai s mai s f requ en t es n a área am bi en t al ai n da são bi ól o gos, en ge n h eiros, geóg r af os e po r veze s a t é ad vogado s. N o e n t a n t o , o mer cado de t rabal h o exi g e u m prof i ssio n al com u m a percepção mais ampla , cap az de criar, e n t en d er e g eren ciar sol u ções p ar a estes p r obl emas. D u ran t e a f orm ação e m gestão ambi en t al é n ecessá r i o qu e o acadê m i co d esen vol va a h abi l i dade de e n t en d imen t o dos p r obl emas o r i gi n ados pel o dese n vol vi m en t o u rban o e ativi dad es p r odu t i vas , sobr e a l e gi sl ação ambi en t al , a i m port â n cia dos recu r sos n atu r a is, qu estões ambi en t ai s de t oda or dem, e o u t ros . Ad emais , é f u n da m en t al sa ber el abo r ar e i n t erpr et ar i n st r u m en t os como est u dos e r el atór i os de i m pacto ambi en t al (EIA/ R I MA), ob t en ção de l i cen ças (LAP /LAI/ LA O ) , si st em as de gest ão am bi en t al (SGA), etc. D i an t e d a n ece ssid ade de u m prof i ssio n al co m estas ap t i d ões su rgiu o p r i m ei ro cu r so tecn oló gi co em G est ão A mbie n t al , cr i ado n o Ri o de Jan ei r o, servin d o de base p ar a ou t r as i n stit u i ções de sen vol verem seu s pl an os de en si n o mais t arde . H oj e , a mai or pa r t e das i n st i tu içõe s de e n sin o ai n da p o ssu em gradu aç ão n a á r ea tecn oló gi ca, con tu d o al gu mas u n i versidad es já of erecem cu r sos de bach ar el ado em Gest ã o A m bi en tal. 3 A T R IBU IÇÕES D O G E ST OR A M B I EN T AL An tes de abo r darm os so br e a ge st ã o ambi en t a l p r opria m en t e di ta é i n t e r essan te f al arm os sobre o con cei to de gest ão. A gest ão, se gu n do S tor n e r e Freem an ( 1999 ) é descr i t a como: 3 Ato de pl an eja r, org an i zar, li d er ar e co ntrolar o s esf orços d esprend i do s p el o s membro s da org an i zação bem como a u ti l ização d e ou tros rec urso s o rgan izaci o na i s visan d o a lc a n ç ar o o bj eti v o pretendido . Qu alquer emp re sa m i n i ma mente o rga n izad a d eve p o ssu i r um m od el o d e g estão q u e env olva u m co nj u nto d e ideai s, v alores e cre nças , def i nida s p o r mei o de no rmas q ue no rtei a m a ad mini stração d a institui çã o. N este sen ti d o, comp ete a emp resa esc olher um mo del o q ue o b serve as pectos f i na n c ei ro s e so ci a i s, i ncorpo ran do além d i s so , ao plan eja m ento e stratég ic o, e op eraci o na l u m esq uema p róp ri o d e g estão a mb i ental. ( STORN E R E FREE M AN , 1 9 9 9 ) Va l le (2000) di z qu e a gestão ambi en t al se resu m e e m u m c on j u n t o de açõ es cl aram e n t e def i n i da s e i mplan tadas com f i m d e redu zi r os i mpact os resu ltan t es das at i vi dade s de u ma o r gan i zação so bre o m ei o ambie n t e , in cl u i n do u m a sér i e de at i vi da des qu e de vem ser admin i st radas, t ai s como: fo r m u l ação e st rat égi as a dmin i str a t iva s do mei o ambie n t e , cert i f i car-se qu e o empr een di men t o estej a em di a com as l ei s ambie n t a i s, f orm u la r u m program a de p r even ção à p ol u i ção, adotar m edi das de corr e ção de p r ej u í zos ambie n t a is, adequ a r os produ t os às especi f i ca ções ecol óg ica s, co m o t a m bém g eren ciar o progr ama ambien tal da or gan i zação . Po r ou t ro la do, F err e ira (2003) af i rm a qu e a gestão a m bi en t al deve ser i n clu ída em qu al qu er premissa organ i zaci on al , e st a bel ecen do seu s l i mites de respon sabi l i dad es e au t orida des, seg u in d o os pr i n cí pi os e val ores soci ai s. A ca paci dade econ ômi ca e f i n an cei ra n ão deve ser o ú n ico obj etivo d a empr esa, mas t ambém a ções voltadas para a preser vação am b i en t al . O gestor ambi en t al e st u d a as ciê n cia s h u man as, bi ol óg ica s e tecn ol ógi cas. Esse con h eci men t o p roporcio na u m a visão gl oba l das qu est õ es ambi en t a i s, tor n an do-o capaz de medi ar con f l i t os, i den tif i car probl emas e apon tar sol u ções qu e redu zam ao máximo o i m pacto ao mei o ambi en t e . I sso passa desde a sel eção da t ecn ol og i a m ai s a propr i ada at é o cu m primen t o da l egi sla ção e a l ocação i n t e li g en t e dos recu r so s h u man o s e f i n an cei ros. Se gu n do o proj eto de l ei 2 664 d e 201 1 (JAR D I M, 2 011), d esen vol vi do por A r n al do Jardim, q u e p r ocu ra regu l am en t ar a prof i ssão d o g est or ambien tal, as atr i bu i çõe s do prof i ssio n al i n cl uem: \u2022 Ed u cação A m bi en t al ; \u2022 G e r en ci amen t o e i mpla n t a ção de S i st e m as d e Gest ã o A mbie n t a l ; proj e t os de desen vol vi men t o su sten t áve l, pl an os de man ej o; \u2022 G e st ão de R esídu os; \u2022 El ab oração de Po lít i ca s A mbie n t a i s; \u2022 D esen vol vi ment o , i mpla n t a ção e a ssi n at u r a de proj e t o s a m bi en t ai s ; \u2022 Au di tor i as, el ab oração e assi n at u r a d e l au dos e pareceres a m bi en t ai s; 4 \u2022 Ava li a ção d e i m pactos am bi en t ai s \u2022 Asse ssor i a ambie n t a l; \u2022 D ocên ci a; \u2022 M on i t oram e n t o de qu al i dade ambi en t al ; \u2022 Ava li a ção d e con f orm i d ade l egal ; \u2022 Recu per ação de ár eas degr adadas; \u2022 Li cen ci amen t o a mbien tal , en tr e ou tr o s. Lamen t a vel m en t e as i n dú st ri as e órgãos pú bl i cos ai n da n ão assi mil ar a m a s van t a gen s d o gestor ambie n t al n o m ercado de tr abal h o . As u n ive r si dade s t êm con t r i bu í do n o se n t i d o d e di vu l gar poi s prom ovem os cu rsos pou co con h eci do s, au xi l ia n d o n a i n serção destes prof i ssio n ai s n o mer ca do. 4 RE CONH E C I M E NT O E R E G U LA MEN T A Ç ÃO . O proj e t o de l ei apresen t ado pe lo de pu t ado A r n al do Jardim, n o P L 2 664/2011, bu sca a r egu l amen t ação d a prof i ssão de G est or A mbien tal , d e acordo com a n orm a de cr i ação do cu rso de gradu ação , em obedi ên ci a a Lei de D i ret ri zes e B ases da Ed u cação N aci on al . A regu la m en t ação d el i m i t a as atr i bu i ções da pr of i ssão e au xi l i a n a en tr a da do prof i ssio n al n o mer cado d e t r abal h o, col o can do - o em i gu al dade de con di ções com ou t r as carr e iras d a m esma área. O govern o f e deral r econ h ece a p r of i ssão de gestor am bi en tal at ravés da Lei 10. 4 10 de 200 2 ( B R AS I L, 2 002), qu e estabel ece di ret ri zes a carr ei ra de esp eci al i st a em meio ambie n t e . Prevê o i n gresso do ge st o r ambi en t al n a admi n istr ação p ú bl i ca, b ast an do compr ovação do di pl oma de cu rso su perio r , sem a n ecessi dad e de regi st ro em con sel h o de cl asse. A pesar deste recon h eci m en t o, a p r of i ssão d e gestor ambie n t a l a i n da n ã o é r egu l amen t ada por l e i (RODR I G U ES , 201 1). C om a a provação d est e proj eto de l ei , o p r of i ssi on al po derá desempen h ar su as at i vi dade s com est abi l i dad e, t e n do su as at rib u içõ es tr abal h i st as def i n id as, t a i s com o piso sal aria l e i n cl u são em edi tais d e con cu rso s p ú bl ico s. Ade m ai s, p erm i te a cria ção d e u m C on sel h o Fed eral de Gest ão A m bi en t al . A A N AGEA (Associ a ção N aci on al de G est ão Ambi en t al ) est á organ i zan do u m a pe t i ção a ser e n t regu e ao depu tado A r n al do Ja r di m, como f orm a d e demon st rar o i n ter esse d a cl asse pel a aprovação do p r oj et o . 5 5 O S C ONS E LH O S R E G IO N A I S A i n scrição em u m co n sel h o r eg i on al con t rib u i para a in serção do gest or ambi en t al n o mercado d e tr a bal h o. Dep en den do do cargo qu e se p r e t en de atu ar, é pré-r eq u isi to est ar r egi st rado em u m con sel h o de cl a sse qu e é r esp on sável por del i mitar as at rib u içõ es do gest or ambi en t al . O s tecn ólo gos em ge st ã o ambi en t al p odem se regi st rar em doi s con sel h os de cl asse, qu e são o C R A (Co n sel h o R egi on al de A dmin i st ração) e C R Q (C o n sel h o R eg io nal de Qu í mica ) , aten t a n do à s exi gên ci as de atu ação n o mer cado de t r abal h o. De pen den do do E st a do e d a g r ade cu rricu l ar do cu rso, po de h aver a opção de regi st r o n o C R E A ( C on sel h o Reg i on al de E n gen h ari a e A gron om i a ), mas n ão é o caso do Est ado de Sa n t a C at arin a. O C on sel h o R egi o n al de A dmin i str a ção ace ita as atr i b u içõ es estabel eci das pe l o M E C n o catalog o de cu rsos de tecn ol ogi a, d est acan do -se a gestão de pr ocedi men t o s d e con t r ol e ambi en t al . A l ém di sso, n ã o h á rest ri ções qu an t o à mat riz cu rr i cu l ar of e r eci da pel as u n i versidad es. P ara se regi st r ar, b ast a comparecer com o d ip l om a e m u ma del eg aci a do con sel h o. C om b ase n a resolu çã o n º 36 do C on sel h o Federal de Qu í mica (1974), as f u n ções do gestor ambi en t al est ão rel aci on adas à g est ão de águ a, ef lu en t es l íqu ido s, resí du os sól i dos e t ecn ol ogi as d e con t r ol e am bi en t al , po den do var i ar de aco r do com a an ál i se f ei ta pel o C F Q d o cu rr ícu lo do cu r so, n ã o h aven d o rest r i ções qu a n t o à f o r m ação u n iversi t ár i a do p r of i ssi on al , de sde qu e apr esen te d i pl oma de cu rso su perior e sej a recon h eci do p el o M E C . 6 M ER C ADO D E T R A B A L H O Esse prof i ssi on al sabe de sen vol ver proj etos de su st en t abi l i dad e, e mi t i r l i cen ças ambie n t a is e até i mpla n t a r po l í tica s pú bl i cas rel aci on adas ao mei o ambi en t e. H á u ma gran de di versid ade d e opçõ es qu e o gestor pode f aze r n a h ora de i n gressar n o m er cado de t rabal h o, sempr e obse r van do su as p r ef erên ci as e h abi l id ades (M OUR A 20 12 ). 6. 1 IND U S T R I AS A su st en t abi l i dade é u m t ema de i n ter esse a n í vel mu n di al . A n t es de d et erm i n ar on de al ocar seu s recu r so s, os i n vest i dores ver if icam a atu a ção so ci oambie n t a l de empr esas. N esse con t exto , h á u ma deman da cr e scen t e t ecn ól ogo em G estão Ambi en t al n o mer cado de t rabal h o . N as i n dú st r i as, pode pl an ej ar o i mpact o ambie n t a l d as 6 at i vi dade s , r edu zi n do a d egradação gerada o u p ar a f a zer o g er en ci amen t o de resí du os. Em organ i zações d e t odos os se gmen t os, é esse p r of i ssi on al é r esp on sável pela cr i ação de proj et os de su st en t abi l i dade e de edu caçã o ambi en t al . A l ém di sso , o g est or ambie n t a l é respon sáve l pe la qu al i dade de vi da da r egi ão on de o corr em obras de impac t o ambie n t a l. A o criar u m proj eto em u ma min eradora, po r exe m pl o, el e estu da como a ex t r ação de min éri o a tin ge as pesso as qu e vi vem n o en t orn o e m en su r a q u al será o i m pacto p ar a a n atu r eza , con side r an do a f au n a, a fl ora, recu r sos h í dricos e o a r . A par t i r daí, redi ge r el at órios e proj etos de r e cu peração do bioma. O u t ro po n t o qu e con tr ib u i pa r a ampl i ar a deman da pel o ge st o r a m bi en t al é a comple xi dade d a le gi sl ação b r asi l ei ra. A s empresas de vem cu mpr ir u ma série d e n orm as qu e são do con h eci men t o do ge st o r a m bi en t al . N a área i n du st r i al , h á mais vagas em est ado s do su dest e do paí s. 6. 2 A GRO P EC U Á R I A C erca de 6 0% do ter ri t ór i o do país e st á sob p r ot eção am bi en t al . E m f u n çã o di sso o gestor a mbien tal pode en co n t rar va gas em empr esas e m di versos se t or es, i n cl u sive n o set or agropecu ário, u m do s m ai ores ca u sadores d e desmat a m en t o. Essa prát i ca ocasi on a perdas na bi odi versi dade, esgo t a m en t o de m a n an cia i s, pol u i ção ori gi nada por a grot óxi co s e erosã o. N este cen ário , o gestor a m bi en t al pode o r i en t ar os pr odu tor es, a f i m de di min u i r os i mpact os ao meio ambie n t e e g ar an t i r qu e a l egi sl açã o se j a cu m p r i da . N o setor agropecu ário , a d em an da é mai or n o su l e n o ce n t ro - oeste, o n de se co n cen t ra a m ai or produ ção a grí col a d o país . A l ém di sso, é u m set or q u e t em cresci do n o B rasil , t a n t o em vol u m e produ t ivo qu an to em área cu l t iva da. As vag as são o f erecid as p r ópria i n dú str i a agropecu ária qu an to em coo perat i va s. 6. 3 LICE N C I AMEN T O A MBI E N T AL Ao i n i ci ar su as a t ivi d ades t odo tip o d e empr een di men t o com poten ci al d e gerar al gu m dan o ambie n t al n ece ssita de l i cen ci amen t o ambi en t al . Neste sen tido , o g est or ambie n t a l r eal i za E st u d os de I mpact o A mbi en t a l (EIA). Al ém do l i cen ci amen t o obrig at ório, h á t ambém as ce r t if icaçõ es qu e são exi gi das por di ve r sos p aí ses para receber pr odu tos export ados. A emi ssão de cert i f i cado s possu i gran de d eman da n o m e r cado de t rabal h o e pode ser r eal i zada por f u n ci on ário s ou por con su l t ores t ercei r i zados . A t ravés destas cert i f i caçõ es são a t e st a das a qu a li d ade e su st en t abi l i dade d os p r odu tos, se r vi ços e processos de produ ção. N o B rasil , ai n da h á mu i t o s órgãos r e gu l am en t adores deste t i po, 7 especi a lmen t e em f u n ção d o a l t o n í vel de exi gên ci a e esp eci al i zação. P ara in g r essar n est a ár ea, são n ecessários cu rsos de a u di t o r i a e ce r t i f i cação ambie n t a l . 6. 4 S E T O R P Ú B LI C O Nas or gan i zações go ver n amen t ai s, como secret arias de meio a m bi en t e , ag ê ncia s reg ul a d o ras e o Ibam a, o gestor ambie n t a l pode rá a tu a r n a f i scal i za ç ão d e empr esas, geren cia r program a s edu cativos e pr opor n ovas p ol í t i ca s pú bl i cas. D evi d o à escassez de prof i ssio n ai s da á r ea, a ten dên ci a é au men t ar o espa ço p ar a o gestor ambi en t al . A en t r ada se f az atr avés de co n cu r so s pú bl i cos e dep en de da of er t a de va gas. 6. 5 E D U C AÇ Ã O A MBI E NT AL Se tr a t a de u m segu i men t o on de o prof i ssi on al pode r á ad qu i r i r exp eriên ci a, n o en t an t o, di f i ci l m en t e é r emu n erado, excet o se at u ar como doce n t e em u n i versid ade s, porém é n ecessár i o real i zar especi al i zaçõe s al ém da gradu ação. 7 C O N SIDE R A Ç ÕES F I NAI S N est e art i g o, de f i n i u - se e con cei t u ou as in ú mer a s at rib u içõ es do gest o r ambien tal , os obstácu los em i n gr essar em u ma carr ei ra co n sid er ada rel at i vamen t e n ova n o mercado de tr a bal h o e i n vestig ou as possi bi l i dad es de e m prego n os dive r sos setor es produ t i vos . Foi evi den ci ado qu e o g est or a m bi en t al a i n da en f ren t a mu it a resistên cia para i n serir-se n o m ercado de t r aba lh o e ap u r a m os qu e h ou veram avan ços n os ú l timos an os, co m o a r egu l amen t ação da prof i ssão de Gest or A mbien tal , po r exe m pl o. A i n da h á u m l on g o camin h o a ser percorr i do para atin gi r o recon h eci men t o qu e l h e é d evi do , mas, por se t r at ar u m prof i ssi on al preparado p ar a aten der as n ecessi da des do m ei o co r porat i vo qu an to às qu est ões am bi en t ai s , ce r t amen t e con segu i r á se fi rm ar n o m ercado de t r abal h o . C omo f oi men cion ad o a n t e r i or men t e, por desco n h eci m en t o mu itas i n d ú st ri as acaba m con t r atan do u ma e qu i pe de prof issi o n ai s de setor es di versos pa r a real i zar o serviço qu e poder i a ser e xecu t ado por u m ú n i co gestor ambien tal . P ara f o r t al eci men t o e d isse m i n açã o deste profi ssi on a l é n ece ssário qu e sej a mel h or ada a co m u n ica ção en tr e u n i versida des , empr esas e ór gãos pú bl i cos . Po r f i m , é f u n dam ental sa l ie nt ar qu e a m ai or qu a li d ade do gestor ambie n t al está e m en con t rar so lu çõ es su sten t ávei s, al i an do os precei t o s do tr i pl e b ot t om l i n e, qu e é co n cil i a r o de sen vol vi m en t o econ ô m i co, i gu al d a de soci a l e prot eção a m bi en t al . E st e prof i ssi on al est á ap t o para atin gi r o s obj etivos d ef i n i dos de cad a proj eto f azen do o u so d as m el h ores t écn i cas e f err amen t a s di spo n í ve l af im de preservar os recu r sos n atu r a i s, cau san do o m en or i m pacto po ssí ve l a o meio a m bi en t e , al oca n do o mí n i mo de recu r so f i n an cei ro. 8 R EF ER Ê N C I A S BR A S I L. D ecreto- l ei nº 10.410, de 1 1 de j ane i ro de 2002 . D i spon í vel em: w w w . pl an al t o. gov.br / cci vi l _0 3/ l ei s/ 2002/L10410 . ht m > . A cesso em : 09 de dez . de 2 019. _______ . D ecreto-l ei nº 6938, d e 31 d e ag osto de 1981 . D i spon ível em: h t t p: / / w ww .pla n al t o. gov.br /ccivi l _0 3/ l ei s/ l 6938.ht m> . A cesso e m: 09 de dez . d e 2019 . C O N SE LH O F ED E R A L D E QUÍM I C A . R eso l u ção N ormat i va nº 36, d e 25 d e ab ri l d e 1974 . D i spon ível e m : h t t p : / /ww w .cfq . o r g. br/ rn / R N 36.h t m> . Acesso em: 09 de dez . de 2019 . D E M O U R A. Lu i z A . R ol i m . At ri buições do g estor ambiental . D i spon ível em: h t t p: / / www . gestaoam bi en tal.com . br>. A cesso em : 09 de dez . de 2019. JAR D IM , Arn al do. P roj eto de l ei nº 2664/ 2011 . Di sp on í vel em: h t t p : / /ww w .an agea.or g. br/ w p -con t en t / u pl oads/2012/01/ P L -G est or- A mbi en t al - Au ten t i cad o. pdf > . A cesso em: 09 de dez . de 2 019.. R O D RIG U E S , João P au l o. A p r esen tado proj eto de l ei p ara regulam en t ação do s ges t ores a mbi e ntai s . D isp on í vel em: t t p : // w w w .an agea.or g . b r / 2011 / 1 2/ apresen t a do - proj eto- de - l e i - para-a- r egu l amen t acao - dos - gestor es-am bi en t ai s/ >. A cesso em: 09 de dez . de 2019 .

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