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RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO BRASIL NP2

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Rerb 
 
EDUCAÇÃO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-
BRASILEIRA 
- Professores/Pais/cidadãos – combater o racismo e a 
discriminação. 
 Direitos dos negros de se reconhecerem na cultura 
nacional, expressar visões de mundo próprias, 
manifestarem seus pensamentos, reconhecer e 
valorizar a história, cultura e identidade de seus 
descendentes = História válida/repercutida.. 
 Políticas de reparação: o Estado deve ressarcir os 
descendentes africanos negros de danos 
psicológicos, materiais, sociais, políticos e 
educacionais sofridos no regime escravagista ou 
através de politicas explicitas de branqueamento 
(apagamento da história). 
- O que ocorre quando não há intervenção do Estado com 
relação à discriminação? (Não tem reparação porque não 
teve reconhecimento) 
 Manutenção de privilégios 
 Agravamento da desigualdade 
 Reconhecimento e afirmação de direitos 
 Justiça e igualdade de direitos sociais, civis, culturais 
e econômicos. 
 Mudança no discurso e conhecimento da história.. 
 Desconstrução do mito da democracia social 
(violência). 
 Estratégia de valorização da diversidade 
 Questionar relações étnicas raciais baseadas em 
preconceitos. 
 Respeitar os processos históricos de resistência. 
- Ser sensível ao sofrimento causado por múltiplas formas 
de desqualificação (Tal como o índio é desqualificado) O 
negro perpetua como ato histórico.. 
- Aquilo que não é reconhecido publicamente e 
coletivamente tende a silenciar. 
AÇÕES AFIRMATIVAS: 
- Ações políticas para corrigir as desigualdades raciais e 
sociais, e as desvantagens e marginalização mantidas pela 
exclusão (relação negros e brancos, traços físicos e posição 
social). 
Como lidar com o racismo dentro da psicologia? 
 
ESTOQUE NEGRO 
O “branco” colonizador e seus descendentes aumentavam, 
séculos após séculos, não pelo ingresso de novos 
contingentes europeus, mas principalmente, pela 
multiplicação de mestiços e mulatos. 
1º ideia a partir do texto de Darcy Ribeiro (No histórico, os 
efeitos que isso promoveu).. 
A questão do negro africano, escravizado, trazido pro Brasil.: 
diferente do índio, ele é trazido como objeto, o que traz 
outros impactos, (mercadoria), que modificam a relação 
cultural, social e econômica.. 
Projeto de embranquecimento começa com as índias sendo 
estupradas. O contingente aumenta por causa do número de 
negros sendo trazidos de outros continentes, em processo 
colonizatório. Essa miscigenação se deu primeiramente com 
os índios. 
 Mais do que colonizar um território, ele tem 
objetivo mercantil de ocupação do território, como 
a necessidade de mão de obra, para compor esse 
mercado escravagista do extrativismo e agricultura 
da cana de açúcar. 
120 peças como os negros eram nomeados, (legalizado pela 
coroa). 
 03 séculos, ou seja, 300 anos de tráfico deste 
mercado. 
Consequências disso para um povo: 
 Na constituição do sujeito (efeito) – Sofrimento, 
não ser reconhecido, muitos morriam nesse 
trajeto(navios negreiros) ; destruição da cultura, 
modo de vida, e muita violência. 
 Como estratégia foi autorizado o apagamento 
desses registros, quanto ao número de negros 
escravizados, onde eram 04 homens para 01 mulher. 
 Os negros eram roubados, contrabandeados. No 
caso das mulatas se converteram em mucamas ou 
amas de leite. 
(Carta de um capataz da época, atravessada e marcada pelo 
preconceito e segregação, sobre o quanto era oneroso 
manter esses negros).. 
- Marca subjetiva que constitui essa identidade, cultura é 
apagada, o objeto é submetido à violência gratuita, fazer o 
sujeito não falar sua língua de origem, mas a língua do 
colonizador, onde lhe é retirado o nome (identidade), campo 
social, lugar de origem, não existe o pertencimento. Ou seja, 
não existe o reconhecimento, são destituídos da sua 
identidade, sobretudo da sua humanidade. 
- Ideia de tráfico se opõe a ideia de tratamento como 
humanos, onde esses eram tratados como objetos. Essa ideia 
de exploração do negro como força de trabalho e do corpo, 
desde o mito em relação à sexualidade, aspectos, origem de 
objetivação do outro, lugar da população negra submetida a 
essa violência, para manter-se viva.. 
 Abolição da escravatura só acontece porque para 
de ser rentável traficar negros e sustentar. A 
mestiçagem passa a ser um problema, 
miscigenação essa que começou com o estupro. 
ABOLIÇÃO: 
1º mito seria os movimentos de revolta nas senzalas, 
fazendas, agressividade incorporação de alguns escravos que 
passam a viver na casa grande. Onde ocorre o 
distanciamento ou discriminação. Ideia de que quem está na 
casa grande está mais “protegido” supostamente em outra 
condição. 
Nessa revolta também por parte do negro que mora na 
casa grande, fica uma falsa ideia de escravo mal agradecido. 
INVERSÃO: Aquele que é roubado sofre violência. 
Silenciamento daquele que não tem com o contar sua 
própria historia. 
 Transforma a identidade daquele que perde sua 
humanidade 
(Efeitos da colonização, distorção da escravização) 
 Ideia de pré-abolição (Quilombos, pequenas 
comunidades). 
Elementos econômicos: Os escravos começam a dar 
prejuízos. 
RAÇA, COR, PRECONCEITO: 
Estabelece-se a partir desse contexto: ideia de mão de 
obra qualificada, pela justificativa econômica, onde os 
negros ficam duplamente segregados, pois, eles não 
têm como concorrer com os imigrantes que vem da 
Europa, não tem mais as senzalas, nem a casa grande. 
SENHOR BENEVOLENTE 
 O caminho do progresso é cheio de aventuras, 
rupturas e escândalos, e o maior deles é a 
escravização dos povos negros africanos. No 
Brasil o negro precisa ser embranquecido a 
todo custo. 
No Brasil é a escravidão que define a qualidade, a 
extensão, a intensidade da relação física, espiritual dos 
três povos que ali se encontram, e confrontam um ao 
outro com características próprias, tanto na composição 
étnica de seu povo quanto na especificidade (modo de 
lidar com o outro). 
Colonização – Exploração de riquezas da terra e 
pessoas (índios e negros). 
Por volta de 1530 No texto de Darcy Ribeiro, ele faz 
uma critica onde é constituído o tráfico como modelo 
econômico, na plantação de cana de açúcar, ouro, 
diamante, café, nas regiões do Nordeste, Minas, Rio de 
Janeiro e São Paulo. 
 A circular 29 de 13/05/1891 assinada pelo 
ministro Ruy Barbosa, ordena a destruição pelo 
fogo de todos os documentos históricos e 
arquivos relacionados à escravidão. Ou seja, 
acontece o apagamento legitimado de um 
crime/assassinato, sequestro. 
Por conta do atravessamento da igreja em converter o 
índio e o negro, fica estabelecido dentro dessa ideologia 
o lugar daqueles que fazem e daqueles que usufruem. 
As formas de colonialismo português tem uma 
distorção da história (mascarar a escravização e a 
violência).. 
O mito da bondade e humanidade da escravidão - 
praticada na católica America Latina contribuiu para o 
sucesso de outro mito: o da: democracia racial. 
 Esse conceito de assimiliacionismo funciona 
como ideologia que sustenta a chamada 
democracia racial, conduzindo intelectuais 
negros a campanhas de conciliação social para 
combater o ódio e o ressentimento do negro, 
de modo que este possa assimilar as formas de 
conduta dos brancos bem-sucedidos para 
ascender socialmente. 
- Como isso se constituiu como modelo de ausência de 
racismo na sociedade escravocrata? 
 Ideia transmitida através de cartas para Europa: 
justificativas, em converter a religião, utilizando-
se da ideia que era um dom divino por estar 
mais perto de Deus. 
 A sobrevivência da cultura africana é resultado 
de relações “amigáveis” entre senhores e 
escravos, que incorporavam comida, dança e 
linguagem, comprovando “ausência de 
preconceito” e uma convivência harmônica. Isso 
se dava por parte dos colonizadores pelo senso 
de superioridade. Existe uma falsa ideia de 
miscigenação que apaga a violência..Os africanos escravizados como “peças” comerciais não 
mereciam nenhuma consideração como seres humanos 
no que diz respeito à continuidade da espécie no 
quadro da família organizada. (branca). 
Exploração sexual da mulher africana dentro da 
estrutura patriarcal de família herdada de Portugal: 
condição de pobreza, ausência de status social, 
desamparo, vitima fácil e vulnerável de agressão sexual. 
(embraquecimento e genocídio negro). 
 O mito do Africano livre: Consistia em homens 
que sobreviveram aos horrores da escravidão, 
velhos, doentes, aleijados e multilados, atirados a 
rua, a própria sorte, como lixo humano e 
indesejável. Essa liberdade significava uma 
forma legalizada de assassinato coletivo, já que 
os mesmos não recebiam qualquer outro 
recurso, apoio ou meio de subsistência.. 
A Lei áurea e a abolição exoneraram de 
responsabilidade os senhores de escravo, o Estado e a 
igreja. Os africanos livres se tornaram soldados para 
fazer as guerras de destruição dos dirigentes brancos 
(exército). Ou seja, uma vez desqualificados para 
trabalhar nas indústrias, não existia mais roças, casa. No 
exército eles tinham comida, lugar pra dormir. O que 
também entra num contexto de embranquecimento. 
Formas de genocídio: O estupro da mulher negra 
Se o mulato é o primeiro degrau da branquificação 
sistemática do povo brasileiro, ele é também o marco 
que assinala o início da liquidação da raça negra no 
Brasil já que a mesma perde sua identidade. 
Durante a escravidão, a política de embranquecimento 
se estrutura de modo a limitar de todas as maneiras o 
crescimento da população negra, pela miscigenação 
(estupro), seja pela proporção de homens (5) e 
mulheres (1) trazidos como escravos e pela estimulação 
das leis de imigração para brancos europeus apoiados 
pelo discurso cientifico e político que traz o branco 
como modelo étnico, psicológico e cultural. 
 Nesse sentido o embranquecimento deveria se 
dar por dentro e por fora, já que as pressões 
sociais a que estão submetidos os negros 
produzem uma subcultura que os leva a 
identificação com o branco. 
- Presumindo certa benevolência da estrutura social ou 
ausência de preconceito discriminação racial, o acesso e 
mobilidade às posições sociopolíticas e econômicas seria 
então concedido ou negado pelo branco. 
Embranquecimento ocorre como modelo cultural, 
afetivo e social. 
RACISMO INDIVIDUAL: 
 Fenômeno ético ou psicológico atribuído a 
grupos isolados que precisa ser combatido no 
campo jurídico. Ligado a moral e educação 
(aqueles que o praticam devem ser 
responsabilizados). Concepção moralista 
(racismo é errado). 
RACISMO INSTITUCIONAL 
 Funcionamento das instituições baseado na 
raça.. Os conflitos raciais são parte das 
instituições (não é uma ação isolada). O racismo 
é dominação através da manutenção e 
institucionalização dos interesses dos grupos 
que detém o poder (esse controle não é 
apenas pela violência, mas pela produção de 
consensos acerca de sua dominação). Recebe 
muito menos condenação pública por se 
originar de forças respeitadas na sociedade. 
RACISMO ESTRUTURAL 
 O racismo que existe nas instituições é parte 
da estrutura da sociedade já que a sociedade é 
racista. O racismo é reproduzido pela instituição 
já que ele é parte da ordem social. Os 
comportamentos derivam de uma sociedade 
onde o racismo é regra e não exceção (o 
silêncio torna o individuo ética e politicamente 
responsável com relação ao racismo).

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