Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Núcleo Interfásico Durante a intérfase, quase todo o genoma de um eucarioto está dentro de um compartimento, o núcleo. O núcleo é o maior compartimento celular, ocupando em média 10% do volume total da célula. A maior vantagem evolutiva do aparecimento de um núcleo individualizado foi, sem dúvida alguma, a separação entre a transcrição (síntese de uma fita de RNA a partir do DNA) e a tradução (síntese de um peptídeo a partir da fita de RNA). Os dois eventos estão separados em eucariotos porque não existem ribossomos maduros no compartimento nuclear. Isso garante que os mRNA produzidos na transcrição tenham de sair do núcleo para o citoplasma antes de começarem a ser traduzidos. Qual a vantagem disso? Criar oportunidade de processar o RNA antes que ele saia do núcleo. O núcleo é o compartimento que contém o DNA, que é organizado na forma de cromatina Está separado do citoplasma por um envelope ou envoltório nuclear. Este define um ambiente nuclear, cuja matriz é diferenciada, o nucleoplasma. O nucleoplasma e o citoplasma se comunicam diretamente através de aberturas no envoltório. Essas aberturas não são simples buracos, e sim poros muito bem estruturados, denominados complexos do poro. O envoltório nuclear, formado por duas membranas, está sustentado tanto pelo lado citoplasmático quanto pelo lado nuclear, por filamentos do citoesqueleto No lado nuclear, filamentos intermediários formam a lâmina nuclear. No lado citoplasmático, outros tipos de filamentos intermediários, além de microtúbulos, colaboram com a sustentação. Intérfase É durante a intérfase que a célula desempenha todas as suas funções. Nesse período, ocorre a síntese de componentes celulares citoplasmáticos e a duplicação do DNA. Uma divisão é sempre precedida de uma intérfase e após a intérfase muitas vezes sobrevém uma divisão em duas células. Essa é, em essência, a dinâmica do ciclo celular, e a intérfase é seu período mais longo. O ciclo celular em um mamífero dura em média 24 horas. É um período (intérfase) de intensa atividade, porém, não perceptível ao microscópio. Dura em média 23 horas das 24. Compreende 3 fases: 1. G1 2. S 3. G2 G1 e G2 correspondem a intervalos (gaps em inglês). É onde a célula cresce para recuperar volume que a célula-mãe tinha antes da divisão. São sintetizadas membranas para o complexo de Golgi, o retículo e para incorporação à membrana plasmática. Organelas crescem e se clivam. Sem esse acréscimo de volume, a cada divisão, as células-filhas seriam menores. S, corresponde à Síntese, período em que o DNA é duplicado juntamente com o centrossomo. Cromatina É a organização do DNA, este é compactado junto a proteínas, formando a cromatina para incluir todo o conteúdo de genoma dentro do núcleo. Sua estrutura se assemelha a um “colar de contas”, devido a intercalação de nucleossomos por DNA As proteínas compactadas com o DNA são classificadas em histonas ou não-histonas o As histonas são proteínas muito adequadas para interagir com o DNA (ácido desoxirribonucléico) porque têm alto teor de aminoácidos carregados positivamente, sendo, portanto, básicas. o 4 histonas diferentes (H2A, H2B, H3 e H4), com duas cópias de cada, formam um octâmero ao redor do qual está enrolada a fita dupla de DNA. Esse arranjo chama-se nucleossomo. o A Histona H1 não participa no nucleossomo, porém fica por fora desse arranjo, auxiliando na compactação e variando o tamanho do DNA de ligação (nucleossomos + próximos ou afastados) DNA de ligação = segmento de DNA entre dois nucleossomas Na sua configuração nativa, forma uma fibra de 30 nm de nucleossomos enrolado sobre si próprio, encurtando a molécula de DNA. Essas fibras variam seu estado de espiralização de acordo com a necessidade celular. EX: para facilitar transcrição e tradução, descompacta DNA São divididas em: o Eurocromatina: É aquela que transcreve. Corresponde a um estado menos compactado da fibra de 30 nm em forma de colar de contas da cromatina. Estado de transcrição Dá aspecto eletroluscente e pouco corado na micrografia eletrônica o Heterocromatina: estado mais compactado da cromatina. Inacessível a enzimas de transcrição e degradação. Assim fica mais protegida e ocupa menos espaço. Estado quiescente (em repouso). Dá aspecto eletrondenso na micrografia eletrônica = regiões que não estão transcrevendo Está na região mais periférica do núcleo, próximo ao envoltório. Nucléolo É eletrondenso, basófilo, possui forma arredondada, e é um compartimento nuclear especializado É onde se localizam os genes que codificam para os RNA ribossomais e para as proteínas que fazem parte dos ribossomos. Possui 2 sub-compartimentos: o Centro Granular: produz subunidades ribossomais e as associa com proteínas ribossomais o Centro Fibrilar: é onde ocorre a transcrição dos genes codificadores de RNAr e RNAm para a síntese de proteínas ribossomais. Possui função de sintetizar subunidades ribossomais, realizando 2 trasncrições: o RNAr (ribossomal): à partir de 5 cromatinas distintas (13, 14, 15, 21 e 22) do centro fibrilar. o RNAm (mensageiro): produzido para síntese de proteínas ribossomais no centro fibrilar. Segue para o citoplasma onde será traduzido Tais subunidades ribossomais seguem para o citoplasma através do complexo de poros do envoltório, promovendo a maturação do ribossomo e evitando a síntese de proteínas nucleares. Há variação do nucléolo de acordo com o ciclo celular: o Intérfase (S1 e G2): 1 único nucléolo o Próximo à fase M: nucléolo em fracionamento o Fase M: dissolução completa do nucléolo o G1: 2 a 3 nucléolos tendem a se unir Envoltório nuclear (carioteca) É uma bicamada fosfolipídica o Membrana externa: recoberta por ribossomos, dá origem ao REG (retículo endoplasmático granular) o Membrana interna: Recoberta pela lâmina nuclear Lâmina nuclear – formada por laminas (filamentos intermediários), conferem sustentação e dão forma ao núcleo. o Espaço perinuclear – espaço que está entre as duas membranas Regula passagem de substâncias para o núcleo o Cátion, ânions, macromoléculas (nucleotídeos, proteínas) Suporte mecânico o Organização das organelas ao redor do núcleo o Manutenção dos poros nucleares o Organização da cromatina (tá presa ao núcleo) e nucléolo Desintegra e reaparece durante as divisões celulares o Lâmina nuclear: sofre fosforilação na mitose e meiose que faz com que ela desintegre. Volta a aparecer depois do processo ocorrido. Complexo do Poro nuclear o É uma interrupção do envoltório nuclear formado da fusão entre a membrana interna e externa. o Comunicação entre núcleo e citosol o Complexo proteico com rígido controle do tráfego de moléculas Nucleoporinas: 30 cadeias proteicas, projeções internas Do canal: reconhecem o que entra e o que sai o Permite troca núcleo-citoplasmática o A quantidade de poros e espaçamento depende da atividade de transporte (síntese). Quanto maior a atividade celular, maior a quantidade de poros na carioteca, sai mais RNAm. Exemplo: Células embrionárias → alta atividade de síntese proteica → maior quantidade de poros. Espermatozoide maduro → célula com baixa atividade metabólica → menor quantidade de poros o Transporte: Núcleo → Citoplasma (RNA e metabólicos) Citoplasma → Núcleo (Proteínas, nucleotídeos e íons) necessários para o processo de transcrição como o de replicação do material genético. Moléculas pequenas → transporte passivo Moléculas grandes → transporte ativo → através de receptores presentes nas membranas do EN ocorre o reconhecimento dos RNAs e proteínas. Lâmina Nuclear Originada da membrana nuclear interna do envoltório nuclear É constituída por subunidades proteicas interconectadaso São do tipo A, B ou C o Dá ao envoltório estabilidade e forma o Promove interações através das proteínas transmembranares São de: Ligação: LAP1, LAP2, LBR e Emerina Ancoragem: POM121 e G210 Ambas acompanham o processo de dissolução do envoltório nuclear próximo à fase M o Atuam como sítio de ancoragem para o citoesqueleto, cromossomos e poros nucleares. Sua fosforilação na mitose (fase M do ciclo celular) leva à: o Ação da proteína cinase dependente de ciclina (CPK) Faz a desmontagem da lâmina nuclear e dos NPCs Leva à fragmentação do envoltório nuclear na prófase É reconstruída na telófase pela ação das fosfatases que vão desfosforilar as laminas e fundir os fragmentos do envelope nuclear
Compartilhar