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Aula 02 - Josiane Minardi

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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Conforme prevê o art. 113 do CTN, a obrigação tributária pode ser Principal ou Acessória. 
 
A obrigação principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. (art. 113, § 1º CTN), con-
siste em dar dinheiro, pagar. A obrigação acessória refere-se, na verdade, aos deveres formais que o sujeito 
passivo está obrigado, a fim de facilitar a arrecadação e a fiscalização. Nos termos do art. 113, § 2º do CTN, são 
prestações positivas ou negativas que irão facilitar a arrecadação e a fiscalização dos tributos. Por prestações po-
sitivas, tem-se como obrigação acessória do sujeito passivo o dever de “emitir nota fiscal”, “escriturar livros”, “decla-
rar impostos”, etc. Quanto às prestações negativas, cita-se o dever de “não receber mercadorias desacompanhadas 
da devida documentação fiscal”. 
 
A inobservância de uma obrigação acessória pelo sujeito passivo implica no surgimento de uma obrigação principal 
referente à penalidade tributária. Assim, por exemplo, se o sujeito deixar de declarar o imposto de renda, terá que 
declará-lo com atraso e por esse motivo deverá pagar uma multa, essa multa é uma obrigação principal. 
 
Art. 113 CTN (...) 
 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativa-
mente à penalidade pecuniária. 
 
O fato do sujeito passivo não ter uma obrigação principal, por gozar de imunidade ou isenção tributária, por exemplo, 
não afasta a sua obrigação acessória, vez que essa é autônoma em relação à obrigação principal. 
O sujeito que goza de imunidade ou isenção, ainda assim, deve manter suas obrigações acessórias em dia. 
 
Pessoa com Imunidade Tributá-
ria 
Pessoa com Isenção Tributária Pessoa que paga Tributos Normal-
mente 
Não tem obrigação principal Não tem obrigação principal Tem obrigação principal 
TEM obrigação acessória TEM obrigação acessória TEM obrigação acessória 
 
Sujeito Ativo 
 
É a pessoa jurídica de direito público que detém a competência para exigir o cumprimento da obrigação tributária. 
Pode ser o ente federativo, autarquia, ou qualquer outra pessoa jurídica de direito público que detenha capacidade 
ativa tributária, ou seja, as funções de arrecadar e fiscalizar os tributos, conforme estabelece o art. 119 do CTN. 
 
Sujeito Passivo 
 
 
O sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade 
tributária. 
 
À luz do art. 121 do CTN destacam-se dois tipos de sujeitos passivos na relação jurídico-tributária: o contribuinte e 
o responsável. 
 
O contribuinte, também denominado pela doutrina de sujeito passivo direto, é aquele que tem relação direta e 
pessoal com a situação que constitua o fato gerador da obrigação. Na verdade, é quem pratica o fato gerador. 
 
O proprietário de um imóvel urbano, por praticar o fato gerador do IPTU, “ser proprietário de imóvel urbano”, irá 
pagar esse imposto na condição de contribuinte. 
 
O responsável (sujeito passivo indireto) é aquele que sem revestir a condição de contribuinte, mas por ter relação 
indireta com a situação que constitua o fato gerador, a lei lhe atribui o dever de pagar o tributo. Assim, os pais pagam 
os tributos devidos pelos seus filhos menores, na condição de responsáveis, pois o art. 134 do CTN assim estabe-
lece. 
 
 
 
 
 
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É importante ressaltar que a responsabilidade tributária decorre tão somente de lei. 
 
Os sujeitos passivos (contribuinte ou responsável) podem ser solidários, desde que haja interesse comum na situ-
ação que constitua o fato gerador do tributo, ou sempre que a lei assim determinar. 
 
Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
 
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; 
II - as pessoas expressamente designadas por lei. 
 
Para existir a solidariedade entre as pessoas, com relação ao inc. I do art. 124 do CTN, os sujeitos devem estar no 
mesmo polo da relação, pois se estiverem em posições contrapostas, não haverá solidariedade. 
 
O art. 124, parágrafo único, e o art. 125, ambos do CTN, determinam quatro efeitos da solidariedade, que salvo 
disposição de lei em contrário: 
 
(i) não comporta benefício de ordem; 
(ii) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; 
(iii) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, 
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; 
(iv) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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