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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA Conforme prevê o art. 113 do CTN, a obrigação tributária pode ser Principal ou Acessória. A obrigação principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. (art. 113, § 1º CTN), con- siste em dar dinheiro, pagar. A obrigação acessória refere-se, na verdade, aos deveres formais que o sujeito passivo está obrigado, a fim de facilitar a arrecadação e a fiscalização. Nos termos do art. 113, § 2º do CTN, são prestações positivas ou negativas que irão facilitar a arrecadação e a fiscalização dos tributos. Por prestações po- sitivas, tem-se como obrigação acessória do sujeito passivo o dever de “emitir nota fiscal”, “escriturar livros”, “decla- rar impostos”, etc. Quanto às prestações negativas, cita-se o dever de “não receber mercadorias desacompanhadas da devida documentação fiscal”. A inobservância de uma obrigação acessória pelo sujeito passivo implica no surgimento de uma obrigação principal referente à penalidade tributária. Assim, por exemplo, se o sujeito deixar de declarar o imposto de renda, terá que declará-lo com atraso e por esse motivo deverá pagar uma multa, essa multa é uma obrigação principal. Art. 113 CTN (...) § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativa- mente à penalidade pecuniária. O fato do sujeito passivo não ter uma obrigação principal, por gozar de imunidade ou isenção tributária, por exemplo, não afasta a sua obrigação acessória, vez que essa é autônoma em relação à obrigação principal. O sujeito que goza de imunidade ou isenção, ainda assim, deve manter suas obrigações acessórias em dia. Pessoa com Imunidade Tributá- ria Pessoa com Isenção Tributária Pessoa que paga Tributos Normal- mente Não tem obrigação principal Não tem obrigação principal Tem obrigação principal TEM obrigação acessória TEM obrigação acessória TEM obrigação acessória Sujeito Ativo É a pessoa jurídica de direito público que detém a competência para exigir o cumprimento da obrigação tributária. Pode ser o ente federativo, autarquia, ou qualquer outra pessoa jurídica de direito público que detenha capacidade ativa tributária, ou seja, as funções de arrecadar e fiscalizar os tributos, conforme estabelece o art. 119 do CTN. Sujeito Passivo O sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade tributária. À luz do art. 121 do CTN destacam-se dois tipos de sujeitos passivos na relação jurídico-tributária: o contribuinte e o responsável. O contribuinte, também denominado pela doutrina de sujeito passivo direto, é aquele que tem relação direta e pessoal com a situação que constitua o fato gerador da obrigação. Na verdade, é quem pratica o fato gerador. O proprietário de um imóvel urbano, por praticar o fato gerador do IPTU, “ser proprietário de imóvel urbano”, irá pagar esse imposto na condição de contribuinte. O responsável (sujeito passivo indireto) é aquele que sem revestir a condição de contribuinte, mas por ter relação indireta com a situação que constitua o fato gerador, a lei lhe atribui o dever de pagar o tributo. Assim, os pais pagam os tributos devidos pelos seus filhos menores, na condição de responsáveis, pois o art. 134 do CTN assim estabe- lece. www.cers.com.br 3 É importante ressaltar que a responsabilidade tributária decorre tão somente de lei. Os sujeitos passivos (contribuinte ou responsável) podem ser solidários, desde que haja interesse comum na situ- ação que constitua o fato gerador do tributo, ou sempre que a lei assim determinar. Art. 124. São solidariamente obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; II - as pessoas expressamente designadas por lei. Para existir a solidariedade entre as pessoas, com relação ao inc. I do art. 124 do CTN, os sujeitos devem estar no mesmo polo da relação, pois se estiverem em posições contrapostas, não haverá solidariedade. O art. 124, parágrafo único, e o art. 125, ambos do CTN, determinam quatro efeitos da solidariedade, que salvo disposição de lei em contrário: (i) não comporta benefício de ordem; (ii) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; (iii) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; (iv) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. www.cers.com.br 4
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