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Erosão fluvial trabalho seminario

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Geodinâmica Externa da Terra
Mestrado Profissionalizante em Tecnologia Mineral
Alexandre Paz Zanetti
Caçapava do sul
Novembro de 2014
EROSÃO
Conceito de Erosão;
 O termo erosão designa o processo ou conjunto de processos, tais como desgaste, transporte e acumulação, que transforma e modela a superfície da Terra e resultantes da ação dos agentes naturais, nomeadamente as chuvas, o vento, os rios, os glacial.
 Na figura abaixo veremos a sequencia dos processos erosivos: A Meteorização , a erosão (desgaste), o transporte e a sedimentação (deposição). A erosão é o processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou de fragmentos de partículas de rocha, pela ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo e/ou organismos e o mar.
 
 As etapas do processo erosivo
 Erosão Fluvial
 Quando acontece de haver um desgaste exagerado nas margens dos rios, e geralmente causado pelas próprias águas dos rios, esse acontecimento tem um nome e nada mais é que uma “Erosão Fluvial” e quando ocorre este fenômeno, geralmente acontecem alterações no curso desses rios.
 Esses solos ficam desprovidos de vegetação e com isso, não há proteção sob os mesmo. Ele torna-se puro cascalho e fica suscetível de carregamento por enxurradas. Assim, irá se tornar pobre, totalmente seco, quimicamente morto e nada será fecundado.
 Ainda havendo os deslizamentos de terra, esses sedimentos são escoados para as localidades mais baixas, onde são formados os colúvios e os depósitos de encosta.
 Um arraste ainda causa a mortandade da fauna e flora do fundo dos rios e lagos, através de soterramento, com essa movimentação das águas, podendo causar ainda a turbidez das mesmas, na qual dificulta a ação da luminosidade solar para que possa ocorrer a fotossíntese. 
 Esta, é importantíssima para que aconteça a purificação e oxigenação das águas.
 Como se não bastasse todos esses prejuízos, ainda pode ocorrer com toda essa movimentação através do arraste que sejam carregados os biocidas, os adubos, até mesmo os corpos d’água causando assim o desequilíbrio na fauna e flora.
 Além de todos esses danos, ainda podem ocorrer maiores prejuízos que ocorrem com o assoreamento, que é uma das causas de morte de rios. 
 Tal prejuízo consiste na redução de profundidade, gerando um processo de erosões que são causados pelas águas em excesso, ventos e os processos químicos, desagregando solos e rochas que são transportados, causando as enchentes.
 A erosão fluvial acontece pela ação dos cursos d’água sobre a superfície, modelando a paisagem e transportando sedimentos. 
 Podemos dizer que são os próprios rios que constroem os seus cursos, pois ao longo dos anos, as correntes de água vão desgastando o solo e formando os seus próprios caminhos, que vão se aprofundando conforme a força dos cursos dos rios vai erodindo o solo.
 
Os cursos d’água provocam o desgaste dos solos, formando os seus próprios cursos
Obs: A erosão fluvial é causada, também, quando a retirada da mata ciliar provoca danos sobre as encostas dos rios, que ficam mais frágeis e cedem à pressão das águas.
 
 O Grand Cânion (EUA) é um exemplo claro de relevo esculpido pela ação das águas
 Quando o rio é de planalto, dessa forma as águas se deslocam dos pontos mais altos em direção aos mais baixos. Nesse trajeto, as águas vão lentamente desgastando o relevo (tornando o rio mais largo e aumentando a profundidade do mesmo).
 Em contrapartida, nos rios de planície o que acontece é a acumulação de sedimentos. 
 A erosão fluvial causada pelas águas dos rios provoca desgaste nas suas encostas e removem porções do solo das margens dos rios, essa erosão é causada pelas águas que correm nos rios, e pode causar e provocar o desmoronamento de barrancos, por isso o rio pode mudar de forma.
 Com o próprio curso do rio podendo ser alterado por causa da erosão, Podemos observar, também que a fase do rio é determinante para a erosão causada por tal.
 Assim na fase inicial a erosão, devido a grande declividade do terreno, pode acontecer com mais intensidade, na fase mais avançada acontece transporte de sedimentos , já na fase final ocorre o processo de acumulação de tais sedimentos, as águas dos rios escavam o leito formando vales profundos transportam materiais e depositam nas partes mais baixa.
 Esse tipo de erosão é resultante da ação dos rios sobre a superfície da Terra; a erosão fluvial pode ser:
 - LATERAL: Quando o desgaste é efetuado nas margens, provocando o alargamento dos vales.
 - VERTICAL: Quando a erosão atua no aprofundamento do leito dos rio.
 Os principais processos erosivos em sistemas fluviais estão associados á dinâmica dos canais fluviais,podendo ser classificados em dois tipos principais: INCISÃO E MIGRAÇÃO LATERAL.
 - INCISÃO: Por incisão entende-se a erosão vertical do substrato, gerando um aprofundamento do canal.As incisões podem estar associadas tanto a fenômenos autogênicos,quanto alogênicos,e são vinculadas a um amplo espectro de escalas temporais(COLLINSON-1996).
 As incisões relacionadas a fenômenos alocíclicos envolvem um período de tempo maior e podem estar associadas a um progressivo aumento da descarga,devido a mudanças climáticas ou a um rebaixamento do perfil de equilíbrio (SCHUMM-1993).
 As incisões de natureza autocíclica estão por sua vez , associadas á avulsão de canais fluviais decorrentes de processos hidrodinâmicos e geomorfológicos internos a planície aluvial (BRIZGA & FINFAYSON - 1990; JONES & HAIPER - 1998; JONES & SCHUMM - 1999).
Evolução do relevo de cimas para baixo
 - MIGRAÇÃO LATERAL: Em canais com uma alta sinuosidade, existe uma erosão contínua do banco externo do meandro, decorrente da progressiva migração lateral do canal.
 A taxa de erosão devido a migração lateral é diretamente vinculada á coesividade dos bancos. Rios margeados por sedimentos finos com abundante vegetação tendem a possuir uma maior coesividade das margens, dificultando a erosão e a migração lateral do canal.
Formas erosivas no rio Paraguai no segmento superior, onde é possível observar a base das margens solapadas ocasionando a queda de blocos
 O clima tem uma forte influencia na taxa de erosão e transporte de sedimento em uma bacia sedimentar. As mudanças na taxa de precipitação influenciam diretamente na descarga do rio e no influxo de sedimentos grossos na bacia de drenagem, ocasionando mudanças na posição do perfil de equilíbrio ( QUIRK - 1996 ).
 Em contextos onde a descarga do rio decresce e ou a quantidade de carga de fundo aumentam , decorrentes de uma passagem de condições climáticas úmidas para semi- áridas, o rio torna-se incapaz de transportar os sedimentos mais grossos isso acarretará a deposição e a agradação de sedimentos fluviais,ocasionando uma subida do perfil de equilíbrio.
 A transição de um clima semi - árido para úmido , por sua vez gera um efeito oposto , proporcionando um rebaixamento do perfil de equilíbrio e incisão fluvial .
 O desgaste do solo provocado pelas águas dos rios, ocorre graças às fortes correntezas dos rios que são capazes de arrancar fragmentos das margens, alterando assim os seus contornos. 
 Um fato importante a ser citado é a presença de partículas sólidas em suspensão nas águas dos rios, pois estas são responsáveis por parte do desgaste da rocha que o rio está em contato. Normalmente, um rio possui mais força erosiva no seu curso superior e médio e menos no seu curso inferior. Para jusante, ele perde sua competência, a qual é maior à montante. 
 O material retirado das margens é carregado pelas águas e depositado em outros locais,sendo interessante notar que um rio transporta estes materiais sob três aspectos: em solução, ou seja, o material encontra-se dissolvido na própria água; em suspensão, quando partículas minúsculas são transportadas graças à turbulência da água do rio; e em saltações, quanto partículas maiores, como areia e cascalho, são roladas ou saltam na margem do rio. 
 Com o passar do tempo, alguns rios acabam mudando o seu percurso devido à erosão.
 Um rio é uma corrente natural de água que corre de forma mais ou menos continua, possui um caudal variável (essa variação deve-se tanto a secas prolongadas como a cheias) e deságua no mar, num lago ou noutro rio, e neste caso denomina-se afluente. A variação de caudal verificada durante um ano designa-se regime.
 A um conjunto de um rio principal, seus afluentes e subafluentes chamamos rede hidrográfica como veremos na figura abaixo. 
 
 Redes hidrográficas do Amazonas e do Nilo 
 As bacias hidrográficas são separadas por áreas mais elevadas chamadas interflúvios. Estas áreas mais elevadas marcam a mudança do sentido de escoamento dos cursos de água
 O poder erosivo de um rio será tanto maior quanto maior for o seu caudal e a inclinação de seu leito, que pode sofrer variações ao longo do percurso. Ao longo do seu curso, os rios realizam três trabalhos essenciais para a construção e modificação do relevo:
a) EROSÃO, ou seja, construção dos leitos.
b) TRANSPORTE DOS SEDIMENTOS, os chamados aluviões.
c) SEDIMENTAÇÃO, quando há a deposição dos aluviões e a formação de planícies e deltas.
 Podemos dividir o percurso de um rio da nascente até a foz em três secções que podem ser comparadas com as três fases da vida humana: 
- O CURSO SUPERIOR, ou alto curso, equipara-se à juventude; 
- O CURSO MÉDIO, equivale à maturidade; 
- O CURSO INFERIOR, à velhice
 CURSO SUPERIOR
 O curso superior do rio é sua parte mais inclinada, onde o poder erosivo e de transporte de materiais é muito intenso. 
 A força das águas escava vales em forma de V. Se as rochas do terreno são muito resistentes, o rio circula por elas, formando quedas de água, gargantas ou desfiladeiros.
 
 CURSO MÉDIO
 
 No curso médio do rio, a inclinação diminui e as águas perdem força e a sua capacidade de transporte diminui e começa a depositar os materiais mais pesados que já não conseguem transportar. 
 Os vales tem a forma de V aberto. Na época das cheias, o rio transborda, depositando nas margens grande quantidade de aluviões. 
 Nessas regiões formam-se grandes planícies sedimentares, onde o rio descreve amplas curvas, chamadas meandros. 
 
 CURSO INFERIOR
 O curso inferior do rio corresponde às zonas mais próximas de sua foz a inclinação do terreno torna-se quase nula e há muito pouca erosão e quase nenhum transporte. O vale alarga-se e o rio corre sobre os sedimentos depositados. 
 A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir aí acumulações de aluviões que dificultam a saída da água. No primeiro caso, recebe o nome de estuário e no segundo, formam-se os deltas. 
 CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO EROSIVO FLUVIAL.
 A erosão é um processo geológico exógeno e contínuo responsável pela remoção e pelo transporte de partículas do solo, principalmente pela ação da água das chuvas. É um importante agente na modelagem da paisagem terrestre e na redistribuição de energia no interior da bacia hidrográfica.
 
 TIPOS DE FORMAÇÃO QUE OCORREM COM ESSA EROSÃO.
- MEANDRO: Um meandro é uma curva acentuada de um rio que corre em sua planície aluvial e que muda de forma e posição com as variações de maior ou menor energia e carga fluviais durante as várias estações do ano.
- ANASTOMOSADO: O sistema fluvial anastomosado consiste de complexo de canais de baixa energia, interconectados, atravessando uma região úmida e alagada, separados por ilhas de forma alongada e cobertas por vegetação, Caracteriza-se pela baixa razão largura/profundidade do canal.
 As imagens abaixo demonstram situações de Erosão Fluvial onde a água pela insistência acaba corroendo e fazendo fissuras nas pedras. Assim, na fase inicial da erosão, devido a grande declividade do terreno, pode acontecer com mais intensidade, na fase mais avançada acontece transporte de sedimentos, já na fase final ocorre o processo de acumulação de tais . 
 
A força da água provoca um lento e constante desgaste das rochas. Com o passar de milhares e milhões de anos o relevo vai sendo intensamente modificado. Parque estadual do Ibitipoca- MG
IMPACTOS DEGRADANTES NA VEGETAÇÃO ATRAVÉS DA EROSÃO FLUVIAL
 
 
 
 A foto abaixo mostra o efeito da erosão na margem do rio Madeira, com mais de 10 metros de altura e os Terraços formados pelo material da margem que cedeu e desceu para dentro do rio devido a força da correnteza. Fonte: DANTAS, M. E. et al. (Org.). Geomorfologia e dinâmica fluvial (setor Porto Velho – Jirau): estudo de viabilidade do rio Madeira para implantação das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau (RO).
 
REFLEXÃO :
 Conforme os estudos indicam ,as preservações ambientais nas áreas de constante erosão ficam comprometidas pois as espécies de arvores e plantas nativas acabam sendo destruídas pelos desmoronamentos das encostas, ficando assim comprometido o equilíbrio ambiental da região. Obrigando assim a migração de animais típicos da região para um outro habitat para sobreviverem e se adequarem .
 Neste processo de erosão existem causas naturais e humanas que agravam a constância destes fenômenos.
- CAUSAS NATURAIS
 No que se refere às ações da natureza, podemos citar as chuvas como principal causadora da erosão. Ao atingir o solo, em grande quantidade, provoca deslizamentos, infiltrações e mudanças na consistência do terreno. 
 Desta forma, provoca o deslocamento de terra. O vento e a mudança de temperatura também são causadores importantes da erosão.
 Quando um vulcão entra em erupção quase sempre ocorre um processo de erosão, pois a quantidade de terra e rochas deslocadas é grande.
 A mudança na composição química do solo também pode provocar a erosão.
- CAUSAS HUMANAS
 O ser humano pode ser um importante agente provocador das erosões. Ao retirar a cobertura vegetal de um solo, este perde sua consistência, pois a água, que antes era absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar no solo. Esta infiltração pode causar a instabilidade do solo e a erosão.
 Atividades de mineração, de forma desordenada, também podem provocar erosão. Ao retirar uma grande quantidade de terra de uma jazida de minério, os solos próximos podem perder sua estrutura de sustentação. 
- PREJUÍZOS AO SER HUMANO A erosão tem provocado vários problemas para o ser humano. Constantemente, ocorrem deslizamentos de terra em regiões habitadas, principalmente em regiões carentes, provocando o soterramento de casas e mortes de pessoas.
 Os prejuízos econômicos também são significativos, pois é comum as erosões provocarem fechamento de rodovias, ferrovias e outras vias de transporte.
- FORMAS DE EVITAR
• Não retirar coberturas vegetais de solos, principalmente de regiões montanhosas;
• Planejar qualquer tipo de construção (rodovias, prédios, hidrelétricas, túneis, etc) para que não ocorra, no momento ou futuramente, o deslocamento de terra;
• Monitorar asmudanças que ocorrem no solo;
• Realizar o reflorestamento de áreas devastadas, principalmente em regiões de encosta.
REFERENCIAS:
· http://biogeo.paginas.sapo.pt/geo12/geo12_contents02.html
· http://culturamix.com.br
· Http://mundoeducação.com.br
· http://brasilescola.com.br
· http://cienciaseecologia.blogspot.com/2010/05/rio-turvo.html
· Collinson-1996
· Schumm-1993
· Brizga & finfayson - 1990; jones & haiper - 1998; jones & schumm – 1999
· Quirk – 1996
· www.trabalhosfeitos.com
· Dantas, m. E. Et al. (org.). Geomorfologia e dinâmica fluvial (setor porto velho – jirau)

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