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DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS CAP. 6- ABBAS OBJETIVOS → GERAL: Reconhecer as características da apresentação de antígenos; → ESPECÍFICOS: Reconhecer e identificar os diferentes tipos de MHC, bem como as formas como eles são processados (próxima aula). INTRODUÇÃO Passamos a metade do nosso planejamento acadêmico apresentando as características gerais do SI, ou seja, uma visão geral de como o SI atua dentro de um organismo. Nesse primeiro momento, apenas para fim didático, iniciamos dando uma característica geral, colocamos esses componentes em seus devidos locais de ação, e depois passamos 3 aulas discutindo a Imunidade Inata. Todo esse processo e essas funções, ocorrem de uma maneira dinâmica, está tudo acontecendo ao mesmo tempo, só que para o melhor entendimento, começamos a introduzir a partir da aula de hoje, como a Imunidade Adaptativa começa a se mover e atuar frente a um desafio antigênico. Portanto, a nossa aula de hoje, é o primeiro ponto para ativação da Imunidade Adaptativa, essa ativação, deve ser observada sob duas ópticas, sendo essas, a ótica dada sobre a célula apresentadora de antígenos, e a ótica oferecida pelo linfócito receptor desses sinais. RECAPTULANDO: Em aula anteriores, insistimos para que fosse observado que a Imunidade Inata e Imunidade Adaptativa podem ser separadas, ao menos do ponto de vista didático. No momento que a Imunidade Inata se encontra com a Imunidade Adaptativa, eu tenho uma interface/passagem desse tipo de característica da resposta imune. Aquela resposta que era mais genérica, padronal, com mecanismo conservados sai de cena, e agora esse resposta é dada por um mecanismo imunológico mais específico, cujo representante é um linfócito. Esse momento de passagem de bastão, é sempre oferecido pelas Células Apresentadoras de Antígenos, as 3 que fomos apresentados, sendo que uma dela tem papel profissional na apresentação, essa é a Célula Dendrítica. Se esse momento de interface de Imunidade Inata e Imunidade Adaptativa começa a acontecer, eu tenho 2 personagens envolvidos, as Células Dendríticas, e os Linfócitos propriamente ditos. A nossa aula de hoje vai contar a apresentação do ponto de vista da Célula Dendrítica. Na próxima aula, veremos a apresentação do ponto de vista dos Linfócitos. (*ponto importante que precisamos saber) Para que a Imunidade Adaptativa ocorra, é necessária um prévio processamento de antígeno reconhecido pela Imunidade Inata. RECAPTULANDO: Só pode haver reconhecimento e ativação de Imunidade Adaptativa, ou seja, o Linfócito só pode se ativar, se uma etapa prévia for cumprida. Essa etapa refere- se ao reconhecimento, o processamento, e a apresentação de antígenos pela Célula Apresentadora de Antígenos. MAIS UMA VEZ: A Imunidade Adaptativa, cronologicamente, é posterior a Imunidade Inata, e isso aprendemos na primeira aula, sempre vamos observar uma resposta imune Inata, de uma característica mais veloz, já que reconhece antígenos padronais. Cronologicamente, os componentes de Imunidade Inata vem primeiro, não é verdade, mas é como se fosse assim, a Imunidade Inata é a primeira barreira, e a Imunidade Adaptativa é o segundo mecanismo de defesa. Para que esse segundo mecanismo de defesa possa iniciar uma resposta e desempenhar seus efeitos, uma etapa prévia precisa ser cumprida, essa, trata-se do reconhecimento, processamento, e apresentação de antígenos dado pela Célula Apresentadora de Antígeno. (*não é livro, é entender) O Linfócito sabe exatamente qual a melhor forma de combater um microrganismo, desde que a etapa prévia seja cumprida, ou seja, a Imunidade Inata, com as Células Apresentadoras de Antígenos já viram o microrganismo anteriormente. A Imunidade Inata reconhece antígenos através de seus PRR, ou seja, a Imunidade Inata faz a triagem dos microrganismos. Existe um receptor que é desenvolvido para Flagelina, e para esse, é só bactéria flagelada, que por consequência, é uma bactéria extracelular. Existe PRR para RNA fita dupla, e RNA fita dupla só existe em vírus. Existe PRR para cnetoplasto, e essa é uma organela presente nos parasitas, e, esses, portanto, são triados dessa maneira. Existe PRR para reconhecimento de carboidrato de fungo (manana), e, dessa maneira, os fungos são triados. Ou seja, não é adivinhação dos linfócitos, existe uma etapa prévia de reconhecimento, após o reconhecimento, os PAMP’s dos microrganismos, diferente dos DAMP’s (*foi isso que erramos na prova, já que DAMP não é PAMP. PAMP é fagocitado, DAMP libera inflamassoma) uma vez que o PAMP é reconhecido, ele é fagocitado pelos fagócitos, e, um deles é a Célula Dendrítica, uma vez fagocitado o microrganismo -inteiro ou particulado- ele vai passar por uma série de processamentos dos antígenos. Obviamente, eu não pego um microrganismo inteiro e mostro para o Linfócito, eu pego um microrganismo DISCIPLINA IMUNOLOGIA AULA 8- APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS PROFESSOR YURI LYRA DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY grande, ou então, parte dele que é grande, e processo em pequenos antígenos. Esses pequenos antígenos, pós processados, agora serão expressos/apresentados, na superfície da Célula Dendrítica, uma vez apresentando agora o antígeno na superfície da Célula Dendrítica, o Linfócito específico para esse antígeno, consegue reconhecer. Portanto, não é sorte, é direcionado. A imunidade Inata faz o trabalho prévio, e, posteriormente, expressa para o Linfócito o antígeno daquele microrganismo que ele viu nos portões de entrada. A Célula Dendrítica da pele, é a Célula de Langerhans, qualquer microrganismo que atravesse a pele, terá por encontro, essa Célula Dendrítica (de Langerhans), ela fagocita o invasor, processa os seus antígenos, cai no Linfático em direção ao Linfonodo, nesse, há um Linfócito, para qual ele expressa o antígeno ativando o Linfócito específico, re-circulação (?) linfocitária, e a resposta Adaptativa agora é uma resposta contundente. Ou seja, a Apresentação de Antígenos tem que ser avaliada de 2 formas, a primeira forma de observação é dado sob a Célula Apresentadora de Antígeno, profissionalmente exercida por uma Célula Dendrítica, amadoramente exercida por um Macrófago, ou um Linfócito B, tendo diferenças fisiológicas e funcionais. Se for uma Célula Dendrítica, o efeito é um, se for um Macrófago ou Linfócito, o evento é outro, e isso promover efeitos diferentes sobre a nossa defesa. (*Característica importante da apresentação) O Linfócito T, que é o representante da Imunidade Adaptativa só fala uma linguagem molecular. RECAPTULANDO: O Linfócito T, o personagem da Imunidade Adaptativa -é ele que representa, lembrando do que foi ensinado na primeira aula, ao separar o SI, temos Células Linfoides e Células Mieloides, sendo que, Linfoide é tudo aquilo que não é Mielóide, excluindo os Mielócitos, sobram apenas os Linfócitos, sendo esses os representantes da Imunidade Adaptativa. A linguagem reconhecida pelos Linfócitos T, os principais Linfócitos de Imunidade, é uma linguagem de natureza proteica (*TEM QUE ANOTAR). Os Linfócitos T, os principais representantes da Imunidade Adaptativa, só reconhecem antígenos de natureza proteica, ou seja, é uma sequência linear de aminoácidos. MAIS UMA VEZ: Os Linfócitos T são os principais representantes de Imunidade Adaptativa. O reconhecimento, ou seja, a linguagem que os Linfócitos T falam é apenas de natureza proteica. Isso significa que expressar um carboidrato para o reconhecimento de Linfócito T não leva a uma ativação da sua resposta, da mesma maneira, a expressão de um lipídeo não ocorre dessa forma. Qualquer outra natureza molecular, ou seja, expressar um ácido nucleico, expressar um lipídeo, ou então, expressar um carboidrato, ou qualquer outra natureza, não é condizente com a ativação do Linfócito T. No entanto, caso seja uma sequência linear de aminoácidos, um fragmento peptídico, isso écapaz de ativar os Linfócitos. Em primeiro lugar, os Linfócitos T só podem ser ativados mediante a expressão de um antígeno cuja natureza é proteica. LINFÓCITOS T SÓ PODEM SER ATIVADOS MEDIANTE A EXPRESSÃO DE UM ANTÍGENO CUJA NATUREZA É PROTEICA Em segundo lugar, diferente do que o Linfócito faz ou lê, a Célula Dendrítica fala muitas linguagens. MAIS UMA VEZ: O Linfócito T só fala a linguagem proteica, a Célula Dendrítica -ou APC- fala qualquer linguagem molecular. Isso significa que a Célula Dendrítica reconhece carboidrato, reconhece material genético, reconhece lipídeo, e, inclusive, proteínas, ou seja, essa célula é capaz de interagir com qualquer agente agressor, mas, no entanto, só ativa Linfócitos T, quando os antígenos desse agente agressor forem de natureza proteica, esse é o primeiro ponto. O segundo ponto, é que os Linfócitos T, só realizam ativação ou reconhecimento antigênico, desde que a linguagem esteja codificada, por 2 receptores. NOVAMENTE: Não basta um antígeno tratar-se de um antígeno de natureza proteica, o Linfócito tem que expressar um receptor de membrana, e, esse receptor de membrana, deve ser capaz de interagir com receptor da APC. MAIS UMA VEZ: Enquanto de um lado eu tenho uma Célula poliglota, com capacidade de reconhecimento de qualquer natureza antigênica, a Célula Dendrítica, já que seus PRR não são exclusivamente proteicos, podem reconhecer material genético, proteína, carboidrato, lipídio, complexos. Uma vez reconhecendo esses diferentes tipos de natureza antigênica, processamento em pequenos fragmentos peptídicos - sequência lineares de aminoácidos. Essas sequências, são então incutidos em uma molécula, o Linfócito T para reconhecer e ativar esse antígeno, deve ver o antígeno, cuja natureza é proteica, mas não é só isso. Esse antígeno de natureza proteica, tem que estar ancorado em um complexo molecular de reconhecimento, esse é o chamado MHC. MHC DO PONTO DE VISTA FUNCIONAL MAIS UMA VEZ: O antígeno pelo qual o Linfócito T se ativa, é sempre de natureza proteica, o que implica dizer que é uma sequência de aminoácidos LINEAR, não tridimensional, ou seja, é a estrutura PRIMÁRIA da proteína, não a sequência secundária ou terciária. Essa sequência linear não pode estar livre, ela deve estar ancorada/presa a um Complexo Multiproteico de reconhecimento, esse, que na verdade é uma glicoproteína, é reconhecida como MHC (Complexo Major {principal} de Histocompatibilidade). Na tradução, DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY isso seria o seguinte, cada Célula Dendrítica, só ativa o Linfócito, desde que o antígeno esteja preso a uma glicoproteína, um receptor, que medeia a principal compatibilidade entre os tecidos, o Complexo Principal de Histocompatibilidade. O MHC presente na Célula Dendrítica segura o antígeno proteico, e isso é expresso para o Linfócito T. MHC- PRESENTE NA CÉLULA DENDRÍTICA O Linfócito T, reconhece esse antígeno, respondendo com outro receptor, esse outro receptor, é conhecido como TCR, o Receptor da Célula T, esse, faz 2 funções específicas, (1) reconhecimento antigênico propriamente dito, bem como, (2) reconhecimento do MHC. TCR- PRESENTE NO LINFÓCITO T RECAPTULANDO: A função do MHC é ancorar antígenos proteicos para ativação do Linfócito T. Hoje, estamos contanto a história sobre a versão da APC, essa, está reconhecendo o patógeno pelos seus PRR’s, ou seja, reconhecendo a natureza multimolecular de seus patógenos, carboidratos, lipídeos, material genético, proteínas, entre outros, engolfa, processa em pequenos fragmentos. Os fragmentos proteicos, ou seja, os antígenos de natureza proteica, as sequências lineares de aminoácidos, vem parar em uma fenda/bolsa/buraco do MHC. Eu sou uma APC, o MHC é um receptor de membrana, uma glicoproteína, esse receptor de membrana ancora um antígeno de natureza proteica, e ele é expresso na superfície da Célula APC. O Linfócito vai reconhecer, não somente o antígeno, mas vai reconhecer também o MHC da célula APC, e, isso é feito através de seu receptor. O TCR reconhece parte do antígeno, mas também parte do MHC. Isso, compoe o que chamados de Primeiro Sinal de Ativação. Esse, é dado pela tríade (1) TCR, do linfócito T, (2) MHC, da APC, (3) antígeno de natureza proteica. PRIMEIRO SINAL DE ATIVAÇÃO TCR+ MHC+ ANTÍGENO DE NATUREZA PROTEICA Assim, o MHC expressa o antígeno, e o Linfócito reconhece o antígeno, mais MHC, formando a tríade de ativação, e essa fornece o Primeiro Sinal. O Complexo sendo o principal de histocompatibilidade, significa que ele consegue mediar a compatibilidade dos tecidos, e, além dele mediar a compatibilidade dos tecidos, ele é o principal (major), logo, se tem o principal, deve haver secundários. SISTEMA AB0: O sistema de tipificação do sangue, é um sistema de histocompatibilidade. Duas pessoas A+, podem fazer troca de sangue, já que o seu sangue (tecido hematopoiético) é compatível com o outro sangue (tecido hematopoiético), portanto, ambas são compatíveis entre si. Mas nem sempre isso é uma verdade. Esse, não é o nosso principal mecanismo de reação contra tecidos, mas é um tipo de reação. Por isso, ele NÃO É O MHC, ele é um sistema de compatibilidade secundário, o principal, é dado pelo MHC, o Complexo Principal (major) de compatibilidade entre tecidos. Duas pessoas que não são parentes, obviamente, terão uma árvore genética diferente. Receptores de membrana, de uma certa forma, são proteínas, e essas são codificadas no genoma. Se é uma glicoproteína, a parte proteica, veio de um RNA mensageiro, e o RNA mensageiro veio de um DNA, logo, se o DNA não é igual entre indivíduos, o MHC também não será igual. Por isso, um fígado não pode ser transplantado, já que o MHC de um, é diferente do outro. Logo, se o meu MHC é diferente do seu, o meu SI reconhece o seu MHC como não próprio, por isso, ele é o Complexo Principal de Histocompatibilidade. Como os tecidos não são histocompatíveis, o meu SI reconhece o seu como se fosse algo não próprio, e, ele destrói o tecido como ele destruiria uma bactéria, sendo esse o principal mecanismo limitador de transplantes, a tipificação distinta entre MHC. O que, na verdade, é mentira, já que eu transplanto sim, e deixo o paciente imunossuprimir, caso a segunda opção seja não transplantar e deixar o paciente vir a óbito, mas, em termos teóricos, é isso que acontece. Indivíduos com o mesmo pai e mesma mãe, são geneticamente próximos, logo, existe maior chance do MHC entre esses ser similar. Logo, se são similares do ponto de vista da histocompatibilidade, existe uma chance maior de transplante de tecidos entre esses. O que medeia a ativação ou não entre os tecidos ou coisas, é o MHC, esse, determina se posso ou não transplantar, ou seja, determina se reconheço ou não determinada coisa. Quando mais próximos os MHC são compartilhados, maior a chance de compatibilidade histológica, quanto mais distantes são os MHC, mais distante é a compatibilidade entre os indivíduos. Logo, caso um dia precisemos de transplantes de órgãos, devemos buscar entre a família, e não entre amigos, do ponto de vista molecular e genético. Os amigos podem até ser, mas, não necessariamente serão. Obviamente, caso tenhamos que escolher entre pegar um órgão do pai/mãe ou de irmãos, deve-se escolher irmãos, visto que os irmãos têm chance de terem a mistura igual genética igual a nossa. Os pais vêm de genealogias distintas, e em nós se uniram, esses, são sempre semi haplóticos em relação ao filho. Caso alguém tenha um irmão gêmeo univitelino, contam com um estoque de órgãos para transplantes. A tríade MHC+TCR+ANTÍGENO forma o primeiro sinal de ativação, esse, não é suficiente para ativar o Linfócito. Há sempre a necessidade de “girar duas chaves ao mesmo tempo para explodir”. O primeiro sinal de ativação não é suficiente para fazer com que o Linfócito de fato promova a defesa, é necessário um segundo sinal deativação, para que ele possa corroborar com o primeiro. Antígeno próprio (meu, nesse caso) e Antígeno estranho (de um microrganismo, nesse caso), em maior concentração no indivíduo está o antígeno próprio, obviamente. Quando eu comparo a produção de antígeno próprio e estranho, a concentração de antígeno próprio é muito maior já que faço síntese proteica o tempo inteiro, mas a quantidade de DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY antígeno estranho é menor, visto que, só tenho produção de antígeno estranho, hipoteticamente, frente a alguma infecção. Só tenho concentração aumentada de antígeno estranho (microbiano), mediante a presença de um microrganismo, não da para fabricar antígeno estranho se ele não está em mim. Matematicamente falando, a chance de entrar no receptor é de um antígeno próprio, já que ele está em maior concentração, e se esse Primeiro Sinal fosse suficiente para ativar o Linfócito, o resultado disso é autoimunidade, e isso, é algo ruim. Portanto, não é necessário apenas um sinal de ativação, são necessários dois sinais de ativação. O segundo sinal (*precisamos saber o nome dessa molécula) é dado através do oferecimento do par B712, também chamado de CD8086. Bom, acabamos de aprender que um único sinal não é suficiente para ativar Linfócito, e esse é o mecanismo de resguardo/defesa, já que tenho muito mais antígeno próprio em relação a antígeno estranho, logo, existe um risco muito aumentado de autoimunidade. O segundo sinal é oferecido quando uma APC expressa um ligante chamado B712, esse, tem seu nome oficial, que é CD8086. Essa, é só uma molécula, temos que saber que quando B712, ou, 8086, é expresso, o contraligante para o Linfócito é chamado de CD28 (*temos que saber). RECAPTULANDO: O segundo sinal para ativação do Linfócito é uma molécula conhecida como B712, cujo sinônimo é CD8086. CD é a sigla para “fragmento de diferenciação”, para a gente, podemos reconhecê-la apenas como uma molécula. A molécula 8086 é expressa na superfície da célula apresentadora de antígenos, essa molécula CD8086 tem o seu receptor, o contraligante, esse, está expresso no linfócito, e ele é chamado de CD28. Quando CD28 se encontra com CD8086, o segundo sinal é oferecido, e esse segundo sinal, é a via de ativação do Linfócito. EXEMPLIFICANDO NA KAREN: Primeiro sinal, “aqui Linfócito, é um antígeno”, “é próprio ou não próprio?”, “Zé, não se preocupa, é um antígeno”. Para dizer que isso é um antígeno estranho, CD8086. É a chave de segurança. NOVAMENTE: Estou com um antígeno, eu sei que é estranho, mas o Linfócito não sabe, então, eu expresso como APC, o antígeno para ele, sendo esse o Primeiro Sinal. E então o Linfócito pensa “hm, antígeno, mas é próprio ou estranho?”, e a APC responde “não interessa, é um antígeno de qualquer forma, é proteico”, para garantir que isso é microbiano, a APC vai mostrar para o Linfócito CD8086, e o nome do receptor do Linfócito é CD28, quando os sinais estão presentes aos pares, os Linfócitos se ativam. Quando a célula expressa CD8086? Diante do reconhecimento de um PAMP. O padrão molecular é associado ao patógeno, só da para ver PAMP se tiver patógeno, quando tem patógeno, a Célula Dendrítica expressa CD8086, e se eu vi CD8086, é porque isso é um patógeno, e você pode se ativar, não tem erro. EXPLIQUE A PRESENÇA DE ADJUVANTES EM VACINAS CONJUGADAS: Muitas vacinas, além do seu antígeno (*”não deveria contar, porque essa é a questão da prova”), muitas vacinas expressam adjuvantes além do antígeno a ser imunogênico/ imunogenizador/ produtor de resposta imune,. O ator principal de um filme é conhecido como protagonista, e aquele que não é protagonista, mas auxilia na história, é o coadjuvante. Coadjuvar é atuar conjuntamente. A vacina está levando o antígeno principal, isso é o que eu quero que o Linfócito aprende. Ali está o toxoide tetânico, já que eu quero que o indivíduo seja imune a ele, então, eu inativo a toxina, e dou o toxoide. Então eu digo “Júlia, isso aqui é o toxoide tetânico, aprende, ta? Para no dia que você ver o tétano, você saber se defender”. NÃO É A TOXINA, É O TOXOIDE. Mas isso pode não ser tão imunogênico, para falar para o Linfócito da Júlia para fazer resposta imune, eu vou colocar um adjuvante, esse, é um fragmento de bactéria que não tem nada relacionado ao tétano, ele é, por exemplo, um fragmento de LPS. Então, eu coloco junto, o toxoide com LPS. Eu não quero imunidade para LPS, eu quero imunidade para toxoide, mas se eu der o LPS, eu estou dando PAMP. Se eu estou dando PAMP, essa expressão aumenta, e então eu dou o segundo sinal, o qual corrobora para o primeiro, e a vacina fica melhor. Entretanto, temos um problema, já que o LPS faz liberação de IL-1 e IL-6, as quais são duas Interleucinas que atuam no Hipotálamo, e, nesse, eles induzem a produção de pirógeno. Aí vem o vovô e diz “Não vou tomar a vacina da gripe porque ela me fez febre”, o objetivo era esse, se fez febre significa que teve resposta, se ele fez febre é porque a vacina ativou o SI, isso é o melhor que poderia acontecer. Tem gente, que não pode, por exemplo, tomar vacina derivada de ovo de galinha, ovo embrionado, já que o cara faz alergia a proteína de ovo (albumina). Muitas proteínas são utilizadas como adjuvantes, mas o mesmo adjuvante que pode auxiliar na vacina, pode também produzir uma resposta alérgena, e esse cara não pode tomar essa vacina. Esse é o caso da Febre Amarela, que faz com ovo de galinha. Pode ser vacina de vírus atenuado, completo, particulado, não particulado. Normalmente a vacina de vírus atenuado não precisa já que o vírus está vivo, mas uma vacina de vírus inativado precisa. A vacina 23 valente não imuniza muito bem porque é carboidrato, logo, não é proteico. (*”outra pergunta de prova”) UMA PROPOSTA DE VACINAÇÃO CONTRA CÂNCER É UTILIZAR O BCG NA FORMULAÇÃO VACINAL. EXPLIQUE PORQUE EU DEVO UTILIZAR O BCG PARA AUMENTAR EFICÁCIA DE RESPOSTA CONTRA UMA CÉLULA TUMORAL. Hoje isso é feito, quando eu quero imunizar contra uma célula tumoral. Já que, por mais que não gostemos uma célula tumoral é nossa (por mais que exista câncer produzido por microrganismos [ex: HPV; Linfoma de Burkitt, causado por Herpes vírus]), mas a grande maioria deles não são. Uma célula tumoral nada mais é do que uma célula mal formada de uma célula própria, nós não nos ativamos bem diante um antígeno próprio, visto que, se não é PAMP, B712 não aumenta, e pra esse antígeno tumoral aqui há uma ativação eficaz? Por que eu acrescento BCG na formulação vacinal de vacina contra câncer? (*”essa valia 1,5”) Porque o BCG (que é um bacilo, logo, um microrganismo) tem PAMP, e, com isso, ele aumenta B712, e se essa expressão aumenta, o antígeno tumoral vai poder ser respondido pelo Linfócito T, resultando na eficácia de vacinação. DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY (*”mais uma questão de prova”) A ESPONDILITE ANQUILOZANTE É UMA DOENÇA AUTOIMUNE RESULTANTE DO FUSIONAMENTO DE VÉRTEBRAS SACRAIS, CUJO PACIENTE ACOMETIDO DIMINUI A MOBILIDADE DE CINTURA, SENDO UM INDIVÍDUO CADEIRANTE NO FUTURO. Essa, é sempre precedida por uma infecção urinaria por Klebsiella pneumoniae, um agente infeccioso muito presente no TGU. CORRELACIONE A ESPONDILITE ANQUILOZANTE AUTOIMUNE COM A INFECÇÃO POR KLEBSIELLA. A infecção por Klebsiella forneceu a APC o seu PAMP, no entanto, o antígeno que é enxergado na doença autoimune, são os antígenos presentes nas vértebras. O antígeno visto pelas vértebras fornece o primeiro sinal, a infecção pelo microrganismo garante o segundo sinal, por isso, a Espondilite Anquilozante é precedida por uma infecção urinária. Grande parte das doenças autoimunes são precedidas de infecção, e o nome disso é “QUEBRA DA TOLERÂNCIA”. Recebe esse nome já que até hoje tolerávamos a vértebra, até o momento que o microrganismo cruzou o caminho, quebrando essa tolerância. Uma vacina pode levar a essa quebra, o que explica porque muitas pessoasfazem LÚPUS APÓS VACINA. Uma mulher que faz Lúpus sempre procura para diagnóstico, um período posterior as lesões na face, uma marca de Lúpus é ela fazer a lesão em asa de borboleta. Toda vez que ela procura o clínico para diagnóstico, ela irá relatar que essas lesões apareceram a pouco tempo, principalmente se ela foi a praia um outro dia. Qual a correlação entre praia, lesão e diagnóstico de Lúpus? Ela foi a praia, e, em dia ensolarado, os raios UV agridem as células, e esse é um tipo de DAMP. Nesse caso, o DAMP irá favorecer, na maioria das vezes não. A presença desse DAMP expressa B712, e então os antígenos que foram liberados pela lesão do raio UV serão utilizados para o primeiro sinal. O primeiro sinal vem do antígeno (lesão celular que liberou antígeno), e o segundo sinal veio da lesão tecidual (destruição). FENÓTIPOS DE LINFÓCITO T Daqui cerca de 2 semanas, a Juliana irá mostrar mais profundamente esse assunto, só iremos introduzi-lo agora. O fenótipo do Linfócito T é aquilo que ele é no contexto geral. Nem todos os Linfócitos atuam da mesma maneira, tem Linfócito que atua melhor para parasita, outros que atuam melhor para fungo, e ainda alguns que atuam melhor para bactéria. O linfócito sabe que tem que se defender contra um parasita, contra um fundo, contra uma bactéria após a Célula Dendrítica contar para ele. O linfócito tem que modificar, ele estava virgem, e ele vai então se transformar em um Linfócito Efetor. Ele pode ser Linfócito Efetor (após ser deflorado) para parasita, para fungo, para bactérias, para o que ele quiser, o que determina se ele vai ser um Linfócito A, B, C, D, E, é a Célula Dendrítica, já que essa viu o patógeno primeiro. Se ela sabe quem é o patógeno, através da secreção de citocinas. Isso é chamado de ASSINATURA, através da assinatura de citocinas liberadas pela Célula Dendrítica, esse Linfócito vai ser influenciado, e sendo assim, será o Linfócito efetivo para uma infecção parasitária, fúngica, bacteriana. EXPERIMENTO COM RATO- LEI DE RESTRIÇÃO AO SEU PRÓPRIO (*”questão famosa do rato”) Temos um rato verde e um vermelho, as cores não são aleatórias, elas mostram que um rato é diferente do outro. Se eu pego o tecido do ratinho vermelho, e transfecto no ratinho verde, após 10 dias, o ratinho verde rejeita o tecido do ratinho vermelho. Se eu pegar um ratinho irmão do vermelho, ou seja, geneticamente semelhantes, e transfectar a pele do ratinho vermelho no ratinho vermelho, depois de 10 dias não tem rejeição. Isso acontece já que indivíduos que são geneticamente idênticos, ou similares, tem histocompatibilidade. Indivíduos que tem, geneticamente, MHC distintos, tem histoincompatibilidade. O que é MHC próprio para mim, é MHC estranho para você. Os ratinhos somos nós, aquilo que é próprio para mim, permanece próprio no meu similar, e, aquilo que é estranho para mim, eu rejeito, ainda que seja próprio para você, e isso é o que chamados de LEI DE RESTRIÇÃO AO SEU PRÓPRIO. Esse é o fator limitante dos transplantes, já que o que é MHC meu na minha medula, não é MHC seu na sua medula, portanto, se tiro minha medula e passo para você, existe um risco de rejeição. Temos MHC diferentes, portanto, já está descoberto a o porquê da rejeição nos transplantes. MHC segura antígeno, esse mesmo MHC que segura antígeno próprio, segura também antígeno estranho, e um MHC não é igual entre uma pessoa e outra. Isso quer dizer que certos antígenos próprios encaixam melhor em uma pessoa quando comparada a outra. NOVAMENTE: O mesmo MHC em mim, que pega próprio, também pega estranho, portanto, eu posso receber colágeno, mas também posso receber LPS, ou, a parte proteica. Se existe MHC diferentes na população, tem certos antígenos próprios que eu seguro bem, e, tem certos antígenos próprios que eu seguro mal. Quem segura melhor antígeno próprio, tem maior chance de desenvolver doença autoimune. Como os MHC são diferentes, existem populações que seguram melhor doença autoimune quando comparadas a outras. O mesmo Streptococo pode encaixar melhor no meu MHC, mas pior no seu. Quem encaixa melhor Streptococo, obviamente, será mais eficaz na resposta, o que explica algumas pessoas serem mais fortes imunologicamente, quando comparadas a outras. Pela mesma razão disso, algumas vacinas funcionam melhor em algumas pessoas em comparação a outras. Isso se explica DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY já que tudo depende do MHC, é ele que diz se tenho risco maior de desenvolver uma doença autoimune, ele que diz se tenho risco maior de ser susceptível a uma doença, se tenho chance maior de trocar ou não tecidos. MHC DO PONTO DE VISTA GENÉTICO E MOLECULAR Agora que já fizemos um apanhado do ponto de vista funcional, falaremos do ponto de vista genético e molecular. A molécula do MHC trata-se de uma glicoproteína, e o que permite que essa glicoproteína se prenda a membrana plasmática é a sequência glicídica, ou seja, eu tenho uma sequência de carboidratos que permitem a inserção do MHC na membrana plasmática. Existem 2 tipos de MHC, e eles são denominados de acordo com a classe, organização e tipo de células que são expressas. Bom, o MHC é uma glicoproteína, portanto, tem parte proteica e parte glicídica. A parte glicídica é só para inserir/ancorar esse receptor na superfície da célula, ou seja, na membrana plasmática. Os MHC podem ser separados em virtudes dessas classes, esse, tem morfologia diferentes, estruturas e até mesmo apresentações, ou seja, o tipo de célula que expressa o MHC é diferente. Precisamos guardar apenas a expressão, a estrutura será feita de ponto a ponto. MHC DE CLASSE I O MHC de classe I, está expresso em todas as células que apresentam núcleo, e esse MHC, como está sendo expresso por essa célula, tem sua recepção dada por um Linfócito T, subtipo CD8+. RECAPTULANDO: O MHC de classe I está expresso em qualquer célula que possua núcleo, e encontra a sua recepção em Linfócitos T de subtipo CD8. Isso significa dizer que quando esse Linfócito é CD8+ e ativado, ele irá se transformar em um Linfócito citolítico, e a função dele é realizar a citolise. PELA ÚLTIMA VEZ: O MHC de classe I está expresso na superfície de qualquer célula nucleada. MHC DE CLASSE II Esse, é visto exclusivamente por Células Apresentadoras de Antígenos (Linfócitos B, Macrófagos e Células Dendríticas), tem a capacidade de expressar o MHC de classe II em sua superfície, esse, também recebido por um Linfócito T, mas diferente do MHC de classe I, esse Linfócito é do subtipo CD4, que quando ativado, será chamado de Linfócito T auxiliador, ou T helper. A função de um Linfócito citolítico é a citólise, enquanto a função exercida pelo CD4 é auxílio dado por secreção de citocinas. HISTÓRIA DO MHC O MHC foi descoberto nos pós segunda guerra. O Peter, primeiro brasileiro que ganhou um prémio nobel, pensou que como tinham muitos indivíduos amputados, posso pegar braço de gente que foi morta, e transfectar o braço no que ficou vivo no pós guerra. A surpresa foi que quando ele pegava homem branco e transfectava em homem branco, para mudar o degradê, ele descobriu que mesmo um homem branco com mesma idade e mesma característica, tinha rejeição tecidual. Quando se estudou que conjuntos de genes estavam associados a isso, chegou-se ao conjunto de genes do MHC, que em humanos é chamado de sistema HLA. RECAPTULANDO: O MHC é uma glicoproteína, a parte que é glicídica não nos importa, mas a parte que é proteína sim, já que, se é uma proteína, é codificada por um gene, e esses genes do MHC são distribuídos entre as pessoas. Quando estudaram os genes dessas pessoas, descobriram que ele fica localizado no braço curto do cromossomo 6, e que as pessoas não apresentam um gene do MHC, mas sim, um conjunto de genes do MHC. Cada conjunto de genes que estão relacionados com o MHC vão codificar parte da estrutura da molécula do MHC. PELA ÚLTIMA VEZ: HLA é o sistema de antígenosleucocitários humanos, o sistema de antígenos que inicialmente era visto nos leucócitos, os seja, HLA em humanos, é sinônimo de MHC. Toda vez que que estiver falando de HLA, eu estou obrigatoriamente me referindo ao MHC em humanos. Tanto que, quando vou fazer tipificação para transfecção de tecidos, eu tipifico HLA do par doador- receptor. EXEMPLO: Eu tenho um paciente, esse paciente vai doar determinado órgão, por exemplo, o coração. Nesse caso, eu tenho que pegar o par doador-receptor, e fazer a tipificação do HLA. Isso é feito já que, HLA em humanos é a mesma coisa que MHC. Portanto, tipificar em HLA é tipificar o tipo de MHC que cada um tem, se esse for compatível, o MHC é compatível. Se eu tipificar o HLA e eles forem muitos distintos, significa que essas pessoas não formam um par doador-receptor compatível. GENÉTICA DO MHC DE CLASSE I Esse, compreende 2 cadeias peptídicas (*anotem isso). Uma, é chamada de Alfa, e a outra é chamada de Beta 2m. A cadeia Alfa tem 3 segmentos, é a mesma cadeia, só que ela DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY tem 3 pedaços/porções, respectivamente, Alfa 1, Alfa 2 e Alfa 3. VOLTANDO: O MHC de classe I é formado por 2 cadeias, uma chamada de Alfa e a outra de Beta 2m. A cadeia Alfa tem 3 pedaços, mas é uma cadeia só. Os pedaços são chamados de Alfa 1, Alfa 2 e Alfa 3. A porção ou pedaço Alfa 3, é onde se liga a molécula CD8. Essa molécula CD8 que está expressa nos Linfócitos CD8+, por isso recebem esse nome (CD8+ porque tem a molécula CD8). Esses Linfócitos são citolíticos, portanto, todo MHC de classe I, tem sua recepção dada por um Linfócito CD8+. Ele é recebido pelo CD8+ porque a porção Alfa 3 é a que se liga a molécula CD8. O Linfócito CD4 tem a molécula CD4, não existe nenhuma porção de ligação ao CD4, por isso, o MHC de classe I não ativa CD4, mas ativa CD8. A cadeia alfa pode ser codificada por 3 genes diferentes, sendo eles A, B e C. NOVAMENTE: O MHC de Classe I tem 2 cadeias diferentes, uma é chamada de Alfa e a outra, de Beta 2m. A cadeia Alfa tem 3 pedaços, mas é uma cadeia só. Cada cadeia é codificada por um gene, temos 3 genes. Temos 1 cadeia alfa, e 3 porções. Cada cadeia um gene, temos 3 genes, portanto, 3 cadeias. Temos um RNA mensageiro, e cada RNA mensageiro é formado por 1 único gene. Cada 1 gene, faz 3 RNA. O RNA mensageiro 1, o RNA mensageiro 2, o RNA mensageiro 3. Se eu tenho 3 RNA mensageiros, posso ter 3 MHC de Classe 1. EXEMPLO: O RNA mensageiro do Adam foi feito por uma sequência de bases nitrogenadas, o RNA mensageiro do Yuri não foi feito pela mesma sequência do Adam, por isso, o MHC de um é diferente do MHC do outro. Portanto, existe mais de um tipo de MHC na população. Existe MHC para o gene A em várias pessoas diferentes, existe MHC para o gene B em várias pessoas diferentes, e, existe MHC para o gene C em várias pessoas diferentes. Isso é denominado polimorfismo do MHC. EXPLICANDO DE OUTRA FORMA: Cada gene é uma cor, cada cor codifica para uma cadeia alfa, temos 3 cores, e, portanto, 3 cadeias alfa. Não existe apenas azul turquesa, existe azul royal, claro, escuro, caneta. Portanto, todo mundo tem gene A, mas nem todo mundo tem gene A igual. Se os nossos MHC de classe 1, são similares mas não iguais, quer dizer então que Stafilo pode prender bem, mas pode prender mal, por isso, uma pessoa e outra responde para antígenos iguais de formas diferentes. Portanto, o polimorfismo dos MHC nos distanciam. O azul da minha família é próximo, por isso, se precisarmos transplantar, devemos procurar na família. Esse gene, se encontra no braço curto do cromossomo 6, e, nós temos 2 cromossomos 6, um que ganhamos do pai, e, outro que ganhamos da mãe. O que ganhamos do pai, por exemplo, tem gene azul, mas é azul claro, e da mãe, por exemplo, é azul escuro. Se a herança do MHC é codominante, o do pai não suplanta da mãe, e da mãe não suplanta o pai, na verdade, ambos se expressam. Se ambos se expressam, temos 3 MHC de Classe I da mãe e 3 MHC de Classe I do pai, se esses se expressam juntos, temos 6 MHC de Classe I. GENÉTICA DO MHC DE CLASSE II É a mesma coisa, só que, o MHC de Classe II tem duas cadeias, e são duas cadeias variáveis. O de Classe I, tem uma cadeia Alfa e uma cadeia Beta2m. A cadeia Beta 2m não varia no mesmo indivíduo. Isso significa que no MHC de Classe Ib, temos o mesmo Beta2m, e no MHC de Classe Ic, temos também o mesmo Beta 2m. O meu MHC não é igual ao do Amós já que ele não varia na mesma pessoa, mas varia em pessoas diferentes. Todos os meus MHC, o azul, o verde e o vermelho, tem mesmo Beta2m se for uma mesma pessoa, tratando-se de pessoas diferentes, o Beta2m vai mudar. A diferença do MHC de Classe II é que ambas as cadeias tem variação, com isso, preciso de 2 genes para fazer 1 MHC. No MHC de Classe 1, estava 1 gene para 1 cadeia, já que a cadeia que variava era apenas a Alfa, a outra não variava. Agora, 1 gene para meia cadeia, e outro gene para o resto da cadeia, e cada uma molécula, é formada por 2 genes. Cada gene da origem para uma parte da cadeia, então, uma cadeia alfa é codificada pelo gene a do DR. Cada complexo tem 2 cadeias agora, para fazer a cadeia alfa, eu preciso do gene a, que está presente em DR, para fazer a cadeira Beta, eu preciso do gene b de DR. Quando eu escolho um gene a, e um gene b, cada um codifica uma cadeia, e eu formo o MHC de classe II. Então, recaptulando, enquanto lá era uma cadeia só, aqui são duas cadeias que estão variando. Voltando para as cores, na natureza temos rosa claro, escuro, pink, chiclete, bebê, entre outros, o que significa que o gene do Amós é rosa claro, mas o gene que a Ana Carolina tem é rosa pink, isso forma metade da cadeia. Esses genes estão no cromossomo 6, os dois são expressos, logo, tenho 6 MHC de Classe II. Para o MHC de Classe I era a, b e c, agora, trocamos o nome é DP, DQ e DR da mamãe, e, DP, DQ, DR do papai, portanto, 6 MHC. MHC de Classe II + MHC de Classe I= 12 MHC. PERGUNTA: Se o seu pai tem doença autoimune existe risco de termos doença autoimune? Pensando bem, se meu pai tem doença autoimune, ele me da MHC de doença autoimune. Se a minha mãe é susceptível a uma infecção, ela me dá susceptibilidade a uma infecção. Portanto, não é incomum um pai com Espondilite, transmitir tal doença para seu filho. Bem como, uma mãe que tenha Lúpus, terá uma neta com Lúpus, visto que, há transmissão dos MHC e nós ganhamos MHC do pai e da mãe. POLIMORFISMO DO MHC Parece que é aleatório na hora que vou ganhar, mas o MHC de Classe I que minha mãe tem foi uma escolha dela em relação a minha avó. Pensando apenas no MHC de classe Ia, DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY esquecendo o resto, existe uma grande variabilidade do MHC da minha família, de maneira que posso dizer que eles são heterozigotos. Ninguém é igual a ninguém. Mas posso ter uma mãe homozigota, essa, terá variabilidade menor, portanto, é mas susceptível a doenças. Ser mais variado significa encontrar mais antígenos, e, ser menos variado, significa ficar menos susceptível. Um exemplo disso é na DIABETES TIPO I, já que tanto a susceptibilidade para doença autoimune quanto para sofrer uma infecção está diretamente relacionada ao MHC. OBSERVAÇÕES Recebo b do meu pai e b da minha mãe. Digo que determinada doença tem 5% de chance de ocorrer isoladamente, e de ter a outra doença a chance é de 10%. A chance de ter as doenças conjuntamente é de 50%, bastando multiplicar uma pela outra. Se eu disser que a chance é maior que a estatística, a explicação é simples, já que os MHC caminham juntos. A ideia é a seguinte, quando sua mãe te dá o MHC de classe Ia, normalmente, ela te dá o MHC de Classe I a e b, por exemplo. Se ela te dá o a e o b de uma mesma forma, ela está aumentando o risco da doença acontecer. Os Judeus tem mais doença autoimune em relação a população geral porque eles casam entre si, e, com isso, a variabilidade dos genes diminui. O que significadizer que se uma pessoa judia estiver com gene defeituoso que também tem o gene defeituoso, esse irá ficar em homozigose, e os filhos dessa pessoa serão doentes. Essa criança não casa fora da crença, se casa com outra pessoa que será judia, cujo gene está na população judia, e a chance de colocarem homozigose em seus filhos é maior, portanto, sua variabilidade de genes é menor, tendo risco maior ou para doenças ou para susceptibilidade.
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