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1 
 
 
 
 
 
 
 
Prefeitura de Ilhabela-SP 
Agente de Combate às Endemias 
 
 
Quem é o Agente de Combate às Endemias. Atribuições do Agente de Combate às 
Endemias. Ações a serem desenvolvidas pelo Agente de Combate às Endemias ................... 1 
Sistema de Informação que o Agente de Combate às Endemias trabalha. Finalidade do 
Sistema de Informação para o trabalho do Agente de Combate às Endemias ......................... 4 
Conhecimento básico sobre: Esquistossomose, Doença de Chagas, Dengue, Cólera, Febre 
Amarela, Filariose, Leishmaniose, Peste, Raiva, Leptospirose e Malária ................................. 5 
Biologia dos vetores. Reconhecimento geográfico. Tratamento e cálculo para tratamento. 
Pesquisa Entomológica. Criadouros. Manuseio de inseticida e uso de E.P.I. Organização e 
operação de campo. Material de uso diário ............................................................................ 15 
 
 
 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
1585031 E-book gerado especialmente para DENISE DA SILVA BARBOZA
 
1 
 
 
 
ATRIBUIÇÕES DO AGENTE DE ENDEMIAS123 
 
Vistoria de residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais para buscar focos 
endêmicos. Inspeção cuidadosa de caixas d’água, calhas e telhados. Aplicação de larvicidas e inseticidas. 
Orientações quanto à prevenção e tratamento de doenças infecciosas. Recenseamento de animais. 
Essas atividades são fundamentais para prevenir e controlar doenças como dengue, chagas, 
leishmaniose e malária e fazem parte das atribuições do agente de combate de endemias (ACE), um 
trabalhador de nível médio que teve suas atividades regulamentadas em 2006. 
Assim como os agentes comunitários de saúde (ACS), os ACEs trabalham em contato direto com a 
população e, para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, esse é 
um dos fatores mais importantes para garantir o sucesso do trabalho. “A dengue, por exemplo, representa 
um grande desafio para gestores e profissionais de saúde. E sabemos que um componente importante é 
o envolvimento da comunidade no controle do mosquito transmissor. 
Tanto o ACS como o ACE, trabalhando diretamente com a comunidade, são atores importantes para 
a obtenção de resultados positivos”, observa. 
O ACE é um profissional fundamental para o controle de endemias e deve trabalhar de forma integrada 
às equipes de atenção básica na Estratégia Saúde da Família, participando das reuniões e trabalhando 
sempre em parceria com o ACS. “Além disso, o agente de endemias pode contribuir para promover uma 
integração entre as vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental 
Como está em contato permanente com a comunidade onde trabalha, ele conhece os principais 
problemas da região e pode envolver a população na busca da solução dessas questões”, acredita o 
secretário. 
 
Atenção 
- O ACE é o profissional que trabalha vinculado a uma equipe de vigilância em saúde, mas que deve 
atuar de forma conjunta com a equipe de Atenção Básica sempre que possível; 
- Além de promover ações de educação em saúde junto à comunidade e de informar à população 
sobre os riscos das doenças, o ACE também realiza visita aos imóveis e outras localidades com o objetivo 
de prevenir e controlar doenças como dengue, malária, leishmaniose, doença de Chagas, controle de 
roedores, prevenção de acidentes por cobras, escorpiões e aranhas, participa das ações de vacinação 
de cães e gatos para prevenção e controle da raiva, entre outras ações de manejo ambiental. 
 
O agente de endemias tem competência para prevenir vários elementos que sejam nocivos à saúde. 
Dentre as atribuições de acordo com a Lei 13.595 de 5 de Janeiro de 2018 que cabem ao agente, vale 
destacar: 
I - desenvolvimento de ações educativas e de mobilização da comunidade relativas à prevenção e ao 
controle de doenças e agravos à saúde; 
II - realização de ações de prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, em interação com o 
Agente Comunitário de Saúde e a equipe de atenção básica; 
III - identificação de casos suspeitos de doenças e agravos à saúde e encaminhamento, quando 
indicado, para a unidade de saúde de referência, assim como comunicação do fato à autoridade sanitária 
responsável; 
IV - divulgação de informações para a comunidade sobre sinais, sintomas, riscos e agentes 
transmissores de doenças e sobre medidas de prevenção individuais e coletivas; 
V - realização de ações de campo para pesquisa entomológica, malacológica e coleta de reservatórios 
de doenças; 
VI - cadastramento e atualização da base de imóveis para planejamento e definição de estratégias de 
prevenção e controle de doenças; 
VII - execução de ações de prevenção e controle de doenças, com a utilização de medidas de controle 
químico e biológico, manejo ambiental e outras ações de manejo integrado de vetores; 
 
1 http://www.epsjv.fiocruz.br/educacao-profissional-em-saude/profissoes/agente-de-combate-a-endemias 
2 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/man_dengue.pdf 
3 https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/especiais/55a-legislatura/pl-6437-16-formacao-agente-comunitario-de-
saude/documentos/seminarios/SheilaAtribuiesACE_SVS.pdf 
Quem é o Agente de Combate às Endemias. Atribuições do Agente de Combate 
às Endemias. Ações a serem desenvolvidas pelo Agente de Combate às 
Endemias 
1585031 E-book gerado especialmente para DENISE DA SILVA BARBOZA
 
2 
 
VIII - execução de ações de campo em projetos que visem a avaliar novas metodologias de intervenção 
para prevenção e controle de doenças; 
IX - registro das informações referentes às atividades executadas, de acordo com as normas do SUS; 
X - identificação e cadastramento de situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham 
importância epidemiológica relacionada principalmente aos fatores ambientais; 
XI - mobilização da comunidade para desenvolver medidas simples de manejo ambiental e outras 
formas de intervenção no ambiente para o controle de vetores. 
§ 2º É considerada atividade dos Agentes de Combate às Endemias assistida por profissional de nível 
superior e condicionada à estrutura de vigilância epidemiológica e ambiental e de atenção básica a 
participação: 
I - no planejamento, execução e avaliação das ações de vacinação animal contra zoonoses de 
relevância para a saúde pública normatizadas pelo Ministério da Saúde, bem como na notificação e na 
investigação de eventos adversos temporalmente associados a essas vacinações; 
II - na coleta de animais e no recebimento, no acondicionamento, na conservação e no transporte de 
espécimesou amostras biológicas de animais, para seu encaminhamento aos laboratórios responsáveis 
pela identificação ou diagnóstico de zoonoses de relevância para a saúde pública no Município; 
III - na necropsia de animais com diagnóstico suspeito de zoonoses de relevância para a saúde pública, 
auxiliando na coleta e no encaminhamento de amostras laboratoriais, ou por meio de outros 
procedimentos pertinentes; 
IV - na investigação diagnóstica laboratorial de zoonoses de relevância para a saúde pública; 
V - na realização do planejamento, desenvolvimento e execução de ações de controle da população 
de animais, com vistas ao combate à propagação de zoonoses de relevância para a saúde pública, em 
caráter excepcional, e sob supervisão da coordenação da área de vigilância em saúde. 
§ 3º O Agente de Combate às Endemias poderá participar, mediante treinamento adequado, da 
execução, da coordenação ou da supervisão das ações de vigilância epidemiológica e ambiental. 
 
A Visita Domiciliar do Agente de Endemias 
 
Concedida a licença para a visita, o servidor iniciará a inspeção começando pela parte externa (pátio, 
quintal ou jardim). 
Prosseguirá a inspeção do imóvel pela visita interna, devendo ser iniciada pela parte dos fundos, 
passando de um cômodo a outro até aquele situado mais à frente. Concluída a inspeção, será preenchida 
a ficha de visita com registro da data, hora de conclusão, a atividade realizada e a identificação do agente 
de saúde. 
A Ficha de Visita será colocada no lado interno da porta do banheiro ou da cozinha. 
Nas visitas ao interior das habitações, o servidor sempre pedirá a uma das pessoas do imóvel para 
acompanhá-lo, principalmente aos dormitórios. Nestes aposentos, nos banheiros e sanitários, sempre 
baterá à porta. 
Em cada visita ou inspeção ao imóvel, o agente de saúde deve cumprir sua atividade em companhia 
de moradores do imóvel visitado, de tal forma que possa transmitir informações sobre o trabalho realizado 
e cuidados com a habitação. 
Todos os depósitos que contenham água deverão ser cuidadosamente examinados, pois qualquer 
deles poderá servir como criadouro ou foco de mosquitos Os reservatórios de água para o consumo 
deverão ser mantidos tampados. 
Os depósitos vazios dos imóveis, que possam conter água, devem ser mantidos secos, tampados ou 
protegidos de chuvas e, se inservíveis, eliminados pelos agentes e moradores. O agente de saúde 
recomendará aos residentes manter o imóvel e os quintais em particular, limpos e impróprios à procriação 
de mosquitos. 
Os programas de controle de dengue, a vigilância entomológica é feita a partir de coletas de larvas 
para medir a densidade de A. aegypti em áreas urbanas. Essa metodologia consiste em vistoriar os 
depósitos de água e outros recipientes localizados nas residências e demais imóveis, como borracharias, 
ferros-velhos, cemitérios, etc. (tipos de imóveis considerados estratégicos, por produzirem grande 
quantidade de mosquitos adultos), para cálculo dos índices de infestação predial (IIP). 
A coleta de larvas é importante para verificar o impacto das estratégias básicas de controle da doença, 
dirigidas à eliminação das larvas do vetor. Outra metodologia adotada é a coleta de mosquitos adultos, 
cuja operacionalização para a estimativa do risco de transmissão é custosa e demorada. Em função disso, 
a coleta de adultos nos programas de dengue só é realizada em situações específicas, ou em estudos 
mais aprofundados. 
1585031 E-book gerado especialmente para DENISE DA SILVA BARBOZA
 
3 
 
No contexto operacional, essa informação tem valor limitado para uma avaliação de risco de 
transmissão. Primeiramente, porque a relação entre as coletas e os números absolutos de adultos é 
desconhecida: os mosquitos adultos repousam dentro e fora das casas, frequentemente em locais pouco 
acessíveis, e o número deles coletado representa apenas uma estimativa do total. 
O segundo obstáculo ao uso desse índice para avaliação de risco é que a relação entre o número de 
adultos e a transmissão é desconhecida: a correlação entre o número de vetores coletados e o número 
de humanos na área de coleta, que poderia fornecer o número de vetores adultos por pessoa, não é 
suficiente para quantificar o risco. 
Contudo, essa correlação se aproxima mais da realidade que os índices larvários. Ainda para avaliação 
da densidade do vetor, instalam-se armadilhas de oviposição e armadilhas para coleta de larvas, que 
visam estimar a atividade de postura. 
A armadilha de oviposição, também conhecida no Brasil como ovitrampa, é destinada à coleta de ovos. 
Em um recipiente de cor escura, adere-se um material áspero que permite a fixação dos ovos 
depositados. 
As ovitrampas fornecem dados úteis sobre distribuição espacial e temporal (sazonal). As armadilhas 
para coleta de larvas são depósitos geralmente feitos de seções de pneus usados. Nas larvitrampas, as 
flutuações de água da chuva induzem a eclosão dos ovos e são as larvas que se contam, ao invés dos 
ovos depositados nas paredes da armadilha. 
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) recomenda seu uso para detecção precoce de novas 
infestações e para a vigilância de populações de Aedes com baixa densidade. 
No Brasil, o PNCD (Programa Nacional de Controle da Dengue) recomenda que as larvitrampas sejam 
usadas em locais considerados como porta de entrada do vetor adulto, tais como portos fluviais ou 
marítimos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários e terminais de carga, para verificação da 
entrada do vetor em áreas ainda não infestadas; e para monitoramento desses pontos em áreas 
infestadas. 
Atualmente, essas armadilhas servem para verificar a presença e a abundância de Aedes em áreas 
com baixa densidade do vetor e em áreas sob vigilância. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Belo Horizonte/MG - Agente de Combate a Endemias - FGR) Marque a 
alternativa CORRETA: 
São atribuições do Agente de Combate a Endemias (ACE): 
(A) Prescrever medicamentos contra as doenças infecciosas. 
(B) Diagnosticar as doenças infecciosas em áreas de difícil acesso. 
(C) Vistoria de residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais para buscar 
focos endêmicos. Inspeção cuidadosa de caixas d’água, calhas e telhados. 
(D) Aplicar medicação injetável em casos de doenças infecciosas. 
 
Gabarito 
 
01.C 
 
Comentários 
 
01. Resposta: C 
Vistoria de residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais para buscar focos 
endêmicos. Inspeção cuidadosa de caixas d’água, calhas e telhados. Aplicação de larvicidas e inseticidas. 
Orientações quanto à prevenção e tratamento de doenças infecciosas. Recenseamento de animais. 
 
 
 
 
 
1585031 E-book gerado especialmente para DENISE DA SILVA BARBOZA
 
4 
 
 
 
Sistema e-SUS AB4 permite o registro da produção dos Agentes de Combate às Endemias. 
O sistema e-SUS AB5 foi desenvolvido para atender às necessidades de cuidado na Atenção Básica. 
Logo, o sistema poderá ser utilizado para por profissionais das equipes de AB, pelas equipes dos Núcleos 
de Apoio a Saúde da Família (NASF), do Consultório na Rua (CnR) e da Atenção Domiciliar (AD), 
oferecendo ainda dados para acompanhamento de programas como Saúde na Escola (PSE) e Academia 
da Saúde. 
A primeira versão do sistema apoia a gestão do processo de trabalho das equipes por meio da geração 
de relatórios, sendo que, a segunda versão contemplará várias ferramentas de apoio à gestão. 
O e-SUS AB6 é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica (DAB) para reestruturar as 
informações da Atenção Básica (AB) em nível nacional. Esta ação está alinhada com a proposta mais 
geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) do Ministério da Saúde, entendendo 
que a qualificação da gestão da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à 
população. 
A Estratégia e-SUS AB faz referência ao processo de informatização qualificada do Sistema único de 
Saúde (SUS) em busca deum SUS eletrônico (e-SUS) e tem como objetivo concretizar um novo modelo 
de gestão de informação que apoie os municípios e os serviços de saúde na gestão efetiva da AB e na 
qualificação do cuidado dos usuários. 
 
A estratégia é composta por dois sistemas: 
● SISAB, sistema de informação nacional vigente para o processamento e a disseminação de dados 
e informações relacionadas a AB, com a finalidade de construção do conhecimento e tomada de decisão 
para as três esferas de gestão. 
Além disso, corrobora para fins de financiamento e de adesão aos programas e estratégias da Política 
Nacional de Atenção Básica (PNAB), e 
● Sistema e-SUS AB, composto por dois softwares para coleta dos dados: 
○ Sistema com Coleta de Dados Simplificada (CDS), sistema de transição/contingência, que apoia o 
processo de coleta de dados por meio de fichas e um sistema de digitação; 
○ Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), sistema com prontuário eletrônico (objeto 
deste manual), que tem como principal objetivo apoiar o processo de informatização das UBS. 
 
Questões 
 
01. (CISMEPAR/PR - Enfermeiro - FAUEL) O Departamento de Atenção Básica (DAB) da Secretaria 
de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde assumiu o compromisso de reestruturar o Sistema de 
Informação da Atenção Básica (Siab), com o objetivo de melhorar a qualidade da informação em saúde 
e de otimizar o uso dessas informações pelos gestores, profissionais de saúde e cidadãos. A essa 
reestruturação, deu-se o nome de Estratégia e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB). Sobre o e-SUS AB, 
assinale a alternativa correta. 
(A) Conta com dois sistemas de software para a captação de dados, sendo eles: o sistema com Coleta 
de Dados Simplificada (CDS) e o sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), os quais 
alimentam o novo Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), que substitui o Siab. 
(B) As equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), equipe de Consultório na Rua (CnaR), 
equipes de Atenção Domiciliar (AD), assim como as ações realizadas no âmbito do Programa Saúde na 
Escola (PSE), no Programa Academia da Saúde e desenvolvidas pelas equipes de Saúde no Sistema 
Prisional (eSP), não são programas que fazem parte do novo sistema e-SUS AB. 
(C) A Coleta de Dados Simplificada (CDS) é um dos componentes da estratégia e-SUS AB, que tem 
como objetivo ser um programa de digitação de fichas que contém dados coletados em cadastros, visitas 
domiciliares, atendimentos e atividades desenvolvidas nas UBS pelas equipes de AB. A CDS é composta 
por doze fichas para o registro de informações, divididas em três blocos. 
 
4 http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/geral/oficina_integracao_ab_vigilancia_saude_encontro_rn.pdf 
5 http://datasus.saude.gov.br/projetos/50-e-sus 
6 http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_PEc_3_1.pdf 
Sistema de Informação que o Agente de Combate às Endemias trabalha. 
Finalidade do Sistema de Informação para o trabalho do Agente de Combate às 
Endemias 
1585031 E-book gerado especialmente para DENISE DA SILVA BARBOZA
 
5 
 
(D) O ponto de partida do e-SUS AB é o registro das informações em saúde de forma coletiva, 
permitindo o acompanhamento do histórico de atendimentos de cada usuário, assim como da produção 
de todo profissional da AB. Outro ponto importante é a integração dos diversos sistemas de informação 
oficiais existentes na Atenção Básica, reduzindo a necessidade de registrar informações similares em 
mais de um instrumento. 
 
Gabarito 
 
01.A 
 
Comentários 
 
01. Resposta: A 
● Sistema e-SUS AB, composto por dois softwares para coleta dos dados: 
○ Sistema com Coleta de Dados Simplificada (CDS), sistema de transição/contingência, que apoia o 
processo de coleta de dados por meio de fichas e um sistema de digitação; 
○ Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), sistema com prontuário eletrônico (objeto 
deste manual), que tem como principal objetivo apoiar o processo de informatização das UBS. 
 
 
 
Esquistossomose 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivos 
Evitar a ocorrência de formas graves; reduzir a prevalência da infecção; e impedir a expansão da 
endemia. 
 
Notificação 
É doença de notificação compulsória em áreas não endêmicas, mas deve-se observar as normas 
estaduais e municipais. 
 
Definição de caso 
a) Suspeito - Indivíduo residente ou procedente de área endêmica, com quadro clínico sugestivo e 
história de exposição a coleções hídricas onde existem caramujos eliminando cercarias. 
b) Confirmado - Qualquer caso suspeito que apresente ovos viáveis de S. mansoni nas fezes, ou 
comprovação através de biopsia retal ou hepática; 
c) Descartado - Caso suspeito ou notificado sem confirmação laboratorial. 
 
Medidas de controle 
a) Controle dos portadores: Identificação e tratamento dos portadores de S. mansoni, por meio de 
inquéritos coproscópicos e quimioterapia específica visando impedir o aparecimento de formas graves, 
pela redução da carga parasitária dos indivíduos; 
b) Controle dos hospedeiros intermediários - pesquisa de coleções hídricas, para determinação do 
seu potencial de transmissão, e tratamento químico de criadouros de importância epidemiológica; 
c) Modificação permanente das condições de transmissão - Educação em saúde e mobilização 
comunitária, e saneamento ambiental nos focos de esquistossomose. 
 
Doença de Chagas 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivos 
Detectar todos os casos agudos para adoção de medidas de controle; realizar inquéritos sorológicos 
em escolares, em locais selecionados para conhecimento de áreas de transmissão ativa; controlar a 
Conhecimento básico sobre: Esquistossomose, Doença de Chagas, Dengue, 
Cólera, Febre Amarela, Filariose, Leishmaniose, Peste, Raiva, Leptospirose e 
Malária 
1585031 E-book gerado especialmente para DENISE DA SILVA BARBOZA
 
6 
 
transmissão vetorial; impedir a transmissão transfusional; e impedir a expansão da doença para áreas 
indenes. 
 
Notificação 
Os casos agudos, seja por transfusão ou por transmissão vetorial, são de notificação compulsória, que 
deve ser seguida de investigação epidemiológica. 
 
Definição de caso 
a) Forma aguda - Indivíduo no período inicial da doença, sintomático ou assintomático, com 
parasitemia e porta de entrada demonstrável ou não; 
b) Forma indeterminada - Indivíduo infectado sem manifestações clínicas, eletrocardiográficas ou 
radiológicas do tórax e aparelho digestivo, diagnosticado através de dois exames sorológicos com 
técnicas diferentes ou um exame parasitológico positivo; 
c) Forma cardíaca - Indivíduo com miocardiopatia e dois ou mais exames sorológicos diferentes 
positivos, ou um exame parasitológico; 
d) Forma digestiva - Paciente com algum tipo de mega e dois exames sorológicos ou um exame 
parasitológico positivo; 
e) Forma mista - Paciente com algum tipo de mega e dois exames sorológicos ou um exame 
parasitológico positivo; 
f) Forma congênita - Recém-nascido, filho de mãe chagásica, com hepatoesplenomegalia, parasito 
no sangue periférico e/ou reações sorológicas que detectam IgM. 
 
Medidas de controle 
Da transmissão vetorial, faz-se através da melhoria ou substituição das habitações que propiciam a 
domiciliação dos “barbeiros”, ou do controle químico do vetor (uso regular e sistemático de inseticidas de 
poder residual intra e peridomiciliar). 
A transmissão transfusional deve ser evitada através da fiscalização do controle da qualidade do 
sangue transfundido, o que é feito pela triagem sorológica dos doadores. O controle da transmissão em 
laboratório deve ser feito através do rigoroso uso das normas de biossegurança. Não existe forma de 
prevenção da forma congênita. 
 
Dengue 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivo 
Controlar a ocorrência da doença através do combate ao mosquito transmissor. 
 
Notificação 
É doença de notificação compulsória e de investigação obrigatória, principalmentequando se trata dos 
primeiros casos de DC diagnosticados em uma área, ou quando se suspeita de FHD. Os óbitos 
decorrentes da doença devem ser investigados imediatamente. 
 
Definição de caso 
Suspeito - Dengue Clássico - Paciente que tenha doença febril aguda com duração máxima de 7 
dias, acompanhada de, pelo menos, dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retro orbital, mialgia, 
artralgia, prostração, exantema. Além desses sintomas, o paciente deve ter estado, nos últimos quinze 
dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti. 
 
Febre Hemorrágica do Dengue - Paciente que apresenta também manifestações hemorrágicas, 
variando desde prova do laço positiva até fenômenos mais graves, como hematêmese, melena e outros. 
A ocorrência de pacientes com manifestações hemorrágicas, acrescidas de sinais e sintomas de choque 
cardiovascular (pulso arterial fino e rápido ou ausente, diminuição ou ausência de pressão arterial, pele 
fria e úmida, agitação), leva à suspeita de síndrome de choque (SCD). 
 
Confirmado - Dengue Clássico - O caso confirmado laboratorialmente. 
No curso de uma epidemia, a confirmação pode ser feita através de critérios clínico-epidemiológicos, 
exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter confirmação laboratorial. 
 
1585031 E-book gerado especialmente para DENISE DA SILVA BARBOZA
 
7 
 
Febre Hemorrágica do Dengue - É o caso em que todos os critérios abaixo estão presentes: Febre 
ou história de febre recente de 7 dias ou menos; Trombocitopenia (< 100.000/mm3); Tendências 
hemorrágicas evidenciadas por um ou mais dos seguintes sinais: prova do laço positiva, petéquias, 
equimoses ou púrpuras e sangramentos de mucosas, do trato gastrointestinal e outros; Extravasamento 
de plasma devido ao aumento de permeabilidade capilar, manifestado por: hematócrito apresentando um 
aumento de 20% sobre o basal, na admissão; ou queda do hematócrito em 20%, após o tratamento; ou 
presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia; 
Confirmação laboratorial específica. SCD: é o caso que apresenta todos os critérios de FHD mais 
evidências de choque. 
 
Medidas de controle 
As medidas de controle se restringem ao vetor Aedes aegypti, uma vez que não se tem ainda vacina 
ou drogas antivirais específicas. O combate ao vetor deve desenvolver ações continuadas de inspeções 
domiciliares, eliminação e tratamento de criadouros, priorizando atividades de educação em saúde e 
mobilização social. A finalidade das ações de rotina é manter a infestação do vetor em níveis 
incompatíveis com a transmissão da doença. 
Em situações de epidemias deve ocorrer a intensificação das ações de controle, prioritariamente a 
eliminação de criadouros e o tratamento focal. 
Além disso, deve ser utilizada a aplicação espacial de inseticida a Ultra Baixo Volume - UBV, ao mesmo 
tempo em que se reestrutura as ações de rotina. Em função da complexidade que envolve a prevenção 
e o controle da dengue, o programa nacional estabeleceu dez componentes de ação, sendo eles: 
Vigilância epidemiológica; Combate ao vetor; Assistência aos pacientes; Integração com a atenção básica 
(PACS/PSF); Ações de saneamento ambiental; Ações integradas de educação em saúde, comunicação 
e mobilização; Capacitação de recursos humanos; Legislação de apoio ao programa e Acompanhamento 
e avaliação. Estes componentes de ação, se convenientemente implementados, contribuirão para a 
estruturação de programas permanentes, integrados e intersetoriais, características essenciais para o 
enfrentamento desse importante problema de saúde pública. 
 
Cólera 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivos 
Diminuir a incidência e a letalidade; impedir ou dificultar a propagação do Vibrio cholerae O1. 
 
Notificação 
Doença de notificação compulsória internacional, com desencadeamento de investigação 
epidemiológica imediatamente após o estabelecimento da suspeita. 
 
Definição de caso 
a) Suspeito - Em áreas sem circulação do vibrião - qualquer indivíduo com diarreia independente de 
faixa etária, que tenha história de passagem por área com circulação do V. cholerae; que coabite com 
caso suspeito ou confirmado (retorno da área endêmica) ou todo indivíduo com mais de 10 anos de idade 
que apresente diarreia súbita, líquida e abundante. Em áreas com circulação - qualquer indivíduo com 
diarreia aguda; 
b) Confirmado - Por laboratório (isolamento do agente nas fezes ou vômitos); por critério clínico-
epidemiológico (correlaciona variáveis clínicas e epidemiológicas). 
c) Importado - Caso cuja infecção ocorreu em área diferente daquela em que foi diagnosticado. 
 
Medidas de controle 
Oferta de água de boa qualidade e em quantidade suficiente; disponibilização de hipoclorito de sódio 
à população sem acesso à água potável; destino e tratamento adequados dos dejetos; destino adequado 
do lixo; educação em saúde; controle de portos, aeroportos e rodoviárias; higiene dos alimentos; 
disposição e manejo adequado dos cadáveres. A rede assistencial deve estar estruturada e capacitada 
para a detecção precoce e manejo adequado de casos. 
Deve-se ter cuidados com os vômitos e as fezes dos pacientes no domicílio. É importante informar 
sobre a necessidade da lavagem rigorosa das mãos e procedimentos básicos de higiene. Isolamento 
entérico nos casos hospitalizados, com desinfecção concorrente de fezes, vômitos, vestuário e roupa de 
cama dos pacientes. A quimioprofilaxia de contatos não é mais indicada por não ser eficaz para conter a 
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propagação dos casos. Além disso, o uso de antibiótico altera a flora intestinal, modificando a 
suscetibilidade à infecção, podendo provocar o aparecimento de cepas resistentes. 
A vacinação apresenta baixa eficácia (50%) e curta duração de imunidade (3 a 6 meses) e não evita a 
infecção assintomática. Para vigiar e detectar precocemente a circulação do agente, preconiza-se: o 
fortalecimento da Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas-MDDA nos municípios do país e a 
monitorização ambiental para pesquisa de Vibrio cholerae no ambiente. É importante ressaltar que no 
caso do Vibrio cholerae El Tor a relação entre doentes e assintomáticos é muito alta, podendo haver de 
30a 100 assintomáticos para cada indivíduo doente; assim, as medidas de prevenção e controle devem 
ser direcionadas a toda a comunidade para garantir o impacto desejado. 
 
Febre Amarela 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivos 
Impedir a reurbanização da doença e manter a FAS sob controle. 
 
Notificação 
Doença de notificação compulsória internacional (deve ser comunicada imediatamente, pela via mais 
rápida, às autoridades sanitárias) e que impõe a investigação epidemiológica de todos os casos. 
 
Definição de caso 
a) Suspeito - Todo paciente residente e/ou procedente de área endêmica para febre amarela, com 
quadro clínico-sugestivo, e que, comprovadamente, não tenha sido vacinado. 
b) Confirmado - Todo paciente residente e/ou procedente de área endêmica para febre amarela, com 
quadro clínico compatível, que apresenta diagnóstico laboratorial confirmado através de: isolamento de 
vírus; conversão sorológica; teste de Mac-ELISA (IgM) positivo, exame histopatológico compatível ou 
imuno histoquímica. 
 
Medidas de controle 
A principal medida de controle é a vacinação que confere proteção próxima a 100%. É administrada 
em dose única, com reforço a cada 10 anos, a partir dos nove meses de idade, nas áreas endêmicas e 
para todas as pessoas que se deslocam para essas áreas. Com a infestação do Aedes aegypti de grande 
parte dos municípios brasileiros, foi ampliada a área em que a vacina antiamarílica está sendo 
administrada, na rotina do Programa Nacional de Imunização (todos os municípios que pertencem às 
áreas enzoóticas e epizoóticas da infecção). 
O combate ao Aedes aegypti, através de ações de saneamento básico (principalmente coleta e destino 
do lixo e aporte de água) e de educação em saúde(redução dos criadouros dos mosquitos dispostos no 
meio ambiente: vasos, pneus, vasilhas descartáveis, etc.), constitui-se medida eficiente na redução do 
risco de urbanização do vírus. 
 
Filaríase por Wuchereria Bancrofti 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivos 
Desenvolver estratégias para delimitação das áreas de maior prevalência dentro dos poucos focos 
existentes, visando a adoção de medidas de controle do mosquito transmissor e tratamento em massa 
dos casos diagnosticados. De acordo com a OMS, essa é uma doença passível de erradicação, o que 
está sendo objeto de discussão, atualmente, no Brasil. 
 
Notificação 
Doença de notificação nos estados que permanecem com foco. Em situações de detecção de novos 
focos, deve-se notificar como agravo inusitado, de acordo com a normatização do Ministério da Saúde. 
 
Definição de caso 
a) Suspeito - Paciente com sinais e sintomas de filariose linfática residente em área endêmica da 
doença; 
b) Confirmado - Paciente com microfilária detectada por qualquer método diagnóstico e/ou sorologia 
positiva, com ou sem sinais e sintomas da doença. 
 
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Medidas de controle 
a) Redução da densidade populacional do vetor - Através de biocidas; bolinhas de isopor, método 
esse limitado a criadouros específicos urbanos (latrinas e fossas); mosquiteiros ou cortinas impregnadas 
com inseticidas para limitar o contato entre o vetor e o homem; borrifação intradomiciliar com inseticidas 
de efeito residual (dirigida contra as formas adultas do Culex); 
b) Educação em Saúde - Informar, às comunidades das áreas afetadas, sobre a doença e as medidas 
que podem ser adotadas para sua redução/ eliminação; identificação dos criadouros potenciais no 
domicílio e peridomicílio, estimulando a sua redução pela própria comunidade; 
c) Tratamento em massa - Para as populações humanas que residem nos focos, de acordo com os 
esquemas preconizados no item de Tratamento. 
 
Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) 
 
Vigilância Epidemiológica 
 
Objetivos 
Diagnosticar e tratar precocemente os casos com vistas a reduzir as complicações e deformidades 
provocadas pela doença. Nas áreas de transmissão domiciliar, reduzir a incidência da doença com 
adoção de medidas de controle pertinentes. 
 
Notificação 
É doença de notificação compulsória nacional. 
 
Definição de Caso 
 
Suspeito - Indivíduo com lesão(ões) cutânea(s) e/ou de mucosa, conforme descrito anteriormente. 
 
Confirmado - Indivíduo com suspeita clínica, que apresenta um dos seguintes critérios: residência, 
procedência ou deslocamento em área com confirmação de transmissão, associado ao encontro do 
parasita nos exames parasitológicos; residência, procedência ou deslocamento em área com confirmação 
de transmissão, associado a Intradermo Reação de Montenegro (IDRM) positiva; residência, procedência 
ou deslocamento em área com confirmação de transmissão sem associação a outro critério, quando não 
há acesso a métodos de diagnóstico. Nas formas mucosas, considerar presença de cicatrizes cutâneas 
anteriores como critério complementar para confirmação do diagnóstico. 
 
Investigação Epidemiológica 
Realizar investigação epidemiológica visando determinar se a área é endêmica ou se é um novo foco; 
se o caso é autóctone ou importado; as características do caso (forma clínica, idade, sexo e ocupação). 
 
Medidas de Controle 
Na cadeia de transmissão - Diagnóstico precoce e tratamento adequado dos casos humanos e 
redução do contato homem-vetor. O controle químico só é indicado nas áreas com confirmação de 
transmissão no peri e/ou intradomicilio. Quanto ao controle de reservatórios, não é recomendada a 
realização de inquéritos sorológicos. A eutanásia em cães só é indicada em situações que o animal 
apresente lesão cutânea com confirmação diagnóstica, acompanhada da autorização do proprietário. 
 
Medidas educativas - Orientação quanto às medidas de proteção individual, como o uso de roupas 
apropriadas, repelentes, mosquiteiros, telas finas em portas e janelas. Em áreas de risco para 
assentamento de populações humanas, sugere-se uma faixa de segurança de 200 a 300 metros entre as 
residências e a floresta, com o cuidado de se evitar o desequilíbrio ambiental. 
 
Leishmaniose Visceral 
 
Vigilância Epidemiológica 
 
Objetivos 
Reduzir as taxas de letalidade e grau de morbidade através do diagnóstico e tratamento precoce dos 
casos, bem como diminuir o risco de transmissão mediante controle da população de reservatórios e do 
agente transmissor. 
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Notificação 
A Leishmaniose Visceral é uma doença de notificação compulsória e requer investigação 
epidemiológica. 
 
Vigilância 
A vigilância da LV compreende a vigilância entomológica, de casos humanos e casos caninos. A 
situação epidemiológica indicará as ações de prevenção e controle a serem adotadas. As áreas de 
transmissão foram estratificadas a partir dos dados referentes ao período de 1998 a 2002. 
Os municípios foram classificados conforme média de casos do período. 
Transmissão esporádica - < 2,4 casos, Transmissão moderada - ≥ 2,4 - < 
4,4 casos e Transmissão intensa - < 4,4 casos. 
 
Vigilância Entomológica 
Os objetivos das investigações entomológicas são levantar informações de caráter quantitativo e 
qualitativo sobre os flebotomíneos transmissores da LV, visando definição de áreas a serem trabalhadas 
e/ou acompanhadas, avaliação de controle químico entre outras. As atividades compreendem o 
levantamento, investigação e monitoramento de flebotomíneos, estando as metodologias indicadas para 
cada uma das diferentes áreas a serem trabalhadas (Com transmissão ou sem transmissão de LV). 
 
Vigilância Canina 
As ações de vigilância canina compreendem: Investigação do foco; busca ativa de cães sintomáticos; 
monitoramento que envolve o inquérito sorológico amostral para áreas sem transmissão e inquérito 
censitário para as áreas com transmissão. 
 
Vigilância em Humanos 
Investigação Epidemiológica - A investigação epidemiológica deve ser realizada em todos os casos, 
sendo necessária para: definir local provável de infecção; verificar se a área é endêmica ou novo foco, 
conhecer as características epidemiológicas do caso, orientar medidas de prevenção e controle conforme 
situação epidemiológica e de acordo com a classificação da área. 
 
Definição de caso 
a) Suspeito - Todo indivíduo proveniente de área com transmissão, com febre e esplenomegalia ou 
todo indivíduo de área sem ocorrência de transmissão, com febre e esplenomegalia, desde que 
descartado outros diagnósticos diferenciais mais frequentes na região; 
b) Confirmado -Laboratorial - São os casos clinicamente suspeitos com exame parasitológico 
positivo ou imunofluorescência reativa com título a partir de 1:80; 
c) Confirmado - Clínico epidemiológico - São os casos clinicamente suspeitos sem confirmação 
laboratorial, mas com resposta favorável ao teste terapêutico. 
 
Medidas Preventivas 
a) Dirigidas ao homem - Estimular as medidas de proteção individual, tais como uso de repelentes, 
uso de mosquiteiros de malha fina, não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite). 
b) Dirigidas ao Vetor - Saneamento Ambiental. Desencadear medidas simples para reduzir a 
proliferação do vetor como limpeza urbana, eliminação de fonte de resíduos sólidos e destino adequado, 
eliminação de fonte de umidade. 
c) Dirigidas a população canina - Controle da população canina errante. Nas doações de animais o 
exame sorológico deverá ser realizado previamente. 
 
Medidas de Controle 
a) Dirigidas aos casos humanos - Organização de serviços de saúde para atendimento precoce dos 
pacientes, visando diagnóstico, tratamento adequado e acompanhamento dos pacientes. 
b) Dirigidas ao controle do vetor - O controle químico imediato está indicado para as áreas com 
registro de 1º caso autóctone de LV e em áreas de surto. Já nasáreas de transmissão moderada e intensa 
o controle químico deverá ser programado, ou seja, para o momento em que se verifica o aumento da 
densidade vetorial. 
Nas áreas de transmissão esporádica, não está indicado o controle químico. 
c) Dirigidas ao controle de reservatório canino - Eutanásia canina é recomendada a todos os 
animais sororreagentes, ou seja, títulos a partir de 1: 40 e/ou com exame parasitológico positivo. 
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d) Dirigidas as atividades de educação em saúde - As atividades de educação em saúde devem 
estar inseridas em todos os serviços e ações de controle da LV e requer envolvimento efetivo das equipes 
multiprofissionais e multi institucionais. 
 
Recomendações - As recomendações para as atividades de vigilância e controle da LV, são 
especificas a cada uma das áreas de transmissão. Vide Manual de Vigilância e Controle da LV-2003. 
 
Peste 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivos 
Impedir a transmissão dos focos naturais para humanos (prevenção primária); descobrir precocemente 
casos humanos (prevenção secundária) para evitar a letalidade da doença; e impedir a reintrodução da 
peste urbana no Brasil. 
 
Notificação 
A peste é uma doença de notificação compulsória internacional (deve ser comunicada imediatamente, 
pela via mais rápida, às autoridades sanitárias). 
A investigação é obrigatória. 
 
Definição de caso 
a) Suspeito - Todo paciente que apresentar quadro agudo de febre em área próxima a um foco natural 
de peste, que evolua com adenite (sintomático ganglionar); todo paciente proveniente (de 1 a 10 dias) de 
área com epidemia de peste pneumônica que apresenta febre e outras manifestações clínicas da doença, 
especialmente sintomatologia respiratória; 
b) Confirmado - Todo paciente com quadro clínico de peste confirmado por diagnóstico clínico-
epidemiológico ou laboratorial. 
 
Medidas de controle 
a) Focos naturais - Acompanhar a densidade da população de roedores nas habitações e 
peridomicílio da área pestígena. Realizar exames bacteriológicos dos roedores e das pulgas, e exames 
sorológicos em roedores, cães e gatos; evitar acesso dos roedores aos alimentos e abrigo; evitar picadas 
de pulgas em humanos; informar e orientar as populações quanto à existência de atividade pestosa na 
área; reduzir a população de roedores em situações especiais, antecedida pelo tratamento contra as 
pulgas (caso contrário, as pulgas, sem o seu alimento habitual, têm como alternativa invadir o ambiente 
doméstico); 
b) Portos e aeroportos - Mantê-los livres de pulgas e roedores, através do tratamento com inseticidas 
e raticidas; examinar todas as aeronaves e navios oriundos de área com peste pneumônica; manter 
passageiros com quadro clínico suspeito sob vigilância; proceder a quimioprofilaxia indicada, sempre que 
houver algum caso de peste pneumônica em uma aeronave ou navio; 
c) Vigilância de contatos - Manter sob vigilância pessoas que tiverem contato com peste pneumônica 
ou pulgas infectadas por 7 dias (período máximo de incubação); 
d) Controle do paciente - Tratar precoce e adequadamente; notificar imediatamente o caso; manter 
em isolamento restrito os casos pneumônicos; eliminar as pulgas das roupas e habitação do paciente; 
realizar desinfecção do escarro, das secreções purulentas, dos objetos contaminados e a limpeza 
terminal; e manipular os cadáveres de acordo com as regras de assepsia; 
e) Quimioprofilaxia de contatos - Indicada para contatos de pacientes com peste pneumônica ou 
para indivíduos suspeitos de terem tido contato com pulgas infectadas, nos focos da doença. Drogas 
utilizadas: sulfadiazina, 2 a 3g/dia, VO, divididas em 4 ou 6 vezes durante 6 dias; sulfametoxazol + 
trimetoprim: 400mg e 80mg, VO, respectivamente, de 12 em 12 horas, durante 6 dias; tetraciclina: 1g ao 
dia, durante 6 dias (crianças menores de 7 anos não podem fazer uso de tetraciclinas); 
f) Desinfestação - O ambiente onde vivem os contatos deve ser desinfestado (despulizado) através 
do uso de inseticidas. Se houver indicação de desratização, eliminar as pulgas antes, para que as 
mesmas não invadam o ambiente doméstico e adotar medidas de anti-ratização. Vacinas são pouco 
usadas por terem baixa eficácia. 
 
 
 
 
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12 
 
Raiva 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivos 
Eliminação do ciclo urbano do vírus da raiva através de campanhas de vacinação e de rotina de 
animais (cães e gatos); impedir a ocorrência de casos humanos através da indicação do tratamento 
profilático antirrábico para indivíduos com suspeita de exposição ao vírus em tempo hábil e garantir que 
o indivíduo receba o esquema de tratamento completo. 
 
Notificação 
Todo caso humano suspeito de raiva tem que ser notificado, imediatamente, por telefone, e-mail, fax 
aos níveis regional, central e federal e incluído no SINAN. 
 
Definição de Caso 
a) Caso suspeito - Todo doente que apresenta quadro clínico sugestivo de encefalite rábica, com 
antecedentes ou não de exposição ao vírus rábico. 
b) Caso confirmado - Todo aquele comprovado laboratorialmente e todo indivíduo com quadro clínico 
compatível de encefalite rábica associada a antecedentes de agressão ou contato com animal suspeito, 
evoluindo para óbito. 
 
Medidas de Controle 
a) A prevenção da raiva transmitida em áreas urbanas, ou rurais transmitidas por animais domésticos 
é feita através da manutenção de altas coberturas vacinais em cães e gatos através de estratégias de 
rotina e campanhas; controle de foco; captura e eliminação de cães de rua. 
b) A profilaxia da raiva humana é feita mediante o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são 
expostos ao vírus rábico através da mordedura, lambedura de mucosas ou arranhadura, provocada por 
animais transmissores da raiva. A vacinação não tem contraindicação, devendo ser iniciada o mais breve 
possível e garantir completo esquema de vacinação indicado, ou seja, a profilaxia contra a raiva. 
c) A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para pessoas que, por força de suas atividades 
profissionais ou de lazer, estejam expostas permanentemente ao risco de infecção pelo vírus da raiva. 
 
Leptospirose 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivos 
Orientar e adotar as medidas de prevenção da doença, particularmente antes dos períodos das 
grandes chuvas, em áreas de ocorrência cíclica; tratamento adequado dos pacientes graves, visando 
diminuir a letalidade da doença. 
 
Notificação 
É doença de notificação compulsória nacional. 
 
Definição de Caso 
a) Suspeito - Indivíduo que apresenta sinais e sintomas sugestivos da doença, principalmente com 
febre de início súbito, mialgias (particularmente nas panturrilhas), cefaleia, mal estar ou prostração 
associados a um ou mais dos seguintes sinais e/ou sintomas: sufusão conjuntival ou conjuntivite, náuseas 
e/ou vômitos, calafrios, alterações do volume urinário, icterícia, fenômenos hemorrágicos e/ou alterações 
hepáticas, renais e vasculares compatíveis com leptospirose ictérica (Síndrome de Weil) ou anictérica 
grave ou aquele que apresenta processo infeccioso inespecífico com antecedente epidemiológico 
sugestivo nos últimos trinta dias anteriores à data de início dos primeiros sintomas. Considera-se como 
antecedentes epidemiológicos: exposição a enchentes ou outras coleções hídricas potencialmente 
contaminadas por urina de roedores; exposição a esgoto, fossa ou manilhas de esgoto; atividades que 
envolvam risco ocupacional como coleta de lixo, limpeza de córregos, trabalho em água ou esgoto com 
urina de roedores, manejo de animais, agricultura em campos alagados, magarefes, veterinários, 
laboratoristas, dentre outras; presença de animais infectados nos locais frequentados pelo paciente. 
 
b) Confirmado - Todo caso suspeito com confirmação laboratorial da doença, ou com clara evidência 
de associação epidemiológica (critério clínico-epidemiológico) ou associado a um caso já confirmado e 
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13 
 
que, por algum motivo, não tenha realizado o diagnóstico laboratorial ou estes tenham resultado 
sorológico não reagente com amostra única coletada antes do 7º dia de doença. 
 
Medidas de Controle 
Assistência médica adequada e oportuna ao paciente; 
Notificação, busca e confirmação de dados do paciente, investigação epidemiológica de casos, 
detecção de áreas de risco a serem desencadeadas ações de controle; 
Proteção à população: alertá-la nos períodos que antecedem a chuva, para que evite entrar em áreas 
alagadas sem as medidas de proteção individual. 
Controle de roedores (anti-ratização e desratização) e melhoria das condições higiênico-sanitárias da 
população. 
Proteção e desinfecção de áreas humanas de moradia, trabalho e lazer da contaminação pela urina 
destes animais e medidas que tornem o ambiente impróprio à instalação e proliferação de roedores. 
Manter higiene dos canis e de locais de criação animal e retirar sobras alimentares destes animais 
antes do anoitecer, pois servem de atrativos a roedores. 
Segregação e tratamento de animais domésticos infectados e/ou doentes 
Imunização de animais domésticos (cães, bovinos e suínos) através do uso de vacinas preparadas 
com sorovares prevalentes na região. 
 
Malária 
 
Vigilância Epidemiológica 
Objetivos 
- Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade da malária; 
- Identificar tendências, grupos e fatores de risco; 
- Detectar surtos e epidemias; 
- Evitar o restabelecimento da endemia, nas áreas onde a transmissão já foi interrompida; 
- Recomendar as medidas necessárias, para prevenir ou controlar a ocorrência da doença; 
- Avaliar o impacto das medidas de controle. 
 
Notificação 
Todo caso de malária deve ser notificado às autoridades de saúde, tanto na Região da Amazônica, 
quanto na Região Extra-Amazônica. A notificação deverá ser feita, através da Ficha de Notificação de 
Caso de Malária (SIVEP-Malária). Na Região Extra-Amazônica, além de ser de notificação compulsória, 
é de investigação obrigatória. 
 
Nota: a transmissão natural da doença se dá pela picada de mosquitos do gênero Anopheles 
infectados com o Plasmodium. Estes mosquitos também são conhecidos por anofelinos, dentre outros 
nomes. 
 
Definição de caso 
a) Suspeito 
Área endêmica - toda pessoa que apresente quadro febril, que seja residente, ou que tenha se 
deslocado para área onde haja transmissão de malária no período de 8 a 30 dias, anterior à data dos 
primeiros sintomas; 
Área não endêmica - toda pessoa que apresente quadro de paroxismo febril com os seguintes 
sintomas: calafrios, tremores generalizados, cansaço, mialgia, e que seja procedente de área onde haja 
transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias, anterior à data dos primeiros sintomas. 
 
b) Confirmado 
Critério clínico laboratorial - Toda pessoa, cuja presença de parasito no sangue, cuja espécie e 
parasitemia, tenham sido identificadas, através de exame laboratorial; 
 
c) Recaída (P. vivax, P. ovale) ou Recrudescência (P. falciparum, P. malariae) 
Lâmina de Verificação de Cura (LVC) - Na área endêmica, o caso será classificado como lâmina de 
Verificação de Cura (recaída ou recrudescência), quando o exame apresentar resultado positivo, até no 
máximo 60 dias, a partir da data do início do tratamento para P. vivax e até 40 dias no caso de P. 
falciparum. Em área não endêmica, esta classificação dependerá do acompanhamento, que é feito junto 
ao paciente. 
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d) Descartado - Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo para malária. 
 
Medidas a serem adotadas 
Assistência ao paciente - Atendimento ambulatorial ao paciente suspeito, para coleta da amostra de 
sangue e exame parasitoscópico. O caso confirmado recebe tratamento, em regime ambulatorial. O caso 
grave deverá ser hospitalizado de imediato. No paciente, com resultado negativo para malária, outras 
doenças deverão ser pesquisadas. 
 
Qualidade da assistência - Um dos indicadores, para se avaliar a qualidade da assistência, é o tempo 
verificado entre a coleta da amostra de sangue para exame e o início do tratamento, que não deve ser 
superior a 24 horas. Outra forma, de garantir boas assistência, é o monitoramento do tratamento, por 
meio de visitas domiciliares, ou de comparecimento do paciente à unidade de saúde, para assegurar a 
cura. 
 
Confirmação diagnóstica - Coletar material para diagnóstico laboratorial, de acordo com as 
orientações técnicas. 
 
Proteção da população - Como medidas utilizadas para o controle da malária na população, podemos 
destacar: Tratamento imediato dos casos diagnosticados; 
Busca de casos junto aos comunicantes; Investigação epidemiológica; 
Orientação à população quanto à doença, uso de repelentes, cortinados, roupas protetoras, telas em 
portas e janelas; Investigação entomológica; 
 
Controle vetorial 
O Programa de Controle da Malária utiliza produtos químicos. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Fronteira/MG - Agente de Combate a Endemias - Máxima) A malária, desde a 
antiguidade, foi um dos principais flagelos da humanidade e atualmente cerca de 300 milhões de pessoas 
contraem a doença por ano em todo o mundo. Assinale a resposta CORRETA sobre a transmissão da 
doença: 
(A) 90% da transmissão da malária no Brasil concentram-se no estado de Goiás. 
(B) Sua transmissão se dá pelo mosquito Aedes aegypti. 
(C) Sua incidência vem aumentando a partir dos anos 70 e quase 100% da transmissão se encontra 
na região sul do Brasil. 
(D) Sua transmissão é feita por um mosquito do gênero Anopheles. 
 
Gabarito 
 
01.D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: D 
A transmissão natural da doença se dá pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados com 
o Plasmodium. Estes mosquitos também são conhecidos por anofelinos, dentre outros nomes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA DENGUE 
 
Programa Nacional 
 
Com as dificuldades enfrentadas nas diversas tentativas de erradicação da doença, a ideia é garantir 
uma forte campanha de mobilização social, em 2002 o objetivo passa a ser a redução do dano causado 
pela doença. A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização 
Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em 
mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de 
hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue. 
Em nosso país, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram 
a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da doença. Essa reintrodução não 
conseguiu ser controlada com os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças 
transmitidas por vetores. Programas com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, 
sem integração Inter setorial e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se 
incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela 
urbanização acelerada e pelos novos hábitos. 
Em 1996, o Ministério da Saúde decidiu rever sua estratégia e propôs o Programa de Erradicação do 
Aedes aegypti (PEAa). Ao longo do processo de implantação desse programa observou-se a inviabilidade 
técnico de erradicação do mosquito a curto e médios prazos. O PEAa, mesmo não atingindo seus 
objetivos, teve méritos ao propor a necessidade de atuação multissetorial e prever um modelo 
descentralizado de combate à doença, com a participação das três esferas de governo: Federal, Estadual 
e Municipal. 
A implantação do PEAa resultou em um fortalecimento das ações de combate ao vetor, com um 
significativo aumento dos recursos utilizados para essas atividades, mas ainda com as ações de 
prevenção centradas quase que exclusivamente nas atividades de campode combate ao Aedes aegypti. 
Essa estratégia, comum aos programas de controle de doenças transmitidas por vetor em todo o 
mundo, mostrou-se absolutamente incapaz de responder à complexidade epidemiológica da dengue. Os 
resultados obtidos no Brasil e o próprio panorama internacional, onde inexistem evidências da viabilidade 
de uma política de erradicação do vetor, em curto prazo, levaram o Ministério da Saúde a fazer uma nova 
avaliação dos avanços e das limitações, com o objetivo de estabelecer um novo programa que 
incorporasse elementos como a mobilização social e a participação comunitária, indispensáveis para 
responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado. 
Diante da tendência de aumento da incidência verificada no final da década de 90 e da introdução de 
um novo sorotipo (Dengue 3) que prenunciava um elevado risco de epidemias de dengue e de aumento 
nos casos de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD), o Ministério da Saúde, com a parceria da 
Organização Pan-Americana de Saúde, realizou um Seminário Internacional, em junho de 2001, para 
avaliar as diversas experiências bem sucedidas no controle da doença e elaborar um Plano de 
Intensificação das Ações de Controle da Dengue (PIACD). 
A introdução do sorotipo 3 e sua rápida disseminação para oito estados, em apenas três meses, 
evidenciou a facilidade para a circulação de novos sorotipos ou cepas do vírus com as multidões que se 
deslocam diariamente. Estes eventos ressaltaram a possibilidade de ocorrência de novas epidemias de 
dengue e de FHD. Neste cenário epidemiológico, tornou-se imperioso que o conjunto de ações que 
vinham sendo realizadas e outras a serem implantadas fossem intensificadas, permitindo um melhor 
enfrentamento do problema e a redução do impacto da dengue no Brasil. Com esse objetivo, o Ministério 
da Saúde implantou em 2002 o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). 
Muito embora outras causas tenham influenciado, considera-se que as ações do PNCD, desenvolvidas 
em parceria com Estados e Municípios, tenham contribuído na redução de 73,3% dos casos da doença 
no primeiro semestre de 2004 em relação ao mesmo período do ano anterior. Dados da Secretaria de 
Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde mostram que, nos primeiros seis meses de 2004, 
84.535 pessoas tiveram dengue, enquanto que, em 2003, as notificações chegaram a 299.764. 
 
 
 
Biologia dos vetores. Reconhecimento geográfico. Tratamento e cálculo para 
tratamento. Pesquisa Entomológica. Criadouros. Manuseio de inseticida e uso 
de E.P.I. Organização e operação de campo. Material de uso diário 
1585031 E-book gerado especialmente para DENISE DA SILVA BARBOZA
 
16 
 
Fundamentação 
O PNCD procura incorporar as lições das experiências nacionais e internacionais de controle da 
dengue, enfatizando a necessidade de mudança nos modelos anteriores, fundamentalmente em alguns 
aspectos essenciais: 
1) a elaboração de programas permanentes, uma vez que não existe qualquer evidência técnica de 
que erradicação do mosquito seja possível, em curto prazo; 
2) o desenvolvimento de campanhas de informação e de mobilização das pessoas, de maneira a se 
criar uma maior responsabilização de cada família na manutenção de seu ambiente doméstico livre de 
potenciais criadouros do vetor; 
3) o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica para ampliar a capacidade de predição 
e de detecção precoce de surtos da doença; 
4) a melhoria da qualidade do trabalho de campo de combate ao vetor; 
5) a integração das ações de controle da dengue na atenção básica, com a mobilização do Programa 
de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs) e Programa de Saúde da Família (PSF); 
6) a utilização de instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na eliminação de 
criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas, etc.; 
7) a atuação multissetorial por meio do fomento à destinação adequada de resíduos sólidos e a 
utilização de recipientes seguros para armazenagem de água; e. 
8) o desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão das ações 
desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, estados e municípios. 
 
Verifica-se que quase 70% dos casos notificados da dengue no país se concentram em municípios 
com mais de 50.000 habitantes que, em sua grande maioria, fazem parte de regiões metropolitanas ou 
polos de desenvolvimento econômico. Os grandes centros urbanos, na maioria das vezes, são 
responsáveis pela dispersão do vetor e da doença para os municípios menores. Nesse cenário, o PNCD 
propõe-se a implantar a estratégia de controle em todos os municípios brasileiros, com ênfase em alguns 
considerados prioritários, assim definidos: 
1- Capital de estado e sua região metropolitana; 
2- Município com população igual ou superior a 50.000 habitantes; e. 
3- Municípios receptivos à introdução de novos sorotipos de dengue (fronteiras, portuários, núcleos de 
turismo, etc.). 
 
Objetivos 
Os objetivos do PNCD são: 
- Reduzir a infestação pelo Aedes aegypti; 
- Reduzir a incidência da dengue; 
- Reduzir a letalidade por febre hemorrágica de dengue. 
 
Metas 
- Reduzir a menos de 1% a infestação predial em todos os municípios; 
- Reduzir em 50% o número de casos de 2003 em relação a 2002 e, nos anos seguintes, 25% a cada 
ano; 
- Reduzir a letalidade por febre hemorrágica de dengue a menos de 1%. 
 
Componentes 
O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) será implantado por intermédio de 10 
componentes. Em cada unidade federada deverão ser realizadas adequações condizentes com as 
especificidades locais, inclusive com a possibilidade da elaboração de planos sub-regionais, em sintonia 
com os objetivos, metas e componentes do PNCD apresentados a seguir. 
 
Vigilância Epidemiológica: 
O objetivo da vigilância epidemiológica da dengue é reduzir o número de casos e a ocorrência de 
epidemias, sendo de fundamental importância que a implementação das atividades de controle ocorra em 
momento oportuno. Nesse caso, oportunidade é entendida como detecção precoce da circulação viral e 
adoção de medidas de bloqueio adequadas para interromper a transmissão. 
A vigilância da dengue já conta com recursos necessários, como sistemas de informação (Sistema 
Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) e o de Febre Amarela e Dengue - FAD) e profissionais 
treinados na utilização dessas ferramentas. Uma análise do sistema de vigilância indicou que a detecção 
1585031 E-book gerado especialmente para DENISE DA SILVA BARBOZA
 
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precoce dos casos, um dos mais importantes aspectos para o controle da doença, não estava sendo 
alcançada. 
No ano de 2001, foram realizadas cinco oficinas de treinamento para aprimoramento em análise de 
dados de vigilância com o objetivo de otimizar o uso das informações produzidas pelos sistemas. Nessas 
oficinas foram apresentados os indicadores prioritários que devem ser produzidos pelo menos a cada 15 
dias para acompanhamento da situação epidemiológica, permitindo uma sinalização precoce da mudança 
do padrão de ocorrência dos casos. 
As atividades de vigilância não substituem as demais atividades de controle da doença, devendo, sim, 
ser desenvolvidas de forma concomitante e integradas às demais ações. A vigilância epidemiológica da 
dengue no PNCD está baseada em quatro subcomponentes: 
 
Vigilância de Casos 
O objetivo desse subcomponente é a detecção em momento oportuno dos casos e orientar as medidas 
de controle apropriadas. 
 
Ações 
- Manter o Sinan como único sistema de informações de notificação de casos. Nos períodos de 
epidemia, poderá ser adotado sistema de notificação simplificado para o envio de informações. O uso 
desta alternativa, quando necessário será autorizado pela FUNASA e não substitui a obrigatoriedade de 
notificação posterior pelo Sinan; 
- Produzir quinzenalmente os indicadores prioritários de acompanhamento da situação epidemiológica; 
- Capacitar técnicos das secretarias de saúde de estado e dos municípios prioritáriosna análise dos 
dados coletados; 
- Elaborar mapas municipais para monitoramento das situações epidemiológicas e entomológicas. 
 
Vigilância Laboratorial 
O objetivo desse subcomponente é o aprimoramento da capacidade de diagnóstico laboratorial dos 
casos para detecção precoce da circulação viral, e monitoramento dos sorotipos circulantes. A vigilância 
laboratorial será empregada para atender às demandas inerentes da vigilância epidemiológica, não sendo 
o seu propósito o diagnóstico de todos os casos suspeitos, em situações de epidemia. 
 
Ações 
- Descentralizar, sob a coordenação dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), o 
diagnóstico laboratorial (sorologia) para laboratórios públicos de saúde, localizados nas capitais e cidades 
polos; 
- Implantar novo kit diagnóstico (kit ELISA) para sorologia da dengue nos Laboratórios Centrais de 
Saúde Pública, laboratórios de capitais e de municípios polos, que possibilitará a realização do exame 
laboratorial em até quatro horas; 
- Divulgar, para os médicos e para a rede assistencial, as indicações das diversas técnicas laboratoriais 
na vigilância e no diagnóstico da dengue, em parceria com as sociedades de especialistas e conselhos 
regionais e federal de Medicina; 
- Ampliar a rede de diagnóstico para isolamento viral para todos os Lacen; 
- Implantar unidades sentinelas de coleta de amostras de sangue para isolamento viral em municípios 
estratégicos; 
- Implantar, em cinco laboratórios de referência regional, a detecção viral por técnica de biologia 
molecular (PCR). 
 
Vigilância em Áreas de Fronteiras 
O objetivo é a detecção precoce da introdução de novos vírus/cepas nas regiões de fronteiras. A 
circulação do sorotipo 4 e de diferentes cepas dos demais sorotipos do vírus da dengue tem sido 
identificada em alguns países que fazem fronteira com o Brasil: Guiana, Suriname, Bolívia, Venezuela, 
Colômbia, Peru e Paraguai. Os municípios brasileiros que fazem fronteira com esses países são, 
consequentemente, potenciais portas de entrada dessas cepas/sorotipos no país. A adoção de barreiras 
sanitárias não é uma estratégia factível de ser implantada, tornando necessário um permanente 
monitoramento da circulação viral. O intercâmbio oportuno e regular de informações epidemiológicas com 
os países de fronteira será realizado com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). 
 
 
 
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Ações 
- Implantar unidades sentinelas de vigilância para monitoramento da circulação viral e possível 
introdução de novos sorotipos/cepas em municípios de fronteira selecionados; 
- Implantar o monitoramento virológico, em articulação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 
em portos, aeroportos e municípios de fronteira. 
 
Vigilância Entomológica 
Este subcomponente tem como objetivo principal o monitoramento dos índices de infestação por Aedes 
aegypti para subsidiar a execução das ações apropriadas de eliminação dos criadouros de mosquitos. 
 
Ações 
- Realizar a alimentação diária do FAD e proceder à análise dos dados de vigilância e controle de 
vetores em todos os municípios; 
- Manter o sistema FAD como única fonte de informações vetoriais para a vigilância da dengue. A 
utilização de outros sistemas já existentes só será aceita após validação pela FUNASA, uma vez 
comprovada a sua compatibilidade com o FAD; 
- Realizar a consolidação e análise dos indicadores de acompanhamento da situação entomológica, 
em todos os estados, para a identificação de municípios de maior risco; 
- Implantar nova metodologia para realizar levantamento rápido de índices de infestação, a ser 
implementado pela FUNASA nos municípios de maior risco. 
 
Combate ao Vetor 
As operações de combate ao vetor têm como objetivo a manutenção de índices de infestação inferiores 
a 1%. 
 
Ações 
- Estruturar as secretarias estaduais e municipais de Saúde com equipamentos necessários para as 
ações de combate ao vetor, incluindo a disponibilização de veículos e computadores para as SES e SMS 
de municípios prioritários; 
- Implantar o FAD em todos os municípios; 
- Realizar a atualização do número de imóveis em todos os municípios; 
- Manter reserva nacional estratégica de equipamentos para ações contingenciais de combate ao vetor; 
- Reduzir os índices de pendência a menos de 10% em todos os municípios; 
- Promover a unificação da base geográfica de trabalho entre as vigilâncias epidemiológica, 
entomológica, operações de campo e Pacs/PSF (nas áreas cobertas pelos programas); 
- Supervisionar, por intermédio da FUNASA e das SES, a correta utilização dos equipamentos 
disponibilizados para as ações de combate ao vetor; 
- Monitorar junto às SES e aos municípios o quantitativo de pessoal envolvido na execução das ações 
de combate ao vetor; 
- Avaliar periodicamente a efetividade dos larvicidas e adulticidas utilizados no combate ao vetor; 
- Assegurar que os equipamentos utilizados nas ações de combate ao vetor obedeçam aos padrões 
técnicos definidos para sua operação; 
- Implantar o combate ao vetor, em articulação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em 
portos, aeroportos e fronteiras; 
- Promover ações conjuntas de combate ao vetor em municípios de fronteira estadual, com a 
coordenação da FUNASA; 
- Promover ações conjuntas de controle vetorial em municípios de fronteira internacional, em 
articulação com a Opas. 
 
Assistência aos Pacientes 
Este componente tem como objetivo garantir a assistência adequada aos pacientes e, 
consequentemente, reduzir a letalidade das formas graves da doença. Compreendem as ações de 
organização do serviço, a melhoria na qualidade da assistência e a elaboração de planos de contingência 
nos estados e municípios para fazer frente ao risco da ocorrência de epidemias de Febre Hemorrágica 
da Dengue (FHD). 
 
 
 
 
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Organização dos Serviços Sociais 
 
Ações 
- Organizar a rede assistencial, identificando unidades de saúde de referência e o fluxo de atendimento 
aos pacientes; 
- Implantar, em municípios prioritários, o Sistema de Regulação de Leitos (SIS-REG), para orientação 
do fluxo de pacientes; 
- Elaborar nas três esferas de governo, planos de contingência para situações de epidemia 
(planejamento de necessidades de leitos e instalações de UTI, insumos, veículos, equipamentos e 
pessoal). 
 
Qualidade da Assistência 
 
Ações 
- Divulgar, para 310.000 médicos, protocolo padronizado de assistência ao paciente com dengue; 
- Capacitar profissionais de saúde dos diferentes níveis de complexidade (equipes de PSF, unidades 
básicas de saúde, pronto atendimento) com enfoques específicos às suas esferas de atuação; 
- Implantar, em municípios prioritários, um sistema de registro - o cartão de acompanhamento - 
contendo as informações necessárias para assistência adequada; 
- Assegurar, por intermédio da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o atendimento dos casos de 
dengue, pelos planos de saúde, para seus segurados; 
- Viabilizar a realização de exames laboratoriais, hematócrito e contagem de plaquetas, para o 
monitoramento dos casos de dengue. 
 
Integração com a Atenção Básica 
Esse componente tem como objetivo principal consolidar a inserção do Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde e do Programa de Saúde da Família nas ações de prevenção e controle da 
dengue, visando, principalmente, promover mudanças de hábito da comunidade que contribuam para 
manter o ambiente doméstico livre do Aedes aegypti. Além dessa ação educativa, os Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) contribuirão para aumentar a sensibilidade do sistema de vigilância por 
meio da notificação imediata da ocorrência de casos, bem como as equipes de saúde da família atuarão 
para realizar o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado das formas graves e hemorrágicas, 
resultando na redução da letalidade. 
Para a maior efetividade dessas ações é importanteque se estabeleça, em cada município, a 
unificação das áreas geográficas de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes 
de Controle de Endemias (ACE), possibilitando uma ação mais oportuna quando ocorrer à detecção de 
focos do mosquito e/ou de casos de dengue. 
 
As atribuições dos ACS, de acordo com a Portaria MS n°. 44, de 3/1/2002, são as seguintes: 
a) atuar junto aos domicílios informando os seus moradores sobre a doença - seus sintomas e riscos 
- e o agente transmissor; 
b) informar o morador sobre a importância da verificação da existência de larvas ou mosquitos 
transmissores da dengue na casa ou redondezas; 
c) vistoriar os cômodos da casa, acompanhado pelo morador, para identificar locais de existência de 
larvas ou mosquito transmissor da dengue; 
d) orientar a população sobre a forma de evitar e eliminar locais que possam oferecer risco para a 
formação de criadouros do Aedes aegypti; 
e) promover reuniões com a comunidade para mobilizá-la para as ações de prevenção e controle da 
dengue; 
f) comunicar ao instrutor supervisor do Pacs/PSF a existência de criadouros de larvas e ou mosquitos 
transmissores da dengue, que dependam de tratamento químico, da interveniência da vigilância sanitária 
ou de outras intervenções do poder público; 
g) encaminhar os casos suspeitos de dengue à unidade de saúde mais próxima, de acordo com as 
orientações da Secretaria Municipal de Saúde. 
 
O Ministério da Saúde repassará aos municípios um recurso adicional, no valor de R$ 240,00 anuais, 
por todos os ACS, para estimular essa integração nas ações de prevenção e controle de doenças, 
particularmente a malária e a dengue. 
 
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Ações 
- Capacitar os agentes comunitários de saúde nas ações de prevenção e controle da dengue; 
- Capacitar às equipes de saúde da família nas ações assistenciais adequadas para diagnóstico e 
tratamento das formas graves e hemorrágicas de dengue. 
 
Ações de Saneamento Ambiental 
O objetivo deste componente é fomentar ações de saneamento ambiental para um efetivo controle do 
Aedes aegypti, buscando garantir fornecimento contínuo de água, a coleta e a destinação adequada dos 
resíduos sólidos e a correta armazenagem de água no domicílio, onde isso for imprescindível. Na atual 
situação do país, onde é elevado o número de municípios infestados por Aedes aegypti, torna-se 
imprescindível a implementação de mecanismos para a intensificação das políticas de saúde, 
saneamento e meio ambiente, que venham contribuir para a redução do número de potenciais criadouros 
do mosquito. 
 
Ações 
- Realizar ações de melhorias sanitárias domiciliares, principalmente para a substituição de depósitos 
e recipientes para água existentes no ambiente doméstico e a vedação de depósitos de água. 
- Fomentar a limpeza urbana e a coleta regular de lixo realizadas de forma sistemática pelos 
municípios, buscando atingir coberturas adequadas, principalmente em área de risco. 
- Desenvolver modelos de reservatórios para armazenamento de água potável em domicílios, 
protegidos da infestação pelo Aedes aegypti, para áreas sem abastecimento contínuo; 
- Apoiar a implantação de tecnologias de aproveitamento de pneus como matéria-prima para a 
construção de moradias, disponibilizando para os municípios com mais de 100.000 imóveis trituradores 
para o processo industrial de picagem dos pneus. 
- Estimular tecnologias industriais que absorvam os pneus descartados, tais como parcerias com 
refinarias e siderurgias para a queima de pneus e/ou utilização como combustível; 
- Propor à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) alterações nas normas para a fabricação 
de caixas de água adaptando-as contra a infestação pelo Aedes aegypti. 
 
Ações Integradas de Educação em Saúde, Comunicação e Mobilização Social 
O principal objetivo desse componente é fomentar o desenvolvimento de ações educativas para a 
mudança de comportamento e a adoção de práticas para a manutenção de o ambiente domiciliar 
preservado da infestação por Aedes aegypti, observadas a sazonalidade da doença e as realidades locais 
quanto aos principais criadouros. A comunicação social terá como objetivo divulgar e informar sobre ações 
de educação em saúde e mobilização social para mudança de comportamento e de hábitos da população, 
buscando evitar a presença e a reprodução do Aedes aegypti nos domicílios, por meio da utilização dos 
recursos disponíveis na mídia. 
 
a) Ações de Educação e Mobilização Social 
- Elaborar, em todos os municípios, um programa de educação em saúde e mobilização social, 
contemplando estratégias para: Promover a remoção de recipientes nos domicílios que possam se 
transformar em criadouros de mosquitos; Divulgar a necessidade de vedação dos reservatórios e caixas 
de água; Divulgar a necessidade de desobstrução de calhas, lajes e ralos; 
- Implementar medidas preventivas para evitar proliferação de Aedes aegypti em imóveis 
desocupados; 
- Promover orientações dirigidas a imóveis especiais (escolas, unidades básicas de saúde, hospitais, 
creches, igrejas, comércio, indústrias, etc.); 
- Organizar o Dia Nacional de Mobilização contra a dengue, em novembro; 
- Implantar ações educativas contra a dengue na rede de ensino básico e fundamental; 
- Divulgar informações aos prefeitos sobre as ações municipais que devem ser desenvolvidas e as 
estratégias a serem adotadas; 
- Incentivar a participação da população na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue 
executadas pelo Poder Público; 
- Constituir Comitês Nacional e Estaduais de Mobilização com participação dos diversos segmentos 
da sociedade. 
 
b) Ações de Comunicação Social 
- Veicular campanha publicitária durante todo o ano, com ênfase nos meses que antecedem o período 
das chuvas; 
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- Promover entrevistas coletivas com gestores da área de saúde para divulgar o PNCD; 
- Inserir conteúdos de educação em saúde, prevenção e controle da dengue nos programas de grande 
audiência, formadores de opinião pública; 
- Adotar mecanismos de divulgação (imprensa, "Voz do Brasil", cartas aos órgãos legislativos e 
conselhos estaduais e municipais de saúde) do PNCD; 
- Manter a mídia permanentemente informada, por meio de comunicados ou notas técnicas, quanto à 
situação da implantação do PNCD. 
 
c) Capacitação de Recursos Humanos 
O objetivo principal deste componente é capacitar profissionais das três esferas de governo, para maior 
efetividade das ações nas áreas de vigilância epidemiológica, entomológica, assistência ao doente e 
operações de campo. 
 
Ações 
Realizar capacitação de: 
- 6.360 supervisores de campo para aperfeiçoamento das operações de combate ao vetor; 
- 18.100 supervisores do Pacs/PSF para a inserção das ações de prevenção e controle da dengue na 
atenção básica; 
- 150 técnicos/multiplicadores para aperfeiçoamento das atividades de vigilância epidemiológica; 
- 700 médicos/multiplicadores para a melhoria da assistência aos pacientes com dengue grave e febre 
hemorrágica da dengue; 
- 166.487 agentes comunitários de saúde nas ações de prevenção e controle da dengue; 
- 54 profissionais/multiplicadores para ações de saneamento ambiental; 
- 54 profissionais/multiplicadores para ações de comunicação e mobilização social; 
- 26.000 agentes de controle de endemias, cedidos pela FUNASA aos estados e municípios, por meio 
do Programa de Formação de Agentes Locais em Vigilância em Saúde (Proformar). 
 
Legislação 
O objetivo desse componente é fornecer suporte para que as ações de prevenção e controle da dengue 
sejam implementadas com a cobertura e intensidade necessárias para a redução da infestação por Aedes 
aegypti a índices inferiores a 1%. 
 
Ações 
- Elaborar instrumento normativo padrão para orientar a ação do Poder Público municipal e/ou estadual 
na solução dos problemas de ordem legal encontrados na execução das

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