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set 19, 17, 11:26 1 Direito Penal Princípios Penais Da insignificância: há a exclusão da tipicidade material. 1. Tipicidade formal: juízo de adequação; comportamento em lei. 2. Tipicidade material: deve ser interpretado em conjunto com o princípio da ofensividade, onde deve-se haver ofensa ao bem jurídico de terceiro. 3. Requisito objetivo: a mínima ofensividade da conduta; nenhuma periculosidade social da ação; reduzido grau da reprovabilidade do comportamento; inexpressividade da lesão jurídica provocada. ➢ Esse princípio NÃO INCIDE em: crimes praticados com violência ou grave ameaça; nem cobre a moeda falsa ou o contrabando, porém incide sobre o descaminho – aqui o STF aduz que incide até R$20.000,00 (vinte mil reais) e o STJ diverge, alegando que incide apenas até R$10.000,00 (dez mil reais). Da adequação social: uma conduta socialmente adequada é aquela que se insere nas regras de cultura do povo. 1. Esse princípio não incide sobre o direito à violação dos direitos autorais. Ex: camelô - Sumula 574 e 502 STJ. Da ofensividade ou lesividade: não há crime sem ofensa ou exposição do bem jurídico de terceiro. 1. Autolesão é fato atípico. Exceção: quando cometida com o fim de fraudar seguro, caracterizando eslelionato; quando praticada para criar incapacidade física que inabilite o convocado para o serviço militar, podendo ser caracterizado como crime militar. Da intervenção mínima: o direito penal só incide quando há ofensa aos bens jurídicos relevantes. A subsidiariedade diz que o direito penal é a última instância (última ratio). Da responsabilidade penal individual: nenhuma pena passará da pessoa do condenado. PORÉM, a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens, nos termos da lei, podem ser [1] Comentário: A doutrina e a jurisprudência entende ter requisite subjetivo: mérito do réu. [2] Comentário: Aqui existe uma divergencia, tenha atenção! [3] Comentário: Art. 171, § 2, V, CP [4] Comentário: Art. 184, CPM set 19, 17, 11:26 2 estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. Da responsabilidade penal subjetiva: é VEDADA a responsabilidade penal objetiva. Responsabilidade objetiva é aquela que não interessa dolo e culpa; é a ligação de causa e efeito. Aplicação da lei penal no tempo Lei penal nova que passa a viger pode ab-rogar (revogar totalmente a lei anterior) ou derrogar (revogar parcialmente a lei anterior). Regra (tempus regit actum): aplica-se a lei penal que está vigendo ao tempo do fato. Exceção: lei penal posterior mais benéfica. Lex Mitior: é o gênero para as espécies novatio legis in mellius + abolitio criminis. Novatio legis in mellius: a lei que não altera a natureza jurídica do fato, ele era crime e continua, porém com condições melhores. Abolitio criminis: ela descriminaliza uma conduta que era tida como crime. É causa extintiva da punibilidade (ela pode incidir em qualquer fase do processo). Depois de transitada em julgado não é mais o juiz do processo que declara a abolitio, mas sim o da execução penal. É uma mera petição, protocolada na VEP OU VEC. LEMBRE- SE, cessam apenas os efeitos penais, mesmo diante da abolitio criminis, o réu continua obrigado a reparar o dano! Abolitio temporária: Quem tem a posse da arma até 31.12.2009 eu poderia regularizar a arma, mas se a numeração tá raspada não é crime até 23.10.05 Tempo do crime: o CP adota a teoria da atividade, então considera-se praticado no momento da ação ou da omissão, mesmo que outro seja o momento do resultado! Concurso ou conflito aparente de normas penais: É quando aparentemente duas ou mais normas penais que incidem sobre o mesmo fato.Esse conflito é resolvido a partir dos princípios da: [IF5] Comentário: Art. 2 e 107, III, do CP [6] Comentário: Súmula 611, STF [7] Comentário: Posse é ter a arma na minha casa, intra muros. [IF8] Comentário: 513 STJ set 19, 17, 11:26 3 Especialidade : a lei especial afasta aplicação de lei geral. Lei específica é aquela que contém todos os elementos da lei geral + outros elementos. Aqui não interessa o critério da gravidade; Subsidiariedade: a lei que prevê uma ofensa maior ao bem jurídico, afastando a lei que prevê uma ofensa menor ao mesmo bem jurídico (o que vale é a lei que ofende de forma mais grave o bem jurídico). Pode ser expressa: quando a lei disser formalmente (“só será aplicada quando o fato não constituir crime mais grave”); ou tácita: quando a norma menos grave já funciona como elementar, como uma circunstância da mais grave (Ex: não há roubo sem ameaça + furto); Consunção ou absorção: Aqui há 4 hipóteses, vejamos: 1 hipótese: desde a origem o agente quer o crime mais grave (não posso praticar um delito, sem antes praticar outro). Ex: ferir antes de matar; violar um domicilio antes de furtar. O crime de passagem é absorvido, considerando apenas o mais grave. 2 hipótese: o dolo do agente na origem não quer o crime mais grave (ocorre aqui a progressão criminosa: durante a execução do crime menos grave, é que se chega ao mais grave. O dolo do agente vai “aumentando”). 3 hipótese: fato anterior impunível se tudo está no mesmo contexto fático, o crime meio é absolvido pelo crime fim . 4 hipótese: fato posterior impunível, o agente torna a agredir o mesmo bem jurídico (tais condutas são de exaurimento e só são levadas em conta quando o juiz fixa a pena base . Alternatividade: resolvem-se os conflitos entre verbos nucleares no mesmo tipo penal. Ex. no crime de trafico de drogas, onde há 18 verbos nucleares, por mais que o agente pratique mais de 1 verbo nuclear, ele só é uma vez autor daquele crime; [9] Comentário: chamados de elementos especializantes [10] Comentário: crime progressivo [11] Comentário: súmula 17, STJ [12] Comentário: Art 58 CP