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rEvisão
Resumo A presente revisão pretende analisar os mais recentes métodos existentes na 
Biologia molecular-genética médica, com direcionamento quanto à detecção e ao acompanhamento das diferentes 
neoplasias ginecológicas. Inicialmente, neste estudo serão discutidos os aspectos básicos e as características celulares 
importantes, as diversas fases celulares e os métodos de análise existentes para avaliação dos cromossomos e 
dos genes. São revistos os mais importantes fatores oncogênicos responsáveis pela carcinogênese, bem como 
a ação dos oncogenes e dos genes supressores dos tumores.
Abstract This review intends to analyze the latest existing methods in Molecular 
Biology-Medical genetics, focusing on the detection and tracking of different gynecological neoplasias. This 
study will initially discusses basic aspects and important cellular characteristics, as well as the different cellular 
phases and existing analytical methods for the study of chromosomes and genes. It also reviews the most 
important oncogenic factors which are responsible for carcinogenesis, as well as the action of oncogenes and 
tumor-supressing factors.
Mauri José Piazza1
Almir A. Urbanetz2
Newton Sérgio de Carvalho3 
Palavras-chave
Biologia molecular
Genética médica
Oncogenes
Genes supressores dos tumores
Keywords
Molecular biology
Genetics,medical
Oncogenes
Tumor-supressor genes
1 Professor Titular de Ginecologia do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná Curitiba 
2 Professor Titular de Obstetrícia do Departamento de Tocoginecologia 
3 Professor Adjunto do Departamento de Tocoginecologia 
 Endereço para correspondência: Mauri José Piazza – Rua Padre Agostinho, 1.923- apto.701 – Tel.:(41) 9995-0005/3338-0101 – CEP 80710-000 
– Curitiba (PR), Brasil – e-mail: mpiazza@onda.com.br
 Os autores declaram inexistência de conflitos de interesse no presente trabalho.
Biologia molecular: aspectos básicos da genética: 
parte I
Molecular biology: genetic basic aspects
Piazza MJ, Urbanetz, AA, Carvalho NS
FEMINA | Novembro 2010 | vol 38 | nº 11576
Introdução
As neoplasias constituem o crescimento anormal de massas 
de tecidos e classicamente foram identificadas como benignas 
ou malignas dependendo do seu aspecto estrutural e das suas 
características de crescimento.
Muitos dos tumores benignos imitam o aspecto celular do 
tecido da sua origem, mantendo o aspecto destas células e suas 
funções. Por sua vez, as células dos tumores malignos passam 
a exibir uma variabilidade ampla desde os graus bem diferen-
ciados até os graus indiferenciados destas neoplasias, passando 
a apresentar características de invasão local ou mesmo sua 
disseminação sistêmica com características de metastização a 
outros sítios-tecidos.
O intuito inicial é descrever todas as possíveis características 
do ciclo celular e os fatores determinantes na etiologia,sejam on-
cogenes ou fatores bloqueadores do desenvolvimento tumoral,ou 
seja genes supressores.
A célula
Todo o mecanismo de replicação celular é bastante complexo 
e, durante a sua evolução, a célula passará através de varias fases, 
começando sempre pela síntese do DNA (Fase S) e culminando 
na mitose (Fase M).
Estes processos de divisão celular são os responsáveis pela 
criação de células diploides,as quais, originadas de células pre-
existentes, sendo denominado mitose.
As fases preparatórias e que antecedem as fases S e M são co-
nhecidas como fases de intervalo (Gap) G1 e G2, e cada fase do 
ciclo celular só se iniciará se a fase anterior tiver sido completada. 
Estas fases de eventos celulares serão controlados por fatores intra e 
extracelulares. Após a mitose,as células entram numa fase em que 
não existe a síntese de DNA, que é a interfase sendo esta dividida 
em G1—S—G2. Na fase G1, ocorre a síntese de proteínas e de 
RNA, na fase S há duplicação do DNA e no final desta fase já houve 
a duplicação do DNA celular. Na fase G2,a célula se prepara para 
a mitose e contem cópias idênticas de cromossomos. A fase M 
começa com a disposição e condensação central dos cromossomos, 
adotando aspecto filamentar, sendo visíveis a microscopia.
As células que não tem atividade proliferativa por longo 
período se mantém na fase G0, mas poderão manter ou retomar 
sua atividade proliferativa por estímulos apropriados ou sob ação 
de outros elementos ambientais.
Os processos de proliferação celular são habitualmente 
iniciados pela ligação de fatores de crescimento a receptores 
específicos situados as vezes na membrana plasmática ou mesmo 
outras vezes em sites intracelulares. São conhecidos inúmeros 
fatores de crescimento e foram determinados como possuidores 
de ações especificas, tais como o PDGF (fator de crescimento 
derivado de plaquetas), EGF (fator de crescimento epidérmico), 
TGF-beta (fator de crescimento de transformação beta), FGF 
(fator de crescimento fibroblástico), fator de crescimento tipo 
insulina I, Interleucina II e eritropoitina1,2 (B).
Todos os eventos celulares que foram induzidos pelos fatores 
de crescimento condicionam mudanças intracelulares em 2 
grupos de proteínas, que são as quinases proteicas dependentes 
das ciclinas (CDK) e as ciclinas propriamente ditas3 (B).
Estes complexos de ativação e desativação induzem a resposta 
e o estabelecimento do ciclo celular, sendo que na fase S ocorre 
um aumento intracelular da ciclina A. O processo CDK- ciclina 
B,também denominado fator promotor de maturação,é o respon-
sável pela regulação da passagem da célula de G2 para mitose.
Como atuantes contra a multiplicação celular existem diver-
sos fatores que são conhecidos como inibitórios à proliferação, 
como sejam o interferon beta, o TNF (fator de necrose tumoral) 
e o TGF-beta (fator de transformação de crescimento beta), que 
poderão suprimir a resposta celular.
Outro mecanismo regulatório do ciclo celular são os ini-
bidores de CDK, formado por grupo de proteínas da família 
Kip/Cip,proteínas p21, p27 e p57,que induzem o bloqueio do 
complexo CDK-ciclinas.
Apoptose é um processo ativo, normal e fisiológico que cul-
minará na morte celular. Esta situação é condicionada e induzirá 
uma remodelação tecidual, sendo essencialmente uma resposta 
imunológica. Histologicamente,a apoptose celular caracteriza-se 
por uma desagregação celular com condensação de cromatina e 
degradação intranuclear. Difere do processo de necrose celular 
quando nesta situação ocorre edema celular, bem como lesões da 
membrana celular com aumento da sua permeabilidade,edema 
das mitocôndrias,ruptura do DNA e do RNA e degradação 
proteica pela liberação de hidrolases lisosomais. Esta degradação 
enzimática induz intensa reação inflamatória nos tecidos vizinhos 
e resultará em necrose celular.
A apoptose poderá ser induzida por genes supressores de 
tumores,oncogenes ou mesmo linfócitos citotóxicos como o 
CD8-T. 
Senescência Celular — as células se duplicam até um número 
finito de vezes cujo limite estabelecido tornou-se conhecido 
como “limite de Hayflick”4 (B).
Este processo é regulado pela perda dos telomeros dos 
cromossomos e,quando isto acontece, a célula entra num pro-
cesso de senescência ou mortalidade. Apesar disto, existem 
linhagens celulares que “escapam” deste estagio e são capazes 
Biologia molecular: aspectos básicos da genética: parte I
FEMINA | Novembro 2010 | vol 38 | nº 11 577
de se replicarem e proliferarem indefinidamente e poderão ser 
consideradas imortalizadas.O essencial nesta circunstancia é 
a manutenção do comprimento do telomero, induzido pela 
reativação das telomerases.Devido a isto foi evidenciado que 
em 90% dos tumores humanos há manutenção ou aumento da 
expressão da telomerase.
Metodos de análise
1. Análise dos cromossomos 
No momento atual, a citogenética não está restrita apenas 
à descrição de diversas síndromes ou a detecção de possíveis 
anomalias em fase pré-natal, mas possui,pelos métodos de Bio-
logiaMolecular, a condição de prever, determinar e acompanhar 
também as mais diversas neoplasias e ou fenomenos genéticos 
desde a sua origem.
Exemplos clássicos das primeiras determinações foram a 
ocorrência de anomalias cromossômicas como a translocação 
do protooncogene abl, translocado do cromossomo 9 para o 
22 que foi determinado como sendo um fator indutor para o 
aparecimento da leucemia mieloide crônica.
Outras anormalidades cromossômicas evidenciadas foram ao 
nível do cromossomo 13q14 causador de uma anormalidade gênica 
que predisporia ao surgimento dos retinoblastomas tendo impor-
tância também para o surgimento do linfoma de Burkitt.
Entre as técnicas básicas para o estudo dos cromossomos, a 
essencial compreende o estudo de culturas de sangue-leucócitos que 
são induzidos pela fito-hemoaglutinina à divisão mitótica.
Essa divisão mitótica deverá posteriormente ser interrompida 
pela colcemida, análogo da colchicina, e na sequência estas células 
serão tratadas com solução hipotônica de cloreto de potássio, 
que induz um aumento do volume celular, e tais células assim 
distendidas depois serão fixadas e colocadas em laminas para 
análise e fotografias dos cromossomos.
Outro método que é a Hibridização in situ utilizada para 
determinar a localização de cada cromossomo e a distribuição 
dos genes dentro da sua banda. As laminas serão preparadas do 
mesmo modo como anteriormente descrito, e o DNA do núcleo 
é hibridizado, isto é, vai se tentar acoplar a sondas específicas, 
as quais poderão ou não ser radioativas.
A hibridização in situ fluorescente conhecida como FISH 
(fluorescence in situ hybridization) utiliza anticorpos marcados 
com substancias que emitem fluorescência colorida,sendo este 
um método não radioativo.
Com estes métodos, é possível determinar a sequência gêni-
ca em um cromossomo metafásico e ou o sinal fluorescente no 
núcleo ou na mitocôndria.
A perda de material genético poderá refletir a presença de genes 
supressores de tumores, enquanto que o ganho deste material 
poderá representar a presença de oncogenes dominantes.
Também a Hibridização Genômica Comparativa (CGH 
- comparative genomic hybridization) permite uma análise 
genômica mais ampla e total. Estas alterações são caracterizadas 
com diferentes corantes marcadores e a região que foi deletada na 
amostra não sofrerá hibridização para os cromossomos aí locali-
zados, causando na amostra controle um excesso de corante.
Assim deste modo,poderá ser evidenciada uma anormalidade 
cromossômica neste sitio. 
Recentes avanços técnicos, tem permitido o estudo de seg-
mentos do genoma pela técnica de microarranjos (microarrays). 
Esta técnica permite um aumento na resolução e na eficiência, 
sendo um método com boa reprodutibilidade.Atualmente,são 
disponibilizados e usados comercialmente microarranjos oligonu-
cleotídicos ou com nucleotideos polimórficos. Os microarranjos 
são utilizados na detecção e quantificação de ácidos nucleicos 
(RNAm na forma de cDNA ou DNA genômico) provenientes 
de amostras biológicas,as quais são postas a hibridizar com o 
DNA fixado no arranjo. Pela sua alta performance técnica, pode-
se determinar a expressão diferencial de milhares de genes em 
um único experimento.
Seu uso tem permitido uma conveniente análise de diferentes 
tipos histológicos de tumores, seus estágios e sua comparação 
com tecidos normais.
Estas comparações permitem identificar genes de expressão 
aberrante existentes em tumores,quando comparados com áreas 
normais
2. O estudo dos genes
A caracterização do gene que se está estudando e dos seus 
produtos proteicos torna-se cada vez mais essencial. 
O desenvolvimento de técnicas de hibridização para estudo 
do DNA e do RNA possibilitou a identificação de genes e das 
suas funções. Também a simplificação progressiva das diversas 
técnicas,tem possibilitado a detecção de oncogenes ou genes supres-
sores tumorais, os quais são essenciais na avaliação de neoplasias 
em todos os sítios do organismo e assim propor novas medidas 
e estratégias até mesmo direcionadas à sua terapêutica.
Dentre estas novas técnicas desenvolvidas enumeramos:
•	 Extração do DNA pela digestão enzimática da membrana e 
das proteínas celulares presentes, obtendo-se o DNA puri-
ficado.
•	 Clivagem por enzima de restrição, onde são determinadas 
a sequência especifica de bases na hélice dupla de DNA e o 
DNA da própria, que não é degradado.
Piazza MJ, Urbanetz, AA, Carvalho NS
FEMINA | Novembro 2010 | vol 38 | nº 11578
•	 Clonagem em associação a uma outra enzima, dita DNA 
ligase, consegue-se ligar o fragmento de DNA a um vetor.
Este vetor faz o transporte do DNA para dentro de uma 
célula procariota(hospedeira), que tem uma velocidade de 
reprodução celular acelerada.Assim deste modo, serão obti-
dos inúmeros fragmentos de DNA que poderão auxiliar na 
detecção de mutações e na expressão e sequenciamento de 
proteínas.
•	 “Southern Blot” é um método usado para a determinação de 
sequências especificas de DNA,se está ou não presente em 
determinada amostra. O gel aonde foi feita a eletroforese 
do DNA é tratado com solução alcalina de hidróxido de 
sódio com o intuito de induzir a desnaturação da dupla fita 
do DNA, que por sua vez é separado em fitas simples. Na 
sequência, uma membrana de nitrocelulose é posta sobre o 
gel e o DNA vai se ligar a ela. Esta membrana será tratada 
a seguir com uma sonda hibridizadora que é uma molécula 
de DNA conhecida-idêntica ou complementar àquela se-
quência que se quer determinar. Conhecendo-se os pontos 
onde a amostra de DNA foi clivada, é possível dizer em que 
trechos a sequência procurada estará ou não presente.
•	 “Northern Blot” direciona-se para estudar a expressão 
gênica,isto é, evidenciar se determinado gene de um genoma 
é ou não transcrito em RNA e quantificá-lo.O uso de sondas 
hibridizadoras poderão ser feitas de DNA ou RNA, mas neste 
procedimento o ácido nucleico que está fixo a membrana é 
uma coleção de fragmentos de DNA isolados, e a sonda será 
RNA extraído de um tecido marcado radioativamente.
•	 Reação em cadeia de polimerase é uma técnica que induz 
uma amplificação de uma sequência conhecida a partir de 
pequena quantidade de DNA.
 A enzima responsável por esta replicação é a DNA polimerase,que 
usa uma molécula de DNA de fita simples como molde para 
a síntese de uma fita complementar. Durante esta síntese,é 
necessário a presença de desoxinucleotídeos trifosfatados 
(dNTPs) e cátions de magnésio que são cofatores da DNA 
polimerase. Para a replicação do DNA in vitro, é essencial 
que este seja desnaturado, ou seja,que as fitas duplas sejam 
separadas em fitas simples. Toda esta técnica direciona-se 
a detecção de possíveis mutações e doenças hereditárias, 
sequenciamento de genes, determinação de paternidade e 
na medicina forense.
•	 Transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polime-
rase é usada para a detecção de RNAs mensageiros, isto é, 
os correspondentes aos genes celulares expressos.
 Na primeira fase, a enzima transcriptase reversa induz o RNA 
mensageiro (mRNA) a ser convertido em DNA complementar 
(cDNA), e este é amplificado por uma PCR. Esta técnica 
tem permitido determinar translocações cromossômicas que 
são responsáveis por sarcomas ou leucemias
•	 Sequenciamento ou sequenciação de DNA consiste numa 
série de métodos bioquímicos com intuito de determinar 
a ordem das bases nitrogenadas tipo adenina (A), guanina 
(G), citosina (C) e timina (T) na molécula de DNA.
Entre estes métodos constam o de Maxams & Gilbert5 (B) 
que é um método de clivagem química e o de Sanger e cols.6 
(B), que é um método de replicação enzimática com interrupção 
controlada.Ele consiste na adição de nucleotídeos modificados 
(didesóxiribonucleotídeos) que impedem o crescimento de um 
fragmento de DNA em replicação pela DNA polimerase. Os 
fragmentos resultantes desta reação são submetidosa uma ele-
troforese de alta resolução, e a sequência de bases da cadeia do 
DNA que foi sintetizada é lida a partir de auto-radiograma de 
4 terminadores (A,C,G,T) provenientes destas 4 reações.
No entanto, na atualidade, com o sequenciamento automá-
tico do DNA onde se empregam oligonucleotídeos ou ddNTP’s 
(“terminadores”) marcados com fluoresceína, o emprego de 
marcadores radioativos está entrando em desuso.
Diversas tecnicas para a detecção das 
mutações
Várias alternativas tem sido efetuadas através de diferentes 
técnicas para determinar deleções, inserções ou substituições de 
nucleotídeos que induzem mutações, podendo assim condicionar 
a doenças, entre elas o câncer. Elas estão fulcradas em técnicas 
de mobilidade eletroforética,susceptibilidade à clivagem com 
enzimas de restrição e mesmo a detecção de desalinhamento 
com proteínas específicas e, com isto, a produção de proteínas 
truncadas. São elas:
1. Single-Stranded Conformational Polymorfism of PCR Products 
(PCR-SSCP) possibilita determinar os polimorfismos em 
DNA de fita simples,sendo esta técnica de alta sensibilidade 
e consequentemente determina mais de 80% das mutações 
presentes em fragmentos menores que 300bp7 (B). 
2. PCR Heteroduplex é um método que permite determinar as 
deleções ou inserções de modo mais fácil e rápido. O produto 
de PCR é desnaturado por aquecimento e o pareamento das 
fitas é feito em temperatura ambiente, e a seguir aplica-se 
gel de poliacrilamida. Esta técnica baseia-se na mobilidade 
eletroforética entre a dupla fita homoduplex e a dupla fita 
heteroduplex que,por possuírem uma inserção ou deleção, 
não são totalmente complementares8 (B).
Biologia molecular: aspectos básicos da genética: parte I
FEMINA | Novembro 2010 | vol 38 | nº 11 579
3. Clivagem por Enzima de Restrição (RFLP – Restriction 
Fragment Length Polymorfism) as enzimas de restrição 
digerem o DNA em sítios específicos daquele fragmento 
amplificado pela PCR. Esta mutação poderá estar dentro 
do sitio de restrição e a enzima não será capaz de fazer seu 
reconhecimento. Se a mutação criar um novo sítio de restrição, 
os fragmentos originados serão menores em relação ao DNA 
normal. Esses fragmentos de DNA serão separados pelo seu 
peso molecular através do gel de poliacrilamida9 (B).
4. Protein Truncation Test é um teste de alta sensibilidade para 
analise de fragmentos grandes e maiores que 600 bp.O mesmo 
auxilia na análise de genes onde a maioria das mutações leva 
a formação de um códon de parada precoce com a criação de 
proteínas truncadas10,11 (B).
Carcinogênese 
Os processos biológicos geradores dos tumores dependerão 
de um processo de iniciação e de promoção que, a partir daí, 
gerarão a proliferação celular.
No processo de iniciação está o primeiro estágio da carcino-
gênese que condiciona mudanças irreversíveis no DNA celular. 
Estes agentes poderão ser químicos, físicos ou mesmo virais.
A atividade dos agentes químicos causarão distorção do 
DNA, mas tais mudanças estarão sujeitas a dose e ao tempo de 
atuação deste agente, bem como do órgão envolvido.
Entre os agentes químicos carcinogênicos, citamos as aminas 
aromáticas, nitrosaminas, clorocarbonados, agentes alquilantes, 
hidrazinas e diversos metais pesados como o cobalto, cromo e o 
níquel. Entre os agentes físicos que também são carcinógenos 
referimos as radiações ionizantes, como os raios ultravioletas e 
o raio X, que produzem mutações do DNA.
A promoção é a segunda fase da carcinogênese e envolve uma 
série de mudanças celulares que resultam na proliferação e expansão 
das células. Estes mecanismos celulares proliferativos dependerão 
de fatores hormonais e de crescimento tumoral, com estimulo da 
atividade de fatores de transcrição e da ação gênica.
O efeito marcante será alterando a reprodução celular, ou 
produzindo expansão clonal das células já iniciadas. Assim é que 
a exposição a diversos agentes químicos e ambientais poderão 
induzir o desenvolvimento de diversas neoplasias ginecoló-
gicas, como sendo principalmente os tumores ovarianos tipo 
neoplasias das células da granulosa. Tais agentes químicos em 
associação aos estrogênios, por exemplo, tem importância na 
gênese de neoplasias tipo adenocarcinoma do endométrio. Estes 
agentes assim caracterizados são nominados como “promoters” 
de neoplasias.
Carcinogênese viral
Experimentos realizados desde 1990, quando se procedeu a 
inoculação de extratos celulares provindos de células cancerosas 
em animais sadios,evidenciaram a possibilidade de desenvol-
vimento de neoplasias. Este fenômeno foi demonstrado em 
leucemias e sarcomas de aves e,posteriormente,também em 
ratos, quando determinou-se ser RNA de um retrovirus. Estes 
retrovirus entram nas células hospedeiras por absorção ou por 
endocitose via receptores específicos situados na superfície ce-
lular dos receptores.
Outros tipos de retrovirus de ação crônica e lenta com um 
período de latência prolongado foram demonstrados como sendo 
agentes mutagênicos. O papilomavirus de Shope extraído de ver-
rugas de coelhos e o SV40, um papovavirus que é encontrado em 
macacos,são agentes virais causadores de neoplasias em animais.
Na espécie humana,é bastante controverso,mas muito 
importante na atualidade, os diversos tipos de HPV que são 
relacionados à carcinogênese ginecológica. O HPV pertence a 
familia papovavirus e o seu DNA é epiteliotrófico, sendo que 
mais de 80 tipos já foram identificados através de métodos de 
hibridização.
Oncogenes e genes supressores dos tumores
Na gênese das neoplasias,tem se evidenciado distúrbios ge-
néticos na sua origem e estes são essencialmente condicionados 
por mutações gênicas. As alterações das expressões gênicas é que 
contribuem para o desenvolvimento destas neoplasias, mas estas 
mudanças são tempo-dependentes. A configuração da progressão 
em vários estádios,tem mostrado que estes tumores originam-se 
na sequência de uma hiperplasia, displasia, carcinoma in situ 
e carcinoma invasor.
Assim é que o câncer humano representa o ponto final de 
um longo processo que envolve diversas alterações celulares 
caracterizadas no genótipo ou no fenótipo.
Os tumores humanos sólidos são geralmente de origem 
monoclonal, isto é, todas as células provem de uma única célula 
progenitora, e implicando deste modo que essas células sejam 
geneticamente idênticas. 
As alterações genéticas nas células cancerosas vão depender 
basicamente da ação dos oncogenes e da não ação dos que são 
genes supressores dos tumores. As proteínas codificadas pelos 
oncogenes são vistas como tendo um comportamento estimu-
lador e aquelas codificadas pelos genes supressores tem efeito 
inibitório ao desenvolvimento tumoral.
Genes supressores dos tumores são genes encontrados nos 
genomas das células normais e que são os responsáveis pela 
Piazza MJ, Urbanetz, AA, Carvalho NS
FEMINA | Novembro 2010 | vol 38 | nº 11580
produção de proteínas relacionadas ao controle negativo do 
crescimento celular. O desequilíbrio entre esses dois tipos de 
genes poderá levar ao desencadeamento do crescimento anormal 
de linhagens celulares e ao surgimento de neoplasias.
Muitas vezes,estas mutações dos genes supressores dos tu-
mores alteram a sequência de bases e a codificação das proteínas 
é truncada, o que induz vários tipos de mutações.
Outras eventualidades são as microdeleções ou inserções de 
um ou mais nucleotídeos, ou mesmo grandes deleções do genoma, 
onde ocorre a perda destes genes supressores dos tumores.
Já de há muito está demonstrado que as alterações gênicas são 
capazes de induzir proliferações ou mesmo neoplasias malignas.
Esta ativação dos oncogenes poderá se suceder a custa de 
vários mecanismos, sendo que em tumores sólidos e o mais 
comum pela amplificação e superexpressão de diversas proteí-
nas. Alguns oncogenes poderão também se tornar resistentes à 
inativação quando afetados por situações mutantesespecificas 
ou quando estes oncogenes são translocados de um cromosso-
mo para outro. Estes então, sob a ação de uma sequência de 
fator(es) de promoção(ões) (promoter), poderão induzir uma 
superexpressão destes genes.
Também durante o processo de carcinogênese a manutenção 
do alelo-específico silencioso do oncogene é perdido, resultando 
assim num aumento da expressão deste. 
Atualmente,são conhecidos cerca de 100 diferentes tipos 
de oncogenes e um numero sensivelmente menor de genes su-
pressores de tumores.No entanto,nem todos estão relacionados 
Gene Localização cromossômica Função Cânceres hereditários Cânceres esporádicos
RB1 13q14 regula ciclo celular Retinoblastoma
Osteosarcoma
Retinoblastoma-sarcomas
WT1 11p13 fator de transcrição Tumor de Wilms Tumor de Wilms
TP53 17p13 fator de transcrição Síndrome de Li-Fraumeni
APC 5q21-q22 Transdução de sinal Polipose adenomatosa familiar Neoplasias gástricas ou colorretais
VHL 3p26-p25 Alongamento de transcrição Síndrome de V. Hippel Lindau Neoplasias renais
MSH2 2p21-3p21 Reparo do DNA Câncer colorretal c/ não polipose Câncer colorretal e endometrial
MLH1 7p22-2p21
PMS2
MSH6
BRCA1 17q12-21 Reparo do DNA
Fator de transcrição
Neoplasia mama-ovário Neoplasia ovário rara
BRCA2 13q12 Reparo do DNA
Fator de transcrição
Neoplasia mama-ovário Neoplasia ovário rara
NF1 17q11 Regulador negativo do RAS Neurofibromatose -
DPC4 18q21 Sinalizador do TGF-beta - Tumor do pâncreas
CDKN2A 9p21 Regulador negativo da ciclina D Melanoma Diversos
PTEN 10q24 Fosfatase Síndrome de Cowden Diversos
Tabela 1 – Genes supressores de tumores e suas relações com diversos cânceres humanos
a tumores humanos. Muitos dos conhecimentos pertinentes aos 
oncogenes foram obtidos de inicio em estudos de retrovírus e eles 
poderão induzir um maior risco de transformações neoplásica 
por meio de 2 mecanismos. O primeiro seria pela integração 
de uma sequência gênica viral no genoma do hospedeiro ou 
então deixá-lo sobre o controle de fortes elementos regulatórios 
do genoma viral.O segundo processo é pela recombinação ou 
troca de segmentos de DNA entre o genoma viral e a célula 
sadia,fazendo com que o genes celulares passem a ser regulados 
pelos promotores virais.
Em células normais, a ativação dos oncogenes poderá se 
suceder por mutação, rearranjo gênico ou amplificação gênica.
Atualmente,é conhecido que a inativação de genes supressores 
dos tumores é uma situação bem mais comum do que a inativa-
ção dos oncogenes. No entanto, com os esforços direcionados ao 
conhecimento exato das sequências gênicas, a identificação de 
mutações das proteinoquinases permitirá que novos oncogenes 
sejam identificados.
Entre os oncogenes temos:
1. Fatores de crescimento dos peptídeos e seus receptores estão 
situados nos espaços extracelulares,os quais poderão induzir 
um aumento em cascata de todos os mecanismos dos recep-
tores situados na membrana celular.
É postulado que diversos tipos de cânceres secretariam 
diversos tipos de fatores de crescimento que interagiriam com 
os receptores celulares locais e aumentariam, deste modo,a sua 
proliferação, de modo autócrino.
Biologia molecular: aspectos básicos da genética: parte I
FEMINA | Novembro 2010 | vol 38 | nº 11 581
Os receptores da membrana celular ligam-se a fatores de cres-
cimento dos peptídeos e estas agregações e arranjos dos receptores 
induzem ativação intracelular das tirosino-quinases12 (B).
2. Família dos receptores dos fatores de crescimento epidér-
mico é uma importante família de receptores de fatores de 
crescimento transmembrana que têm merecido inúmeras 
pesquisas nas ultimas décadas. O EGF (epidermic growth 
factor) é um fator de crescimento peptídico constituído de 
53 aminoácidos,e a maioria destes receptores são proteínas 
transmembranicas,com um domínio externo ao qual se liga 
o fator de crescimento e um domínio citoplasmático com 
propriedades de tirosina-quinase.
 Estes EGF tem sido demonstrados em diversas neoplasias 
da cabeça, pescoço, pulmões e também em neoplasias epidér-
micas da vulva. Embora as expressões do EGF sejam diversas 
nos diferentes tipos de neoplasias, eles não são preditores do 
comportamento clínico destas..Em algumas neoplasias,como 
seja a neoplasia de pequenas células dos pulmões,tem sido 
desenvolvidos inibidores específicos do EGF tal como a 
gefitinibina e a erlotnibina, que parecem ser eficazes para o 
seu tratamento. A justificativa para o efeito anti-EGF seria 
caracterizado como um “choque oncogenico”, onde tais subs-
tâncias teriam a capacidade de induzir altos níveis celulares de 
efeito apoptótico, com conveniente resposta clínica13-15 (B). 
3. Fatores de transdução extranucleares: existindo uma in-
teração entre os fatores de crescimento peptídicos e seus 
receptores,ocorre a transmissão de estímulo mitogênico 
ao núcleo. Muitos destes sinais envolvem a fosforilação de 
proteinas por enzimas conhecidas como quinases, proteína-
quinase C,AKT2 que estão envolvidas no estimulo prolife-
rativo celular. Em contrapartida a atividade regulatória das 
quinases é procedida pelas fosfatases que agem de modo 
oposto pela remoção de fosfatos16 (B).
4. Fatores regulatórios nucleares são fatores encontrados dentro 
dos núcleos,cuja ação é ativar genes que induzem a replicação 
celular do DNA e culminam na mitose.
 Assim é que varias destas proteínas nucleares se ligam ao 
DNA. Nesta classe de proteínas, estão representadas os on-
cogenes c-myc, c-fos e c-jun. Já foram evidenciados como 
tendo participação destes oncogenes no desenvolvimento 
do linfoma de Burkitt, no neuroblastoma e nos carcinomas 
de pequenas células dos pulmões17-19 (B).
5. RAS são proteínas que representam outra classe de moléculas 
que estão envolvidas nos sinais de crescimento estimulatório da 
membrana celular diretamente para o núcleo. Estas proteínas 
RAS são moléculas com 21-kD que localizam-se no interior 
das membranas celulares e sua ação é catalizadora, tendo a 
capacidade de induzir a troca da guanosina 5’-trifosfato em 
guanosina 5’-difosfato. Mutações nesta família de proteínas 
estão presentes em mais de 1/3 das neoplasias sejam em 
cânceres gastrointestinais ou do endométrio (KRAS, HRAS 
e NRAS)20-23 (B).
Oncogenes Produtos Classe
sis Cadeia beta de PGDF Fator de crescimento
hst2 Homólogo de FGF Fator de crescimento
int-2 Homólogo de FGF Fator de crescimento
erb-1,B2,B3 Receptor p/EGF Receptor de FGF
fms Receptor p/CFS-1 Receptor de FGF
rãs Proteína lig. GTP Proteína Transd. Sinal
abl Proteína tirosina-quinase Proteína Transd. Sinal
myc Fator Reg. Transcrição Fator Nuclear
fos Fator Reg. Transcrição Fator Nuclear
jun Fator Reg. Transcrição Fator Nuclear
Tabela 2 - Ação dos oncogenes
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