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História da Psicologia - Funcionalismo

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2.3 – COMO SURGIU O FUNCIONALISMO?
William James foi o precursor do movimento funcionalista e o pioneiro da psicologia funcional americana. James não fundou nenhum sistema formal de psicologia, não teve nenhum discípulo e, nem foi nenhum líder do movimento funcional, ele apenas apresentava suas ideias com clareza e de forma eficaz, influenciando o movimento funcionalista na América e inspirando gerações posteriores de psicólogos. Para James, o objetivo da psicologia era estudar os seres humanos e como eles se adaptavam ao meio em que viviam; a consciência tinha como função guiá-los às formas de sobrevivência que o ambiente exigia. Ele também enfatizava os aspectos não racionais dos seres humanos, alegando que o lado emocional afetava diretamente na razão e na forma de pensar.
Os líderes do movimento funcionalista foram fortemente influenciados pelas ideias de James, porém não tinham o objetivo de fundar uma nova escola de pensamento, eles apenas protestavam contra as limitações da psicologia de Wundt e do estruturalismo de Titchener. Indiretamente, o fundador do estruturalismo, Edward Bradford Titchener, formalizou esses movimentos de protesto ao adotar a palavra “estrutural” em oposição a “funcional” no artigo “The postulates of a structural psychology”, dizendo que o único estudo adequado para a psicologia era o estruturalismo. 
No final do século XIX, as ideias funcionalistas se converteram em escolas de pensamento, onde, o foco principal era nas universidades americanas de Chicago e de Columbia. Dois psicólogos contribuíram diretamente na fundação da escola de pensamento funcionalista, foram eles: John Dewey e James Rowland Angell.
2.4 – Principais Teóricos
John Dewey (1859-1952)
Dewey permaneceu por 10 anos na University of Chicago. Foi o criador responsável pela escola-laboratório, um marco inédito no movimento educacional progressivo naquela época. No ano de 1904, foi para a Columbia University, onde prosseguiu com o seu trabalho de aplicação da psicologia aos problemas educacionais e filosóficos, destacando-se pela orientação prática das ideias funcionalistas.
No artigo “The reflex arc concept in psychology” Dewey criticava o aspecto molecular e elementar do arco reflexo, pelo fato do mesmo discriminar o estímulo da resposta. Para Dewey, era impossível reduzir a experiência consciente aos seus elementos componentes, confrontando assim as ideias de Wundt e Titchener. Para Dewey, o estímulo e a resposta devem ser vistos como unidade e não como sensações e respostas individuais. Dewey concluiu, desta forma, que o objeto de estudo mais adequado para a psicologia seria a análise do organismo como um todo e o seu funcionamento no ambiente.
James Rowland Angell (1869-1949)
Angell teve a sua contribuição ao transformar o movimento funcionalista em uma escola de pensamento utilitária. O departamento de psicologia da University of Chicago foi o mais marcante de sua época e serviu como principal base para os psicólogos funcionalistas.
Angell afirma, em seu livro Psychology (1904), que a função da consciência era a melhoria da capacidade de adaptação dos indivíduos ao meio. O objetivo da psicologia, segundo Angell, era estudar de que modo a mente auxiliava no processo de adaptação do organismo ao seu ambiente. 
Para Angell, a psicologia funcional tinha como três principais temas:
· A psicologia funcional tinha a tarefa de descobrir e estudar o modus operandi do processo mental;
· A psicologia funcional era a psicologia das utilidades fundamentais da consciência, sendo assim, a consciência era vista como um instrumento, que fazia relação entre o organismo e o ambiente;
· A psicologia funcional engloba todas as funções de mente-corpo e não faz qualquer distinção entre a mente e o corpo.
Harvey A. Carr (1873-1954)
No período de Carr, o funcionalismo já não precisava mais confrontar-se com as ideias estruturalistas, o movimento já havia ganho status de psicologia geral. Carr aprimorara a base teórica de Angell, apresentando de forma mais refinada o funcionalismo, destacando dois pontos principais: 
· A atividade mental foi definida como objeto de estudo da psicologia – os funcionalistas tinham interesse nos processos mentais como a memória, a percepção, o sentimento, a imaginação, o julgamento e a vontade;
· A atividade mental tinha como principais funções: a aquisição, a fixação, a retenção, a organização e a avaliação de experiências e a forma como era utilizada para determinar a ação de um indivíduo.
Carr coletava os dados por meio do método experimental e da introspecção e, assim como Wundt, acreditava que a cultura tinha grande influência no modo de comportamento dos indivíduos.
Robert Sessions Woodworth (1869-1962)
	Woodworth não pertencia formalmente à escola de pensamento funcionalista, porém, suas obras produzidas sobre o estudo da psicologia acompanhavam o pensamento funcional da escola de Chicago, atribuindo ainda um importante ponto de vista.
	Woodworth utilizava da abordagem denominada Psicologia Dinâmica, um sistema que se dedicava ao estudo da motivação e dos fatores causais que influenciavam os sentimentos e o comportamento; Woodworth tinha a intenção de desenvolver o que chamava de “motivatologia”. Ele levantava a ideia de que o objeto de estudo da psicologia devia ser tanto a consciência como o comportamento, acreditava que o objetivo da psicologia era identificar o porquê das pessoas agirem de determinada maneira. Examinava o organismo de forma objetiva, analisando o estímulo externo e a resposta; utilizava-se da introspecção e da observação como ferramentas para entender o que ocorria dentro do organismo.
2.5 – Críticas 
	Com o estabelecimento do funcionalismo como escola de pensamento, os estruturalistas se encontravam frenéticos e foram os primeiros a atacar a recém-fundada corrente de pensamento psicológica. Uma das criticas contra o funcionalismo era que o próprio termo não tinha uma definição muito clara. Um dos alunos de Titchener, C. A. Ruckmick acusava os funcionalistas de inconsistência e ambiguidade, uma vez que estes atribuíam ao termo função o sentido de descrição de atividades e outras vezes referiam-se à sua utilidade. Após 17 anos sem uma resposta da escola funcionalista, Carr declarou não haver ambiguidade nas duas definições, pois “os psicólogos funcionalistas estavam interessados em uma atividade especifica em beneficio próprio (a primeira definição) e também nas suas relações com outras condições ou atividades (a segunda definição)”. 
	Outra crítica por parte dos estruturalistas estava relacionada à definição da psicologia. Titchener alegava que qualquer abordagem que não seguisse os moldes estruturalistas não podia ser considerada psicologia. Criticavam também, o interesse dos funcionalistas pela aplicação prática da psicologia aos problemas reais. A escola funcional não via utilidade em manter a psicologia apenas como uma ciência pura e não renunciava o seu interesse prático.
2.6 – Contribuições
	A mudança de foco da estrutura para a função teve um grande impacto na psicologia nos Estados Unidos. Uma de suas consequências foi a integração da pesquisa do comportamento animal, área que não fazia parte dos estudos estruturalistas. A base funcionalista também permitiu a expansão da psicologia para outras áreas, como o estudo dos bebês, crianças e adultos com dificuldades mentais. Os funcionalistas ainda se utilizavam da introspecção, entretanto, complementavam este método com o auxílio de outros, como a pesquisa fisiológica, os testes mentais, os questionários e as descrições objetivas de comportamento. O maior marco do funcionalismo na psicologia americana foi a sua ênfase na aplicação prática dos métodos para a solução dos problemas reais, conhecida popularmente como psicologia aplicada.

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