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1 Profª Gisele Thiel Della Cruz Aula 1 Vertentes historiográficas no século XX Conversa Inicial Narrativa e oralidade (primeiros registros) Memória O que hoje entendemos como história – quando se constituiu Transformações da disciplina História e historiografia Modificações do século XIX ao XX: a história tradicional, a história ciência e a ruptura gerada pelos Annales Dos pressupostos de verdade e comprovação das ciências naturais aos movimentos historiográficos do século XX Os Annales: investigações mais amplas, críticas e plurais (objetivos e metodologias) A história tradicional: discursos 2 “A história repensada” (Jenkins) Estudo da história como o passado; e esse campo de estudo como discurso História: o discurso e o real O discurso: um olhar possível sobre o passado Diferentes interpretações: leituras de outras áreas “Toda história é escrita por alguém e para alguém” Certeau: o real e o discurso Aquilo que os historiadores produzem como resultado A ação do historiador sobre o passado Concepção que gera inúmeros debates O saber histórico no século XIX A história profissional e científica: o mundo dos métodos e da ciência (século XIX) O cientificismo da história Leopold Von Ranke: homem de seu tempo Historiador prussiano do século XIX, idealizador do método histórico ou do historicismo 3 O modelo da historiografia alemã: rigor na forma de fazer a investigação Rigor com as fontes: qualidade das informações Objetividade – relato único: crença de que se tratava de descrever o que realmente acontecera A imparcialidade do pesquisador O conhecimento puro A história é desvelada pelo historiador A capacidade hermenêutica: método para organizar as fontes Essa escola trouxe grandes contribuições à técnica e à profissionalização da história e do historiador, mas mantinha seu caráter conservador e de cunho político nacionalista A ênfase em estudar particularismos acabou por radicalizar a supervalorização dos acontecimentos e foi, mais tarde, chamada pelos historiadores dos Annales de história factual Comte e o positivismo Absorção de pontos da escola de Ranke Critérios de veracidade, mecanismos metodológicos das ciências naturais 4 Diferença para a escola alemã: pesquisador positivista falava em dar voz às fontes, pois revelavam o passado por si História científica: Estados Unidos Influências do historicismo alemão e do positivismo francês] Rótulo de história como ciência Albert Bushnell: cristalização do modelo científico Na Suíça: Burckhardt A escola dos Annales Os historiadores dos Annales, Frebvre e Bloch, foram influenciados pelas novas perspectivas históricas que já pairavam na Europa (...) Os primeiros tempos: anos 1920 (...) e, também, pelos diálogos que estabeleceram ao longo de sua carreira como pesquisadores (a geografia histórica e a sociologia, respectivamente) 5 Escola dos Annales: revista francesa Influência sobre o fazer historiográfico: matriz para outros países (inclusive o Brasil) Escola: conjunto com proposta definida Duas visões Burke (anos depois): visão de uma escola plural, contrariando a crítica que a via como monolítica (...) (...) A institucionalização dos Annales: cargos- chave (Dosse) Dosse e a cristalização do programa – Annales Característica evidente: negação à história tradicional positivista Oposição ao imperativo político Perspectiva “história-narração” História preocupada com todas as atividades humanas (coletivo) Influência das ciências sociais Prerrogativa de questionamentos às fontes oficiais Uma gama maior de vestígios passou a ser considerada Os homens dos Annales: Bloch e Febvre 6 Marc Bloch e Lucien Febvre Lucien Febvre Marc Bloch O diálogo com as ciências sociais A pulverização das atividades humanas A pluralidade dos registros O pensamento inicial A história total ou global O trabalho colaborativo: conhecer tudo a fundo Temporalidade múltipla e plural 1929: Annales d’histoire économique et sociale Composição plural dos editores da revista: interdisciplinar Bloch e Febvre: convergência na formação acadêmica Escola Normal Superior: formação de ambos Influências: Meillet (soc.), Mâle (hist.), Lévy-Bruhl (antrop.), Durkheim Febvre: influência de La Blanche (geografia) A guerra e a carreira Os reis taumaturgos: Bloch História comparada: Febvre Faculdade de Estrasburgo (13 anos) 7 Finalmente, a revista Novo problema: II Guerra Bloch no front: passos finais – edição de Febvre Pressupostos e temporalidade Curta duração Média duração: conjunturas Longa duração: estruturas Estrutura: mentalidade (mudanças mais lentas) Diferentes níveis de temporalidade Na Prática Para pensar o ofício do historiador e o trabalho com as fontes, sugerimos a leitura, na íntegra, da obra de Bloch. Mais especificamente do livro Apologia da história, editado pela Zahar No capítulo II da obra, denominado observação histórica, Bloch descreve o ofício investigativo do historiador 8 O olhar indireto sobre um fato ou um evento do qual não se foi testemunha A ideia de verdade e os recursos de que dispõe o historiador “Como primeira característica, o conhecimento de todos os fatos humanos no passado, da maior parte deles no presente, deve ser, [segundo a feliz expressão de François Simiand,] um conhecimento através de vestígios” Finalizando Organização da história como área própria do saber Do século XIX ao XX: mudanças Ranke: olhar sobre o factual A escola dos Annales Marc Bloch e Lucien Febvre
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