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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIO DE SERGIPE – FANESE CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS JOSEYLLI TOMÁZIA SILVA DOS SANTOS ORÇAMENTO E CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO: os indicadores de gestão orçamentária Aracaju - SE 2015.2 JOSEYLLI TOMÁZIA SILVA DOS SANTOS ORÇAMENTO E CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO: os indicadores de gestão orçamentária Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe – FANESE, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Profº. Esp. Cantidiano Novais Dantas Coordenadora de Curso: Profª. Esp. Luciana Matos dos Santos Figueiredo Aracaju - SE 2015.2 JOSEYLLI TOMÁZIA SILVA DOS SANTOS ORÇAMENTO E CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO: os indicadores de gestão orçamentária Artigo apresentado a Coordenação do Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe – FANESE, como requisito parcial e obrigatório para obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis. Banca examinadora formada por: Aprovada com média:_________________ _______________________________________________________ Profº Esp. Cantidiano Novais Dantas _________________________________________________________ Professor Avaliador _________________________________________________________ Professor Avaliador _________________________________________________________ Joseylli Tomázia Silva dos Santos Aracaju (SE), _______ de _____________ de 2015. RESUMO A Contabilidade Aplicada ao Setor Público obedece aos princípios contábeis que são: da entidade, da continuidade, da oportunidade, do registro pelo valor original, da competência e da prudência. Esta pesquisa tem o Balanço Orçamentário como seu principal instrumento de análise. O problema discutido é: conhecer os indicadores de análises de gestão orçamentária do setor público é fundamental para o gestor público? Deste modo, o objetivo geral deste estudo é analisar os indicadores de gestão orçamentária no setor público. Os objetivos específicos são: abordar sobre o orçamento público no Brasil; expor sobre as leis orçamentárias do planejamento governamental no setor público, apresentar as bases teóricas da Contabilidade Aplicada ao Setor Público e evidenciar o Balanço Orçamentário e sua estrutura. A metodologia do trabalho é bibliográfica. Este estudo contribui para melhorar a visão de análise de quem se dispõe a ler um Balanço Orçamentário do setor público, evidenciado que é fundamental que o gestor do setor público conheça os indicadores orçamentários e as especificidades analíticas de cada um deles. Palavras-chave: Setor Público. Orçamento e Contabilidade. Indicadores Orçamentários. SUMÁRIO RESUMO..................................................................................................................... 4 LISTA DE QUADROS ................................................................................................. 6 LISTA DE ANEXOS .................................................................................................... 7 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 2 O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL ............................................................. 10 2.2 As Leis Orçamentárias do Planejamento do Setor Público ........................... 11 3 A CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO ...................................... 14 3.1 Os Sistemas Contábeis Aplicados ao Setor Público .................................... 14 3.2 Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público ............................... 15 4 O BALANÇO ORÇAMENTÁRIO .......................................................................... 17 4.1 As Receitas Orçamentárias .............................................................................. 17 4.2 As Despesas Orçamentárias e os Restos a Pagar ......................................... 18 5 OS INDICADORES DE GESTÃO ORÇAMENTÁRIA ............................................ 20 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 25 ABSTRACT ............................................................................................................... 27 LISTA DE QUADROS QUADRO 1: Prazo para a remessa da proposta do Executivo para o Legislativo ......................................................................................................... 13 QUADRO 2: Comparativo das Demonstrações Contábeis atualizadas ....... 16 QUADRO 3: Índices e Interpretações de Indicadores Gerais do Balanço Orçamentário .................................................................................................... 20 QUADRO 4: Índices e Interpretações de Indicadores Específicos do Balanço Orçamentário ..................................................................................... 21 LISTA DE ANEXOS ANEXO I - ESTRUTURA DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO ........................... 28 ANEXO II - QUADRO DA EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS ................................................................................................ 30 ANEXO III - QUADRO DA EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR PROCESSADOS E NÃO PROCESSADOS LIQUIDADOS............................... 31 1 INTRODUÇÃO O estudo das Ciências Contábeis tem como objetivo analisar as variações patrimoniais e por elas fornecer informações para a tomada de decisão. Todos os atos e fatos contabilizados, que venham acontecer, são regidos por legislação específica. Não difere quando se trata da Contabilidade Aplicada ao Setor Público - CASP, assim como na particular, ela tem como objetivo principal estudar o patrimônio público seja ele na esfera municipal, estadual, distrital ou federal. Na Contabilidade Aplicada ao Setor Público existem, dentre outras, duas referências normativas que servem de base, são: a Lei 4.320/1964 e a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF nº 101/2000. Na Contabilidade Aplicada ao Setor Público existem seis Demonstrações Contábeis obrigatórias que são estabelecidas na Lei 4.320/1964, na Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 16.6 – NBC T 16.6 e na Lei Complementar 101/2000, as quais são: o Balanço Orçamentário, o Balanço Financeiro, o Balanço Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e as Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido. Esta pesquisa está focada no Balanço Orçamentário, que de acordo com o art. 101 da Lei 4.320/64, “demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas”. Com base neste contexto, a problemática enfrentada neste estudo é: conhecer os indicadores de análises das Demonstrações Contábeis do Setor Público, em especial o Balanço Orçamentário, é fundamental para os gestores do setor público? Com base neste contexto o objetivo geral deste estudo é analisar os indicadores de gestão orçamentária no setor público. Os objetivos específicos são: abordar sobre o orçamento público no Brasil; expor sobre as leis orçamentárias do planejamento governamental do setor público; apresentar as bases teóricas da contabilidade aplicada ao setor público e evidenciar o Balanço Orçamentário e sua estrutura. Para alcançar os objetivos, a metodologia do trabalho é bibliográfica, onde foramutilizados, nesta pesquisa, livros, jornais, revistas, artigos, normas e sites especializados no assunto. O orçamento público é o documento que mostra quanto de impostos, taxas e contribuições que o governo gasta e o quanto recolhe em cada área. Assim 9 sendo, este estudo se justifica pelo fato de que apresenta os importantes indicadores orçamentários que estão voltados para a previsão e realização das receitas e despesas e o consequente resultado orçamentário no período financeiro da Administração Pública. Justifica-se, ainda, pelo fato de haver pouca procura dos alunos e profissionais pela área pública e, considerando que o interesse social pelo setor público vem se expandindo e crescendo. Este estudo contribui para melhorar a visão de análise de quem se dispõe a ler um Balanço Orçamentário do setor público. 2 O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL O orçamento público é o instrumento de planejamento governamental onde são previamente definidos por lei, e tem como objetivo prever as receitas e fixar as despesas a serem realizadas no exercício. É composto por um sistema orçamentário de três leis: a Lei do Plano Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei do Orçamento Anual - LOA. No Brasil, a história do orçamento público começou desde 1808, na época da chegada do D. João VI que permitiu a abertura dos portos brasileiros. E assim, com a cobrança de maiores tributos, começou o processo de organização das finanças públicas, e culminou a criação do Erário Público e do Regime de Contabilidade do Setor Público. Em 1824 surgiram as primeiras exigências relacionadas à elaboração do orçamento público. No artigo 172 estabelecia aquela Lei Magna: O ministro de Estado da Fazenda, havendo recebido dos outros ministros os orçamentos relativos às despesas das suas repartições, apresentará na Câmara dos Deputados anualmente, logo que esta estiver reunida, um balanço geral da receita e despesa do Tesouro Nacional do ano antecedente, e igualmente o orçamento geral de todas as despesas púbicas do ano futuro e da importância de todas as contribuições e rendas públicas. (BRASIL, 1824). Com os passar dos muitos e muitos anos, em 1964, surgia na história da contabilidade um marco: foi lançada a Lei 4.320 de 17 de março 1964, que é o documento de maior relevância sobre a regulamentação dos orçamentos públicos, “a lei materialmente mais importante do ordenamento jurídico logo abaixo da Constituição” (BRITTO, 2008, p. 92). Algum tempo depois, em 1988, a Constituição Federal consolidou o orçamento programa que é o instrumento de planejamento em que há programas de trabalho e ações esquematizadas, definição de objetivos, metas, custos e resultados obtidos. Antes deste, utilizava-se o orçamento tradicional que era mera peça de consolidação das despesas e receitas se baseando no desempenho passado, sem planejamento ou programa de trabalho. No ano de 2000 a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Crimes foram editadas, a primeira instituiu normas para as finanças públicas ligadas para a gestão fiscal e a segunda definiu crimes ligados ao não cumprimento da responsabilidade 11 fiscal. No ano seguinte, em 2001 foi instituída a Portaria Interministerial nº 163, que dispõe sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. E para finalizar, em 2014, foi editado o 6º Manual de Contabilidade aplicada ao setor público, Portaria Conjunta STN/SOF nº 1/2014. O desenvolvimento do orçamento público provocou uma grande melhoria para a democracia, ao confirmar, no seu andamento histórico, a separação dos poderes, condição para um regime político democrático. É sinônimo de aclaramento das responsabilidades dos chefes do poder perante a sociedade. 2.1 As Leis Orçamentárias do Planejamento do Setor Público O orçamento público é composto por um sistema orçamentário sendo ele o Plano Plurianual (PPA), Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), foram definidos no texto constitucional de 1988: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. O Plano Plurianual - PPA deverá anteceder a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei do Orçamento Anual - LOA e servir de guia para os mesmos. O Plano Plurianual é elaborado pelo Poder Executivo, deverá ser instituído por lei e previsto para quatro anos, mas não coincide com a gestão do chefe do poder executivo, uma vez que inicia no segundo ano do mandato e termina o primeiro ano do mandado seguinte. Deverá estabelecer, por região, as diretrizes, os objetivos da Administração Pública. A Constituição Federal, sobre o PPA, estabelece no Art. 165, § 1º: A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. (BRASIL, 1988). No PPA, as diretrizes são as ações que guiam o orçamento. O objetivo é o que se pretende alcançar e as metas são as quantificações dos objetivos. As despesas de capital são as realizadas com a finalidade de formar ou adquirir ativos 12 reais. Junto com elas outras despesas decorrentes são, entre outras ações, o projeto e a cumprimento das obras, a compra de instalações, equipamentos, material permanente, títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer natureza, bem como as amortizações de dívida e concessões de empréstimos. Os programas de duração continuada são programas que sua execução ultrapasse o exercício financeiro. A Lei das Diretrizes Orçamentárias - LDO guia a preparação e execução do orçamento anual além de estabelecer as preferências e metas da administração, no exercício financeiro seguinte. A lei de responsabilidade fiscal estabelece que na LDO deva existir o equilíbrio entre as receitas e despesas, limitação dos empenhos, normas relativas ao controle de custo e as demais exigências para transferências de recursos as entidades públicas e privadas. Está disposto no artigo 4º da Lei Complementar Nº 101, de 4 de maio de 2000 o que devem integrar a LDO: Art. 4º [...] § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. § 2º O Anexo conterá, ainda: I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; IV - avaliação da situação financeira e atuarial: a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomado, caso se concretizem. 13 Por último, a Lei OrçamentáriaAnual – LOA deverá ser elaborada de forma compatível com o PPA e LDO, “formalmente a lei de orçamento não difere das demais leis, mas resulta do projeto iniciado no Poder Executivo” (ROSA, 2013, p. 45). No artigo 2º da Lei 4.320, dispõe sobre a lei de orçamento: “Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecida aos princípios de unidade universalidade e anualidade.” A estrutura atual da Lei do Orçamento Anual - LOA está de acordo com a Constituição Federal, art. 165, § 5º, compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. (BRASIL, 1988). Os instrumentos de lei do orçamento público: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei do Orçamento Anual, são de iniciativa exclusiva do Poder Executivo. Passa por discussão e aprovação do substitutivo da proposta orçamentária, onde é encaminhado para sanção ou veto do Poder Executivo. Os vetos são apreciados e votados pelo Poder Legislativo, que define, legalmente, o planejamento de governo. Todas estas etapas devem obedecer a prazos, conforme quadro abaixo. QUADRO 1: Prazo para a remessa da proposta do executivo para o legislativo LEI Executivo → Legislativo Aprovação PPA 31 de agosto 15 de dezembro LDO 15 de abril 30 de junho LOA 31 de agosto 15 de dezembro Fonte: Elaborado pela autora. O não cumprimento dos prazos estabelecidos para o Poder Executivo poderá ser considerado crime de responsabilidade. 3 A CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO É o ramo da contabilidade que registra e controla os atos e fatos da fazenda pública, o patrimônio público e suas variações. Possibilita a geração de informação, tem o objetivo de fornecer ferramentas para tomada de decisão com relação ao patrimônio da entidade. Patrimônio pode ser entendido como o conjunto de bens, direitos e obrigações. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público obedece aos princípios contábeis que são: da entidade, da continuidade, da oportunidade, do registro pelo valor original, da competência e da prudência. Existem algumas diferenças entre a Contabilidade Aplicada ao Setor Público e a Contabilidade Aplicada ao Setor Privado e Pessoa: “na contabilidade privada ou pessoal, pode-se fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, enquanto na contabilidade das instituições públicas, pode-se fazer somente o que, por determinação legal, está ou foi expressamente permitido” (ANDRADE, 2002, p.28). 3.1 Os Sistemas Contábeis Aplicados ao Setor Público A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é composta em sistemas contábeis que se interagem, objetivando o acompanhamento orçamentário, financeiro e o patrimonial. Segundo a NBC T 16.2: O sistema contábil representa a estrutura de informações sobre identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação dos atos e dos fatos da gestão do patrimônio público, com o objetivo de orientar e suprir o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do controle social. Utilizam-se os sistemas apresentados a seguir. O sistema orçamentário evidencia o registro contábil das receitas e despesas que constam na lei de orçamento para que no final do exercício apresente os resultados que comparem a previsão e a execução orçamentária que foram registrados. No sistema financeiro são registrados todos os ingressos de receitas, pagamento de despesas orçamentário e extra orçamentário, no final do exercício deverá apurar resultado financeiro. 15 O sistema patrimonial engloba as operações de registro de todos os bens patrimoniais (móveis, imóveis, estoques, créditos, obrigações) oriundos ou não do orçamento. Apesar de não ser comum, no sistema patrimonial deverá ser procedido o registro da depreciação dos bens móveis e imóveis. No final do exercício apresentará resultados da gestão econômica. O sistema de custos registra os custos de bens ou serviços ofertados a sociedade pela entidade. O sistema de compensação movimenta as contas de direitos e obrigações, geralmente de contratos, convênios ou ajustes. A lei 4.320/1964 em seu artigo 105, inciso VI, estabelece que quando for elaborado, no final do exercício, os saldos de suas contas deverão ser inclusos no balanço do sistema patrimonial. 3.2 Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público As Demonstrações Contábeis são relatórios preparados com baseamento nos livros, registros e documentos que compõem a contabilidade da entidade. A estrutura das Demonstrações Contábeis é muito importante para que as informações contábeis sejam transmitidas de forma adequada. Essas demonstrações possuem elementos fundamentais da real composição econômico-financeira da entidade. A resolução do Conselho Federal de Contabilidade - CFC de número 1.133 de 21/11/2008 definiu demonstração contábil como: A técnica contábil que evidencia, em período determinado, as informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio de entidades do setor público e suas mutações. (BRASIL, 2008). Segundo a NBC T 16.6 as Demonstrações Contábeis obrigatórias definidas na Contabilidade Aplicada ao Setor Público são: Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Balanço Patrimonial; Demonstração das Variações Patrimoniais; Demonstração dos Fluxos de Caixa; Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido. Recentemente foi excluído o anexo 20 - Demonstração do Resultado Econômico - da lei 4.320/1964, através da Secretaria do Tesouro Nacional, portaria 438 de 12/07/2012 e por outro lado incluiu o anexo 19 - Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido - com a seguinte explicação “será de apresentação 16 obrigatória apenas pelas empresas estatais dependentes e pelos entes que as incorporarem no processo de consolidação das contas” (ROSA, 2013, p. 464). A resolução do CFC 1.437/2013 inclui a Demonstração do Resultado Econômico na NBCT 16.11. QUADRO 2: Comparativo das demonstrações contábeis atualizadas Lei 4.320/1964 NBCT 16.6/2008 e NBCT 16.11/2011* Portaria/STN 438/2012 Anexos da lei 4.320/64 Balanço orçamentário Balanço orçamentário Balanço orçamentário 12 Balanço financeiro Balanço financeiro Balanço financeiro 13 Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial 14 Demonstração das variações patrimoniais Demonstração das variações patrimoniais Demonstração das variações patrimoniais 15 Não contemplava Demonstração dos fluxos de caixa Demonstração dos fluxos de caixa 18 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 19 Demonstração do resultado econômico* *A portaria/STN 665/2010 foi revogada pela portaria/STN 438/2012. Fonte: ROSA, 2013, p. 469. 4 O BALANÇO ORÇAMENTÁRIO Exposto no artigo 102 da Lei 4.320/1964 “o Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas”. Ele é composto pelo Quadro Principal, Quadro da Execução dos Restos a Pagar não Processados e o Quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados. No anexo deste estudo está apresentado os referidos instrumentos. De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor público: O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas detalhadas por categoria econômica e origem,especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo, que corresponde ao excesso ou déficit de arrecadação. Demonstrará, também, as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. (BRASIL, 2014). O Balanço Orçamentário, segundo a nova estrutura do Anexo 12, na parte V do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público - MCASP, apresenta as informações dos conteúdos das Receitas e Despesas Orçamentárias e dos Restos a Pagar não Processados, Restos a Pagar Processados e não Processados Liquidados. Todas apresentados a seguir. 4.1 As Receitas Orçamentárias No orçamento público, as receitas orçamentárias são apresentadas com previsão inicial. Conforme consta na Lei do Orçamento Anual - LOA, demonstra os valores iniciais da previsão da Receita. Esses valores não poderão ser alterados durante o exercício. Apresenta-se, ainda, a previsão de receita atualizada, onde se demonstram os valores da previsão atual. Referem-se à reestimativa da receita decorrentes de abertura de créditos adicionais, criação de novas naturezas de receitas não previstas na LOA, atualização monetária atualizada por lei, etc. Caso não ocorram eventualidades a previsão inicial, deverá ser igual à atualizada. Definidas as previsões, apresentam-se as receitas realizadas, que são as receitas arrecadas no exercício. Apresentam-se, também, as receitas correntes, que 18 são os ingressos de recursos procedentes da tributação ou da venda de produtos ou serviços. As receitas correntes são: as tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviço e outras. Constam-se, ainda, as receitas de capital. Segundo o § 2º do artigo 11 da Lei 4.320/1964, as receitas de capital são: As provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinado a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Ainda referente à execução do orçamento, são dispostos os recursos arrecadados em exercícios anteriores, que “São recursos de exercícios anteriores que serão utilizados para custear despesas do exercício corrente, permitindo o equilíbrio na aprovação da Lei Orçamentária” (BRASIL, 2014, p. 317). São apresentadas as operações de crédito e refinanciamentos. Referem- se às receitas de emissão de títulos públicos e obtenções de empréstimos. Por fim, são apresentados o resultado de déficit, superávit ou nulo. O déficit, por exemplo, é a diferença negativa entre a receita realizada e a despesa empenhada. Aos resultados são acrescidos os saldos de exercícios anteriores, que são utilizados para créditos adicionais. 4.2 As Despesas Orçamentárias e os Restos a Pagar No orçamento público, as despesas orçamentárias são apresentadas com dotação inicial, que são os créditos iniciais que constam na LOA. Apresentam-se, ainda, a dotação atualizada, que são os créditos iniciais mais os adicionais. São dispostas as despesas empenhadas, que é o primeiro estágio da despesa pública, que cria para a entidade o comprometimento de pagamento. Inclui também as despesas não liquidadas, liquidadas e pagas. As despesas liquidadas representam o segundo estágio da despesa. São as despesas cumpridas. Inclusive as pagas. As despesas pagas, que representam o terceiro estágio da despesa pública: a despesa é propriamente paga, havendo, portanto, o desembolso de valor. 19 Apresentam-se, também, as despesas correntes que, segundo o MCASP 6° edição – Parte V, 2014: “são as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital”. Por outro lado, as despesas de capitais “são as despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital”. (BRASIL, 2014). As reservas de contingência servem de destinação de partes das receitas orçamentárias para o atendimento de passivos. A reserva do RPPS é a reserva destinada ao Regime Próprio de Previdência Social, para futuros pagamentos de aposentadorias e pensões. Outro elemento constante no orçamento é a amortização da dívida e refinanciamentos. O manual de contabilidade 6° edição esclarece: “Demonstra o valor da despesa orçamentária decorrente do pagamento ou da transferência de outros ativos para a quitação do valor principal da dívida, inclusive de seu refinanciamento”. (BRASIL, 2014). Por fim, são apresentados o resultado de déficit, superávit ou nulo. O superávit, por exemplo, é a diferença positiva entre as receitas realizadas e as despesas empenhadas. O orçamento governamental deve contemplar os Restos a Pagar não Processados, os Restos a Pagar Processados e os não Processados Liquidados. O artigo 36 da Lei 4.320/1964 “consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas”. Os restos a pagar processados são os que passaram pelo estágio do empenho e da liquidação, e os não processados passaram apenas pelo empenho. 5 OS INDICADORES DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA Nas Demonstrações Contábeis pode haver vários tipos de análises. Em relação ao Balanço Orçamentário, podem-se extrair três tipos de índices de indicadores gerais da execução orçamentária. Em relação aos indicadores de execução orçamentária específicos, podem-se extrair cinco tipos de índices. Os três tipos de índices de indicadores gerais da execução orçamentária estão apresentados no Quadro abaixo. Cada um dos índices é apresentado com as respectivas análises interpretativas. Tais indicadores foram elaborados pelo doutrinador Kohama (2013). QUADRO 3: Índices e Interpretações de Indicadores Gerais do Balanço Orçamentário Execução da Receita Quanto maior: melhor (recursos arrecadados) Execução da Despesa Quanto mais próximo de 1: melhor (recursos executados) Resultado Orçamentário Quanto maior: melhor (recursos arrecadados e despendidos) Fonte: adaptado de Kohama (2013, p.30). Analisando o índice de indicadores gerais do Balanço Patrimonial, deve- se concluir que o Índice de Execução da Receita indica a existência de excesso ou falta de arrecadação para a administração. Onde o resultado maior que 1 indicará excesso de arrecadação e menor que um 1 indicará falta. Analisando o índice de indicadores gerais do Balanço Patrimonial, deve- se concluir que o Índice de Execução da Despesa indica quanto da despesa fixada foi utilizada em despesa executada. A diferença resulta prejuízo ou economia RE RP Onde: RE = Receita Executada RP = Receita Prevista ER = DE DF Onde: DE = Despesa Executada DF = Despesa Fixada ED RE DE Onde: RE = Receita Executada DE = Despesa Executada RO 21 orçamentária. Onde o resultado maior que 1, a fixação será menos que a executada, caso seja menor, indica o contrário. Analisando o índice de indicadores gerais do Balanço Patrimonial, deve- se concluir que o Índice de Resultado Orçamentário indica quanto da receita executada serve de cobertura para a despesa executada. Neste caso, se houver resultado menor que 1 representará déficit orçamentário: despesas maior que as receitas, e se obter resultado maior que 1 indicará superávit: receita maior que a despesa. Em relação aos índices de indicadores específicos da execução orçamentária, podem-se extrair cinco tipos, que estão apresentados no Quadro abaixo. Cada um dos índices é apresentado com as respectivas análises interpretativas. Tais indicadores foram elaborados pelo doutrinador Silva (2012).QUADRO 4: Índices e Interpretações de Indicadores Específicos do Balanço Orçamentário Comprometimento da Receita Corrente Quanto maior: melhor (recursos para capitalização). Investimento Real Quanto maior: melhor (realização das obras). Receitas Correntes próprias de Manutenção Quanto maior: melhor (menor dependência). Retorno Real dos Recursos do Contribuinte Quanto maior: melhor (retorno dos recursos do contribuinte). RC DC Onde: RC = Receita Corrente DC = Despesa Corrente CRC = I DC Onde: I = Investimentos DC = Despesa Capital IR = RC - TRR RC Onde: RC = Receitas Correntes TRR = Transferências de Recursos Recebidos RCPr = DE RE Onde: DE = Despesa Executada RE= Receita Executada RRRc = 22 Autonomia Financeira Real Quanto maior: melhor (não utilização de recursos de transferências e de operações de crédito). Fonte: adaptado de Silva (2012, p. 51). Analisando o índice de indicadores específicos do Balanço orçamentário deve-se concluir que o Índice de Comprometimento da Receita Corrente indica a utilização de receitas correntes para pagar despesas correntes. O resultado maior que 1 significa sobra de receita corrente para pagar despesas de capital. Analisando o índice de indicadores específicos do Balanço orçamentário deve-se concluir que o Índice de Investimento Real indica o quanto se investiu em obras, instalações, materiais permanentes. O aumento do indicador significa que houve melhora na infraestrutura. Analisando o índice de indicadores específicos do Balanço orçamentário deve-se concluir que o Índice de Receitas Correntes próprias de Manutenção indica se houve dependência de recursos de terceiros (transferências correntes) para pagar as despesas correntes. Analisando o índice de indicadores específicos do Balanço orçamentário deve-se concluir que o Índice de Retorno Real dos Recursos do Contribuinte indica o quanto o contribuinte recebeu de volta em serviços e obras com base nos recursos que pagou. O quociente ideal é 1, que representa que tudo que foi contribuído, retornou. Analisando o índice de indicadores específicos do Balanço orçamentário deve-se concluir que o Índice de Antonímia Financeira Real indica o quanto foi arrecadado pelo seu esforço para pagar todas as despesas. Sobre as avaliações e utilidades dos indicadores, o doutrinador Silva (2012, p.50) esclarece que: “a avaliação do desempenho de uma entidade pública deve ser realizada considerando-a de forma segmentada, a exemplo do que ocorre na iniciativa privada em que são delimitadas áreas de responsabilidade”. Neste contexto, os indicadores apresentados nos quadros acima são apropriados para uma boa análise da gestão orçamentária dos Entes públicos. É fundamental que os gestores dos órgãos públicos, seja da Administração Pública Direta ou indireta, tenham conhecimento dos referidos indicadores e suas análises, RTP DT Onde: RTP = Receitas Totais Próprias DT = Despesas Totais AFR = 23 para que, utilizando-os, possam aprimorar a gestão dos recursos públicos e a prestação dos serviços públicos para a população. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O orçamento público é o instrumento de planejamento governamental. É composto por um sistema orçamentário: Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias e Orçamentos Anuais. No Brasil, a história do orçamento público começou na época da chegada do D. João VI. Em 1988, a Constituição Federal consolidou o orçamento programa que é o instrumento de planejamento, em que há programas de trabalho e ações esquematizadas. Todas as etapas do processo orçamentário devem obedecer a prazos. É o ramo da contabilidade que registra e controla os atos e fatos da fazenda pública, o patrimônio público e suas variações. Possibilita a geração de informação, tem o objetivo de fornecer ferramentas para tomada de decisão com relação ao patrimônio da entidade. A contabilidade aplicada ao setor público obedece aos princípios contábeis que são da entidade, da continuidade, da oportunidade, do registro pelo valor original, da competência e da prudência. É composta em cinco sistemas contábeis de onde se extraem as demonstrações contábeis do setor público. Em relação ao Balanço Orçamentário, podem-se extrair três tipos de indicadores gerais de análises da execução orçamentária: o da execução da receita, o da execução da despesa e o do resultado orçamentário. Podem-se, ainda, extrair cinco tipos de indicadores específicos da execução orçamentária: Comprometimento da Receita Corrente, Investimento Real, Receitas Correntes próprias de Manutenção, Retorno Real dos Recursos do Contribuinte e Autonomia Financeira Real. O fundamental é que o gestor do setor público conheça esses indicadores e as especificidades analíticas de que cada um deles, para que, utilizando-os, possam aprimorar a gestão dos recursos públicos e a prestação dos serviços públicos para a população. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Nilton de Aquino Andrade. Contabilidade Pública na Gestão Municipal. São Paulo: Atlas, 2002. BRITTO, Carlos Ayres. Teoria da Constituição. Sergipe: Fórum, 2008. BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 16.6 - NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis – Resolução nº 1.133/08. Disponível em: http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2008/ 001133. Acesso em: 15/10/2015. BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 16.11 - NBC T 16.11 – Sistema de Informação de Custos do Setor Público Resolução nº 1.437/13. Disponível em: https://www.google.com.br/url?sa= t&rct=j&q=src=s&source=web&cd=1&ved=0CB0QFjAAahUKEwiCwcCslfLIAhUG7SY KHYrcAPc&url=http%3A%2F%2Fwww.cfc.org.br%2Fsisweb%2Fsre%2Fdocs%2FRE S_1437.doc&usg=AFQjCNHVdb4VuMkr95CSnqBUwOZB8H0xBQ. Acesso em: 15/10/2015. BRASIL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição da República Federativa do Brasil de 1864. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao24.htm. Acesso em: 21/10/2015. BRASIL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://ww w.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 21/10/2015. BRASIL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm. Acesso em: 21/10/2015. BRASIL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 4.320, de 17 de Março de 1964. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Leis/L4320.htm. Acesso em: 21/10/2015. BRASIL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/L10028.htm. Acesso em: 21/10/2015. BRASIL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Portaria Interministerial nº 163, de 4 de maio de 2000. Disponível em: http://www. cnm.org.br/portal/images/stories/14102014_Portaria_interministerial_1632001.pdf. Acesso em: 21/10/2015. BRASIL. Tesouro Nacional. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP 6ª Edição. 2009. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/ consultas-publicas. Acesso em: 21/10/2015. 26 KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública: teoria e prática. 13ª edição. São Paulo: Atlas, 2013. ROSA, Maria Berenice. Contabilidade do Setor Público. São Paulo: Atlas, 2011. SILVA, Maurício Correa da. Demonstrações Contábeis Públicas: indicadores de desempenho e análises. São Paulo: Atlas, 2012.ABSTRACT Applied to the Public Sector Accounting complies with the accounting principles that are: the organization, continuity, opportunity, record the original value, competence and prudence. This research has the Budget Balance as its main analytical tool. The problem discussed is: know the indicator of budget management analysis of the public sector is critical to the public manager? Thus, the aim of this study is to analyze the budget management indicators in the public sector. The specific objectives are: address on the public budget in Brazil; expound on the budget laws of government planning in the public sector, present the theoretical foundations of Applied Accounting Public Sector and highlight the Budget Balance and structure. The methodology of work is literature. This study contributes to improve the analysis of view of who is willing to read a Budget Balance of the public sector, evidenced that it is essential that the manager of the public sector meet the budget indicators and analytical specificities of each of them. Keywords: Public Sector. Budget and accounting. Indicators. 28 ANEXO I ESTRUTURA DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO Quadro Principal: 29 Fonte: MCASP 6° edição – Parte V, 2014 30 ANEXO II QUADRO DA EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS Fonte: MCASP 6° edição – Parte V, 2014. 31 ANEXO III QUADRO DA EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR PROCESSADOS E NÃO PROCESSADOS LIQUIDADOS Fonte: MCASP 6° edição – Parte V, 2014.
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