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Manual_D_Previdenciario_da_13_para_14ed atualização

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Atualização da 13ª edição do Manual de Direito Previdenciário 
Hugo Goes 
 
 
Para realizar as atualizações, usaremos o seguinte método: 
 
1. Os textos que serão ​EXCLUÍDOS​ estão tachados e realçados em vermelho. 
2. Os textos que serão ​ACRESCENTADOS​ estão realçados em azul. 
3. Os textos que serão ​MODIFICADOS​ estão realçados em verde. 
 
 
 
Páginas 13 a 14 – Alterar o verde. 
 
Para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem 
ingressado no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência 
Complementar acima referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos 
de benefícios, aplica-se o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral 
de Previdência Social (RGPS) às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo 
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União. Para os que já tinham ingressado 
no serviço público antes da vigência da Funpresp, o teto do RGPS somente será aplicado 
mediante sua prévia e expressa opção (CF, art. 40, §16). Atualmente, o teto dos benefícios 
do RGPS é ​R$5.645,80​. 
 
 
Página 26 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos 
benefícios e serviços a serem mantidos pela Seguridade Social, enquanto a distributividade 
direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo 
o grau de proteção. Os benefícios da assistência social, por exemplo, serão concedidos 1
apenas aos necessitados; os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão 
concedidos aos beneficiários de baixa renda (atualmente, para aqueles que tenham renda 
mensal inferior ou igual a ​R$1.319,18​). 2
 
 
Página 106 – Acrescentar o azul. 
 
VII – a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI sobre 
o produto das atividades desenvolvidas nos termos do § 12 do art. 11 da 
Lei 8.213/91. 
 
1 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, 
p. 87. 
2 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​. 
O empreendedor que exerça as atividades de industrialização, 
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que efetuar seu registro 
como Microempreendedor Individual – MEI não perderá a condição de segurado 
especial da Previdência Social (LC 123/06, art. 18-E, §5º). 
Conforme o § 12 do art. 11 da Lei 8.213/91, a participação do segurado 
especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário 
individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de 
objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada 
microempresa nos termos da Lei Complementar 123/2006, não o exclui de tal 
categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural 
na forma estabelecida na Lei 8.213/91, art. 11, VII e § 1º, a pessoa jurídica 
componha-se apenas de segurados de igual natureza [ou seja, apenas de 
segurados especiais] e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe 
àquele em que eles desenvolvam suas atividades. 
 
 
Páginas 126 a 127 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o 
verde. 
 
XXX. o Microempreendedor Individual – MEI de que tratam os arts. 18-A 
e 18-C da Lei Complementar 123/06, que opte pelo recolhimento dos 
impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores 
fixos mensais. 
 
Considera-se Microempreendedor Individual – MEI o empresário individual 
que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até 
R$60.000,00, optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar 
pela sistemática de recolhimento aplicada ao MEI (LC 123/06, art. 18-A, §1º). 
Considera-se Microempreendedor Individual – MEI o empresário individual 
que se enquadre na definição do art. 966 do Código Civil, ou o empreendedor 
que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de 
serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário 
anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo 
Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática de 
recolhimento aplicada ao MEI (LC 123/06, art. 18-A, §1º). 
No caso de início de atividades, o limite máximo da receita bruta para que 
o empresário individual se enquadre como MEI será de ​R$6.750,00 multiplicados 
pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do 
respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês 
inteiro. 
Não poderá optar pela sistemática de recolhimento aplicada ao MEI o 
empresário individual: (a) que possua mais de um estabelecimento; (b) que 
participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; (c) que 
contrate empregado; ou (d) cuja atividade seja tributada pelos anexos IV ou V 
da Lei Complementar 123/06, salvo autorização relativa a exercício de atividade 
isolada na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. 
 
Observação: 
Em regra, para que o empresário individual possa optar pela sistemática 
de recolhimento aplicada ao MEI, ele não pode contratar empregados (LC 
123/06, art. 18-A, §4º, IV). Todavia, poderá se enquadrar como MEI o 
empresário individual que possua um único empregado que receba 
exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria 
profissional (LC 123/06, art. 18-C). 
 
O Microempreendedor Individual – MEI​, em regra, é segurado obrigatório 
do RGPS, na qualidade de contribuinte individual (RPS, art. 9º, V, “p”). ​Contudo, 
o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e 
prestação de serviços no âmbito rural que efetuar seu registro como MEI não 
perderá a condição de segurado especial da Previdência Social (LC 123/06, art. 
18-E, §5º). 
 
XXXI. O médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil 
 
 
Página 187 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
1.1.4 Perda da qualidade de segurado 
 
No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para 
a concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e 
de salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à 
Previdência Social, com os períodos de carência exigidos para esses benefícios 
(Lei 8.213/91, art. 27-A). 
Ou seja, para fins de concessão de auxílio-doença, de aposentadoria por 
invalidez e de salário-maternidade, havendo perda da qualidade de segurado e, 
posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a 
contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos 
anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para efeito 
da carência dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de 
salário-maternidade. 
No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para 
a concessão dos benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e 
salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à 
Previdência Social, com metade dos períodos de carência exigidos para taisbenefícios (Lei 8.213/91, art. 27-A). Enquanto o segurado não atingir essa 
quantidade de contribuições, ele não poderá recuperar, para efeito de carência, 
os recolhimentos anteriores à perda da qualidade de segurado. Basicamente, 
este pagamento funciona como uma forma de "pedágio" ao segurado que perdeu 
a qualidade e, posteriormente, voltou ao sistema protetivo. 
Assim, no caso da aposentadoria por invalidez e do auxílio-doença, para 
efeito de carência, o segurado só poderá recuperar os recolhimentos anteriores 
à perda da qualidade de segurado, depois que, a partir da nova filiação à 
Previdência Social, recolher 6 contribuições mensais. No caso do 
salário-maternidade, só depois de recolher 5 contribuições mensais. 
 
BENEFÍCIO 
CARÊNCIA 
(em regra) 
CONTRIBUIÇÕES EXIGIDAS A 
PARTIR DA NOVA FILIAÇÃO 
Auxílio-doença 12 6 
Aposentadoria por 
invalidez 
12 6 
Salário-maternidade 10 5 
 
Vale frisar que a regra aqui discutida somente é aplicada para os 
benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de 
salário-maternidade. Para os demais benefícios, as contribuições recolhidas em 
períodos anteriores à perda da qualidade de segurado serão ​sempre computadas 
para efeito da carência. E mesmo quando se trata de auxílio-doença, 
aposentadoria por invalidez e salário-maternidade, a regra em tela somente será 
aplicada para os casos em que esses benefícios exigem carência. Há casos em 
que a concessão desses benefícios independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, 
II e VI). 
 
 
Página 188 – Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
 
Exemplo: 
Joaquim inscreveu-se no RGPS como segurado facultativo e recolheu, sem 
atraso, 10 contribuições mensais. Em virtude de dificuldades financeiras, 
passou 9 meses sem recolher suas contribuições, perdendo, assim, a 
qualidade de segurado. Passadas as dificuldades financeiras, Joaquim 
voltou a contribuir, readquirindo a qualidade de segurado. Após ter 
recolhido mais 5 contribuições mensais, Joaquim adoeceu, ficando 
incapacitado para suas atividades habituais por mais de 15 dias. A 
enfermidade que incapacitou o segurado não está relacionada na lista de 
doenças em que a carência é dispensada. Nesta situação, Joaquim não 
terá direito ao auxílio-doença, pois a partir da nova filiação não recolheu ​6 
contribuições mensais, que é a ​metade da carência exigida para fins de 
concessão de auxílio-doença. 
 
 
Página 191 – Acrescentar o azul; Alterar o verde. 
 
Em outras palavras, o salário de benefício é a base de cálculo das 
aposentadorias, do auxílio-doença e do auxílio-acidente. A partir dessa base é 
que será calculado o valor da renda mensal inicial desses benefícios, por meio de 
aplicação de percentuais previstos em lei. Por exemplo: ​em regra, a renda 
mensal inicial do auxílio-doença corresponde a 91% do salário de benefício. 
Assim, se o salário de benefício calculado for o equivalente a ​R$2.000,00​, a 
renda mensal inicial do auxílio-doença será de ​R$1.820,00​. 
 
 
Página 200 – Alterar o verde. 
 
Tábua de expectativa de vida – IBGE ​2016​ – ​ambos os sexos 
 
Idade 
exata 
Expectativa de 
vida 
 Idade 
exata 
Expectativa de vida 
45 anos 34,7 ​anos 56 anos 25,4​ ​anos 
46 anos 33,8​ ​anos 57 anos 24,6​ ​anos 
47 anos 32,9​ ​anos 58 anos 23,8​ ​anos 
48 anos 32,1​ ​anos 59 anos 23,0​ ​anos 
49 anos 31,2​ ​anos 60 anos 22,3​ ​anos 
50 anos 30,3​ ​anos 61 anos 21,5​ ​anos 
51 anos 29,5​ ​anos 62 anos 20,7​ ​anos 
52 anos 28,7​ anos 63 anos 20,0​ ​anos 
53 anos 27,8​ ​anos 64 anos 19,3​ ​anos 
54 anos 27,0​ ​anos 65 anos 18,5​ ​anos 
55 anos 26,2​ ​anos 66 anos 17,8​ ​anos 
 
 
Páginas 201 a 202 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
Exemplo 1​: Maria Marta, 47 anos de idade, contribui para a previdência desde os 
17 anos de idade, contando com 30 anos de contribuição. Sua expectativa de 
sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de ​32,9 ​anos. Qual é o valor do 
fator previdenciário? 
Resposta: 
Es = ​32,9​; 
Tc = 30 + 5 = 35 (acréscimo para mulheres); 
Id = 47; 
a = 0,31. 
 
f = 35 x 0,31 x [1 + (47 + 35 x 0,31) ] = ​0,520 
 32,9 100 
 
Exemplo 2​: Joaquim José, ​66 anos de idade, após completar 34 anos de 
contribuição, requereu aposentadoria por idade. Sua expectativa de sobrevida, de 
acordo com a tabela do IBGE, é de ​17,8 ​anos. Qual é o valor do fator 
previdenciário? 
 
Resposta: 
Es = ​17,8​; 
Id = ​66​; 
Tc = 34; 
a = 0,31. 
 
f = 34 x 0,31 x [1 + (​66​ + 34 x 0,31) ] = ​1,045 
 17,8 100 
 
O Plenário do STF, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, entendeu 
constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e 
parágrafos, da Lei 8.213/1991, com redação dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999 
. 
3
 
1.3 Limites da renda mensal do benefício 
 
A regra é que a renda mensal do benefício não terá valor inferior ao do 
salário mínimo (hoje, ​R$954,00​), nem superior ao limite máximo do salário de 
contribuição (hoje, ​R$5.645,80​), respeitados os direitos adquiridos. 4
 
 
Páginas 214 a 215 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o 
verde. 
 
A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado 
pode, em certos casos, recuperar-se. O segurado aposentado por invalidez 
poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que 
ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou 
administrativamente (Lei 8.213/91, art. 43, § ​4º)​. Por isso, o segurado 
aposentado por invalidez está obrigado, sob pena de suspensão do benefício, a 
submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de 
reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado 
gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos 
(Lei 8.213/91, art. 101). No entanto, o aposentado por invalidez que não tenha 
retornado à atividade estará isento desses exames ​após completar 60 anos de 
idade ​nos seguintes casos: (I) após completarem 55 anos ou mais de idade e 
quando decorridos 15 anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez 
ou do auxílio-doença que a precedeu; ou (II) após completarem 60 anos de 
3 STF, ADI 2.111-MC/DF, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 05/12/2003, p. 17. 
4 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​. 
idade. Mas a referida isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes 
finalidades: 
 
I – verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa 
para a concessão do acréscimo de 25% sobre o valor do benefício, 
conforme dispõe o art. 45 da Lei 8.213/91; 
II – verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante 
solicitação do aposentado que se julgar apto; 
III – subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme 
dispõe o art. 110 da Lei 8.213/91. 
 
A perícia médica do INSS terá acesso aos prontuários médicos do 
periciado no Sistema Único de Saúde (SUS), desde que haja a prévia anuência 
do periciado e seja garantido o sigilo sobre os dados dele (Lei 8.213/91, art. 
101, § 4º). 
É assegurado o atendimento domiciliar e hospitalar pela perícia médica e 
social do INSS ao segurado com dificuldades de locomoção, quando seudeslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de 
acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e indevido (Lei 8.213/91, art. 
101, § 5º). 
O Estatuto do Idoso assegura ao idoso enfermo o atendimento domiciliar 
pela perícia médica do INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço 
privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema Único de 
Saúde – SUS, para expedição do laudo de saúde necessário ao exercício de seus 
direitos sociais e de isenção tributária (Lei 10.741/2003, art. 15, §6º). 
 
 
Página 278 – Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
 
O fato de o reconhecimento da incapacidade ter sido feito mediante 
recepção da documentação médica do segurado não afasta a possibilidade de o 
INSS convocar o segurado, em qualquer hipótese e a qualquer tempo, para 
avaliação pericial (RPS, art. 75-A, § 4º). O segurado em gozo de auxílio-doença, 
concedido judicial ou administrativamente, poderá ser convocado a qualquer 
momento, para avaliação das condições que ensejaram a sua concessão e a sua 
manutenção (Lei 8.213/91, art. 60, § ​10​). ​O segurado que não concordar com o 
resultado de tal avaliação poderá apresentar, no prazo máximo de trinta dias, 
recurso da decisão da administração perante o Conselho de Recursos do Seguro 
Social, cuja análise médica pericial, se necessária, será feita pelo assistente 
técnico médico da junta de recursos do seguro social, perito diverso daquele que 
indeferiu o benefício (Lei 8.213/91, art. 60, § 11). 
Em regra, a avaliação pericial é realizada pela perícia médica do INSS. 
Mas, nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou 
setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica 
de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da 
previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos 
termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos 
de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de 
cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples 
cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidades 
públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (Lei 8.213/91, art. 60, § 
5º). 
 
 
Páginas 281 a 282 – Acrescentar o azul; Excluir o vermelho: Alterar o 
verde. 
 
O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos 
últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, 
ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários 
de contribuição existentes (Lei 8.213/91, art. 29, §10). 
 
Exemplo 1 
Para fins de cálculo do auxílio-doença, o salário de benefício de Lucas deu 
igual a R$3.000,00. A média aritmética dos 12 últimos salários de 
contribuição de Lucas deu igual a R$2.900,00. Neste caso, a renda mensal 
inicial do auxílio-doença do segurado será igual a R$2.730,00 (que 
corresponde a 91% de R$3.000,00). 
 
Exemplo 2 
Para fins de cálculo do auxílio-doença, o salário de benefício de Tiago deu 
igual a R$4.000,00. A média aritmética dos 12 últimos salários de 
contribuição de Tiago deu igual a R$3.500,00. Veja que 91% de 
R$4.000,00 dá igual a R$3.640,00. No entanto, no caso em tela, o valor 
do auxílio-doença não poderá exceder a R$3.500,00. Assim, neste caso, a 
renda mensal inicial do auxílio-doença do segurado será igual a 
R$3.500,00. 
 
Para o segurado especial, a renda mensal do auxílio-doença é de um 
salário mínimo. Todavia, caso o segurado especial tenha optado por contribuir, 
facultativamente, com a alíquota de 20% sobre o salário de contribuição, a 
renda mensal do benefício será calculada de forma igual à aplicada para os 
demais segurados. 
 
2.6.8 Data de início do benefício 
 
O auxílio-doença será devido: 
 
I – ao segurado empregado, ​exceto ao submetido ao contrato de trabalho 
intermitente, a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir 
da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de 
entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; ​e 
II - ao segurado empregado submetido ao contrato de trabalho 
intermitente, previsto no art. 452-A da CLT, a partir da data do início da 
incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas 
decorrerem mais de 30 dias; e 
 
III – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data 
de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 
dias. 
 
Tratando-se de segurado empregado, ​exceto ao submetido ao contrato de 
trabalho intermitente, se requerido até o 30º dia do afastamento, o 
auxílio-doença será devido a contar do 16º dia do afastamento da atividade. É 
assim porque durante os primeiros 15 dias consecutivos de afastamento da 
atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer 
natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral 
(Lei 8.213/91, art. 60, §3º). Quando o auxílio-doença for requerido pelo 
empregado após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da 
data do requerimento. 
O art. 452-A da CLT disciplina o denominado contrato de trabalho 
intermitente, que é um tipo de contrato de trabalho que remunera o trabalhador 
por hora ou por dia de trabalho. Os trabalhadores submetidos a esse tipo de 
contrato de trabalho são considerados como segurados empregados. Contudo, 
em relação ao auxílio-doença, o § 13 do art. 452-A da CLT estabeleceu uma 
regra diferente da aplicada para os demais segurados empregados. O referido 
dispositivo legal determina que, para o empregado submetido ao contrato de 
trabalho intermitente, o auxílio-doença será devido a partir da data do início da 
incapacidade, vedada a aplicação do disposto § 3º do art. 60 da Lei 8.213/91. 
O § 3º do art. 60 da Lei 8.213/91 determina o seguinte: “durante os 
primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de 
doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário 
integral”. Considerando que o § 13 do art. 452-A da CLT vedou a aplicação desse 
dispositivo legal para o empregado intermitente, na hipótese de incapacidade 
temporária por prazo inferior ou igual a 15 dias, ele ficará desprovido de 
qualquer cobertura, seja pela previdência social ou pelo empregador, pois o 
auxílio-doença só será devido ao segurado que ficar incapacitado por mais de 15 
dias consecutivos (Lei 8.213/91, art. 59). 
Para os demais segurados, se requerido até o 30º dia do afastamento, o 
auxílio-doença será devido a partir da data do início da incapacidade. Quando 
requerido após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da 
data do requerimento. 
 
 
Página 283 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. 
 
O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para 
sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação 
profissional para exercício de outra atividade, não cessando o benefício até queseja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta 
a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por 
invalidez. 
O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para 
sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação 
profissional para o exercício de outra atividade (Lei 8.213/91, art. 62). O 
auxílio-doença será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado 
para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando 
considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez. 
 
2.6.10 Prazo estimado para a duração do benefício 
 
Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de 
auxílio-doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a 
duração do benefício (Lei 8.213/91, art. 60, § ​8º​). Na ausência de fixação desse 
prazo, o benefício cessará após o prazo de 120 dias, contado da data de 
concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação 
junto ao INSS (Lei 8.213/91, art. 60, § ​9º​). 
 
 
Página 295 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
O salário-família será devido, mensalmente, aos segurados empregado, empregado 
doméstico e trabalhador avulso que tenham salário de contribuição inferior ou igual a 
R$1.319,18​, na proporção do respectivo número de filhos 5
 
 
Página 296 – Alterar o verde. 
 
Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de 
reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a 
R$1.319,18​. 
 
 
Página 297 – Alterar o verde. 
 
I. ​R$45,00​, para o segurado com remuneração mensal não superior a ​R$877,67​; e 
II. ​R$31,71​, para o segurado com remuneração mensal superior a ​R$877,67 e igual 
ou inferior a ​R$1.319,18​. 
 
Os valores acima são os vigentes a partir de ​1º/01/2018​, de acordo com a Portaria 
MF nº 15, de 16/01/2018​. Esses valores são corrigidos na mesma data e pelo mesmo índice 
de correção dos demais benefícios do RGPS. 
Como se vê, os segurados que tenham remuneração mensal superior a ​R$1.319,18 
não têm direito ao salário-família. 
5 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018. 
Para fins de reconhecimento do direito ao salário-família, considera-se remuneração 
mensal do segurado o valor total do respectivo salário de contribuição, ainda que resultante 
da soma dos salários de contribuição correspondentes a atividades simultâneas (Portaria 
MF nº ​15/2018​, art. 4º, §1º). O direito à cota do salário-família é definido em razão da 
remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de 
dias efetivamente trabalhados (Portaria ​MF nº ​15/2018​, art. 4º, §2º). 
Todas as importâncias que integram o salário de contribuição serão consideradas 
como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias 
previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, para efeito de definição do direito 
à cota de salário-família (Portaria ​MF nº ​15/2018​, art. 4º, §3º). 
 
 
Página 298 – Alterar o verde. 
 
Exemplo: 
Maria e Joaquim, empregados da empresa Beta S.A., são casados e têm, em 
comum, quatro filhos: Mateus (16 anos de idade), Marcos (12 anos), Lucas (8 anos) 
e João (4 anos). A remuneração mensal de Maria é ​R$1.100,00, e a de Joaquim, 
R$1.200,00​. Neste caso, Maria receberá três cotas de salário-família, sendo 
R$31,71 o valor de cada cota, perfazendo um total de ​R$95,13​. Joaquim também 
receberá três cotas, sendo ​R$31,71 o valor de cada cota, perfazendo um total de 
R$95,13​. Note-se que, apesar da existência de quatro filhos, cada um dos 
segurados só terá direito a três cotas de salário-família, pois o primeiro filho (Mateus) 
já tem mais de 14 anos de idade. 
 
No exemplo supra, a empresa Beta S.A. pagará, a título de salário-família, um valor 
total de ​R$190,26 (que corresponde a ​95,13 + ​95,13​). Quando a empresa Beta S.A. for 
recolher as contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos segurados 
que lhes prestam serviço, terá o direito de se reembolsar desse valor despendido com o 
pagamento de salário-família. 
O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no 
mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota (RPS, art. 82, §2º). 
Já para o empregado, a cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias 
trabalhados nos meses de admissão e demissão (Portaria ​MF nº ​15/2018​, art. 4º, §4º). 
 
 
Página 302 – Alterar o verde. 
O restante da tabela permanece como está. 
 
Quadro Resumo – Salário-família 
Fato gerador Ser segurado de baixa renda (SC de até ​R$1.319,18​); e Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido. 
Beneficiários 
a) Segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador 
avulso; 
b) Aposentado por invalidez ou por idade; e 
c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homens, 
ou 60 anos de idade, se mulheres. 
Carência Não é exigida. 
Renda mensal 
Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de 
idade ou inválido. O valor da cota é de: 
I - ​R$45,00​, para o segurado com remuneração mensal não 
superior a ​R$877,67​; e 
II - ​R$31,71​, para o segurado com remuneração mensal superior a 
R$877,67​ e igual ou inferior a ​R$1.319,18​. 
 
 
Página 309 – Acrescentar o azul. 
 
Fugindo à regra geral, o salário-maternidade devido à empregada do 
microempreendedor individual (MEI) será pago diretamente pela Previdência 
Social (Lei 8.213/91, art. 72, §3º). ​No caso de empregada submetida a contrato 
de trabalho intermitente, o salário-maternidade também será pago diretamente 
pela Previdência Social CLT, art. 452-A, § 14). 
Também como exceção à regra geral, na hipótese de adoção ou guarda 
judicial para fins de adoção, o salário-maternidade será pago diretamente pela 
Previdência Social, mesmo que o adotante seja segurado empregado ​ou 
empregada​ (Lei 8.213/91, art. 71-A, parágrafo único). 
No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao 
recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período 
ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro 
sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento 
do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao 
salário-maternidade. Nesse caso, o benefício será pago diretamente pela 
Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do 
término do salário-maternidade originário​, mesmo que o beneficiário tenha a 
qualidade de segurado empregado ou empregada​. 
Para os segurados trabalhador avulso, empregado doméstico, especial, 
contribuinte individual e facultativo, em relação a todos os fatos geradores, o 
salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social (Lei 
8.213/91, art. 72, §3º, e art. 73). 
 
Pagamento do salário-maternidade 
Fato gerador Beneficiário Quem paga? 
Parto ou aborto não 
criminoso 
Empregada 
Regra geral A empresa 
Empregada do MEI 
Previdência 
Social 
Empregada 
intermitente 
Previdência 
Social 
Demais seguradas 
Previdência 
Social 
Adoção ou guarda 
judicialpara fins de 
adoção 
Todos os segurados 
Previdência 
Social 
No caso de falecimento 
da segurada ou 
segurado que fizer jus 
ao recebimento do 
salário-maternidade. 
Cônjuge ou companheiro 
sobrevivente que tenha a 
qualidade de segurado. 
Previdência 
Social 
 
2.9.9 Incidência de contribuição previdenciária 
 
 
Página 332 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
O inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, na redação dada pela EC 20/98, 
restringiu a concessão do auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa 
renda. De acordo com o art. 13 da Emenda Constitucional 20/98, “até que a lei discipline o 
acesso ao salário-família e auxílio-reclusão para os servidores, segurados e seus 
dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta 
mensal igual ou inferior a R$360,00, que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos 
mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social”. Os 
R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste 
aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a ​R$1.319,18​. 6
 
 
Página 333 – Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
 
d) Desde que o seu último salário de contribuição seja igual ou inferior a 
R$1.319,18​. 
 
 
Página 339 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
Será devida a pensão por morte aos dependentes se o óbito do segurado ocorrer 
até doze meses após o livramento (prazo de manutenção da qualidade de segurado), 
mesmo que os dependentes não recebam o auxílio-reclusão em razão do salário de 
contribuição do segurado recluso ser superior a ​R$1.319,18 (RPS, art. 118, parágrafo 7
único). 
 
 
 
6 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​. 
7 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​. 
Páginas 351 a 352 – Acrescentar o azul. 
 
Na hipótese da existência simultânea de pagamento de benefício além do 
devido e de empréstimos concedidos por instituições financeiras, haverá 
prevalência do desconto do benefício recebido indevidamente pelo beneficiário 
(Lei 8.213/91, art. 115, §2º). 
Serão inscritos em dívida ativa pela Procuradoria-Geral Federal os créditos 
constituídos pelo INSS em razão de benefício previdenciário ou assistencial pago 
indevidamente ou além do devido. Neste caso, para fins de execução judicial, 
aplica-se o disposto na Lei 6.830/80, que dispõe sobre a cobrança judicial da 
Dívida Ativa da Fazenda Pública. 
Nos casos em que, após o óbito do aposentado, seu cônjuge, em vez de 
requerer a pensão por morte, continua, indevidamente, recebendo a 
aposentadoria do de cujus, o STJ tem entendido que não há que se falar em 
má-fé, mostrando-se inviável impor a restituição dos valores recebidos. Nesse 
sentido, confira o seguinte julgado: 
 
 
Páginas 390 a 391 – Alterar o verde. 
 
Em valores atualizados, a partir de ​01/01/2018​, a tabela de contribuição destes 
segurados é a seguinte: 
 
Salário de contribuição (R$) Alíquota 
Até 1.693,72 8% 
De 1.693,73 até 2.822,90 9% 
De 2.822,91 até 5.645,80 11% 
 
[...] 
 
A incidência não cumulativa pode ocasionar uma situação interessante, que será 
demonstrada através do seguinte exemplo: João recebe uma remuneração mensal de 
R$2.823,00​, e Pedro, ​R$2.822,00​. Apesar de João ter uma remuneração maior que a de 
Pedro, após o desconto da contribuição previdenciária, sua remuneração líquida será menor 
que a de Pedro. Vejamos: 
 
Empregado Remuneração Alíquota Contribuição do segurado 
Remuneração 
líquida 
João R$2.823,00 11% R$310,53 R$2.512,47 
Pedro R$2.822,00 9% R$253,98 R$2.568,02 
 
A forma usada para o cálculo das contribuições previdenciárias é diferente da 
utilizada para o cálculo do imposto de renda. No cálculo do imposto de renda da pessoa 
física não ocorre a distorção verificada no exemplo acima. 
A contribuição do segurado só incide até o teto do salário-de-contribuição (que 
atualmente é ​R$5.645,80​). Sobre o valor da remuneração que ultrapassar ​R$5.645,80​, o 
segurado não paga nada. Todavia, a contribuição da empresa (que será estudada mais 
adiante) incide sobre a remuneração integral. Exemplo: o empregado cuja remuneração 
mensal é de R$9.000,00 terá descontado de sua remuneração a contribuição previdenciária 
de ​R$621,04 (que é o equivalente a 11% de ​R$5.645,80​). Mas a contribuição da empresa 
incidirá sobre R$9.000,00. 
 
 
Página 392 – Alterar o verde. 
 
Exemplo 2: ​o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas. 
 
Empresa Remuneração Salário de contribuição Alíquota Contribuição 
Alfa S.A. 4.000,00 4.000,00 11% 440,00 
Beta S.A. 2.500,00 1.645,80 11% 181,04 
Total 6.500,00 5.645,80 11% 621,04 
 
 
 
Página 393 – Alterar o verde; Acrescentar o azul. 
 
 
Exemplo 3: ​o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas. 
 
Empresa Remuneração Salário de contribuição Percentual Contribuição 
Alfa S.A. 7.000,00 5.645,80 11% 621,04 
Beta S.A. 3.000,00 - - - 
Total 10.000,00 5.645,80 11% 621,04 
 
[...] 
 
Assim, quando houver pagamento de remuneração relativa a 13º salário, 
este não deve ser somado à remuneração mensal para efeito de enquadramento 
na tabela de salários de contribuição, ou seja, aplicar-se-á a alíquota sobre os 
valores do 13º salário em separado. 
Os segurados enquadrados como empregados que, no somatório de 
remunerações auferidas de um ou mais empregadores no período de um mês, 
independentemente do tipo de contrato de trabalho, receberem remuneração 
inferior ao salário mínimo mensal, poderão recolher ao RGPS a diferença entre a 
remuneração recebida e o valor do salário mínimo mensal, em que incidirá a 
mesma alíquota aplicada à contribuição do trabalhador retida pelo empregador 
(CLT, art. 911-A, § 1º). Na hipótese de não ser feito esse recolhimento 
complementar, o mês em que a remuneração total recebida pelo segurado de 
um ou mais empregadores for menor que o salário mínimo mensal não será 
considerado para fins de aquisição e manutenção de qualidade de segurado do 
RGPS nem para cumprimento dos períodos de carência para concessão dos 
benefícios previdenciários (CLT, art. 911-A, § 2º). 
A contribuição do segurado empregado é descontada pela empresa, 
devendo ser recolhida até o dia 20 do mês seguinte. 
 
 
Página 396 – Alterar o verde. 
 
Exemplo: 
Paulo, bombeiro hidráulico, reformou a estrutura hidráulica da residência de Rosana 
e cobrou R$1.000,00 pelo serviço. Este foi o único serviço prestado por Paulo 
durante o mês de fevereiro de ​2018​. Neste caso, a contribuição previdenciária de 
Paulo, referente à competência ​02/2018​, será de R$200,00 (que corresponde a 20% 
de R$1.000,00). Paulo terá até o dia ​15/03/2018 para recolher sua contribuição por 
iniciativa própria, pois, neste caso, Rosana (pessoa física) não tem a obrigação de 
descontar a contribuição do segurado contribuinte individual. 
 
Se no caso acima exposto, a remuneração recebida por Paulo fosse, por exemplo, 
de R$7.000,00, a contribuição que o segurado teria de recolher seria de ​R$1.129,16 (que 
corresponde a 20% de ​R$5.645,80​). Se a remuneração de Paulo tivesse sido de R$700,00, 
sua contribuição seria de ​R$190,80 (que correspondea 20% de ​R$954,00​). É assim porque 
a contribuição do contribuinte individual deve respeitar os limites (mínimo e máximo) do 
salário de contribuição. 
 
 
Página 397 – Alterar o verde. 
 
Exemplo: 
No dia ​02/03/2018​, a advogada Rosana (segurada contribuinte individual) prestou 
serviço à empresa Alfa S.A. e recebeu R$7.000,00 pelos serviços prestados. No dia 
25/03/2018​, Rosana prestou serviço à empresa Delta Ltda. e recebeu R$1.000,00 
pelos serviços prestados. 
A empresa Alfa é obrigada a descontar da remuneração de Rosana a contribuição 
de ​R$621,04 (que corresponde a 11% x ​R$5.645,80​). Assim, a remuneração líquida 
que a empresa Alfa pagou a Rosana foi de ​R$6.378,96 (que corresponde a 
R$7.000,00 – ​R$621,04​). A contribuição a cargo da empresa é de R$1.400,00 (que 
corresponde a 20% x R$7.000,00). A empresa Alfa é obrigada a recolher a 
contribuição descontada de Rosana juntamente com a contribuição a seu cargo até 
o dia ​20/04/2018​. Neste caso, o valor a ser recolhido pela empresa Alfa é de 
R$2.021,04​ (que corresponde a R$1.400,00 + ​R$621,04​). 
A empresa Delta Ltda. não é obrigada a efetuar nenhum desconto na remuneração 
de Rosana, pois, no mês de ​março de 2018​, a segurada já contribuiu sobre o limite 
máximo do salário de contribuição (​R$5.645,80​). Todavia, a empresa Delta é 
obrigada a recolher a contribuição a seu cargo, no valor de R$200,00 (que 
corresponde a 20% de R$1.000,00). 
 
 
Página 398 – Alterar o verde. 
 
Se, no exemplo anterior, a remuneração de Rosana na empresa Alfa tivesse sido de 
R$5.000,00 (em vez de R$7.000,00), a contribuição descontada da segurada pela empresa 
Alfa seria de R$550,00 (que corresponde a 11% x R$5.000,00). Na empresa Delta 
(mantendo-se a remuneração de R$1.000,00), a contribuição descontada seria de ​R$71,04 
(que corresponde a 11% x ​R$645,80​). Ou seja, a empresa Delta descontaria a contribuição 
da segurada sobre o valor que faltava para atingir o teto de ​R$5.645,80​. 
 
[...] 
 
Exemplo: 
Pedro, contribuinte individual, prestou serviço para a empresa Beta S.A. recebendo 
uma remuneração de R$700,00. Este foi o único serviço prestado por Pedro durante 
o mês de fevereiro de ​2018​. Neste caso, a empresa descontará da remuneração de 
Pedro a quantia de R$77,00 (que corresponde a 11% x R$700,00), sendo obrigada a 
recolher o valor descontado, juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia 
20/03/2018​. Pedro terá de recolher, por iniciativa própria, até o dia ​15/03/2018​, a 
contribuição de ​R$50,80 (que corresponde a 20% de ​R$254,00​) para complementar 
sua contribuição mensal. 
 
 
Página 400 – Alterar o verde. 
 
Exemplo 1: 
Um contribuinte individual, durante o mês de março de ​2018​, prestou serviços a uma 
missão diplomática, e recebeu pelo trabalho o valor de R$2.000,00. Sua 
contribuição, incluindo a dedução permitida por lei, será de: 
• Contribuição do segurado (sem dedução) = R$400,00 (que corresponde a 20% de 
2.000,00). 
• Contribuição da missão diplomática = R$400,00 (que corresponde a 20% de 
2.000,00). 
• Possibilidade de dedução = R$180,00 (que corresponde a 45% de 400,00). 
• Limite de dedução = R$180,00 (que corresponde a 9% de 2.000,00). 
• Contribuição do segurado = R$220,00 (que corresponde a R$400,00 – R$180,00). 
Obs.: Neste caso, o salário de contribuição foi de R$2.000,00. 
 
Exemplo 2: 
Um contribuinte individual (um eletricista, por exemplo) prestou serviço a outro 
contribuinte individual (um médico, por exemplo, em seu consultório particular) e 
recebeu uma remuneração de R$10.000,00. 
• Neste caso, o salário de contribuição do eletricista é ​R$5.645,80​. 
• Contribuição do segurado (sem dedução) = ​R$1.129,16 (que corresponde a 20% 
de ​R$5.645,80​). 
• Contribuição patronal do médico (contribuinte individual equiparado a empresa) = 
R$2.000,00 (que corresponde a 20% de 10.000,00). 
• Dedução (sem aplicação do limite máximo) = R$900,00 (que corresponde a 45% 
de 2.000,00). 
• Limite máximo da dedução = ​R$508,12​ (que corresponde a 9% x ​5.645,80​). 
• Contribuição do segurado = ​R$621,04 (que corresponde a ​R$1.129,16 – 
R$508,12​). 
 
 
Página 405 – Alterar o verde; Excluir o Vermelho; Acrescentar o azul. 
 
Exemplo: 
No mês de março de ​2018​, o segurado Joaquim, na condição de empregado da 
Construtora Edifica Ltda., recebeu uma remuneração de R$4.000,00. No mesmo 
mês, Joaquim prestou um serviço eventual à empresa Moda Moderna Ltda., 
recebendo uma remuneração de R$2.500,00. Em relação à empresa Moda 
Moderna, Joaquim é considerado contribuinte individual. Neste caso, a contribuição 
descontada do segurado ocorre da seguinte forma: a Construtora Edifica desconta 
R$440,00 (que corresponde a 11% de 4.000,00); a Moda Moderna desconta 
R$181,04​ (que corresponde a 11% de ​1.645,80​). 
 
[...] 
 
2.3.1.4 Contribuição do segurado especial 
 
A base de cálculo da contribuição ​deste ​do segurado ​especial é a receita 
bruta da comercialização da produção rural (Lei 8.212/91, art. 25); as alíquotas 
são as seguintes: 
 
 
Contribuição Alíquota Base de cálculo 
Para a Seguridade Social 1,2% 
Receita bruta da comercialização 
da produção rural 
Para o RAT 
Para financiamento das 
prestações por acidente do 
trabalho (RAT) 
0,1% 
Receita bruta da comercialização 
da produção rural 
 
 
 
Páginas 409 a 410 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
 
Direito à 
Aposentadoria 
por tempo de 
contribuição 
Situação Base de cálculo Alíquota 
Com direito Regra geral 
Salário-de-contribuição
, respeitados os limites 
de ​R$954,00​ a 
R$5.645,80​. 8
20% 
8 ​Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​. 
Sem direito 
Regra geral Um salário mínimo. 11% 
Segurado facultativo 
sem renda própria que 
se dedique 
exclusivamente ao 
trabalho doméstico no 
âmbito de sua 
residência, desde que 
pertencente a família de 
baixa renda. 
Um salário mínimo. 5% 
 
Se o segurado facultativo desejar ter direito à aposentadoria por tempo de 
contribuição, a sua contribuição será de 20% sobre o seu salário de contribuição (Lei 
8.212/91, art. 21, caput). Para o segurado facultativo, o salário de contribuição é o valor por 
ele declarado, observado o limite máximo de ​R$5.645,80 e o limite mínimo de um salário 
mínimo mensal (atualmente, ​R$954,00​). 
 
 
Página 424 – Alterar o verde. 
 
Exemplo: 
No mês de março de ​2018​, o resumo da folha de pagamento dos segurados que 
prestaram serviço à empresa Alfa Industrial Ltda. foi o seguinte: 
 
 
Nome do segurado Categoria previdenciária Remuneração 
Joaquim Segurado empregado R$1.000,00 
Rosana Segurada empregada R$2.000,00 
Mateus Contribuinte individual R$7.000,00 
 
 
Agora, vamos calcular as contribuições previdenciárias, levando-se em consideração 
que: (a) o grau de risco de acidente do trabalho desta empresa é grave; (b) o FAP da 
empresa é igual a 1,2773; (c) o empregado Joaquim exerce atividade com exposição a 
agentes nocivos, tendo direito à aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho; (d) 
Rosana não está exposta a agentes nocivos; e (e) Mateus é o sócio-gerente da empresa, 
recebendo os R$7.000,00 a título de pro-labore: 
 
Segurado 
Contribuição da empresa incidente 
sobre a remuneração do segurado Contribuição 
descontada do 
segurado 
Total a recolher 
(empresa+ 
segurado) Para a Seguridade 
Social 
Para o RAT (antigo 
SAT) 
Joaquim 20% x 1.000,00 9,8319% x 1.000,00 8% x 1.000,00 378,32 
Rosana 20% x 2.000,00 3,8319% x 2.000,00 9% x 2.000,00 656,64 
Mateus 20% x 7.000,00 0,00 11% x ​5.645,80 2.021,04 
TOTAL R$2.000,00 R$174,96 R$881,04 3.056,00 
 
 
Página 425 – Alterar o verde. 
 
A empresa Alfa Industrial Ltda. recolherá aos cofres da Previdência Social, até o dia 
20/04/2018​, o valor de ​R$3.056,00​. Ressalte-se que, neste valor, estão incluídas a parcela 
da contribuição a cargo da empresa e a parcela que foi descontada dos segurados. 
 
 
Página 426 – Excluir o vermelho: Acrescentar o azul. 
ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé. 
 
Em relação ao RAT (art. 22, II), as instituições financeiras seguem a regra 
geral. Vale dizer, o acréscimo de 2,5%, devido pelas instituições financeiras, 
incide somente em relação às contribuições sobre a remuneração de empregado, 
trabalhador avulso (art. 22, I) e contribuinte individual (art. 22, III). 
Na defesa da constitucionalidade do adicional 2,5% das instituições 
financeiras, confira a seguinte decisão do STF: 
 
Ementa: Processo Civil. Medida cautelar. Efeito suspensivo a recurso 
extraordinário. Instituição financeira. Contribuição previdenciária sobre a 
folha de salários. Adicional. § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/91. A 
sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no 
tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não fere, à 
primeira vista, o princípio da isonomia tributária, ante a expressa previsão 
constitucional (Emenda de Revisão nº 1/94 e Emenda Constitucional nº 
20/98, que inseriu o § 9º no art. 195 do Texto permanente). Liminar a 
que se nega referendo. Processo extinto. 
9
 
Acerca do tema “contribuição adicional de 2,5% sobre a folha de salários 
de instituições financeiras instituída pela Lei 8.212/91”, o Supremo Tribunal 
Federal (STF), em 30/03/2016, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 
598.572, fixou a seguinte tese de repercussão geral: 
 
“É constitucional a previsão legal de diferenciação de alíquotas em relação 
às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de salários de 
instituições financeiras ou de entidades a elas legalmente equiparáveis, 
após a edição da Emenda Constitucional nº 20/1998.” 
 
2.3.2.6 Desoneração da folha de pagamento 
 
 
9 ​STF, AC-MC 1.109/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 19/10/2007. 
Página 431 – Acrescentar o azul; Excluir o vermelho; Alterar o verde. 
 
A contribuição do produtor rural pessoa jurídica, aqui estudada, não incide 
sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos, cuja comercialização 
ocorra a partir de 12 de dezembro de 2001, por força do disposto no inciso I do 
§2º do art. 149 da Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional 
33/2001 (IN RFB 971/2009, art. 170). 
A Lei 13.606, de 9 de janeiro de 2018, acrescentou ao art. 25 da Lei 
8.870/94 o seguinte parágrafo: 
 
§ 7º O empregador pessoa jurídica poderá optar por contribuir na forma 
prevista no ​caput ​deste artigo ou na forma dos incisos I e II do ​caput ​do 
art. 22 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, manifestando sua opção 
mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários 
relativa a janeiro de cada ano, ou à primeira competência subsequente ao 
início da atividade rural, e será irretratável para todo o ano-calendário. 
 
Mas de acordo com o art. 40, I, da Lei 13.606/2018, o dispositivo legal 
acima transcrito somente produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019. 
Assim, a partir de 01/01/2019, o empregador rural pessoa jurídica terá o direito 
de escolher se quer recolher suas contribuições com base no art. 25, I e II da Lei 
8.870/94 (sobre a receita bruta proveniente da comercialização da sua 
produção) ou com base no art. 22, I e II da Lei 8.212/91 (sobre a remuneração 
dos empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços). Já em 
relação ao ano de 2018, a contribuição, obrigatoriamente, incidirá sobre sobre a 
receita bruta proveniente da comercialização da produção rural. 
Vale frisar que quando o produtor rural pessoa jurídica contrata 
contribuinte individual ​ou cooperativa de trabalho​, ​ele fica ​obrigado a pagar as 
mesmas contribuições que as empresas em geral pagam em relação a ​este ​fato 
gerador​. 
 
 
Página 432 – Alterar o verde; Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
a) ​1,2% para a Seguridade Social. Esta contribuição é devida em 
substituição à contribuição da empresa de 20% sobre as remunerações 
pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e trabalhadores 
avulsos, prevista no art. 22, I, da Lei 8.212/91. 
b) 0,1% para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do 
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos 
ambientais do trabalho. Esta contribuição é devida em substituição à 
contribuição da empresa para o RAT de 1%, 2% ou 3% sobre o total das 
remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e 
trabalhadores avulsos, prevista no art. 22, II, da Lei 8.212/91. 
 
No julgamento do RE 596.177/RS, o STF considerou como inconstitucional 
a contribuição do empregador rural pessoa física incidente sobre a 
comercialização da produção rural, prevista no art. 25 da Lei 8.212/91, na 
redação dada pelo art. 1º da Lei 8.540/92. Acontece que a redação do art. 25 da 
Lei 8.212/91 que, atualmente, está em vigor é a dada pela Lei 10.256/2001. A 
discussão do tema com enfoque na Lei 10.256/2001 teve sua repercussão geral 
reconhecida pelo STF nos autos do RE 718.874/RS. Até a data da publicação da 
presente edição desta obra, o RE 718.874/RS ainda estava pendente de 
julgamento pelo STF. 
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a constitucionalidade da 
contribuição do empregador rural pessoa física, prevista no art. 25 da Lei 
8.212/91, na redação dada pela Lei 10.256/2001. A decisão foi tomada no 
julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 718.874, com repercussão geral 
reconhecida. ​A tese de repercussão geral aprovada pelo STF sobre este tema 
estabelece o seguinte: 
 
“É constitucional formal e materialmente a contribuição social do 
empregador rural pessoa física, instituída pela Lei 10.256/2001, incidente 
sobre a receita bruta obtida com a comercialização de sua produção.” 
 
A Resolução do Senado Federal nº 15, de 12 de setembro de 2017, 
suspendeu a execução de dispositivos legais atinentes à contribuição 
previdenciária do empregador rural pessoa física incidente sobre a 
comercialização da produção rural, em razão de tais dispositivos terem sido 
declarados inconstitucionais por decisão proferida pelo STF nos autos do Recurso 
Extraordinário (RE) 363.852. Mas vale frisar que o RE 363.852 diz respeito 
apenas à contribuição do empregador rural pessoa física no período anterior à 
Lei 10.256/2001. A suspensão promovida pela Resolução do Senado nº 15/2017 
deve se dar nos exatos limites da declaração de inconstitucionalidade afirmada 
pelo STF no RE 363.852. Assim, entendo que a referida resolução do Senado 
suspende a exigência da contribuição previdenciária do empregadorrural pessoa 
física, incidente sobre o produto da comercialização da produção rural, tão 
somente em relação ao período anterior à Lei 10.256/2001. Esse também é o 
entendimento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), exarado por 
meio do Parecer PGFN/CRJ nº 1447, de 27 de setembro de 2017. Leia abaixo, 
um trecho do mencionado parecer da PGFN: 
 
“A suspensão promovida pela Resolução nº 15, de 2017, não afeta a 
contribuição do empregador rural pessoa física reinstituída a partir da Lei 
nº 10.256, de 2001, com base no art. 195, I, “b”, da CF/88 (incluído pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998), uma vez que: (i) a tributação 
levada a efeito a partir de então está amparada por contexto normativo 
substancialmente diverso daquele submetido ao STF quando do 
julgamento do RE nº 363.852/MG e do RE nº 596.177/RS, aos quais a 
Resolução senatorial se reporta; (ii) entendimento contrário implicaria 
desprezo à tese firmada pelo STF no RE nº 718.874/RS, que assentou a 
constitucionalidade formal e material da tributação após a Lei nº 10.256, 
de 2001.” 
 
Diante do exposto, entendo que as contribuições previstas nos incisos I e 
II do art. 25 da Lei 8.212/91, e a obrigação da empresa adquirente de retê-las, 
são exigíveis desde a entrada em vigor da Lei 10.256/2001. 
A contribuição do empregador rural pessoa física, aqui estudada, não 
incide sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos, cuja 
comercialização ocorra a partir de 12 de dezembro de 2001, por força do 
disposto no inciso I do §2º do art. 149 da Constituição Federal, alterado pela 
Emenda Constitucional 33/2001 (IN RFB 971/2009, art. 170). 
A Lei 13.606, de 9 de janeiro de 2018, acrescentou ao art. 25 da Lei 
8.212/91 o seguinte parágrafo: 
 
§ 13. O produtor rural pessoa física poderá optar por contribuir na forma 
prevista no ​caput ​deste artigo ou na forma dos incisos I e II do caput do 
art. 22 desta Lei, manifestando sua opção mediante o pagamento da 
contribuição incidente sobre a folha de salários relativa a janeiro de cada 
ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade rural, e 
será irretratável para todo o ano-calendário. 
 
Mas de acordo com o art. 40, I, da Lei 13.606/2018, o dispositivo legal 
acima transcrito somente produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019. 
Assim, a partir de 01/01/2019, o empregador rural pessoa física terá o direito de 
escolher se quer recolher suas contribuições com base no art. 25, I e II da Lei 
8.212/91 (sobre a receita bruta proveniente da comercialização da sua 
produção) ou com base no art. 22, I e II da Lei 8.212/91 (sobre a remuneração 
dos empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços). Já em 
relação ao ano de 2018, a contribuição, obrigatoriamente, incidirá sobre sobre a 
receita bruta proveniente da comercialização da produção rural. 
Também vale salientar que quando o empregador rural pessoa física 
contrata contribuinte individual ​ou cooperativa de trabalho​, ​ele fica ​obrigado a 
pagar as mesmas contribuições que as empresas em geral pagam em relação a 
este​ ​fato​ ​gerador​. 
 
 
Página 433 – Acrescentar o azul. 
 
O Simples Nacional – Regime Especial Unificado de Arrecadação de 
Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno 
Porte – é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na 
Lei Complementar 123/2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de 
Pequeno Porte, a partir de 01/07/2007. O Simples Nacional não é espécie de 
isenção de tributos, mas uma forma alternativa de efetuar o pagamento ao 
Fisco, mediante opção do contribuinte. 
De acordo com o art. 3º da Lei Complementar 123/2006, consideram-se 
microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a 
sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o 
empresário a que se refere o art. 966 do Código Civil, devidamente registrados 
no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, 
conforme o caso, desde que: 
 
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita 
bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e 
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada 
ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e 
sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e 
oitocentos mil reais)​. 
 
De acordo com o art. 13 da Lei Complementar 123/2006, o Simples 
Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de 
arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: (a) IRPJ; (b) IPI; (c) CSLL; 
(d) COFINS; (e) PIS/Pasep; (f) Contribuição Patronal Previdenciária, a cargo da 
pessoa jurídica; (g) ICMS; e (h) ISS. Este recolhimento mensal incidirá sobre a 
receita bruta auferida no mês (LC 123/2006, art. 18, §3º). A alíquota varia de 
acordo com a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de 
apuração (LC 123/2006, art. 18, §1º). 
 
 
Página 434 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. 
 
2.3.2.12 Contribuição patronal do microempreendedor individual 
 
Considera-se microempreendedor individual (MEI) o empresário 
individual, optante pelo Simples Nacional, que tenha auferido receita bruta, no 
ano-calendário anterior, de até R$60.000,00 (LC 123, art. 18-A, §1º). 
Considera-se Microempreendedor Individual – MEI o empresário individual 
que se enquadre na definição do art. 966 do Código Civil, ou o empreendedor 
que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de 
serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário 
anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo 
Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática de 
recolhimento aplicada ao MEI (LC 123/06, art. 18-A, §1º). 
Em regra, para que o empresário individual possa optar pela sistemática 
de recolhimento aplicada ao MEI, ele não pode contratar empregados (LC 
123/06, art. 18-A, §4º, IV). Todavia, poderá se enquadrar como MEI o 
empresário individual que possua um único empregado que receba 
exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional 
(LC 123/06, art. 18-C). Nesta hipótese, o MEI está sujeito ao recolhimento da 
contribuição patronal previdenciária, calculada à alíquota de 3% (três por cento) 
sobre o salário de contribuição do empregado que lhe presta serviço (LC 123/06, 
art. 18-C, §1º, III). Esta é a única contribuição patronal previdenciária a cargo 
do MEI. 
 
 
Página 437 – Alterar o verde. 
ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. 
 
O salário-família é devido ao empregado com salário de contribuição de até 
R$1.319,18​. 10
 
 
Página 439 – Alterar o verde. 
 
Exemplo: 
Anderlaine trabalha como empregada doméstica na residência de Kerolaine. No mês 
de fevereiro de ​2018​, a remuneração mensal de Anderlaine foi de R$7.000,00. 
Nesse caso, incidiram as seguintes contribuições previdenciárias: 
 
I - Contribuições previdenciáriasa cargo da empregadora doméstica: 
a) 8% X ​5.645,80​ = ​451,66 
b) 0,8% X ​5.645,80​ = ​45,17 
II - Contribuição descontada da empregada doméstica = 11% X ​5.645,80​ = ​621,04 
 
No caso em tela, a empregadora doméstica ficou obrigada a recolher aos cofres da 
Previdência Social, até o dia ​07/03/2018​, o valor de ​R$1.117,87 (que corresponde à 
soma das contribuições da empregadora com a da empregada). 
 
 
Página 443 – Acrescentar o azul. 
 
A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS tem 
como base de cálculo o faturamento mensal, assim entendido o total das 
receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação 
ou classificação contábil (Lei 10.833/2003, art. 1º, caput). Assim, a base de 
cálculo compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações 
em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa 
jurídica (Lei 10.833/2003, art. 1º, §1º). 
Acerca do tema “inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da 
COFINS”, o Supremo Tribunal Federal (STF), em 15/03/2017, no julgamento do 
Recurso Extraordinário (RE) 574.706, estabeleceu a seguinte tese de 
repercussão geral: 
 
“O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da 
COFINS.” 
 
Em regra, as alíquotas da COFINS são as seguintes: (I) 3%, no caso das 
pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência cumulativa (Lei 9.718/98, art. 
10 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​. 
8º); e (II) 7,6%, no caso das pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência 
não cumulativa (Lei 10.833/2003, art. 2º, caput). 
 
 
Página 449 – Alterar o verde. 
 
Segurado Conceito de salário de contribuição 
Limites 
Mínimo Máximo 
Empregado e 
trabalhador 
avulso 
A remuneração auferida em uma ou mais 
empresas, assim entendida a totalidade dos 
rendimentos pagos, devidos ou creditados a 
qualquer título, durante o mês, destinados a 
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua 
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos 
habituais sob a forma de utilidades e os 
adiantamentos decorrentes de reajuste 
salarial, quer pelos serviços efetivamente 
prestados, quer pelo tempo à disposição do 
empregador ou tomador de serviços, nos 
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de 
convenção ou acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa 
O piso salarial 
legal ou 
normativo da 
categoria ou, 
inexistindo piso 
salarial, o 
salário mínimo, 
tomado no seu 
valor mensal, 
diário ou 
horário, 
conforme o 
ajustado e o 
tempo de 
trabalho efetivo 
durante o mês 
R$5.645,80 11
Empregado 
doméstico 
A remuneração registrada na carteira 
profissional e/ou na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social 
Contribuinte 
individual 
A remuneração auferida em uma ou mais 
empresas ou pelo exercício de sua atividade 
por conta própria, durante o mês 
O salário 
mínimo mensal 
(atualmente, 
R$954,00​) Facultativo O valor por ele declarado 
 
 
Página 451 – Acrescentar o azul. 
 
Valor pago para o trabalho – é a parcela paga ou fornecida, em dinheiro 
ou em utilidades, ao trabalhador com o objetivo de dar condições ou facilitar a 
execução do trabalho. 
De acordo com o § 11 do art. 201 da Constituição Federal, os ganhos 
habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para 
efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, 
nos casos e na forma da lei. Seguindo esse comando constitucional, o Supremo 
Tribunal Federal (STF), em 29/03/2017, ao analisar o tema “alcance da 
expressão ‘folha de salários’ para fins de instituição de contribuição social sobre 
o total das remunerações”, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 
565160, estabeleceu a seguinte tese de repercussão geral: 
11 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​. 
 
“A contribuição social a cargo do empregador incide sobre ganhos 
habituais do empregado, quer anteriores ou posteriores à Emenda 
Constitucional nº 20/1998.” 
 
De acordo como o disposto no §2º do art. 22 da Lei 8.212/91, as parcelas 
que não integram o salário de contribuição também não integram a 
remuneração. Assim, podemos afirmar que todas as parcelas que integram a 
base de cálculo da contribuição do segurado também integram a base de cálculo 
da contribuição da empresa. A diferença é que, em relação aos segurados, a 
base de cálculo respeita os limites (mínimo e máximo) do salário de 
contribuição. A base de cálculo da contribuição da empresa não respeita esses 
limites: incide sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada ao 
segurado. 
 
Página 452 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
A palavra salário tem a sua origem semântica no latim salarium, que 
significa sal, o qual já foi utilizado em Roma como forma de pagamento, 
servindo de moeda de troca. 
Salário é a parcela da remuneração paga diretamente pelo empregador. 
De acordo com o disposto no §1º do art. 457 da CLT, “integram o salário, não só 
a importância fixa estipulada (salário-base), como também as comissões, 
percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens (quando ultrapassem 
50% do salário percebido pelo empregado) e abonos pagos pelo empregador”. 
Salário é a parcela da remuneração paga diretamente pelo empregador. 
De acordo com o disposto no §1º do art. 457 da CLT, “integram o salário a 
importância fixa estipulada, as gratificações legais e de função e as comissões 
pagas pelo empregador”. 
 
II. Saldo de salário pago na rescisão do contrato de trabalho. 
 
 
Páginas 455 a 456 – Excluir o vermelho; Alterar o verde 
ATENÇÃO: acrescentar também a nota de rodapé. 
 
A egrégia Primeira Seção do STJ, ao apreciar o REsp 1.358.281/SP na 
sessão realizada em 23/04/2014, decidiu, por unanimidade, que incide 
contribuição previdenciária sobre o adicional de horas extras. Vale frisar que o 
REsp 1.358.281/SP foi submetido à sistemática de julgamento dos recursos 
repetitivos (CPC, art. 543C), passando a ser considerado como paradigma a ser 
observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão 
idêntica (CPC, art. 543-C, § 7º). 
 
IX. O valor total das diárias para viagem, quando excederem a 50% da 
remuneração mensal do empregado. 
 
As diárias têm por fim indenizar despesas com deslocamento, 
hospedagem, alimentação e manutenção do empregado, quando este for 
obrigado a viajar para executar as determinações do empregador. 
A transitoriedade do deslocamento do empregado é essencial para 
caracterizar o pagamento como diária. Quando há transferência, não se pode 
falar em diárias. 
12
Visando a evitar que salários sejam rotulados de diárias, a CLT adotou um 
critério prático, simples porque de aritmética elementar: faz computar como 
salário as diárias que excedam de 50% do salário percebido pelo empregado 
(CLT, art. 457, §§1º e 2º). 
O valor das diárias para viagens, quando excedente a 50% da 
remuneração mensal, integra o salário de contribuição pelo seu valor total (Lei 
8.212/91, art. 28, §8º). Para efeito de verificação do limite de 50% não será 
computado, no cálculo da remuneração, o valor das diárias. A esse respeito, o 
TST editou a seguinte Súmula: 
 
Súmula 101: Integram o salário, pelo seu valor totale para efeitos 
indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% do salário do 
empregado, enquanto perdurarem as viagens. 
 
Se, por exemplo, a remuneração mensal do empregado é de R$1.000,00 
e, durante o mês, recebeu diárias para viagens no valor de R$600,00, a 
contribuição previdenciária (tanto a do empregador como a do empregado) 
incidirá sobre R$1.600,00. Todavia, se as diárias recebidas tivessem o valor de 
R$500,00, a base de cálculo da contribuição previdenciária seria R$1.000,00. 
Neste último caso, pelo fato de não ter excedido a 50% da remuneração, o valor 
das diárias fica fora do campo de incidência da contribuição previdenciária. 
 
IX​. Adicionais de insalubridade, periculosidade e noturno. 
 
Página 458 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 
 
Gorjeta é a parte da remuneração do empregado que é paga por terceiros 
(clientes). De acordo com o §3º do art. 457 da CLT, “considera-se gorjeta não só 
a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também 
aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, ​o 
valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e 
destinada à distribuição aos empregados”. O melhor exemplo de gorjetas são 
aqueles conhecidos 10% que pagamos aos garçons quando vamos aos 
restaurantes. A contribuição previdenciária incide sobre as gorjetas. Nesse 
13
sentido, confira o seguinte julgado do STJ: 
12 ​SUSSEKIND, Arnaldo. Op. cit. p. 429. 
13 Nesse sentido, decidiu o STJ no REsp 1.005.747/ES, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 16/10/2008. 
 
 
Páginas 461 a 462 – Excluir o vermelho; Alterar o verde. 
ATENÇÃO: acrescentar também a nota de rodapé. 
 
Portanto, gratificações que forem pagas com habitualidade terão a 
incidência da contribuição previdenciária, pois farão parte do salário. 
Gratificações eventuais não terão a incidência da contribuição. 
 
XVIII. Prêmios contratuais ou habituais. 
 
O prêmio está vinculado a fatores de ordem pessoal do trabalhador, como 
a produção, a eficiência, assiduidade etc. O prêmio de produção diz respeito à 
quantidade de peças que foram produzidas pelo empregado. O prêmio de 
qualidade pode ser conferido ao trabalhador em virtude da excelência da peça 
produzida. Há também, o prêmio de assiduidade, pago ao empregado que não 
chegar atrasado ao emprego durante o mês ou que não tiver faltado no mesmo 
período. O prêmio de zelo é aquele em que o empregado cuida corretamente dos 
bens da empresa durante certo período, sem causar nenhum dano ao 
equipamento. É o que acontece com o motorista de ônibus que não dá causa a 
nenhuma colisão do veículo durante o mês, podendo o trabalhador receber o 
prêmio de zelo, se assim for ajustado com o empregado. 
14
Se o prêmio é ajustado através do contrato de trabalho, ou se é pago com 
habitualidade, terá natureza salarial. Nesse caso, se o empregado cumpre a 
condição imposta pela empresa para sua percepção, não poderá o prêmio ser 
suprimido unilateralmente pelo empregador. 
O prêmio eventual não é salário. O prêmio eventual nada mais representa 
que uma liberalidade patronal. 
Assim sendo, o prêmio contratualmente ajustado ou pago com 
habitualidade integra a base de cálculo da contribuição previdenciária. 
 
XVII​. Repouso semanal remunerado e feriados. 
 
 
Páginas 463 a 464 – Excluir o vermelho; Alterar o verde. 
ATENÇÃO: acrescentar também a nota de rodapé. 
 
A alimentação fornecida de acordo com o Programa de Alimentação do 
Trabalhador (PAT), Lei 6.321/76, não é considerada como salário utilidade. 
 
XXI. Abonos de qualquer natureza, exceto aqueles cuja incidência seja 
expressamente excluída por lei. 
 
14 ​MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 17ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. p. 261. 
Abonos são adiantamentos em dinheiro, uma antecipação salarial ou valor 
a mais que é concedido ao empregado.200 Os abonos, em regra, integram o 
salário (CLT, art. 457, §1º). Somente quando a lei expressamente determinar 
que o abono não seja salário é que ele não terá natureza salarial. Como 
exemplo, pode-se citar a Lei 8.178/91, que concedeu abonos de abril a agosto 
de 1991 e, em seu art. 9º, §7º, determinou que tais abonos “não serão 
incorporados, a qualquer título, aos salários, nem às rendas mensais de 
benefícios da Previdência Social, nem estarão sujeitos a quaisquer incidências de 
caráter tributário ou previdenciário”. Da mesma forma, a Lei 8.276/91 concedeu 
o pagamento de um abono de Cr$ 21.000,00 exclusivamente no mês de 
dezembro de 1991, determinando o seu art. 1º, §5º, que o referido abono não 
seja incorporado ao salário a qualquer título. 
A respeito deste tema, o STF editou a Súmula 241, com a seguinte 
redação: “A contribuição previdenciária incide sobre o abono incorporado ao 
salário”. 
O STJ tem entendido que o abono pago uma única vez, por força de uma 
convenção coletiva, não integra o salário de contribuição, pois, nesse caso, o seu 
pagamento não é habitual. Nesse sentido, confira o seguinte julgado: 
 
Tributário. Contribuição previdenciária. Abono único. Não integração ao 
salário. 1. Segundo iterativa jurisprudência construída por esta Corte em 
torno do art. 28, §9º, da Lei nº 8.212/91, o abono único previsto em 
convenção coletiva não integra o salário de contribuição. Precedentes. 2. 
A Primeira Turma deste STJ entendeu que “considerando a disposição 
contida no art. 28, §9º, ‘e’, item 7, da Lei nº 8.212/91, é possível concluir 
que o referido abono não integra a base de cálculo do salário de 
contribuição, já que o seu pagamento não é habitual – observe-se que, na 
hipótese, a previsão de pagamento é única, o que revela a eventualidade 
da verba –, e não tem vinculação ao salário” (REsp 819.552/BA, Min. Luiz 
Fux, rel. p. acórdão Min. Teori Albino Zavascki, P rimeira Turma, julgado 
em 02/04/2009). 2. Recurso especial não provido. 
15
 
Mas quando fica constatado o caráter permanente ou habitual no 
recebimento de abonos, pagos à generalidade dos empregados, o STJ tem 
entendido ser legítima a incidência da contribuição previdenciária. 
16
 
XIX​. Remuneração do aposentado que retornar ao trabalho. 
 
 
Páginas 469 a 470 – Acrescentar o azul. 
 
O PPE foi instituído pela Lei 13.189, de 19 de novembro de 2015. O 
acordo coletivo de trabalho específico para adesão ao PPE, celebrado entre a 
empresa e o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade 
econômica preponderante da empresa, pode reduzir em até 30% a jornada e o 
salário dos empregados (Lei 13.189/2015, art. 5º). Os empregados que tiverem 
essa redução do salário farão jus a uma compensação pecuniária equivalente a 
50% do valor da redução salarial e limitada a 65% do valor máximo da parcela 
15 ​STJ, REsp 1125381/SP, Rel. Min. Castro Meira, 2ª T., DJe 29/04/2010. 
16 ​STJ, AgRg no Ag 1421738/PE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 14/11/2011. 
do seguro-desemprego, enquanto perdurar o período de redução temporária da 
jornada de trabalho (Lei 13.189/2015, art. 4º). Incidirá contribuição 
previdenciária sobre o valor da referida compensação pecuniária (Lei 
13.189/2015, art. 9º). 
 
XXX. Rendimentos

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