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Gestão de Departamento Pessoal - 3

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Gestão de 
Departamento 
Pessoal
Tiago Mendonça Scavone
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
TIAGO MENDONÇA SCAVONE
AUTORIA
Tiago Mendonça Scavone
Olá. Meu nome é Tiago Mendonça Scavone. Sou Mestre em 
Administração de Empresas com ênfase em Estratégia Empresarial e 
graduado em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio 
Exterior, com uma experiência profissional nas áreas de Comércio Exterior, 
Finanças, Economia, Recursos Humanos e Educação, sendo mais de 
20 anos. Experiência profissional adquirida em empresas como Banco 
do Brasil S.A., TIM Sul (Subsidiária da TIM Brasil S.A.), Catlog Logística 
(subsidiária da Renault do Brasil), Fiat Barigui (Grupo Barigui Veículos), 
Livrarias Curitiba, Faculdade Bagozzi e Faculdade Educacional de 
Colombo (FAEC). Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase 
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Benefícios obrigatórios .............................................................................10
Vale-transporte ................................................................................................................................. 10
Vale-combustível ............................................................................................................................ 15
Benefícios opcionais ..................................................................................17
Vale-refeição e vale-alimentação ....................................................................................... 17
Plano de saúde e plano dentário ........................................................................................ 19
Auxílio-creche .................................................................................................................................... 21
Salário-família ....................................................................................................................................22
Descontos: Previdência Social .............................................................. 30
INSS Patronal ..................................................................................................................................... 30
INSS empregado .............................................................................................................................35
Impostos e tributos .....................................................................................43
Imposto de renda (IR) ...................................................................................................................43
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ..................................................44
7
UNIDADE
03
Gestão de Departamento Pessoal
8
INTRODUÇÃO
Você sabe qual é a principal responsabilidade do Registro do 
Empregado? Nessa disciplina você aprenderá sobre as dúvidas mais 
frequentes sobre a definição dos descontos do empregado. Além disso, 
serão observados os impostos sobre os salários.
Desse modo, ao final da disciplina você estará preparado para 
refletir e tomar decisões sobre as práticas voltadas os Benefícios do 
Empregado. E também iremos ensinar sobre os cálculos dos valores que 
compõe os Benefícios e oferecer estudos de caso e exemplos práticos 
de empresas pequenas, médias e de grande porte. Dentre as empresas 
estão: indústrias, comércio e serviços. 
Além disso faremos atividades para conferir o aprendizado e 
questões para avaliar se está havendo esta troca de experiências e 
realmente gerando conhecimento.
Dentre os assuntos que trataremos, estão: benefícios obrigatórios 
do vale transporte ou vale combustível.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste 
universo!
Gestão de Departamento Pessoal
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término 
desta etapa de estudos:
1. Identificar os benefícios obrigatórios de acordo com as normas 
sindicais;
2. Discernir sobre os benefícios opcionais concedidos ao empregado;
3. Entender os descontos e deduções incidentes sobre os salários 
provenientes da previdência social;
4. Efetuar descontos e deduções incidentes sobre os salários 
provenientes dos tributos obrigatórios. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Gestão de Departamento Pessoal
10
Benefícios obrigatórios
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, veremos quais são os benefícios obrigatórios 
a serem oferecidos aos empregados, como vale-transporte 
e vale-combustível. Estudaremos também quais são suas 
condições para solicitação e os descontos.
Vale-transporte
Em conformidade com a Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, 
regulamentada pelo Decreto nº 92.180, de 19 de dezembro de 1985, o 
trabalhador tem o direito do recebimento do vale-transporte para seu 
deslocamento até o local de trabalho. 
 Contudo, o vale-transporte somente será entregue ao trabalhador, 
mediante recibo, no início de cada mês, em sistema de fichas ou tíquetes, 
fornecidos pelas empresas de transportes coletivos e adquiridos pela 
empresa empregadora. Não poderá ser pago o vale-transporte direto ao 
empregado, sob a forma de numerário.
O valor entregue dos vales ao trabalhador poderá ser descontado 
no fim do mês, na folha de pagamento até o limite de 6% (seis por cento) 
de seu salário-base. 
Gestão de Departamento Pessoal
11
 Figura 1 - Modelo de ficha de opção de vale-transporte e relação de distribuição de vales
Fonte: Elaborado pelo autor.
Por exemplo, um empregado que mora próximo a empresa não 
poderá fazer a opção pelo vale-transporte.
NOTA:
Proibição – o não uso do vale pode acarretar justa causa.
Gestão de Departamento Pessoal
12
Este benefício é antecipado ao trabalhador para a utilização em 
deslocamento entre residência, trabalho e residência.
Deslocamento é o trajeto com um ou mais meios de transporte, que 
compõe a viagem do beneficiário até chegar ao trabalho.
São beneficiários do Vale transporte os trabalhadores, como:
a. Os empregados em geral, inclusive os domésticos;
b. Os trabalhadores em despesas de trabalho temporário;
c. Os empregados a domicílio, para deslocamentos indispensáveis à 
prestação do trabalho, percepção de salários e os necessários ao 
desenvolvimento das relações com o empregador;
d. Pensão Alimentícia (Código Civil Brasileiro);
e. Os empregados do subempreiteiro, em relação a este e aoempreiteiro principal; e
f. Os atletas profissionais de que trata a Lei nº 6.354/76.
MEIOS DE UTILIZAÇÃO 
É utilizado em todas as formas de transporte coletivo público urbano, 
ou interestadual e intermunicipal com características semelhantes ao 
urbano, operado diretamente pelo Poder Público ou mediante delegação, 
em linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente.
EXCLUSÃO
Os transportes seletivos e os especiais estão excluídos.
FORNECIMENTO DE TRANSPORTE PRÓPRIO
O fornecimento do vale transporte não é obrigatório pelo 
empregador que proporcionar, por meios próprios ou contratados, em 
veículos adequados ao transporte coletivo, o deslocamento trabalho 
residência, de seus trabalhadores. Nesse sentido, no que se refere ao uso 
de transporte próprio, destaca-se que:
Art. 4º - A concessão do benefício ora instituído implica a 
aquisição pelo empregador dos Vales-transportes necessários 
Gestão de Departamento Pessoal
13
aos deslocamentos do trabalhador no percurso residência-
trabalho e vice-versa, no serviço de transporte que melhor se 
adequar.    
CUSTO DO VALE-TRANSPORTE
O custo do vale-transporte será:
a. Pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% de seu salário 
básico, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens;
b. Pelo empregador, no que exceder 6% do salário do beneficiário.
Dessa maneira, muito embora não seja obrigatória a aplicação do 
vale-transporte através do pagamento in pecunia, deve ser destacado 
que a lei não proíbe que seja pago em dinheiro e, por isso, fica a cargo do 
acordo entre empregador e empregado.
REMUNERAÇÃO VARIÁVEL
Os trabalhadores remunerados por tarefa, serviço feito, comissões, 
percentagens, gratificações, gorjetas ou equivalentes, terão como base 
de cálculo da parcela de custeio pelo montante recebido no período.
DESCONTO EM FOLHA
O empregador está autorizado, no caso de concessão do vale-
transporte, a descontar, mensalmente, em folha de pagamento, a parcela 
de custeio que couber ao beneficiário.
PROPORCIONALIDADE
O valor da parcela a ser suportada pelo beneficiário será descontado 
proporcionalmente à quantidade de vale-transporte concedida para o 
período a que se refere o salário e por ocasião de seu pagamento, salvo 
estipulação em contrário, em convenção ou acordo coletivo de trabalho, 
que favoreça o beneficiário.
COMPROVANTE DE ENTREGA
O beneficiário, ao receber o vale-transporte, dará recibo em que 
conste a quantidade e o valor dos vales-transportes fornecidos.
Gestão de Departamento Pessoal
14
DESCONTO DE 6% DO SALÁRIO
Caso a despesa com o deslocamento do beneficiário for inferior 
a 6% do salário básico, o empregado poderá optar pelo recebimento 
antecipado do vale-transporte, cujo valor será integralmente descontado 
por ocasião do pagamento do respectivo salário.
SOLICITAÇÃO DO VALE-TRANSPORTE
Para o exercício do direito de receber o vale-transporte, o 
empregado informará ao empregador, por escrito:
a. O seu endereço residencial;
b. Os serviços e meios de transporte mais adequado ao seu desloca-
mento residência-trabalho-residência.
INFORMAÇÕES DO ENDEREÇO
A informação com endereço e meios de transporte será utilizada 
anualmente ou sempre que houver alteração desses dados, sob pena de 
suspensão do benefício até o cumprimento dessa exigência.
USO DO VALE-TRANSPORTE
O beneficiário firmará compromisso de utilizar o vale-transporte 
exclusivamente para seu efetivo deslocamento residência-trabalho-
residência. A declaração falsa ou uso indevido do vale-transporte 
constituem falta grave para a rescisão do contrato de trabalho.
SUBSTITUIÇÃO PROIBIDA
É proibido ao empregador substituir o vale-transporte por 
antecipação em dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento, a 
não ser no caso de falta ou insuficiência de estoque de vale-transporte, 
necessário atendimento da demanda e ao funcionamento do sistema, 
ocasião em que o beneficiário será ressarcido pelo empregador, na folha 
de pagamento, da parcela correspondente, quanto tiver efetuado, por 
conta própria, a despesa para seu deslocamento.
VALE-TRANSPORTE E SUA NATUREZA
O vale-transporte não possui natureza salarial, nem se incorpora a 
remuneração do beneficiário para quaisquer efeitos.
Gestão de Departamento Pessoal
15
INCIDÊNCIAS
No que se refere às contribuições, o vale-transporte não tem 
incidência de INSS, FGTS ou IR.
Vale-combustível
A lei 7418, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante 
que o empregado tem o direito de receber uma antecipação de valores 
referentes ao vale-transporte. Muitos empregadores restringem o 
benefício a quem utiliza transporte público, mas o vale combustível é a 
versão do auxílio que deve ser dado a quem utiliza veículos particulares.
O auxílio-transporte, segundo a lei, não tem natureza salarial e 
não pode ser incorporado ao salário do trabalhador. Isso significa que o 
empregador deve pagar ao seu funcionário um  valor separado para o 
pagamento das despesas de transporte e que esse benefício não pode 
receber nenhum tipo de desconto por impostos ou encargos.
Boa parte das empresas realiza o repasse do valor através de cartões 
pré-pagos, utilizados na modalidade de débito pelos funcionários. As 
principais marcas da categoria possuem linhas diferentes de cartões 
para cada tipo de vale, o que garante que os beneficiados farão o uso do 
dinheiro com o seu devido fim.
Essa é a principal diferença entre o vale-transporte e o vale 
combustível para os empregadores. É necessário fazer um tipo diferente de 
ticket para cada modo de locomoção. Quanto ao valor liberado, o cálculo 
varia em cada empresa e com cada funcionário, mas o montante final deve 
ser suficiente para quitar todas as despesas de transporte da pessoa.
Quanto à substituição do Vale Transporte por Auxílio Combustível 
também é possível desde que haja acordo entre empregado e 
empregador neste sentido. Para tanto, deverá o empregado renunciar ao 
seu direito ao Vale Transporte e fornecer ao empregador, mensalmente os 
comprovantes de gastos combustível, quando não fornecido o cartão de 
auxílio combustível.
Gestão de Departamento Pessoal
16
A apresentação das notas fiscais é necessária para não caraterização 
de vantagem patrimonial por parte do empregado e, consequentemente, 
evitar a incidência de contribuição previdenciária, fundiária e tributária 
sobre a verba que teve ter natureza indenizatória e não salarial.
Deve-se, ainda, atentar ao fato de que é indevido o desconto do 
percentual de 6% (seis por cento) ou menor, na folha de pagamento de 
empregado que não recebe o benefício sob pena de caracterização 
de crime de apropriação indébita, além de eventual condenação de 
ressarcimento na esfera trabalhista.
Isso porque o simples preenchimento de formulário requisitando 
o benefício não é meio de prova suficiente para gerar a possibilidade 
do desconto, sendo necessário, de acordo com o Princípio da Primazia 
da Realidade, o comprovante mensal de pagamento do benefício para 
afastar eventuais pleitos contrários.
RESUMINDO:
Neste capítulo, vimos quais são os benefícios obrigatórios 
oferecidos pelas empresas, suas características, condições 
e o desconto realizado em folha. Além disso, vimos um 
modelo de ficha de opção de vale-transporte e relação de 
distribuição de vales.
Gestão de Departamento Pessoal
17
Benefícios opcionais
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, veremos quais são os benefícios opcionais 
que as empresas podem oferecer aos seus colaboradores. 
Estudaremos suas características e os valores que podem 
ser descontados em folha.
Dentre os benefícios opcionais temos:
 • Vale-alimentação
 • Vale-refeição
 • Plano de saúde 
 • Plano odontológico
 • Auxílio-creche
 • Salário-família
Vale-refeição e vale-alimentação
Diferentemente do que ocorre com o vale-transporte, a concessão 
do benefício do vale-refeição ou do vale-alimentação não é uma obrigação 
legal do empregador, a menos que o benefício esteja previstono contrato 
de trabalho ou na convenção coletiva. 
No entanto, uma vez concedido pelo empregador e quando 
não descontada nenhuma porcentagem do trabalhador, o benefício 
passa a ter natureza salarial, sendo incorporado ao salário para todos 
os efeitos legais, ou seja, refletindo no pagamento das obrigações 
tributárias (INSS, FGTS etc.) e das verbas trabalhistas. 
Isso porque, segundo o Artigo 458 da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), “além do pagamento em dinheiro, compreende-se no 
salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário 
ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do 
costume, fornece habitualmente ao empregado”. 
Gestão de Departamento Pessoal
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/inss
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/fgts
18
Além disso, o mesmo artigo da CLT determina que a o benefício de 
alimentação fornecido pelo empregador não pode exceder a 20% (vinte 
por cento) do salário-contratual. Quando o vale-alimentação ou vale-
refeição não é fornecido gratuitamente pelo empregador, isto é, quando 
o empregador desconta alguma porcentagem do salário do trabalhador, 
o benefício é considerado como parcela de natureza indenizatória, e não 
salarial, não podendo, assim, ser incorporado ao salário.
EXEMPLO:
Salário do empregado = R$ 1.000,00
Vale-refeição = R$ 260,00
Desconto máximo permitido = R$ 1.000,00 x 20% = R$ 200,00
Supondo que, nesta situação, a empresa não faça nenhum 
desconto, a parcela in natura a ser integrada ao salário será o valor real a 
alimentação, ou seja, R$ 260,00.
Neste caso, a base de cálculo para a contribuição previdenciária e 
para o FGTS será R$ 1.260,00 (R$ 1.000,00 + R$ 260,00)
Ressaltamos que o valor da alimentação concedida fora do PAT 
deve ser lançado em folha de pagamento como proventos, para efeito de 
tributação e, posteriormente, descontado pois, o empregado já recebeu 
o valor em espécie.
Vale lembrar que a lei não estipula um valor mínimo de desconto 
do salário do trabalhador, apenas um valor máximo (teto), que não pode 
ultrapassar os 20% do salário. Por isso, mesmo quando o desconto é 
“simbólico”, o benefício deixa de ser incorporado ao salário do trabalhador 
para efeitos legais.
As empresas com mais de 300 empregados são obrigatórias que 
seja providenciado um local para a realização de refeição em seu período 
de trabalho. E segundo o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) 
o custo do vale refeição não pode ultrapassar a 20% do custo da refeição 
concedida. 
Gestão de Departamento Pessoal
19
O art. 500 e seguintes da Instrução Normativa RFB nº 971/09 
determina que direito à inscrição no PAT alcança as empresas, bem como 
os contribuintes equiparados à empresa.
O PAT é destinado, prioritariamente, ao atendimento dos 
trabalhadores de baixa renda, isto é, àqueles que ganham até cinco 
salários-mínimos mensais. Entretanto, as empresas beneficiárias poderão 
incluir no programa, trabalhadores de renda mais elevada, desde que esteja 
garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores que recebem 
até cinco salários-mínimos e que o benefício não tenha valor inferior 
àquele concedido aos de rendimento mais elevado, independentemente 
da duração da jornada de trabalho (art. 3º, parágrafo único, da Portaria 
SIT/DSST nº 3/02).
A participação financeira do trabalhador fica limitada a 20% do custo 
direto da refeição.
EXEMPLO:
Custo da Refeição: R$ 10,00 x 20% = 2,00 x 22 dias úteis.
Vale-refeição = R$ 44,00
Plano de saúde e plano dentário
No caso de assistência médica e odontológica, mesmo esse 
benefício não sendo obrigatório, de acordo com a resolução da Agência 
Nacional de Saúde (ANS), de 1º de junho de 2012, os trabalhadores que 
forem demitidos sem justa causa ou se aposentarem poderão optar por 
permanecer com esses benefícios, com cobertura igual àquela definida 
em seu contrato de trabalho. Para isso deverão ter pago o valor do 
plano escolhido durante o seu tempo que passou na empresa e após o 
desligamento se comprometer com o pagamento.
O plano de saúde é custeado inteiramente pela empresa, é 
benefício contratual que se extingue com o fim do próprio contrato de 
trabalho. Nesse caso, rescindido o contrato de trabalho, e não sendo 
essa regra de ordem moral, o patrão não está obrigado a manter o 
empregado no plano de saúde, ou, se estiver, não está obrigado a 
Gestão de Departamento Pessoal
20
custeá-lo. O art.30 da Lei 9.656/98, que regulamenta os planos de saúde, 
aplicável subsidiariamente ao contrato de trabalho nessas questões de 
seguro-saúde, diz: “Art. 30. Ao consumidor que contribuir para plano ou 
seguro privado coletivo de assistência à saúde, decorrente de vínculo 
empregatício, no caso de rescisão ou exoneração do contrato de trabalho 
sem justa causa, é assegurado o direito de manter sua condição de 
beneficiário, nas mesmas condições de que gozava quando da vigência 
do contrato de trabalho, desde que assuma também o pagamento da 
parcela anteriormente de responsabilidade patronal”.
Ou seja: o empregado dispensado sem justa causa pode permanecer 
no plano de saúde contratado pelo empregador, nas mesmas condições 
existentes na constância do contrato de trabalho, desde que pague a sua 
parte no custeio do plano e a parte que, ao tempo do contrato, era paga 
pelo patrão. Se fizer isso, manterá o plano em toda a sua extensão. Se 
não pagar a sua parte e a do ex-patrão, o plano poderá ser cortado e ele 
deverá contratar outro, se quiser continuar recebendo assistência médica. 
O §1º do art.30, diz: “O período de manutenção da condição de beneficiário 
a que se refere o caput será de um terço do tempo de permanência no 
plano ou seguro, ou sucessor, com um mínimo assegurado de seis meses 
e um máximo de 24 meses”.
Mesmo que o ex-empregado concorde em permanecer no plano 
empresa pagando a sua parte e a do ex-patrão, a condição de beneficiário 
não é eterna. Vigora, no máximo, por um terço do tempo de permanência 
nesse plano, assegurado um mínimo de seis meses e um máximo de 24 
meses. Se um empregado estava no plano há três anos (36 meses), sua 
permanência é garantida pelo mínimo de um ano, isto é, 1/3 do tempo 
de permanência no plano, e pelo máximo de dois anos. Depois desse 
lapso, perde a condição de beneficiário do plano empresa. Se quiser 
continuar com o mesmo plano já não terá mais a condição de beneficiário, 
e as novas condições de contrato terão de ser negociadas entre ele e a 
empresa de planos de saúde.
Foi dito que essa garantia de permanência no plano de saúde após 
a rescisão do contrato de trabalho não é eterna nem alcança todos os 
tipos de rescisão do contrato de trabalho. O art.30 da Lei 9.656/98 estende 
Gestão de Departamento Pessoal
21
a garantia apenas aos trabalhadores dispensados sem justa causa. A 
regra não se aplica aos que se demitem ou aos que são dispensados por 
justa causa. O empregado também perde essa garantia se arruma novo 
emprego (§5º do art.30 da Lei 9.656/98).
O trabalhador aposentado tem tratamento diferenciado na lei. 
Desde que tenha contribuído para o plano por um prazo mínimo de dez 
anos, a ele não se aplica a garantia provisória de permanência no plano 
(mínimo de 12 e máximo de 24 meses) de que falam os parágrafos do 
art.30. O art.31 da Lei 9.656/98, diz: “Ao aposentado que contribuir para 
plano ou seguro coletivo de assistência à saúde, decorrente de vínculo 
empregatício, pelo prazo mínimo de dez anos, é assegurado o direito de 
manutenção como beneficiário, nas mesmas condições de cobertura 
assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, 
desde que assuma o pagamento integral do mesmo”.
Ou seja: as únicas exigências que a lei faz ao trabalhador aposentado 
é que tenha contribuído para o plano pelo mínimo de dez anos e pague 
integralmente o plano (a sua parte e a do ex-patrão). Agindo assim, pode 
permanecer no plano indefinidamente.Os empregados aposentados que 
tiverem contribuído para o plano por tempo inferior a dez anos podem 
permanecer no plano (§1º do art.30) à razão de um ano para cada ano de 
contribuição, desde que paguem integralmente as mensalidades.
Auxílio-creche
Muitos trabalhadores desconhecem o fato de que podem ter direito 
a receber auxílio para custear a creche do filho. Esse benefício é garantido 
constitucionalmente e concedido a determinadas trabalhadoras com 
carteira profissional.
O texto oficial sobre o auxílio-creche é apresentado no site do 
Ministério do Trabalho e Emprego (http://portal.mte.gov.br/imprensa/
auxilio-creche-um-direito-da-trabalhadora.htm). Que fique claro: o auxílio 
creche não é lei, mas sim um direito previsto na Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT).
Gestão de Departamento Pessoal
http://portal.mte.gov.br/imprensa/auxilio-creche-um-direito-da-trabalhadora.htm
http://portal.mte.gov.br/imprensa/auxilio-creche-um-direito-da-trabalhadora.htm
22
Por dar margem a várias interpretações distintas e não ser claro 
em inúmeros questionamentos, o texto que apresenta esse direito 
constitucional confunde bastante. 
Para começar, todo estabelecimento com mais de 30 funcionárias 
com mais de 16 anos tem a obrigação de oferecer um espaço físico para 
que as mães deixem o filho de 0 a 6 meses, enquanto elas trabalham. 
Caso não ofereçam esse espaço aos bebês, a empresa é obrigada a dar 
auxílio-creche a mulher para que ela pague uma creche para o bebê de 
até 6 meses.
O valor desse auxílio varia de acordo com a empresa. Importante 
saber: o valor desse auxílio será determinado conforme negociação cole-
tiva na empresa (acordo da categoria ou convenção).
Salário-família
O “salário-família” foi instituído pela Lei nº 4.266, de 08/10/1963, 
tendo por finalidade assegurar aos trabalhadores por ela abrangidos, 
quotas destinadas a auxiliá-los no sustento e educação dos filhos.
O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado emprega-
do, exceto ao doméstico, e ao trabalhador avulso, na proporção do res-
pectivo número de filhos ou equiparados, desde que tenham remunera-
ção igual ou inferior a R$ 798,30.
Equiparam-se a filhos para fins de recebimento do benefício:
a. enteado;
b. menor sob tutela do segurado desde que não possua bens 
suficientes para o próprio sustento e educação.
Cabe lembrar que o menor sob tutela somente será equiparado aos 
filhos do segurado mediante a apresentação de termo de tutela.
A equiparação será reconhecida desde que comprovada a depen-
dência econômica mediante a declaração escrita.
No caso de filho adotivo, o salário-família será devido desde que a 
adoção seja devidamente formalizada.
Gestão de Departamento Pessoal
23
Não faz jus ao salário-família o empregado doméstico, o empresário 
e o trabalhador autônomo, apesar de serem segurados obrigatórios 
perante a Previdência Social.
A cota de salário-família referente ao menor sob guarda, somente 
será devida ao segurado com contrato de trabalho em vigor desde 
13/10/1996, data da vigência da Medida Provisória nº 1.523/96, convertida 
na Lei nº 9.528/97, bem como ao trabalhador avulso que, na mesma data, 
detinha essa condição.
A prova de filiação deverá ser feita mediante a apresentação ao 
empregador ou ao INSS, da Certidão de Registro Civil de Nascimento ou 
da documentação que comprove a equiparação ou a invalidez.
Em caso de invalidez do filho maior de 14 anos, esta será comprovada 
mediante exame médico pericial a cargo do Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS).
O menor sob tutela somente poderá ser equiparado a filho do 
segurado mediante apresentação de termo de tutela.
Em se tratando de enteado, a comprovação dar-se-á mediante a 
apresentação da certidão de casamento do segurado e de nascimento 
do dependente.
As indicações referentes à prova de filiação serão anotadas pela 
empresa na ficha salário-família do empregado, a qual pode ser adquirida 
em papelaria.
Nessa ficha constará:
 • nome do empregado;
 • data de sua admissão;
 • nome dos filhos;
 • data e local de nascimento;
 • cartório, número de registro, número do livro, número da folha; e
 • data da entrega da certidão.
No verso da ficha, devem ser anotadas as vacinas obrigatórias.
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24
A empresa deve conservar, durante 10 anos, os comprovantes dos 
pagamentos dos benefícios reembolsados e as cópias das certidões 
correspondentes para exame pela fiscalização do Instituto Nacional do 
Seguro Social (INSS).
Quando o pai e a mãe forem segurados empregados ou trabalha-
dores avulsos, ambos têm direito ao salário-família, ainda que trabalhem 
na mesma empresa.
Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em 
caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o 
salário-família passará a ser pago diretamente à pessoa cujo cargo ficar 
o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial 
nesse sentido.
Quando o empregado está vinculado em mais de um emprego, o 
salário-família será pago relativamente a cada um dos vínculos.
O salário-família será pago mensalmente:
a. ao empregado, pela empresa, com o respectivo salário;
b. ao trabalhador avulso pelo sindicato ou órgão gestor de mão de 
obra;
c. ao empregado e trabalhador avulso aposentados por invalidez ou 
em gozo de auxílio-doença pela Previdência Social, juntamente 
com o benefício;
d. ao trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se do 
sexo masculino, ou 55 anos, se do sexo feminino, pela Previdência 
Social juntamente com o benefício;
e. aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados 
aos 65 anos de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos, se do 
sexo feminino, pela Previdência Social.
Ressaltamos que no caso do empregado, quando o seu salário 
não for mensal, o salário-família será pago juntamente com o último 
pagamento relativo ao mês.
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25
Para o trabalhador avulso, o pagamento do salário-família 
independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu 
pagamento corresponder ao valor integral da cota.
Quando o empregado se afastar do trabalho no decurso do mês, 
em virtude de auxílio-doença ou aposentadoria, o salário-família relativo 
àquele mês será pago integralmente pela empresa ou pelo sindicato ou o 
órgão gestor, conforme a situação.
Ocorrendo a cessação do auxílio-doença durante o mês, o 
pagamento do salário-família será feito pelo INSS integralmente, cabendo 
à empresa ou ao sindicato o restabelecimento do pagamento a partir do 
mês seguinte àquele em que se deu o retorno do empregado ou do 
trabalhador avulso à atividade.
O pagamento do salário-família, ainda que a empregada esteja em 
gozo de salário-maternidade, é de responsabilidade da empresa, con-
dicionado à apresentação pela segurada empregada da documentação 
relacionada no item 10 deste trabalho.
O salário-família será devido a partir do mês em que for apresentada 
à empresa, ou, ao órgão gestor de mão de obra, ou ao sindicato dos 
trabalhadores avulsos ou ao INSS, a documentação a seguir:
 • carteira Profissional (CP) ou Carteira de Trabalho e Previdência 
Social (CTPS);
 • certidão de nascimento do filho (original e cópia);
 • caderneta de vacinação ou equivalente, quando dependente 
menor de sete anos, sendo obrigatória nos meses de novembro, 
contados a partir de 2000;
 • comprovação de invalidez, a cargo da Perícia Médica do INSS, 
quando dependente maior de 14 anos;
 • comprovante de frequência à escola, quando dependente a partir 
de sete anos, nos meses de maio e novembro, contados a partir 
de 2000.
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26
Quando o salário-família for pago pela Previdência Social, no caso de 
empregado, não é obrigatória a apresentação da certidão de nascimento 
do filho ou documentação relativa ao equiparado (tutelado, enteado) no 
ato do requerimento do benefício, uma vez que esta informação é de 
responsabilidadeda empresa, órgão gestor de mão de obra ou sindicato 
de trabalhadores avulsos, no atestado de afastamento. Sendo necessária, 
contudo, a apresentação do atestado de vacinação e frequência escolar, 
conforme os prazos determinados durante a manutenção do benefício.
Suspensão do pagamento
A empresa, o órgão gestor de mão de obra, o sindicato de 
trabalhadores avulsos ou o INSS poderão suspender o pagamento do 
salário-família se o segurado não apresentar o atestado de vacinação 
obrigatória e a comprovação de frequência escolar do filho ou equiparado, 
nas datas definidas no item 10 deste trabalho, até que a documentação 
seja apresentada, sendo observado que:
 • não é devido o salário-família no período entre a suspensão da 
quota motivada pela falta de comprovação da frequência escolar 
e sua reativação, salvo se provada a frequência escolar no período;
 • se após a suspensão do pagamento do salário-família, o segurado 
comprovar a vacinação do filho, ainda que fora do prazo, caberá o 
pagamento das cotas relativas ao período suspenso.
O valor do benefício (cotas) é definido em razão da remuneração 
que seria devida ao empregado.
Para fins de pagamento do salário-família, entendem-se como re-
muneração todas as importâncias integrantes do salário-de-contribuição, 
com exceção do 13º salário e do terço constitucional incidente sobre as 
férias.
O valor das cotas do salário-família é reajustado pelo mesmo índice 
de reajuste dos benefícios pagos pela Previdência Social.
Atualmente, o valor das cotas do salário-família é:
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Tabela 1 - Salário-família
VIGÊNCIA REMUNERAÇÃO
SALÁRIO-
FAMÍLIA
A Partir de 01/01/2016
(Portaria Interministerial 
MTPS/MF 1/2016)
R$ 806,80 R$ 41,37
R$ 806,81 a R$ 
1.212,64
R$ 29,16
Fonte: Elaborado pelo autor.
Pagamento Proporcional
A proporcionalidade no pagamento do salário-família só é aplicado 
na admissão e demissão no decurso do mês.
O salário-família será pago na proporção dos dias trabalhados, 
considerando-se, nesses casos, o valor da quota pela remuneração que 
seria devida no mês.
Ainda no que se refere ao salário-família, houve atualização do 
artigo 88 da Lei nº 3.048, de 06 de maio de 1999:
Art. 88. O direito ao salário-família cessa automaticamente:
I - por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte 
ao do óbito;
(Revogado)
I  - por morte do filho, do enteado ou do menor tutelado, a 
contar do mês seguinte ao do óbito; (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.410, de 2020)
II - quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de 
idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data 
do aniversário;
(Revogado)
II - quando o filho, o enteado ou o menor tutelado completar 
quatorze anos de idade, exceto se inválido, a contar do mês 
seguinte ao da data do aniversário; (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.410, de 2020)
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28
III  - pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado 
inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da 
incapacidade; ou
(Revogado)
III - pela recuperação da capacidade do filho, do enteado ou 
do menor tutelado inválido, a contar do mês seguinte ao da 
cessação da incapacidade; ou (Redação dada pelo Decreto nº 
10.410, de 2020)
IV - pelo desemprego do segurado. (BRASIL, 1999)
EXEMPLO:
Um empregado com dois dependentes menores de 14 anos, com 
um salário mensal de R$ 620,00, que tenha sido admitido em 17/11/2010.
Valor da quota do salário-família: R$ 20,74
Dias trabalhados no mês de novembro: 14 dias
Cálculo proporcional do salário-família: R$ 20,74: 30 x 14 = R$ 9,68
Valor do salário-família - dois dependentes: R$ 9,68 X 2 = R$ 19,36
De acordo com a legislação, o empregador é reembolsado por 
ocasião do recolhimento das contribuições previdenciárias mediante 
dedução no “campo 6” da GPS, mensalmente, do valor correspondente às 
quotas de salário-família pago aos seus empregados.
Quando o empregador não efetuar a dedução na GPS da respectiva 
competência, poderá solicitar ao INSS o reembolso do valor recolhido 
a maior ou efetuar a compensação no recolhimento de contribuições 
subsequentes, independente de autorização do INSS.
O empregado dará quitação a cada recebimento mensal do salário-
família, na própria folha de pagamento, de modo que fique claro e 
efetivamente caracterizada o recebimento.
O sindicato ou o órgão gestor responsável pelo pagamento do 
salário-família do trabalhador avulso fica responsável pela elaboração da 
folha de pagamento.
O art. 89 do Decreto nº 3.048/99 determina que, para concessão 
e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar termo de 
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29
responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao 
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), qualquer fato ou circunstância 
que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do 
não cumprimento, às sanções penais e trabalhistas.
Tratando-se de aviso prévio indenizado pago na rescisão de contrato, 
não há pagamento de salário-família em relação a esse período, uma vez 
que o direito a esse benefício cessa automaticamente pela cessação do 
contrato de trabalho, produzindo o respectivo período efeitos só para 
pagamentos de verbas rescisórias.
O art. 88 do Decreto nº 3.048/99 dispõe que o direito ao salário-
família cessa automaticamente:
a. por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do 
óbito;
b. quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se 
inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário;
c. pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a 
contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou
d. pelo desemprego do segurado.
Cotas recebidas indevidamente - Falta de comunicação - Fraude
A falta de comunicação oportuna de fato que implique na cessação 
do salário-família, bem como a prática, pelo empregado, de fraude de 
qualquer natureza para seu recebimento, autoriza a empresa, o INSS, 
o sindicato ou o órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, a 
descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos, 
ou, na falta delas, do próprio salário do empregado ou da renda mensal 
do seu benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo 
das sanções penais cabíveis.
RESUMINDO:
Neste capítulo, vimos exemplos de benefícios opcionais 
que podem ser concedidos aos colaboradores, como: vale-
refeição e/ou vale-alimentação, plano de saúde e dentário, 
auxílio-creche e salário-família. Vimos ainda exemplos 
desses benefícios, bem como suas condições.
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30
Descontos: Previdência Social
INTRODUÇÃO:
Veremos, neste capítulo, a legislação específica previden-
ciária importante e necessária nas empresas para deter-
minadas situações, especialmente no repasse do INSS do 
empregado e INSS da empresa.
INSS Patronal
Os contratos com vínculo empregatício têm contribuição de 20% de 
INSS do empregador sobre a folha de pagamento do empregado, ou seja, 
sobre o total do salário bruto ou salário base dos empregados.
A rotina será destinada ao controle e emissão dos recibos de Pró-
labore (retirada de sócios) de uma determinada empresa e também de 
pessoas que eventualmente prestarem serviços para a empresa sem 
vínculo empregatício e o controle das retenções do INSS. 
No entanto, em algumas situações terá necessidade de fazer o 
abatimento do valor pago ao INSS no cálculo do IRRF, para isto deve ser 
impresso através do recibo de pró-labore / autônomo individualmente, 
onde você informará o valor pago ao INSS, entretanto estas pessoas não 
deveram ser impressas na emissão geral de recibos, opção que deverá 
ser marcada no cadastro de pessoas.
 Se o contribuinte individual prestar serviços a mais de uma empresa 
ou, concomitantemente, exercer atividade como segurado empregado 
ou até mesmo avulso, quando o total das contribuições recebidas no 
mês for superior ao limite máximo do salário de contribuiçãodeverá, para 
efeito de controle do limite, informar o fato à empresa em que isto ocorrer, 
mediante a apresentação dos seguintes documentos:
- Comprovante de pagamento (relativos à competência anterior à 
da prestação de serviços) ou
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31
- Declaração firmada sob as penas da lei, de que é segurado 
empregado, expressando o valor sobre o qual teve descontada a 
contribuição naquela atividade ou que a remuneração recebida atingiu o 
limite máximo do salário de contribuição, identificando o nome empresarial 
da empresa ou empresas, com o número do CNPJ que efetuou ou efetuará 
o desconto sobre o valor por ele declarado.
EXEMPLO: o segurado José da Silva presta serviços na Empresa 
A, como empregado recebendo a remuneração total de R$ 10.000,00, 
presta serviço a Empresa B no mesmo mês, como autônomo, auferindo 
o valor de R$ 5.000,00. Como a Empresa A, já recolhe o percentual de 
11% pelo teto, a Empresa B deixará de descontar o percentual de 11% 
informando em sua GFIP, o valor pago a este prestador de serviços 
(para gerar a parte patronal de 20%) e informando na GFIP no campo de 
Ocorrência, a existência de múltiplas fontes pagadoras. Deverá também 
informar manualmente no campo valor descontado do segurado, o valor 
0,00, para que nenhum recolhimento seja gerado pela GFIP em relação 
ao contribuinte. E-social, informar CNPJ.
 • Obrigações da empresa: as empresas devem manter a conta-
bilidade em dia, não podendo exceder a 06 (seis) meses o atra-
so, quando da fiscalização da previdência; e também manter toda 
a documentação referente ao pessoal em dia e disponível para a 
verificação, bem como as folhas de pagamento dos empregados, 
folha de pagamento do pró-labores, dos sócios e dos pagamentos 
a terceiros.
G.P.S. – Guia da Previdência Social 
Já a rotina destinada à impressão das guias de recolhimentos - 
GPS, das empresas para o devido pagamento poderão ser emitidas as 
GPS da Folha Mensal, 13º Salário, Produtor Rural, Construtoras (Obras e 
Transportadoras e Avulsas, conforme dados cadastrados em Parâmetros/ 
Habilitação de Empresas). Contudo, quando se tratar de recolhimento 
de GPS por Construtora (Obras) por subempreitadas, poderá o usuário, 
caso necessário, informar os dados relativos para qual a obra estará 
sendo recolhido à contribuição previdenciária naquele momento. Em 
conformidade com a legislação atual, a GPS com valores inferiores a 
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32
R$ 29,00 (vinte e nove reais) não podem ser recolhidas, ficando o valor 
acumulado tantas vezes quantas se fizer necessárias até completar o valor 
mínimo exigido para o recolhimento. O usuário se quiser que o sistema 
acumule estes valores deverá clicar no botão de Acumular Valores Atuais, 
que tem na tela de impressão da GPS. O usuário tem a opção de emitir 
ou não a GPS com valor inferior a R$ 29,00 (Vinte e nove Reais), para seu 
controle, sabendo que não deverá efetuar o recolhimento da mesma. 
O sistema permite ao usuário escolher a forma de impressão da GPS, 
podendo executar em formulário branco, em formulário pré-impresso ou 
ainda em modo gráfico para impressão a laser e jato de tinta. 
O benefício da Previdência Social para o empregado é considerado 
uma obrigação do INSS para o segurado nos seguintes casos:
 • Auxílio-doença 
É um benefício devido ao segurado que, após cumprir a carência, 
quando for a hipótese, caso fique incapacitado para o trabalho ou atividade 
habitual por mais de 15 dias consecutivos, por motivo de doença. 
O caso de incapacidade para o trabalho deve ser comprovado 
através de exame realizado pela perícia médica da Previdência Social. 
A empresa é responsável por pagar a remuneração do (a) empregado 
(a), nos primeiros quinze dias do afastamento. 
A Previdência Social paga o benefício: Ao empregado (a), a partir do 
16º dia da data do afastamento da atividade. 
O benefício pode deixar de ser pago quando: 
1. o segurado recupera a capacidade de trabalho; 
2. esse benefício se transforma em aposentadoria por Invalidez ou 
idade; 
3. o segurado solicita alta médica e tem concordância da perícia 
médica da Previdência Social; 
4. o segurado vier a falecer. 
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33
 • Auxílio-doença acidentário 
É um benefício devido ao segurado empregado (a) quando ficar 
incapacitado para trabalhar em decorrência de acidente de trabalho. 
O caso de acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício da 
atividade a serviço da empresa e provoca lesão corporal ou perturbações 
funcionais, que pode causar morte, a perda ou a redução permanente ou 
temporária da capacidade para o trabalho. 
A comunicação de Acidente de trabalho – CAT deverá ser feita pela 
empresa, ou na falta desta, pelo próprio acidentado, sem dependentes, 
pela entidade sindical competente, pelo médico assistente ou por 
qualquer autoridade pública. 
 . O prazo para comunicar o acidente de trabalho: Até o primeiro dia 
útil seguinte da ocorrência e, em cão de morte, de imediato. 
A empresa: Ela paga a remuneração do último dia trabalhado, ou do 
dia do acidente – conforme o caso, mais os quinze dias seguintes. 
A Previdência Social: Paga o benefício ao empregado (a), a partir do 
16º dia da data do afastamento da atividade. 
O benefício pode deixar de ser pago, caso: 
1. o segurado recupere a capacidade de trabalho; 
2. esse benefício se transforme em aposentadoria por Invalidez; 
3. o segurado solicite alta médica e tem concordância da perícia 
médica da Previdência Social; 
4. o segurado vier a falecer. 
Durante o benefício de Auxílio doença acidentário o empregado, 
tem garantia da manutenção do contrato de trabalho até 12 meses após a 
cessação do auxílio-doença acidentário.
 • Salário-família
Além destes, é benefício da Previdência Social, mas com carac-
terísticas especiais, porque, além de devido a segurados em atividade, 
funciona em regime de compensação. O salário-família é devido ao segu-
Gestão de Departamento Pessoal
34
rado empregado (exceto o doméstico) ou trabalhador avulso que recebe 
atualmente, ou inválido, sem limite do número de filhos; e também dão 
direito a ele, nas mesmas condições, o enteado e o menor sem recursos, 
quando o segurado é tutor dele. 
Quando trabalhador ganha até R$ 806,80 o valor do salário-família 
será de R$ 41,37, por filho, ou equiparado, de até 14 anos incompletos ou 
inválidos. Para o trabalhador que receber de R$ 806,80 até 1.212,64, o valor 
do salário-família por filho, ou equiparado, de até 14 anos incompletos ou 
inválidos, será de R$ 29,16. Se a mãe e o pai estão nas categorias e faixa 
salarial que têm direito ao salário-família, os dois recebem o benefício. 
Sendo o valor da quota proporcional aos dias trabalhados nos 
meses de admissão e demissão do empregado. Para o trabalhador avulso, 
a quota será integral independentemente do total de dias trabalhados. 
Desta maneira, a empresa paga o salário-família dos seus 
empregados e desconta o total pago do valor das contribuições que tem 
a recolher. Quando a empresa não paga os salários por mês, o salário-
família deve ser pago com o último pagamento relativo ao mês. Na 
hipótese de trabalhador avulso, é o sindicato ou Órgão Gestor de Mão-
de-Obra que paga, mediante convênio com o INSS. O salário-família não 
se incorpora ao salário e, com isso, não incide sobre ele o desconto da 
contribuição para a previdência social. 
 • Salário-maternidade 
Também é o benefício a quem tem direito à segurada da Previdência 
Social por ocasião do parto. Com isso, o INSS exige da segurada carência 
de dez contribuições mensais para conceder o salário maternidade. 
Deve ser devido à segurada gestante, empregada (inclusive as 
domésticas), trabalhadoras avulsa ou especial, nas mesmas condições da 
legislação trabalhista. 
No entanto, renda mensal do salário maternidade é correspondente: 
Visto posto, para a empregada, ao seu salário integral;para a 
empregada doméstica, ao valor do seu último salário de contribuição; para 
a trabalhadora avulsa ao valor da última remuneração correspondente 
Gestão de Departamento Pessoal
35
a um mês de trabalho; para a segurada especial, a um salário mínimo; 
para a contribuinte individual e a segurada facultativa, o valor do salário 
maternidade consiste em 1/12 avos da soma dos 12 últimos salários de 
contribuição, apurados em um período não superior a 15 meses.
Sendo devido o salário maternidade a partir do 8º mês de gestação 
mediante atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde – SUS; 
a partir da data do parto, com a apresentação da Certidão de Nascimento 
e do atestado médico. Quando o parto ocorrer sem acompanhamento 
médico, a comprovação ficará a cargo da perícia médica do INSS. 
Já o recebimento do salário-família (é pago): por 120 dias a partir 
do parto ou, se a segurada preferir 28 dias antes e 91 dias após o parto; 
em caso e aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico 
pelo SUS, o benefício será pago durante duas semanas. 
“O salário maternidade é pago pela empresa, a qual se ressarce do 
valor despendido na guia de recolhimento (GPS)”.
Entretanto, o salário maternidade só é devido enquanto existe 
a relação de emprego. E a empresa que despede sem justa causa a 
empregada gestante tende a arcar com os ônus trabalhistas da demissão. 
NOTA:
Será garantido à gestante, desde a confirmação da gravidez 
até cinco meses (150 dias) após o parto, a manutenção do 
seu contrato de trabalho (CF / 88. Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias – ADCT, art. 10, inciso II, letra “b”)
INSS empregado
A tabela de INSS determina as faixas de enquadramento dos 
salários para efeito de incidência do INSS, recebidos pelos empregados 
de uma empresa, e ainda informa outros dados necessários à folha, como 
valor do salário-família, percentual do FGTS, e outras informações.
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36
Tabela 2 - Desconto INSS
Tabela para Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso
Salário de Contribuição (R$) Alíquota
Até R$ 1.556,94 8%
De R$ 1.556,95 a R$ 2.594,92 9%
De R$ 2.594,93 até R$ 5.189,82 11%
Fonte: Gov.BR
A natureza do Estabelecimento, é composta por: Código de 
Atividades (CNAE), FPAS-SAT, são informações necessárias para o 
cadastramento de uma empresa, e que visam atender as condições para 
emissão das guias de recolhimento de INSS, FGTS e a geração da DIRF 
e a RAIS. Dados para GRPS - as incidências para os cálculos de INSS de 
acordo com a classificação da empresa. Percentual do INSS - informa o 
percentual relativo a esta empresa.
Tabela - Proventos e Descontos 
É talvez a tabela mais importante do sistema, pois suas informações 
envolvem todo o cálculo da folha, e é através desta tabela, que se 
estabelece às incidências de FGTS, IRRF, INSS, DRS, 13o. Salário, RAIS, 
sobre os salários que estão sendo pagos aos empregados. 
Nos códigos destinados à rotina de férias foram acrescentados 
mais quatro códigos, que destinam a fazer a tributação (INSS e IRRF) e 
o estorno (para não modificar o líquido a receber) das férias gozadas em 
dois meses consecutivos (começa em um mês e termina no outro). Caso 
você não deseje fazer este procedimento, não cadastrar estes códigos 
(todos os quatros).
Observamos como deverá ser cadastrado este código: 
INSS FGTS IRRF
Tributação das férias para o próximo mês N N N
Tributação das férias do mês anterior S S N
Estorno da tributação do próximo mês S S N
Estorno da tributação do mês anterior N N N
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Tabela 3 – Quadro de Incidências de INSS
VERBAS INSS
Abonos Sim ( , art. 28, I)
Abono Pecuniário de férias
(Ver Nota²)
Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “e”)
Adicionais:
· Insalubridade
· Periculosidade
· Noturno
· Horas extras
· Tempo de serviço
· Transferência
Sim (Lei 8212/91, art. 28, I)
Ajuda de Custo (parcela única 
para transferência)
Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “g”)
Auxílio-acidentário 
(primeiros 15 dias a cargo do 
empregador)
Sim (Lei 8212/91, art. 28, I e Lei 
8213/91, art. 60, par. 3)
Auxílio-doença (primeiros 15 
dias a cargo do empregador)
Sim (Lei 8212/91, art. 28, inciso I e Lei 
8213/91, art. 60, par. 3)
Aviso Prévio Indenizado
(Ver Nota¹)
Sim (Decreto 6727/2009)
Aviso Prévio Trabalhado
 
Sim (Lei 8212/91, art. 28, I)
Décimo terceiro salário 
parcela adicional de 1/12 paga 
em rescisão devido ao aviso 
prévio indenizado
(Ver Nota¹)
Sim (Decreto 6727/2009 e IN RFB 
925/2009)
Décimo terceiro salário – 1a. 
parcela
Não (Decreto 3048/99, art. 214, par. 6)
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Décimo terceiro salário – 2a. 
parcela ou por rescisão do 
contrato de trabalho
Sim (Decreto 3048/99, art. 214, par. 6)
Diárias para viagem até 50% 
do salário
Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “h”)
Diárias para viagem acima de 
50% do salário
Sim (Lei 8212/91, art. 28, par. 8, “a”)
Estágio (Lei 11.788/2008) Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “i”)
Férias gozadas e adicional 1/3
Sim (Lei 8212/91, art. 28, I e Decreto 
3048/99 art. 214, par. 4)
Férias dobradas – parcela 
paga em dobro (Ver Nota²)
Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “d” e 
Decreto 3048/99, par. 9, IV)
Férias indenizadas + 1/3 
por ocasião de rescisão, 
aposentadoria ou exoneração 
(Ver Nota²).
Não (Lei 8212/91, art 28, par. 9, “d”)
Gorjetas Sim (Lei 8212/91, art. 28, I)
Gratificações Sim (Lei 8212/91, art. 28, I)
Indenização por despedida 
nos 30 dias que antecede a 
data base (Lei 6708/79, art. 9)
Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “e”,
Lei 9711/98) 
Indenização por rescisão 
antecipada de trabalho com 
termo estipulado (exemplo: 
contrato de experiência)
Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “e”)
Participação dos empregados 
nos lucros
Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “j”)
Quebra de caixa Sim (Lei 8212/91, art. 28, I)
Salário-maternidade Sim (Lei 8212/91, art. 28, par. 2)
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Salário-família Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “a”)
Serviço militar (Nota ³) -
Vale-transporte Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “f”)
Valor da alimentação – PAT Não (Lei 8212/91, art. 28, par. 9, “c”)
Fonte: Gov. BR
NOTA1: O Decreto 3048/99 em seu artigo 214, § 9º, inciso V, concomitante com a IN 3/2005, 
estabelecia que não integrava a remuneração para fins de cálculo de INSS, além de outras 
parcelas, o aviso prévio indenizado e a parcela do décimo terceiro salário correspondente ao 
período do aviso prévio indenizado, paga ou creditada na rescisão do contrato de trabalho. 
Entretanto, em 13.01.2009 foi publicado o Decreto 6727/2009 revogando a alínea “f” do art. 
214, § 9º, a partir do qual, passa a incidir INSS sobre o Aviso Prévio Indenizado. Maiores 
detalhes, inclusive sobre o reflexo do aviso sobre o 13º salário e sobre as férias, acesse a 
unidade IV – Rescisão Contratual – 4.1.
Folha Mensal 
Nesta rotina se permite a execução do cálculo para empresas com 
forma de pagamento Mensal. Lembrando que para isso o usuário deverá 
ter marcado em Parâmetros / Habilitação da Empresa o Tipo de Cálculo 
como Mensal. Caso haja dados variáveis a serem digitados, como por 
exemplo: Horas Extras, etc., poderá o usuário executar a rotina de cálculo 
diretamente que a folha estará pronta. Será permitido ao usuário digitar 
movimento, INSS de outro emprego, visualizar ou desfazer o cálculo se 
assim desejar, a qualquer momento, quantas vezes se fizer necessário, 
desde que não execute o fechamento do mês.
Os salários de Contribuição para o INSS, servem para emitir a relação 
dos salários de contribuição de qualquer empregado é necessário que 
antes tenha sido informado a composição das parcelas, com os devidos 
esclarecimentos observando.
 • Prazo de pagamento
A empresa retém os valores sob os salários do empregado e recolhe 
no dia 20 do mês seguinte ao laborado.
As obrigações servem para todas as empresas (inclusive optantes 
pelo Simples Nacional) e também por equiparadosà empresa.
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 • Preenchimento
As informações aqui apresentadas se aplicam somente aos 
contribuintes que fazer o preenchimento da GPS de forma  manual  e 
para pagamento em dia. 
Para pagamentos em atraso, mesmo que de apenas de 1 dia, a rede 
bancária somente aceitará a GPS gerada com código de barras.
Figura 2 - GPS
Fonte: Elaborado pelo autor com base no Guia da Previdência Social.
CAMPO 1 – Nome do contribuinte, telefone e endereço
CAMPO 2 – Data de Vencimento
CAMPO 3 – Código de pagamento (consulte na página de cálculo 
da GPS a sua categoria)
CAMPO 4 – Competência (mês/ano de referência do recolhimento 
no formato numérico MM/AAAA)
CAMPO 5 – Identificador: número do NIT/PIS/PASEP do contribuinte
CAMPO 6 – Valor devido ao INSS pelo contribuinte
CAMPO 11 – Total: Valor total a ser recolhido ao INSS
A GPS em carnê sempre será preenchida em duas vias (carbonada) 
e terá a seguinte destinação:
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41
 • a primeira via poderá ficar para controle do agente arrecadador (as 
casas lotéricas por exemplo não retêm nenhuma via);
 • a segunda via é destinada ao contribuinte para guarda e comprovação 
do recolhimento.
GPS Trimestral
Os contribuintes individuais, facultativos e empregadores 
domésticos (relativamente aos empregados a seu serviço), que estiverem 
contribuindo com base de cálculo sobre o valor do salário mínimo vigente, 
poderão optar pelo recolhimento trimestral.
O valor do recolhimento será o total das contribuições mensais 
agrupadas por trimestre civil, ou seja:
1º trimestre: janeiro, fevereiro e março (competência março);
2º trimestre: abril, maio e junho (competência junho);
3º trimestre: julho, agosto e setembro (competência setembro); e
4º trimestre: outubro, novembro e dezembro (dezembro).
O vencimento será até o dia 15 do mês seguinte  o de cada trimestre 
civil encerrado, prorrogando-se para o dia útil subsequente, quando não 
houver expediente bancário na data do vencimento.
No caso desta opção (trimestralidade), nas GPS, serão consignadas 
as competências março, junho, setembro e dezembro, mesmo que a 
inscrição do segurado tenha ocorrido no segundo ou terceiro mês do 
trimestre civil.
Aplica-se ao empregador doméstico, relativamente aos empregados 
domésticos a seu serviço, cujos salários de contribuição sejam iguais ao 
valor do salário mínimo, ou inferiores, nos casos de admissão, dispensa 
ou fração do salário em razão de gozo de benefício, o mesmo dispositivo 
da trimestralidade facultada aos contribuintes individuais e facultativos, 
exceto no que concerne ao recolhimento sobre remuneração de 13º 
salário, que segue a regra geral.
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Especiais - Pró-Labore e Autônomos 
A rotina será destinada ao controle e emissão dos recibos de Pró-
labore (retirada de sócios) de uma determinada empresa e também de 
pessoas que eventualmente prestarem serviços para a empresa sem 
vínculo empregatício e o controle das retenções do INSS.
No entanto, em algumas situações terá necessidade de fazer o 
abatimento do valor pago ao INSS no cálculo do IRRF, para isto deve ser 
impresso através do recibo de pró-labore / autônomo individualmente, 
onde você informará o valor pago ao INSS, entretanto estas pessoas não 
deveram ser impressas na emissão geral de recibos, opção que deverá 
ser marcada no cadastro de pessoas.
RESUMINDO:
Neste capítulo, estudamos quais são os descontos prove-
nientes da previdência social, tais como o INSS Patronal e o 
INSS empregado. Vimos quais são os prazos de pagamen-
to e como realizar o preenchimento da GPS.
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43
Impostos e tributos
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, estudaremos quais são os impostos e 
tributos a serem descontados do empregado.
A incidência ocorre no salário base ou salário bruto, com incidência 
quando há pagamentos variáveis, tais como: horas extras, adicional 
noturno, adiantamentos eventualmente concedidos, faltas, ou outros 
proventos ou descontos, deverá o usuário informar no momento da 
contratação no Contrato Social, Registro do Empregado e Carteira de 
Trabalho. 
Imposto de renda (IR)
Tabela 4: Incidência mensal IRPF sobre folha de pagamento 
Fonte: o autor 
Passo a passo:
1. Desconto do INSS do salário líquido (adicionais e descontos)
2. Desconta o valor por dependente
3. Aplica a tabela do IRRF7
4. Aplica as deduções da tabela
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Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
(FGTS)
Os recolhimentos do Fundo de Garantia por Temo de Serviço serão 
efetuados através:
 • GRF – Guia de Recolhimento do FGTS, gerada pela aplicativa da 
SEFIP;
 • GRRF – Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS;
 • GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência 
Social.
Prazo de pagamento
A declaração deve ser transmitida até o dia 7 do mês seguinte ao 
da remuneração paga, creditada ou e tornou devida ao trabalhador e/ou 
ocorrido outro fato gerador de contribuição ou informação à Previdência 
Social. Caso não haja expediente bancário, a transmissão deve ser 
antecipada para o dia de expediente bancário imediatamente anterior. 
Referente à competência 13, destinado exclusivamente à ao da 
Previdência Social, deve ser transmitido até o dia 31 de janeiro do ano 
seguinte ao da referida competência.
FGTS – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Lei Complementar n. 110, de 2.001)
 Os recolhimentos mensais para o FGTS, em valor correspondente a 
8% ou 2% conforme caso, da remuneração devida de cada trabalhador no 
mês contribuem responsabilidade do empregador e devem ser efetuados 
obrigatoriamente em conta vinculada. 
Para o recolhimento exclusivo da Contribuição Social devida 
pelos empregadores, deverá ser utilizado o Documento Específico de 
Recolhimento do FGTS - DERF. Para as demais situações, a Contribuição 
Social, quando devida, deverá ser recolhida pela Guia de Recolhimento 
ao FGTS guia gerada por meio do aplicativo SEFIP.
Gestão de Departamento Pessoal
http://www.fgts.gov.br/perguntas/empregador/pergunta01.asp
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Valores recolhidos para a Contribuição Social
Na demissão sem justa causa, é recolhido o percentual de 10% 
sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao FGTS, 
durante a vigência do contrato de trabalho, acrescido das remunerações 
aplicáveis às contas vinculadas.
O recolhimento do percentual de 0,5% é feito sobre  o valor da 
remuneração mensal, devida ou paga ao trabalhador, no período 
compreendido entre 01/2002 a 12/2006, inclusive.
Isenção da Contribuição Social
Estão isentos do recolhimento de 0,5% de Contribuição Social (Art. 
1º da LC nº. 110/2001):
 • As empresas optantes pelo SIMPLES, desde que o faturamento 
anual não ultrapasse o limite de R$ 1.200.000,00; 
 • As pessoas físicas, em relação à remuneração de empregados 
domésticos; 
 • As pessoas físicas, em relação à remuneração de empregados 
rurais, desde que sua receita bruta anual não ultrapasse o limite 
de R$ 1.200.000,00.
Estão isentos do recolhimento de 10% de Contribuição Social (Art. 2º 
da LC 110/2001) somente os empregadores domésticos.
Forma de Recolhimento da Contribuição Social
 Em GFIP, GRF e GRFC/GRRF. Em alguns casos também através de 
GRDE e DERF.
Sendo assim, o administrador precisa conhecer a legislação e 
as práticas de Departamento Pessoal para poder estar alinhado ao 
mercado e ser um diferencial frente aos concorrentes e analisar a folha de 
pagamento para a tomada de decisão.
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RESUMINDO:
Neste capítulo, vimos que o imposto de renda é um imposto 
descontado na folha de pagamento do empregado, sendo 
que o valor é relativo ao salário do colaborador, conforme 
tabela apresentada pela Receita Federal. Estudamos ainda 
que além do imposto de renda, há o desconto de INSS e o 
recolhimento do Fundo de Garantia por Temo de Serviço. 
Gestão de Departamento Pessoal
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REFERÊNCIAS
MARRAS, J. P. Administração de RecursosHumanos: do operacional 
ao estratégico. São Paulo: Futura, 2002. 
MARTINS, S. P. Legislação previdenciária. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MORAES, A. Constituição da República Federativa do Brasil. 41. ed. 
São Paulo: Atlas, 2015.
OLIVEIRA, A. CLT e Legislação Comparadas - Lei 13.467/2017. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2018.
OLIVEIRA, A. Prática trabalhista e previdenciária. 2.  ed. São Paulo: 
Atlas, 2018.
OLIVEIRA, A. de. Manual de prática trabalhista. São Paulo: Atlas, 2008.
OLIVEIRA, A. Manual de prática trabalhista. 50. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
Gestão de Departamento Pessoal
	Benefícios obrigatórios
	Vale-transporte
	Vale-combustível
	Benefícios opcionais
	Vale-refeição e vale-alimentação
	Plano de saúde e plano dentário
	Auxílio-creche
	Salário-família
	Descontos: Previdência Social
	INSS Patronal
	INSS empregado
	Impostos e tributos
	Imposto de renda (IR)
	Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)

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