Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Olavo de Carvalho anrma que xavier zubiri foi "um filósolo táo gra.de quanto Âristóteles". Ese é uma afimaçào coniundenle, queencontra juíificativa nas inúmeras contribuições dese filósofo espehol do século XX. Enlre elas, está a explicaçáo de que o ser huma.o percebe o rcalidade com base em umsensaqáointelisente, paraaqualarealidade se revela em sua ioma e eséncia. Neste Drceraha, ol.vo de CaNalho moíra como o penümentode zubni §..ontràpôs aos sresos, iluminodo muitâs das qucstóes econllito$ que doninaram siande parlc dos debates dâ Escolástica. "Olavo de Carvalho é o mâis importânte pensador lillllilililllll brasileirc hoje." Wagner Carelli "Filósofo de grande Roberlo Campos "Um gigante." Bruno Tolentino "Olavo de Carvalho se destacá porque pensa, reflete,cédeuma honestidade intelectual que chega a ser crLlel." Carlos Heitor Cony "Louvo a comgem e lucidez de suas idéias e a maneira admiÉvel com que as expôe." Helherro Sales Esta publicagâo vêm acompanhade de um DVD, quê náo pode servendido separadm€ntê. Xavier Zubiri e a Escolástica Aula 16 por Olavo de Carvalho coleçáo História Essencial da Filosofia Xavier zubiri e ã Escolástica por Olavo de CaNâlho coleçáo Hhtória E§encial dâ Iilosolia Acompanha esta públicaçáo um DVD que náo pode ser veídido se!âradamente lmnrc*o nô Brasil. Mio de 2006 co;!risht o 2006 by oldvo de Cdtvalho Foto Olalo d€ Camlho Ediror Edson Manocl de Oliveim Filho Mon que SchenneLs e Dâgmàr Bi77ôlo Dagui Design Tereza Mária Lou.enço Pereira Os direiios âurorais de$a edição perlenccm à f Rcd'i/aqoe( ld'rora. I vra.id c DisrribJil'rr Lrdt Caixa Postal:,15321 CEP:04010-970 São Páulo SP Telefaxr (11) 5s72 5363 E-maii: e@ereàlizacoes com.br \Ilwerealizacoe§.com.br Resêúâdos todos os direitus desla obú Proibida tódâ e quàl$er reprÔdú§áo de$a ediqáo por qualquer meio ou toma, sêia ela eleLrônica ou úecCnica' IÓtoópia, 8ávaçáo ou qÍalquer tuoio Xavier Zubiri e a Escolástica Aula 16 por Olavo de Carvalho coleção História Essencial da Filosofia f\ ü 2006 Coleçáo Históda Essencial da Filosofia Xavier Zubiri e a Escolástica - Aula 16 por Olavo de Carvalho Tenho aimpressão de que náo vai ser necessário â gente se estender muito sobre Santo Tomás de Aquino, porque toda a problemática da Escolásticâ que a gente veio expondo é justamente o que conilui nesse sistema dele e ali encontra uma formulaçâo mais ou menos estáve]. É importante apenâs rcssaltar que, quândo se diz que o grande esÍorço de Tomás de Aquino foi conciliar a filosofia de Àristóteles com a religiáo cistá, as pessoas entáo imaginam que isso é um trabalho meramente externo, que náo há propriamente uma obra filosófica nisso, e aí se iludem pelo nome. Partir de duas doutrinas recebidas e encontrar seus pontos de concodância parece mais um trabalho de arquivista, de compilador Mas isso é uma impressáo brutalmente errada que setem, porque os problemas ali eram enormemente difíceis. Na verdade, muitos deles eram insolúveis. E, pensando bem. todo e qualqüer fi1ósofo náo lez nada mais do que dar um jeito em idéias que já vinham de antes. Aristóteles ;á dizia que todo conhecimento novo vem de algum conhecimento ântigo. Sempre se pode, na obra de qualquer filósofo, desmembrar os elementos herdados que chegâm até ele e que, ou ele absorve uma parte, absorve por concordância, ou absoNe sob a forma de prcblemas a resolver E, no caso de Aristóteles, ele trouxe mais problemas, naverdade, do que soluçóes. O primeiro dos prcblemas era, evidentemente, a própria questáo da etemidade do mundo. Nâo devemos esqu€cer que o conceito de Deus de Aristóteles é somente o de um pdmeiro motor imóvel - a erpressáo que até hoje é muito mal compreendida, porque se entende o motor mais ou menos no sentido mecanicístico, de uma causa físicâ, { 1 I I d ü f; s e de fâto ráo é issLr Aristótele§ explicâ quc csie pri rciro rroior inóvel rnovc tlrclo por unâ cspécie de atraçao. como sc fosse amorosa Nâo é uma ação mecânica. O primciro nrotor náo é un1â primcira bolinha' que bârc na segunda bolinha que baie na tcrceirâ bolinha Nào é assim. O pÍimciro nrotor é primciro na séric temporal. Mas náo se podc esqueo€r quc é unlâ sóric que náo é corrposta de cnti.ladcs do nresnnr gônero. o prineirc motor âbrange iudo o quc vem em scguida, c de ceÍo moLlo nada está fora dele Conlo diria Sào PaLrlo^póstolo: 'Nelc vivcmos. nos movemos e so ros". O primciro noior nào é umâ causa cficienle apcnâs. nras é o instaurador da própria realidade de tudo' Elc ó o cloador dc reâlidadc. Nesse scntido, o primelrc mott']r imóvel u< \_is'ulc e\ puJ( { iocnl.'iLi' ..' I u s. r. \1. ' 'nnru ' q' \LL; iâ lazcr p.Lra ptxar aleslc prineiro motor imarvel a doutrina dâ Trincladc, â EncaÍnaqâo. â SalvaçAo. cic.'? Tüdo islo é táo |ora do univcrso ârisiotólico que nâo loi lácil encâixâr umà coisê na outra: Um seglrndo problelnâ era o da €icrnidâdc do lnundo o lato de um mundo cxistentc rcr um primeiro motor imóvcl náo qucr dizcr que eristisse algo ante§ dcle. F,s§c -prinei.o" signilicâ prinrciLo na ordem da hierarquiâ. É a rcâlidade lundantc. mas náo nccessariamenle a r€alidacLe anterior em sentido cronológico. Àristóteles em nenhum momenlo conccbe algo anterior à existôncia do Universo tal como conhecido Enlaocsscprincirolnoioréumpdmcironotorpennâncnte, ele é o lundarncnio constanie e permânenlc de tudo o que eriÍe lsso tanbém náo sc coadunava de maneira alguma conl a icléia de ünra criaqão auiàilo, dc ulna criaçáo do nâda, o quc supõe Lrma espécic de Lrm pró-munclo divino quc scriâ anicrior a loda a exisiônciâ do Universo conhccido Isso signiüca cntão quc anoçao do Deus transcendcnte' err Sanlo lbmás. é nnensanrenle mais compLcxa do qüc em Aristóteles' Um tcrceiÍo problema cra o dauni.lade do intelecto. Arislótelcs náo tirha a menor noEão cla queslao da imortâlidade da alma individual, e isso tanrbóln colocrLvâ pam Sânto Tonás de Aquino um problenlâ teÍrificantc, que ele vâiiratar através de uma polêmica conr Averróis IlÍe subscreve lilerâlmcnte â tese de Aristótcles de que iodâ a almâ humana é noÍtal, dc que tlrdo que cristc no ser hunano ó mortâI. e de que soncnte Lr inlelecto ó imortal. Mas o irtclccto não se podc dizer proprianente que pericnçâ a este indivíduo ou àqlrele indivíduo. Aristóiclcs é. nâ veÍdadc, obscuro quanto â csse ponto. Náo é que clc afirme qlre só existe um intclccto pâra todos. Elc nâo afirma propriamentc isso deixa nrâis ou menos inplícito sem resolver o problenâ. Avcnóis interprcta isso no sentido dc urna dJirnlâçáo da rrni.lâdc do nrielecto cniáo só h:rvedâ na vcrdade lnrâ única almâ quc subsiste. e todas as outras al as sáo lnortais. Isto aÍ também náo sc .oàdrnâ en nada oon1 a doutrina cristã. e Sanio Tomás escreve toda un1â polêffica conl AverÍóis para denonslrar a impossibilidade disso A coisa característica de sânlo Tomás é iustamente o senso de urklade que ele conscgue dar a uma visão do Drundo que começa cnl Deus e qüc, através das potÔncias angélicas que ele chanrâ "substánciâs separadas', cria e move lodas âs criatlrras, inclüsivc a criatura humana, dentro de um esquema unitário no qüal o livre arbÍtrio humano sc cncâiu de umâ maneirâ quase mágica. E a coisa lnâis curiosa desse sistema dc Santo'lbmás de Aquino é â sua imensa flcxibilidade. ule pmticamente se adâpiâ a quâlqlrer inoi'âÇão cieniífica que tenha aparccido depois disso. Náo tem um único ponto do sistema de Santo Tomás de Àquino quc você possa dizer quc tal ou qual descobcrta cientifica i pugnou O negócio é dc uma flexibilidade real entc assombrosa, o quc torna aié mesmo difícil a exposiçáo do "sistema" de Santo Tomás. O sistena é ruito simples, e suas bases sáo cxatamente as mcsmas deAristóteles, só que pârâ ludo aquilo que em Àrislótelcs era problema e cra lãlhâ de repenic aparece aiguma j § § I _.-J E !I I § fl I I I ? q i Ulrl ponto quc rne parcce liaco no sistcma de Santo'lomás é su polômica coln os agosiiiiânos no concernentc à origcm clo conhccimento, cm que cle aderc à leoriaarisiotólica da abstraçáo negando, €ntào, n idóia âgostinjanâ da ilu inaçáo divinâ Sânto Agostinho dizia que como nós só icmo§, pclos sentidos' accsso âo conhecirnento dc substâncias individuâis, enráo o lato de pod€rmos ter idéias universais é Lrm milâgre Você nlrnca viu uma esPécic, só vê um excmplar, outro. outro... De onde você iirâ â idóia de espócie? De onde tirâ esses universâis. a ponto de conscguir rnontêr raciocínios inteiros com eles sem ler irn€cljaianenle ncnhu âpoio na experiência. e\ceto essc apoio nruito liaco que é â nrduçao, e no final chegar â conclusocs qu. a experiênciâ confimra? Esse é urn negócio quasc niraculoso' Eniâo. entre a expcriênciâ sensível e a lormaç,to ':los univcrsais' Agostinho via a intervençâo de uma ilunrinaçáo divina Hle dizia: 'A iIrel,g.n( r th.rr"r" h-mi.r- o l"roJ( 'c tu'n'eriir rr'r"rn'rc'ir I ünivcrsais, lá é êlgo miraculoso". Sânto Tonás de Aquino náo âceiiâ isso c âpcla à ieoria trisiotólic'r da abstração. Que é isso? Significa que câda enlc, cadà subsiância individual lraz na sua p6pria prcsenqa, nâ sua própri.r nanifesiaçâo' sua própria lorma inteligível, qtlc é âlorma dà espócie. Entâo b'rstâ que nâ mcnóÍiavocê consigâ separar o que ó a prescnçâ, o substrato físicll indn,iclualizado, e pensaÍ somente nâ forma cssencial. e essa l'orlnâ c*(rL,al du:rd'\ Juu râ c a rurrra d1\rp'. ". Isso me parcce aiiâmcnte problemático. porquc, pri eiro, inrplica já nâo um milâgrc. mas dois nlilagres. Pela teoria da iluminaç'o' a inteligênciâ divinâ socorria a intcligénciâ humana luendo uma cspécie dc Pgradr, e você conscguiâ cÍiar con'eitos que estavam inlinitâmente além dâ sua expcriência. Entào o nilagÍ€ sc operava na inteligência. Mas o Íato dc que a formâ esscncial estcjâ mânilesta na próptiâ presença lísica dos entes iá é Lrm milâgre que se dá nâo nâ irlieligência, n1âs nos próprios entes. Há uma niraculosa coincidência aí de quc a inteligência, quando olha os entes. não vai captar apcnas a infinidade de acidcntes que o ccrcan: val captâr esses acidcntcs em torno de ulna lbrmê essencial. Se você pensâr bem. islo é ainda mais niraculoso. Por que nós temos que fazcr isso? Por quc a inleligênciâ vai accrtar exatamentc ncste ponio? Eu já dei o cxcmplo de quc, se você fossc obter os conceitos universâis por clrmparaaáo de substânciâs padiculares. jarnâis conseguiria. Pol(]lre vocô olhâ uma substância. ollta outrâ, olha oürrâ... ll o quc de uma i,ocô vai compârar conl o qlre dc olrtra? Por excmplo, sc você tjver uma nultidáo dc garos, no primeiro gâto vocô rcparâ na cor: no s€gundo reparâ no lbrmalo. no tcrceiro repâra no tâmanho. no quarto repara nâ posição, no quinto repara que es1á niândo, no scxto repara quc eslá nramândo na nãe, c assin po. diante. O niünero de acidentes é infinito, e nâ verdade é isto quc você recebc ,"rr,".laJ" *r,rrel l.'. q , r Lii/c' qr .. 'r ,,1 flir rc,rà\("o.cia nAo captasse diretamcnte a toÍna csscncial, nao tcria o que comparar conl o segllndo, con1 o terceiro ou com o quafto.. Enláo ó clêro que não é por comparaqãoi basta un1 único criemplâr pârâ que você pegüc r t rn " . +. nr -l \4á. i5tu ú(u,,te.. 5r rTpre' F . arn qu( n3o \u'na infinidâde de câsos, você pega apcnas os acidenics e nâo capta Ionna cssencial alguma. Percebe mais ou n1enos o que €slú acontccendo. mas náo percebc para quem cstá acontecendo, quem é o sujeito da açao. Untáo o lãio de que nâo hâia uü nilmcro rluito rnaior de erros. o fato dc que, por llm lado, os entcs mârifesten táo clârâmentc a sua lornâ cssencial, tâo ingenuêmentc. táo honestamente a suâ lonna essenciâl, ao inr,és de escondê-la, isso iá é u]n milagre. Nada impediria o mundo dc ser unr âmálgama de acidcntes c que vocô custasse muito para capt alguma forma essencial lá embaixo. E. eln segundo lugar. exist€ o milagre dc que a intcligênciâ conscgue fixâr a atcnçâo na [orma a ü I I I I I Í ü il essencial. A tcoria dÀ abstraEào nre parcce que, longe de iÍnpugnar â idéia da ilul1linâçâo divina, ela â subcntende Muiio mais taÍd€, xavier Zubiri. que não é propriamente um escolástico, nras üm hercteiro de todâ a pÍob1cmática escolásticâ quc elc clabora e rranscende infinitamente -, diriL que só o ser humano apreende as coisâs como rcalidâde. os animais êprecndem apenas como €siinrulklade. Enlão, no exenlplo quc ele dá, diz: Un1 animalpercebe. por cxcmplo, se está sentindo calor ou lÍio, mas nós pcrcebenos quc o calor é quentc, mesmo qtlc nâo esleia fazendo calor". EIe dizr "Isso que nós châmamos 'realidade' é a lormaiidade qtlc co espondc âo moclo dc apreensáo, âo nodo de pcrcepE.lo scnsivel do scr humâno. Percebcr re.Llidade ó próprio do scr humano'. Entao a rcalidade, no seniido objelivo, rcalmente só cxiste para o scrhunâno lsto é a mesmâ coisa que dizer que os univcrsais cm sentido pleno só o ser humano apreendc. porque os universais sáo âbstraídos dc umâ perccpção L1e realidadc e não cle uma percepçáo dc mera eslimulida.te l\lut1o: Quan.to o senlnr diz que o ser hwnatrc tem a capacidade (...) de perceber qüe a caLat é quelúe. estai qúercndo dizet que ele é uqaz de rcco hecet a sensaçtto de caLo| de...?l Náo. ele é câpaz de pensar no oalor nresmo que r1ão csrcia lãzendo calor algum. 'Ah, no momento não eslá fazcndo calor, mas se estivcsse scrla quenic." Por quê? PorqLre o calor é quentel L]üno: É mais o calor rccorlstituído, naturuLfiente.) Essa noçâo de que aquilo que eslá pcrcebicio náo cstá vinculâdo ao suieito percipie.te. isso aí é o caractcristico do humano. lAl,rno: M a s o an i n o L. n u m a etpetiêl1c ia de ss a s... Cal1 clic io a m e nt o rullon taúbém (...). I Vâi eíar scmpre vincülado âo csiÍnulo que ele rcccbc. Ele precisa rê..h.r o m--smo estimulo de novo. I1 como dizer assim: ufl ânnnâl rcconhece. nas não conhece, de certo modo. Ele náo vâi conscrvar a forma âbsirata da substância parâ poder pensâr nela na total ausência do eslínrulo. Sc nào há o esttuulo. aqlrilo não e)iistc para ele. fAtuna: Pard íssa ele prccisrilia tur tazào. Porque a )'ozao é Llna fu1çaa l Isso não é razão. Zubiri desnente toda a Escolásticâ. Diz: "Esta funçào náLr é mcional. As sersaçóes humanâs sâo assim. As sensâça)es humanas são dilêrentes dâs scnsaçôes dos anirrâis. As sensaçóes hurnanas são obietivas". É o que ele chama . Ele diz: "E se náo tosse isso, não poderia havcr nenhuna openqáo da razáo em cima A râzáLl náo podeia operar se o nosso substrato percipiente fossc purânenle anirnal. Elc não daria à funçâo racionâ1, à funçáo intelectual, o marerial cm cina do qual cle pudesse fâz€r a abstrâçalr e os conceiios Lrnivcrsais". Quer dizcr que nâ sensaçáo humâna e).iste já a raiz dâ Iormação dos conccitos universais. lAluna: rvro ch.t]nã isso de ü1luiçào? lá nao chatna, ele estú cha d da da sensação tLtesna.. ) Náo, é pcrcepçáo sensívcl. lAluna: rrrds por ls.ro ?níao qLte ndo sãa doís (. .) ) NáLr. a riqucza mailr'o! mcnor dos elementos de percepção i.:nr nâda a ver com isso l0 1l ÍAlü]no Nâo, as a daLtônico percebe.. ) Porque o daltônico é deficiente num aspecto animal, e náo num aspecto humâno. O que falha para ele é um certo tipo de sensaÇâo' e náo a qualidâde de sensaçáo que está recebendo. Ele tem uma cettâ categoria de estÍmulos que não chcgam... É, ele é dâltônico. Você tem umâ ce$a categoiâ de estínulos que não chegam em você, mas a qualidade dos estimulos que recebe é humanâ. ÍAluna: Mas fiAo é e&tamente isso que Sa to Tbmás Íaz quando ão aceita a questão da lLuminaçao?l Náo. não é. É1e vai pegar da percepçáo sensivel . Em cima da percepção sensíveL tem a âtuaçáo dâ inteligência Ele vai dizer como Aristóteles: "Você recebe os dados da percepqáo sensível. conscrva na memória. A memóda separa a forma genérica c a Iorma essencial da espécie dos seus acidentes, e você, nun1 certo monento, lenbra só da forma essencial separada dos acidentes". Esse é o sistemâ aristotélico. Só quo Zubiri diz: "Nada disso seria possível se o mâterial que você apreendeu nâ sensação losse exatamente a nresma coisa queo anlmâl percebe". Se já náo há uma ênfase inicial quc laz que a estimulidade seja percebida como realidade... l\]|Jna: Mas esse trubalho de abstfição e conparuçãa...1 Náo é por uma abstração. A percepção dalormâ objetiva do ser náo é um trabalho posierior, segundo Zubiri. É um irabalho que se dá no ato da sensação. [A]una: Mds, de qualquet Íotma, esse babalho de comparução apeieiqoa o conhecinento das Íotmas e das... ) T2 Sim. ele aperfeiçoa e facilitâ para você conservar na memória. Você classifica, reduz a multiplicidade aumas quantas fomlas verbais, e isso lacilita, masessencialmenteacoisaiáestádadanaprimeirapercepçáo. Isso quer dizer que a disiinçào. por exemplo, entre substáncia e acidente já é uma distinçáo posterior que você faz. Para que você lo(ta di.lingui_ en lr< r. brtárcra c aciderle c neLe'ra'ro quc a coi'd iJ tenhâ sido percebida como rcalidade, porque, se fosse pcrcebida como csiimulidade âpenas... A estimulidade é só âcidente. l{luna Mas é nais diÍícil àizet qua do Íoi d ptimeita üez que se deu alEuma coisa, nào él Analisal (...)-l Você náo precisa analisar esse momento. Sâbe que houve alguma percepçáo de alguma clâsse de obietos que ântes você náo tinha visto. Por exemplo, um gâroto que estádentro damaternidade, ali ele não vâi vcr um câchorro. entáo a visào de cacho[o náo é simultânea com o seu nâscimento. Algum diâ ele vai ter que perceber. Bola, por exemplo, ninguém vai dar uma bola para ele logo... Bom, brasileiro é capaz de dâr uma bolâ já no bercinho, náo é? l|\lunat (...) poÍ ercnplo, ele sepatar as coisas pot gêneÍa, espécie e Íal, isso só cofi cofiparução, nào é?) Náo, náo é porcomparaçáo:â possibilidade da conpârâçáo depende disso aí. l{l'rÍra: Mas esses det( hes de Eêfierc, espécíe...1 Se você percebeu, por exemplo, dois gatos. Veia, paravocê distinguir unr gato de outro gato... I I i l1Júna (...) de m "au'au"-l O lato ale ela não saber os nomes náo quer dizer que ela confrnda Esse é o problema. as nossas.. ( .,) ÍAlrrtto: RecenÍemente se descobiu no íu do do fiat orgafiistkos que não se conhecia- Parccefi ser tubos EE parece coral, tfias eLes fião t)iaem de axigê\1io, eles tazeh o cicto da aida etfi torno da en aÍrc que saí das ema .rcões do (...) úutcão no tutltlo do mar' O pessoal, qüando üiu aqúila a pineba Üea, deÚe tet &chado alEufia coisa eslanha: "Camo é q e aquele otga,lisfio Ú)iae nessa rcEião?" ') Quando você diz que náo sabe o que é' consegue dizer que náo sabe a classificaçáo científica exata daquele animal' Mas você percebe clarâmente... A forma essencial está dada. ÍAllr,Ítot Nàa, é de saber q e ela é alguma coisa dilerc te, potque ufi orgafiismo aiao, denttu iLaquilo que se conhecia' não podia ÜiL'et fiaquelas col1díções, sem luz e sefi otigênio- Ele sabia que alEufia coisa diterc te ti ha, nlas não sabia o que efi l Sim, ele pode nem saber se é um animâI ou náo é um animal, mas issonáotem nadaaver como que estamos falando' veja, vocêperceber a forma essencial é uma coisa, e saber catalogar uma essência dentro de uma chave ale essência§ é outra coisa completamente diferenie' Para você poaler chegar â classificâr depois, é necessário que já tenha percebido a formâ essencial, senào vai classificar o quê? Meros estimulos sensíveis? ÍAílna: Mas até aí também a níz)el de percepção aí clepefidet do quetemdiantefuipessotttatfibém'nào é? Pot exemplo, ( ') compafido com ciança fiesfio. Nâo dá (...). Uma dianci ha üefido una coisa pela prifieira üez e um adulto üefido as caisas peLa prímeira zlez, ela üai captal tanto quantô?l Mas todo nundo é assim desde o primeiro momentol Náo, náo é. O "tânto quanto" náo tem nada que ver Ela vai captar a forma essencial. O númerc de acidentes que compôem âquilo pode ser enormemente mais rico numa pessoa do que em outra, mâs isso náo tem nada que ver Até para poder associar os acidentes à mesma coisa você prccisa ter captado a coisa. llJüno: Se ufia qiança tar ensinaà.t que cachoíro e Sato chamam tüdo "cachotro", se ele ai um gato úai chamat de cachonoll Vai chamar de cachorlo, mas sabe que sáo dois tipos diferentes de l{lúna. (...) genetica.mente anifiaL.) Náo, ele náo vai pegar geneicamente... A própria classificaçáo em animal é posterior Para você saber se uma coisâ é animal ou vegetal. precisa saber o que ela é. fÀluna: Mas, úafias dizet, o Íato de ela estat chafianda tudo de "aü-au" é porque enÍefideu que aquilo é animaL Outrc a ifial, a ifial, ela etxtefideu isso,l Olha, animal é um conceito, pelo amor de Deus! [All]na:'Animal", estou àaniLo um ane. ELa nao sabe esse none. (...)) ,t , Quanclo as pessoas querem analisaressas coisas, a grandedificuldade é a segrinte... É que você está jogando sempre com conceitos que já tem, e para remontar até â experiência vâi ter que tentar descrever aquilo sem esses conceitos. Entâovaivoltar aconceitos mais primfuios' e o conceito mais primário mesmo é o da forma essenciâl' Quer dizer' uma coisa é âquilo que elâ é. Você náo sabe classifical, náo sabe o nome daquilo, náo sabe qual é a relâção, mâs sabe que ela é aquilo que é' Náo preclsa saber "nome", náo tem nada a ver com o nome Àliás' a possibilidaale de aprendel nomes depende disto' O fato de, desde a Ántiguidaale até a Escolástica - e na verdade até hore . as pessoár tererÍ ochado que primeiro voce lem uma pe"cepcão sensível mais ou menos informe, depois guarda aqullo na memória e vai lãzer uma séÍie ale classificaçóe§, depois vai obter o conceito' isto aí criou a impossibilidâde de explicat a linguagem' por exemplo' pois você vai fazer com que a próp a percepçâo da forma sensível depenalâ da linguagem: 'Ah, você sabe que é um gato porqüe aprendeu a palavra'gato'e associa a palalaa com aquela coisa"' Como que e1e pôale aprenaler o nome da coisa se ele náo sabe identificar â coisâ antes do nome? É aí que Zubiri (ale certo modo ele é após a Escolástica' é o último escolástico) pega os problemas da Escolástica e o§ resolve' Mas resolve assim ale uma maneira radical' Ele diz: "Tudo isso qüe eles estáo falanalo iá está dado na sensação As sensações que o ser humano iem já são sensaçoes inieligentes" Esse negócio do "maierial hrüto '. como vai aiizer depois o Kani, tudo isso foi uma besteira fora do comum... Kânt estava errado, a própria Escoiásticajá estavaerradâ' e o prôprio Aristóteles já estava errado' IAluna: Mas (. .) essênci.ts, kfito'Ibntis tem essa pefipectiaa' de que nãa ten esse ( -- -) que se dti a postetioti Exatamente" ') lA]unai (...) Oenteeaessência,1 quando ele Íala sobrc a captação das essências e parque a Íotma subsíanciaL...l Ele vai explicar â coisaporum processo de abstraçáo, quândo náo é abstraçáo. Se você tem que fâzer abstraçáo, náo. A abstraçáo já é leita na memória, segunalo Aristóteles também. À âbstraçáo racionâliá é de §egunalo grau. O primeiro grau de abstração é {eito nâ memória' l{ítna Mas isso é ArisÍóteLes.l Santo Tomás também. Na memóriavocê vai separar o conjunto dos acialentes alâ forma essencial. Mas como é que você poderia fazer isso se já náo tivesse captado a forma essencial? Entáo a lorma essencial esiá dâda intuitivamente no primeilo momento. Nào é isso que ele diz. Ele segue eratamenie â teoria da abstúçáo - qJe \ocê recebe ludo i-r lo e e rd memor:a que \a: sepalar urÍ" coi'd ala outra. Mas como sepârar uma coisa da outra se você náo conhece nem uúa nem outra? Isso foi um eüo de dois mil anos, de dois mil e quatrocentos anos. qüe todo mundo caiu, mas todo mundo, até que teve um suieito que teve a cara de pâu de dizer: "lsso aí já está dado na sensaçào. Sua sensaçáoiáé sensaçáo inteligente. Náo é uma separaçáo que você operâ depois, não é uma âbstraçáo, é uma percepçâo"' I\lrl1a. Seú que isso (...) ni'el de intelíEê ctu' a questão .'?) Isso é humânol Tbdo ser humano tem a capacidâde. Até um mongolóide tem que ser capaz de fazer isso, senào nao é gente. Essa é a forma cognitiva própria do ser humano: perceber as coisas como realidade. náo como estimulidade.santô Tomás deAQUlNo, Oeíled, eisé,.i, Petróp!1is/Ri: vozes,200s. I I t lAluna: lbi isso que efitendí qre O cnte e â essônciâ. O le,lo Mas não é isso que €lc diz, por.:luc. se ele coloca a intcrferêrciâ da menrória, se vai ier um processo de abstracáo imaginailvâ, eniáo você está lidando com umê espécic de naterial n1âis ou mcnos conluso qüe vocô pega e depois vai opcrar . Abstraçâo quer dizer sepâraçào. Você vai percebcr a lbnna essenciâ] mcdianle â scp.Lração cntre â [orma irlteligívcl qlre câprou € os acidcntes quc cÍâo enr voha É assim como Aristótcles diz. c Santo Tornás náo faz mais do quc exPlicar isso com mâis delalhes. E o qlle Zubi vai dizer? Diz: -Bom. de faio é assim, só que para qlre isio seja àssiff ó necessário que tenha aconiecido umtr cojsa antes. !lneccssário qlrea percepçáo dafomrâ s ubstanciâl já estej.t dada na própria sensação . Í^funa: Na operaçttc) tle absbação üacé só estii sepãrutulo a acidente (le essê cí.t.1 Vocô cstá separando isso na slrir I]lemóda, e náo na percepção. A nremória sóagc sobre a memóriê. Você cstá esclarcccndo suâ mcmóda e câialogândo parâ poder sc recordar direito Nao é nâ memóriâ e na inaginaçáo que vocé cstá lornrando . O concciro dâ loflna do ente não é ll,nnâdo, ele já vcm na primcira percepçáo do ente l{út\a: É un Prccesso da ínÍeligitrcia e túa dã lnenótia.) Não é dâ inteligibilidâde, ó da sensaçâo À sensaçâo humana já é intcligenle l,\l'ü1t: |l1Íuiçàa set8íreL I IAluno: Ao euaú na nenória, el.e luatda.. Pot eÍenlpl(), se locê tê ui11 !,alo, anÍes tle pet§at sabrc a lnenória... Paru 3uaü14r na nle lótia lent que lLtardar qüe o ldÍo linha quatto patas.) lá precisa ier glrartlado o gato. Exalo, você t€ff quc tcr pcrcebidl) o gâto conro gâto, scnáo. como é que vocô vâi scparar o acidenle da lbrnra csscncial? É uma coisa sumamente óbvia, mas quc tciho impressáo que iropcçou num problcma. nunra dificuldade tcrminológica. \'ejâ quc tanro Àrislóleles quânto Santo lbn1ás de ^quino. e muiios outros depols dele, cstavam descrevendo náo o processo rcal do conheciúento, mas sua estruturâ lóglca. Sc i'ocê nr,L,,npu ugrLrn.r.tc \ I r"ú . \i.r( fe,c(jl."^ c\i... n.rnuril .xiste essa âbslração, cxiste istLr. isio.. Mâs sáo componentes lógicos do p.ocesso, náo componentes rcâis sobrctudo, nlLo componentcs icmporais. São os vários aspcctos nos quais logicâmcntc você pode dccompor esse prcccsso Mâs isso nalr quer dizcr que essas eiapas tod.Ls .rclrnteçâm São sinplesnenle noncs dc aspectos en1 que !ocô. a poste ai. dccompóe zrquilo. Diz: "Qual é a esirulurâ lógica da pcrccpção?" "É esia aqui.' 'l^gorâ. nluito bem, qual é a estrulura rcal?" A eslrutura rcal é â seguinler é quc, na primeira. você já p€rccbc .l forma do enle como Íeâlidadc, e nâo apenâs como cstinulidade. Significa que você lá o pcrccbe como coisa. perccbc a coisê colno coisa, náo como urr âglomerado de acidentcs ou. muito menos ainda. com{) dirá IGnt. como um câos dc scnsâçôcs infbnnes. Isto é, náo ó a inicligôncia que separa uma coisa da outra. não é â mzáo. nào é nada. ,\ inicligência, parâ podcroperar: já tem que opcrar sobre esse nlàle al prcviamenie selecionado. lAluno /]' í...) riiret nu t rtutlrlo de eslinulidade seria, 4í sim, I t { a _'Ç*- I I Viver no munclo da eslimulidade seria vivcr no caos Agora' segurdo l(ant - e emparte iambém segundo Arisióteles e Sânlo Tomás ue \'jrrr ru nu' .\lrr'rn' ru n nunLlo or \' r'\r!^i\ qu( a 'n(nnrir ' l, inieligôncia dccompÕcm por âbstraÇáo e fornlâm as cspécies Pâra ver que nào é assim, para ver qüe eles estavanr crrâdos é muito simples' Vocô soma o niLnero cle sensaqóes que tcm e 'lepois sona o númcro de recordaçóes Asrecordaeóes sào em mcnor q uàntidadc evidentcn1ente' Pcga agora o fúmero de vczes que você fcz a recordaçáo consciente e separou uma coisâ da outra Menos ainda Entáo se fossc por ess€ proccsso da abstraçào posteÍior. você chcgaria â conhccer um número iüÍinilamenic pequeno de cois.tslNào ia c]ârtcmpo' Sc a seleçao iá náo é opeÍad.r na própria sensâçáo, você nunca vai chegar lá lAllr nor Ápelds coflo os atú ais' túo é? Pot cr'emplo' um caÜaL() percebe üfia cobra l)enefiasat' e tliaersos atlimais percebefi a pLanla que dá pal tt calnet ou nao dá paru camet Atgu l 't percepça o itúeLiSenle parcce que eles têtl tttttlbé||1. I Bom, alguma cles têm ,{ difcrenqâ é a seguinler é quc eles só têm no insiante cnl que aquilo cstá presente' e você' quervlrcê estcia vcndo a coisa qucr estcjê pcnsando cla, sabe que ela é ela' E isto você pego( como? Pcsou no primeiro nÔnlento q e per'eheu' llinlna: llas como a gettLe atti sobet que ele não sabe quol é o tal (.. )?) Porque sc ele puciesse lidar com ela na ausência teria o eq ivalenie lingüístico dela O equivâlente lingüistlco é a prova de que você está conscientc da coisa quanalo ela cstá ausente Você podcriâ corlpor csquemas dc possibilidacles de scrcs ausentes e iâ Poder tcr que c()rnunicaristo de algun modo Sevocê nao pode comunicar, não pode rctcr na memória. Isso quer dizer que o proccsso da linguage é, na vcrdade. rnuiio mâis simples do que as pcssoas estáo pensando. Muitâ Scntc pcnsava. nlâis olr rDcnos na linha do Kânt, quc é a existênciâ dâ linglrasen da nrrma do mundo objetivo que nós clrnhecerros. cntão serja a tâl da "construçao sociâl da reâlidàde" Você tcm umâ grânática. e porque suâ gramática é âssin você vô o mundo assirll ou assado. Daí o prcblcma dâ odgem do conhecinento é tÍocado pclo problenra aindâ mais espinhoso dâ origcm dê linguagem. Você rru.rLrnp'ol'l.rnaporu t'utior ár da \4r.\ 'o. rao.nn\8ui'nus sequcr pcrceber Llma coisa como coisa, corro ó que conseguiÍlos invcntar calegorias gramâticais. elc.? Entáo, ncsta perspecti!â. â origen da linguagcm se tomâ un ffisiério tremendo, e na verdadc é unra mistificaçáo e nao um mistório. LLtno: Ou un niLaltre díüi1o-l Ou um milagre divinol A filosofiâdo Rosenstock':ó baseadâ nisso:a linguagen é um milagre divino. Mas o nrilagre divino veio muito ântcs dissol A linguagem, pcnsando ben1. náo é milagre nenhum. lAluno:No caso do cdcltun'o que percebe que o àana fiaa eski Lri e uii)a er desespeto. ou coisa da !êfierc, isso ttào é tabez utna Íon a l ito ptinitiua de etprcssào Lingüística lanbén, de percepçtto do Ele eliá expr€ssândo o que eLe está scntindo. náo o que â coisa é. I ri'!rn Ros \s,,tr ( HuLs\ A o 1:. r la ]i "lut|ú Rio dc latr.i'o Rec.Íd. 2002 zt ÍAlulno'. A\orc, se eu ti esse uít ouÚo cachoto' ( '-) ele sabe o que aquele cachofio está sefilindo ) Como é? Élc sâbe porque scnie tambén' aquilo se comunica a ele' Ou -cjr. Lonl,nua nÔ rrun'lo oâ c'timulidadc' LAI)na: (...) sente o estí,r1ulo da ausência Poruüe está Liqada ao típo àe memória ào animal ) o fato é o seguintc: se você pcrccbeu Lrma nultidao dc coisas no .;;"ú,"r", . mun'lo que você já esiá percebendo náo é um .rid" [*.r".^a" iá é um mundo todo aÍi'Dlado' as coisas estão ;;;;".;"t nas ouiras, as coisas iá estáo separadas e distintas ;;;;;;;."" " *"ndo você apÍcnde â ringuasem náo está nada ."* - t"" "r***0" üma espécie de reproduÇáo' uma espécie de .,.""1"r1'""n" 0""" 'r'ren''r quc vnLe ia Dcr''ebeu' { linsuagcnr ê ba,eooa na "ealiOarlc e nao " realidad' r" 'inbJdgcrn'"-"u"ra, """u *"*" ror que ninguém lê esse ta1 de zübiri' náo é? "riJ"n" **" u ^'n" 'lifícii e segun'lo porquc quando lê' \'ocê diz: iÉ ,:fr"lo qr.e or"i,", " 'e esse cara tem razáo cntào cinco séculos de filosofia aí foí tempo Perdido '' lAluno] Qrdl d difercnça efitrc Kant e Atistóteles fiesse aspecto í ..)?l IGnt vâi muito mais âlém Ele vai pegar o processo da abstrâçáo e u"""i"r*r_" nun processo de projeçáo o processo será o nresnro' .,1"r" " ".""'," elcÍ'rcrru oue vorê perJebeu' lue roi o (lcrrcnfo ."",,t., . " "* " '*" t afena' um i'noreno :\lo e' c ap(na\ I'm'l "."*ara é algo que apâreceu porém você náo sabe se por trás ;""d;" um-a realida'le' Eniáo você pesa as categorias do seu 22 t)cnsamento e da sua percepçáo e aplica em cimadaquilo, formando üm objeto. Mas isso é tão complicado que precisa|ia de anos paravocê linrnar o primeiro objcto. Éun1â coisatáo ariificial. táobesta, pensando hcnr, que náo sci por que se prestou atenção nisso dez minutos. ^ unx: t-. a teo'ta ptatont,a ( ptot aind7. lrao P" f nai\ prt'caricl Nâo, porque ela náo é umâ teoria do conh€cinenio. é u â ieoria rrctalísica Essa é outra coisal Que diler que. â panir do múrínru em que a5 Pcssoa\ nàu cntenderam. náo admitiriam âqllele negócio. Plotino dizia: "Olha, .r essência de uma coisa é a coisa mais fácil de você corheceÍ, forque a cssência se revela na forma, na primeira". Aliás, se você náo pudesse perceber a essência de coisas, não perccberia de estímulo também, náo conseguiria diferenciar nâ vcrdade um cstin lo de outro cstímulo, a náo ser no momento cm que ele cslivesse pÍesentc. Afinal de contâs, você acaba dando um none para o cstímulo (calor, frio, dor elc.), reconhcce que êlguma objetividade ,'1. r.n alBu <le c. 5e n"o con5,gui.-e lãlir i..o ren con .erc' completos (gâio, vaca, etc.), como é que iâ conseguir lazer com coisas tío evanescentes quanto meros estinulos? Entáo você consegue dar fomes às coisas porque as percebe como coisâs, e conscguc dar nomes âos eíímulos porque os percebe como estímulos. fÀlunâr Ejses press&p.rsl os (se eu estiüer ÍaLafido üos íetmas erwàas tfie cattija) de SanÍa Tamás a rcspeiÍo da otigem do cotlhecimento etafi compattilhaàas peLa fiaiatia dos liLósoÍos escolásticos? AIEüfi aq ueLa época rctomou Agostinho...? ) Z3 Nxo. 5cÍpre ricou et'c r<goLio de Lonrirlã' c agu:linrrno5' \empre ti,;',;,;;;; ;.',\ LaÍa' qu< nào ensoriram diíeiro e"e nesocio 0""t"".* u^ *"*t* " "les aiÚ'laficam com a iluminaçào divina' mas ,,i" r"'.'0"0. que eumaconru)au Porqrte num terro pldnovocé ;";:;;.,:;r;" ". "'"u prano \ ocê rcm 1 i'unir"cào divina' 'o que ;;;;"*;-" -*a e outra precisa ter tido isso qüe diz zübiri' que é â percepçao de realidade' lulúna, Quet dizet isso é o mais básico?l lsso é o mais básico É incrível como é qüe um problema filosóijco pode cluÍar dois mil e quâtrocentos anos e,'' llt una: RPat t \n o fi e' o so t on ?qoú' a4 / ubii c n t a o'l Realismo no sentido ra'lical? Só Zubhi Ésse é o pÍimeiro " l/lluft- Lu ào enrcnd' Oerre c a rsser(;d' e'?r'u'l Mar pÍc.la"rcncao'eledi/que\oci namemorir'opeÍad'eprracãÚ *,r" " ii.." "**"ot"o ací'lente' e aíé que você vai ' orâ' essa é a abstração imâginatival lÀluna: E lão, í ") em O ente e a essência ele fiãa ftabalha esse aspecto...l Escuta, mâs se esse negócio estivesse cm Santo Tomás de Aquino "*"tr" ,rb,.t "t* ,ercebido' ou pelo mêíos eu teria percebido' r ",,. . n"nocio ao Z'l'i"i e lao oiÍe'enre do quc !'il SanrL''lo na' dc ;;;;r. " eenre n1o I'm ne'n medidl cumum \rngu;m nunca ot],. n,J":"',* "*",a\àoiái inreligenrr: elx ii Í4" x )'paraçan e Z+ vocô já percebe a coisa com â sua forma, e isto se chama realidade". você perceber as coisas como realidâde e náo como estimulidade é o próprio do ser humâno. lAlunai Os es.oláslicos nãa z)í.Ifi a futeligência em tudo? Nia r)iafi a inteliqê cia fia-.-?) Náo, o processo de l'onnação da percepção das substâncias no scntidoque depois corresponderáa elas nâdefinição das espécies "gato", "vàca". etc.. isto, segundo Aristóteles, náo é feito pela inteligência, isto náo é dâdo na sensaçáo. A sensâçao, segundo eles, é o que o homem icm en comum com os ânimais. SensaEáo todos os ânimais têm, entao náo pode ser aí que se opera a percepçáo da forma essenciâ1. O que Zubirj diz nào é que de faio é animal. A sensaÇáo humana é animal. mas náo ótâo animal assim Elaiemun detalhe dilerente que iá está nela. A inicligênciajá está no nivel da sensaçâo, náo é uma função disiinta. l\llfiat \---) u a dicotonía, assi , a inteligência só está na aLma, tlAa estti o caryo-) \(Ihum e.colasricu aceilana isso, (..4 tepa"asào. ll.lt)no: Q er dizet que o a inal fiAa km essa capacidade de abstúi?l Ele náo tem a sensaqáo inteligcnte. lnteligente no sentido hunano, dc percepçáo... ÍAlünot Se a diÍercnÇa efitre o hofie x e animal está essa sensação itúeligefite, a ifiprcssão pelo he os que fie àá é que daLi paru cilnct podetia até set tuda íguaL, potque...1 Dali para cima oü dâli para baixo. 25 l$|rno: Se a difercnciação é aí' entáo nãa existe ('-') "'l f i.\o me"mo L I \au c que o homem Lerr umo Íuncau cup<ÍroÍ *" " i'r,'"tr. O* *'lnai'' Nao elc i" e 'uperio" desdr o interiur' E' ]Jna, ro'"e, uq,i nao 'e \ e cono pode'ia' nüm corpo qLie c con)riturdo de mâneira puramente animal' entrâÍ uma fünçáo superlol l\run" l..l O pPsçoctl rcü leito'tobalho' principalfiPnt? can ,n,i)i')" ^ ",""""'eucm rct Ln nt*t de I4t?ttP"t" ta conporau?l ou a criança de lfts anos f Com o nivel de raciocínio Mas raciocinar qualquer gato raciocinâ' náo precísa daí ser nem chimpanzé O jacaré Íâ'iocina" Nào, náo ten1 nâda que ver O processo râcional se baseia nisso. Mas. escuta,., A resposta é a seguintei é claro que náo. Porque isto inrplica que para o ser humano o mundo é eminentemenie inteligível. l{lúna: Cetío, üas nào é que os animais são totalmente sem inteLigência. No níaeL deles .. Quet dizet, há uma co-naÍuruIídade...) Neste sentido náo têm nâda. Veja, todos os probiemas de diferença (rlre rrlelgencio a1im"l e humana \e'rr dr.so P que lollo munJo partiu de que a basc animal era igual c dc que havia algo diferente que cntrava ern açáo depois ou num outro plano. Entáo, partindo do ponto lle vistâ de que o ser humano tem sensaçôes animais. você tinha que decilrar como é que ele dava um tratamento humano e racional a essas sensaçóes. Isso supunha que todo o mundo do conhecimento humano cstá na mente humana. está no cérebro humano. O que Zubiri vai dizer é que náo está no cérebro humâno. Você náo tun nem que guardar isso na memóda. Todas as vezes que você voite a ve r a coisa ela apêrecerá com a sua constituição objetivâ. Nossa memória nào está dentro de nós, elâ está no mundo. O ser humdno náo p€nsa con1 o cérebro, náo intelige com o cérebro, eie intelige com o mundo. 'lànto que um cérebro separado do seu ambiente, o cérebrc até sepêrado do seu corpo, náo vai funcionar. A idéia de você tentar encontrar no cérebro a explicaçáo do conhecimento humano já é uma idéia imbecil, porque esse cérebro só funciona se ele estiver nesse corpo, se esse corpo csiiveÍ nesse planeta, se esse planeta estive( exatamente no lugar que cstá ocupando no espaço e se as coisas l'orem exatamente como sáo. O córebro sozinho náo fâz absolutanente nâdâ. lAluna: rvas daàa a cotpotaliàade é que se pattiu de umt) abseft)aÇão do le ômena de conhecer a pattir daquilo que o homem IAluno: E cot11o é que ele vai cofihecet?) Ele conhece o estimulo Quando reconhece o mesmo esiímulo' reconhecer se ele fiãa Pode apârece o mesmo estímulo' cle jlit,r\o' Olha at o tat alo pot eiemflo' | "t olha a cobto r?reno<d " )t"iri ,., ,, *'* nào c' Lle noo rccehPu uÍ1 ?'ttt11ulo' el? noo foi picado (...).1 Preste atençáo Se você percebe' como ser humano as váÍias "orru".'.,* .olu,, n* têm carâcterísticas delat *" t^u*-""*l::l ",""*, *r,'Or*. iro 'igniÉca o 5eguinle' que \océ n;o pÍe.rsa :;;;;';;; """'' a-toraridade do que ':onhece' o mundo e d "r^ -".Uta. " U* U r) que náo acontece com o animal' l lnna. Mas ten ní eis, nao é? ( ")1 26 I t P 1 cano itslttlfietttal- ParÍNe' qüaúdo Atitlóteles coloca qüe ão 'ii^"r'ir'r" trt",,"" ,ue túo tetútt passado pelos se titlos - Ínse n,n,,,,rn,r, iotn :o'' i' ]ta 2']no\' qtt' o pto\'\'a' o\-nttita l r, ,,; , 11ú' mo\ rttti Ptr Jep"llP' ''c'to' lP ct' P'\' "f i.t't'o ',.,i*,|,i ii",r,r" " *: e ten esse aspecb (ta coÍpanlidade' e isso elt ditide con o !ê erc al1i|nãL ) À4âs ele náo tliz isso lsso ó Lrnra lonna quc invcniarâm dcpois' . . ';, ; "" ;", ,..' 'a''|' p'" ' \"'rô'erc '"' rnr' ta-J sJnrn ;":.;,;;..;;", .,,.. , '|ooJ'|r-n'lru c' " p'<'ruan'r'rrJu ,,, " ;;: ,;" ''rr'lrizunJo r'c 'r' r'ua'l'""''"'1. ,r"",rn *,."."Ot **aç'rcs hunanas já s'Ô Lliiercntes das scnsaçoes [A]una: À7rr,'] a diteretqa especíÍica Úlocada canto rcciollalidade . ) Náoc:{iste... Aclilerenqacspeciticaé to(al o homem náo se disiinglrc U"" ^trr*'. 0- "" *"çtLo' mas por sua t(rraliciadc '^ sensâçtio Llcie ó a'*..^,", " ln".Ul." n Oilerente' o funcionamen(o comoral é difercnle' o pcnsamento é 'lilerente, é iudo dilcrente' l{llit\a Lu út:ha fiafiailhaso issol) CIaÍo que é rnaravilhosoi É maravilhoso c é verdadeiro' porqüc ,ao ""i..on1o o(lt* náo ser assim' O que eL1 vejo é quc os caras ""*". ".",' dcscrever a estrutura '1o proccsso cognitivo' ."* ""rt"**" *"vam categorias lógicas Eles diziam: "vâmos ."*'".'ô,,",' são os componentes? Tenos unr componcnte ""1"",r."- n"' * '*"ificava"Ah' mas o sensiilvo o animal também ,"*, "",4" *o c(,Ll*'" à pârte animal' Depois tem ulnâ outra que c lrl r niemóriâ. que o animal tanbém iem " Dc rcpcnte chegavam nulrâ quc o animâlnão tem. Mâs isto é unrâ dccomposiEáo lógica, islo não ó lllrra lcnomenologia, não ó ümâ descriçãol A estrulura lógicâ ó unra coisa. Estruiura lógicâ sáo os elementos potcnclais nos quais você poderia subdividir tcoricamente. Agora. enr !c, dc fâzcr â subdivis,ro lcóÍicâ. lógica. vamos ver conro é quc as coisâs sc âpresentanr no fato. isto ó, no processo não lógico nàLr a cstrutrua lógica d.r proccsso. mâs â esirulum roâ1. E isso. na ver.liLcle. Zubiri toi o primciro quc fez. Zubiri é uff filósofo tâo granLle quanto Arisrótclcs. É um monstro. eu falo quc ó um lnonslrlrl l\lrno: Camo Íica a eznLltção nisso 4í? O set'hunano etttaa .t1:) podc te] ewluído una (. .)?) Zubiri aceita algo dâ leoria dâ evoluçao. Ele não afirma Lrriâtivâmente. n1as diz quc ó possivel. lAluno M"s Íicú compliuda daí íer esse salÍo. ào? A l-lspera aí, agol-a você já quer qüe o coitado do Zubiri eiplique qnrlo rluc isto aconteceu? Isto é um dos grandes vícios da mcntc lrünrana: ela n,ro aceitar um làto quando náo iem a cxplicação. Mas. se losse assim, você jamais podcriâ icr aprcendido lito rlgLlln, porquc, enquantci sua máe trazia a rnamadeila, vocô ia dizcr "Prove que isso aí é leiic". Tcm que aceitar o lato: o "o quê" prcccde o "pol quê"? Às vczcs precede de milênios. Tcm pdrreiro () "o quê", clcpois o "como", e só depois o 'por quê". Claro qrc, l()dâs as dcscobcrtas que você faça, sc pre que você encontra Uora cnplicaç,ro. essa explicação levanla outra perglrnta. Nlas. se a assim. isto cria um problema do ponto dc vista evolutivo. Acho oue criâ, dc lalo. Ma- pur que e\'c problema nao pode licar para il.:;;;;; no"""' q'" '"'otu"r rodus lrc Lrma \e/: Àl,no M'' 4r | - t potque 0 llt'ta ou 'et 10 quPfi Íot nunca ,,t")'r',",''," ",rr.,''" '"ntta a da'J ini no poú p'lo meno' Ta cs'a questão...'?l Porque qü1ndo ZuDiÍi apar( eu ia nao€\r'tia nrr' lPÍelr A' ubras .";H';;;"' rPubricadtr' LrudoobÍr pú'rL'na Lre\o pubLicou dois Livros em vidâ' l!)lLna: Éte Üiz)eü q a do?\ Éle morreu creio qÚc em mil novecentos e setentâ e pouco c os tir.o, a.ie to,a- puttlcu'los todos postumamFnie' Comeriam a sair nas ;;;;;;";;,,;" *, " esiáo publicando até hoie Evocêachaqueno t",""r",". ,t'U* "()In cabeça para enten'ler isto âqui? Náo tem não' ;;;;;;;;-* " porêmicâ da Isrejâ co., o m,ndo moderno i,oi,.]ii.;;;;;";''àn'"n'" tuao isso é u',' besteiror sem nm' .,*,." '"* * (l'" *'a taldndo l':o la" Daíe da c )\'lta pop i.'; "'; ;;';*'" de Ê4v 'om o \ari' ano' r55o "âu me inrere'st *.*"^""", O* 'Uo me fâz Íir Os argümentos de um lado' os -.r,,r.1,"., rl" "'"" '"do' er(s ne lalcm rir' o srmples ralo dc \oce :i::, ;;;;;';" .e"u' ia e nLm rhâ" e como c que lnce vai "." rrr- _ 'no'' olhl, v"rÔ\ tonl'apnr um {letc;o'c\ual ' um" ' ,urÍr'a tcorogica . cono e quc * ial i*l'" CoÍru e que a gcnte il';;;;; t1ue taz? se úamar Ariqióieles a cabeqa' o cérebro u"* t', i.*. "* unta: "Eu náo sei fãzer isso Fâça o seguinte' :;;;;;; t;"" ""a 'louirina teolósica' ou converta a doutrinâ ;;;;;;;,; ,".t" e 'raí vamos poder comparar' Mas assim como (slri, o mâterial bruto, náo dá'. E está o mundo inteiro discutindo essa l)cslciÍal Isso é coisa do diabo, rapaz. lsso é uma gozação para... Olhâ, ,) diabo está lá apostando com Deus, está dizendor "Vamos mostrar (t(lc lodos têm cérebro de gâ1inha, essas cíaturas da qual você tanto se ,irgulha, é tudo idiotâ". E provoul lAlrlna: "você me eúLou par causa disso?") "Por câusa disso aí você me botou no exí]io?" E isso fica cada (lia pior Entáo, vcja, a gente aqui esiudando essa coisa tem uma ccriâ possibilidade de se preservar desta imbecilizaçáo, na quâ] o lr(;mem, no seu nível lingüístico, conscgue ser muito mais burro do quc é no nível de perccpção. A percepçào humâna é evoluidíssima, é Iiníssima... A percepçáo humana. o corpo humano, foi Deus que fez, c por isso que funciona assim. E a nossa linguagem, as câtegodas todâs? Nós que fazemos. Entáo é claro que no nível intelectual somos lnlriio majs burros do que no nível sensitivo. Qualquer pessoa que cnlra nessas discussóes, é o raciocínio dela que está se enganândo, nras na vida r€al ela continua percebendo as coisas exatamente como sào, eesteéqueé oproblcma. Na verdade, quando a gente fala uma colsa, há o problema dâ pillalaxe. Náo poderia existir o fenômeno histórico da paralâxe cognitiva s€ elâ já náo estivesse de algum modo prefigurada na própria cstrutura hümana, A que clemento dâ estrutura humana colresponde â pâralaxe? Conesponde ao abismo enlre a percepçâo e a linguagem. Porque a percepçâo é intinitamente diferenciada conforme o lugât o momento, a pessoa de que se trata, etc. E a linguagem? Vocô tem um certo número de palavras, um certo número de combinaEõ€s ruitíssimo limitado que só se re{ere à realidade ânalogicâmente, râ verdade reduzindo todas as individualidades a espécies. usando conceitos gerais, pois náo se tem um nome para cada coisa. ll Alinguagemé müito atmsatla e énelaquese criam as conlusôes Porisso mesno é que me laz rir a idéia dos cams que querem explicar a percepção pela estruiura dâ linguagem. lsso é a esma coisa quc vocé querer cxplicar a rnrenlro d^ duromo' el pclo CodiSo dc lÍànsiru eraranrentc a mc'na rni'i' Ou a invençao do aviáo pelo Códlgo da DAC" Tcm o regulamcnto do DAC' entáo inveniaram Llm aparclho que se enquadrasse naquilo Eu quando vejo isso digo: _Puna, nas é islo que os caras chamam de 'filosofia'? Mas nós somos um... Darwindeviâter râzão, porque níx sonlos macacosrnesmo' Isso é coisâale macaco, náoé coisa de filósoio" l Freqüentemente você terá uma grande dec€pçáo até com os maiotes frlósolos, até com Aristóteles' con] Santo Tomás de Aquino. Porque às vezes leva dez séculos para resolver L1mâ coisa... Vamos dizer: Olhâ, cspera ai' o suieilo comeieu Lün pequeno engano, que ele descrcveu",, Não é que ele está errado' o que ele falou está certo, só que se refe(e a outra coisa' EIe está alescrevenalo a estrutura lógica, e você náo pode esquecer que de todos esses instrumentos, â lógica foi um aios primeiros que foram criados' A lógica, notenrpo de Santo Tomás deÀquino, já tinhâ aí mil e sei§centos anôs de idade, cntáo é uma ciência altissimamente desenvolvida E é cssa ciênciâ que ele vai usar para tratar o assunio' Espera ai, mas a lógica " Nào existia umâ ciência dâ descriçáo do lênômeno, isto aparece no século XX. isto é Ienomenologiê. É umê ciôncia quase iáo rigorosa quanto a 1ógicâ. Entáo digo: "Você estavâ tentândo resolver por ânáLisc lógica unr problemâ que só pode ser resolvialo por descriçào' Então é claro que' por mais que você se aproxime da verdâde, vâi estar se referindo a elâ analogicamenÍe. vai dizer uma coisa parecida Esse processo todo dê abstrâçáo, ele náo é o processo reâl do conhecimenlo, é uma estrutürâ lógica análoga Eniáo você náo pode dizer que está e âdo' lAlüa: (...) de Íomaçao àa deÍí ição, naa é? Nãô é do conceito' nas da detiniçàa.) 3Z Nao, é do conceito mesmo. À definiçâo verbal é outra coisâ. A (lol'iniçáo verbal já dependeapenas da sua gramática, âí é mals .orirplicado. A definiçâo náo é nada mais do quc aexpressão verbâlizada (l) u{)nceito, o que depcnde da língua que você lãla. A língua vai entrdl iri s(nnente nesse ponto. lA.lúno Entào (... ) meío uttrcira se síwl (...). Tudo. dista íe é todo o co hecifienLo da É por isso que o senhot íald que totla E que nada cstá no intelecto que não tenhapassâdo pelos sentidos; ( quc nâ verdade nada está intelecto, ponto final. O qlre chamâmos (lc inielecto é o nome de uma dâs funções sensÍvcis quc conhecemos. () inielecto náo faz quase nada. ltlrtro: IficLusiüe aÍMpdlha muitas t)ezes, nào é? O ínteLecÍa ( ..).1 Ille atrapalha. E se náo fossc assim... Zubiri na verdade é muito rir is crisiâo até do que Santo Tomás. Porque, se náo losse assim, como ( que se teria a ressurreiçáo do coÍpo? Veja, se o corpo é somcntc rqucle substrato aninral, etc., entáo como ó que é cssc negócio? Para (tuc vai fazer outro corpo? Isso qucr dizer que, se o corpo nâo tem a cspiriiualidade nele mesmo, não vai ter en lugar nenhum. À distinção irló de corpo e espirito passa a ser umâ distinçáo funcional e náo substàncial. Seria como a piópria noçáo de forma. Entre a formâ do scÍ c o scr a distinçâo é o quê? Funcional apenas. l(lün.à: Fuficional ou Íotmal? De Íarna e fiaíAia?) Náo, formal no sentido estrito náoé. Àdistinçáo de l'ormâ e matéria r umâ distinçâo formâl? É funcional, porque, se a forna nunca está separada dâ mâiéria, como é que poderia ser? Uma coisa nao pode ser iormalmcnte distinta aiâ outra. Porexemplo, um elefanteé formalmente distinto ala fonniguinha. náo tem possibilidade de um ser o outro ou de um estâr no outro. Àgora, a ionna do elelante iamais esiá separada do elelãnte, nem ele delâ -portanto, é âpenas unla questão funcionâl' Você se r€ferc â um ou se relerc ao outro) mas é como se Iosse o elelante' tomailo em ilistintos nívcis conforme o seu inleÍesse, conforme a sua âtençâo portà1to, é umâ distinçáo meramenre luncionâI' lÃl,r']ia: Mas a qLLesíão (la Íafi1a stlbsttt cial prcssupõe que essa coísa da intel.igêtrcia nàa seÍ' calno Üocê i|Lou"' Se tudo é sefisíÜel' pressupõe úfia ateialízação àaquito que està se do thamada de larma subslancial, o que é üma i lpossibilidade ) Claro que é posslbilidadc, porque, por excmplo' se você disser "Deus é puro espírjto sem matéria " dlgo: 'N{ás se nào tem matéria em Deus, como é que Ícm aqui?' l\lLtna: Não fiatéÍia no serlido dd nateria secur,da' potque eslou lalafida da notéria...) Matéria-prima, ftolerid secÚda, qualquer u a' Tudo isso está onde'/ l!.lllna: Onde tocê üiu algltéfi Íalar que Deus Íem matétia?l Eu estou dizendol Se Ele náo tem, como é que tem aqui? Então nós conseguimos ficar forê dele, conseguimos existir irdependentenente clele. fora dele. Náo é possivel isto LA1L.na: lsso aí não é simples assim, patque" l 3,1 ll claÍo que é simples assiml O problema é que Deus tem nâo s()nrcntc a maiéria exisienle, n1as a mâtéria por existir aindâ. E aquela (tu( nuncn vâi existir Elc também tem. Tanto fazl E. no fundo, o que isso qucr dizer! Que se Deus criou o rundo do nada, é porque estâ mêtéÍia existiâ em Deus como um nâda. .\is(ia como uma possibilidade dclcl Ou estava lora dele? Nâo estava. li)ra dele iinha o nada. entáo está nele mcsmol l{lúra F,nho Deus é uma espécie de bibLíoleca de Babel (...).) Náo, nâo brinca. Espera.rí, nós já estamos suficientemente .ncrencados sen figuras dc linguagem Estamos ientando dizer âs (r)isas com seus nomes âpropriados. 'Ah, â biblioteca de BâbeI"... lispcrâ âí, agora complicou... Al!]no: Mas (...) fião ptoüoctt y teís 1o?) Nâo, isso é o inverso do panieísmo. Porqu€ o panteísmo vai dizer r LL! tudo é Deus. Você diz: "Vocês inverierâm. Delrs é tudo mâis iLlNUffa coisa", porque a mâléria que náo existe também está nele. l^lunot Mas de quaLqud modo acaba haüendo ulfia Íüsào ou mesmo tltLlidade entrc a essêficiu de Deus e essência de cada set ctiado.l Sim. mas isso é ô,7e ?rrd\ náo é dupla via. |,,\luna: Enriio não é matétid nesse se Íida da naíéia oue lem I l.Àluna: Só /le!s r as úois..s. as coistts ntlo sào Deus.) l]. cxâtamcnlc, só Deus ó às coisas, c as coisas não sao Elc lil]no: i t:aÍta a afuis io th iicistej' Eúatt, onLle aL:ê é Deus... "Eu sou Deus. Llus Deus não é eu l "lir s(nr Deus. mâs Dcus naL, é eu " É isso lncsnio NaLh eslá fora de Dcus, Iada. E iudo qLre e\isle esiá lá. mês ain.la não o colnplcta. porqrLc o que nao c\ist!'tanrbórn ó Elc. Enlão, na verdadc, há muitos agoslinianos quc acharan1 qrre Sanio :l'omás cle Aqlriiro cstragou Luclo A hora quc aristoleli/ o ncgócio, conrplicou. lsso nao é iolâlnrcntc iusto. mas nalo.lcixa dc tcr algutrr tundâmcnto. pols:tlguns problcmas básicos do cristianismo só lomm n, r.n,l\iJ,,\!,c\r.,c,-r,Zuoi .e ., "'I J,l(. I i,. rr. r ,, r,,d,, vocô dizcr ':^ tal d.L âlrna. orde cslá? i\h. ela eslÍ ro corpo'. Nlê§ clâ cstâr no corpo Tudo quc iá foi e qLre ain.la scú. c qtte eln ouitos corpos possíveis iambóm, que vol:'ê possa ier iido cn1 Lrulra eriíôrcia. isso tlrdo é alma. xlâs ela nao está iora do oorPo. o corBr náo cstti lora dcla. Ela transcen.lc o corpo. o conceito, por.tuc o corPo só erlíc tcmporâln]ente nunr ccrto cstado. O lorpo só cstá no c§iado qüe clc estaL naquele momcnto. F. !l na? ^ rlnrà -á a.res'na â vida inteira. elà É lodos os m(nnenlos. cniáo náo é uma iúirâ coisa Porque é daí qlre vai cair nâ du.Llidade dc substânciâ clo Descartcs que e\isle um ncgócio chamado corpo c outro negócio chamâdo alnrà. Nao iem cssas coisâs. só iem rm. que é ulnâ coisa que obscurâmcntc o próprio Aristóleles dizia. que a ahna c o colpo sao u r coffposto indissolúvel L Santo Ton:1s de Aquino tân1béü Nías â própria pâlêvra "corrrposto' não é un1 conceilo, ó urna ligum dc linguagen, po.qüe pâravocô comporduas coisas ó nccessário quc clas exlstam indeDendcntcmcnie. llntAo se podc conceber a al râ tlLt)cndcnte rente clo csrado.1o corpo. mas o corpo só cxisre no , .lir(lo (tLrc elc cstá naquelc nro'lento Elc rcÍI un1a cxisiência. por ,.,1r .li1cl a(0mísiicâ liu. Por c{cnrpto Ondc cÍá o mcu corpo dos , i i ,r ü)s dc i.lade'l Não cstá mais âq'Li, 'ias a atma csl:r. Enrâo ó esse ,,,1i([) (]uc a alrrâ é .' fonna do corpo, corlro diziâ,\risríjtetes É a ,' ,,rx do corpo trnüâdo enr todos os seu! monrcni{rs da srLa crisiência L. rpossivel NlrLselanáoestiinumouitutugar.ctânãoétomrahrente 1 ,\li rlir. a apcnâs l\rnclonalmL.nle (lisrinta. | \lrna: E Nssírtl k»m l.ar assint: ':4 .tlno é a üniue^aL da ser \rx). isso é aDâklgico. nlLo ó riiloroso ^lUno Erino q a íLo na butlisno se k totlos .tqueles t'1t\t:íLinenlos téc iLos pata tktgarse a cu cana ,,isla aqui", o qua , l, \ tllocan1. ncnt há u lt1 ckaçào da úlnru tte natlei]lt akutnã I \r{r. mâs náo ó. de jeito ncnhun1. É simplesnerltc pâra the ensinar .i !t)ârâr da percepção clo momcnio Porquc dc 0nr ponto de vista rrrrfico aqrilo qlre loi âos três ânos de tdacle ó tão reat quânlo o r u. csiá serldo agora. pois ó o (orpo toffaclo nâo abstrativamcrte. ( ) ro|po que nós verno! .r cada nromcnto ó unr.L abstraçAo. \,ocô tr rrfbc? O corpo nâo ó concreto, cle é o âbstraú. porquc ó só Lün ,r,rrrcnto. Eu sír estou vcndo esses corpos lâis como etes estâo agora. rl.ria possível que eles tivcsscrn suryido ncÍe nresn1o flo relrto? Não, L t,s subcrtendem uln pâssado e Lrm fuiuro Entáo é o qlre nós Íàlamos I uc o corpo colLo perccpção sensívcl do nromenro é uma abstrâçao. () r(rpo lLrmado na slra corcrctu.le ó o coryo conr alllla. com sua ,, rLldl. "nr,ri,b. ou,, h-r..r. t,.Jô. o,,ru,.r^r (,,1u.. L que huI, r .r r rnâ invcrsáo d0 concrcto e do abÍralo. ) I I JAluno: O .orp.r co leçrt a aislit qua do lldsce e let 1i n í1e existir. qte da totrc aLt qua da se decanpõe ) Quâl o nmmenio. quando ú q c clc conreça a Lxistir ptoprianente? ll(nn, comcçr â cxisiir na hora dâ geração. Flspeta aí, nras c o cspcrmatozrii.lc que uaiu 1á, aqlrele prccisaDrcnle, clc já não cxistia antes? ll clc cra o quêl Elc cra orrirâ pcssoa? Naio. cle era locô mesnr) I,,l'.lt1(t:ltÍas e a óüuLo. ptulesso? Cotno t1. ?) Nl.Lis o óvu10. âquclc arvul0. Al.Jna: Etttão turo en ibcê.) lAl,rro: IlLes não erun a m.sna caisa l Nrlo, era voca nlesrro. Só que €ra \'ocê colro rnertL possibili.lâde bidógica. não conro rcalidade lriográlica cleliva. Nlâs rráo crâ ourrâ pcssoâ \hmos slrpor locê pegâ uma dorlâ âos viile ânos. Quando elâ tivcr vinle c scie, v.tl icr um óvolo '\" assim c assinr Está âqlri um flrlano qllc cstá coln vinte anos Quando ele tivcr vinle c novc. vai tcr unl espcnnatozóidc "x' assnrr c assiDl Quando jurrtar csses dois. vai asccr o Fulâno de lil. mâs dcsde iá clcs já são Flrlano dc Tal. A combiruçao dcste cl)ln cstc, embota cssc Ú!rrlo náo erisla ainda e cssc cspernatozói.le náo cxista airrda, iá é aqÜcla pessoa, porque náo a o!trâl E aquelâ pessoa, individualizada, é ncsse nromcnto apenas u â possibilicladc. Não é ulna realidadc. mas já ó cla. Ilssa ó â ial n. .ssêncitr inclividual '. É a tal da rdecceilds dc Duns Scot: "Olhâ. quando juntar csse espcrmatoTóidc aqui co âquele (i!nlo 1á, no âno i.,137. vâi ser o seu Fulano de Tal e nao otltrâ pes§oâ ' Isso quer.lizcr o seguintc: crisle uma série de \ icios tilosóficos que i.r vânr do lalo de que a riênciâ da lósica, a ciência do râcioctuio, â t t rciir da deduçào. sc dcscnlolveü lomidavcimcntc ârÍes d.L uiêrcia , | (lcso içl]o. llntlo. âo pcsàr os lenônenos e tratálos, vocô dâla n ( !l uiür.1 lógic.L deles. nâo suâ rcâlldâde elciiy.r. Nâo quc a cstrurürâ ,!ti.r cstivcssc crradâ. Iras ela é dilcrcntc da cstrLriura real ^ parli, do momcnro cfi que lez isso. gcra milharcs de prcblenas iir)srlticos. c d.Lí. quândo chcgârâ r os iilósoÍos modcrnos (HLrire. l\:Lrt. c1c.). eles lor.rir l'flzer uma conlLlsáo d(,s diâbos lrorquc âquilo ,t ir. jri cstavâ scparâdo loglcamente ell1 ^ristótclcs c ern Santo lblnr,Ls ! ri scparado onloloilicamcnte. eleiivamcrtc Então. âq!i, o Írrundo Ll,L! t)crccpçoes é un] câr)s, náo ó nadil I e\is(c uma niraculírsa for]na tt trioti qtLc \,ai lá e rnont.L tlrdo. ^h. dc oÍrde lir.ur cssa lbmm a i i,drll" Dai vinha o outro e conrplicâ mais o ncefuio '\4is a l'orlna a /r0i n,o é eternai a f(xrra a prioi é hislóricâ clâ vcm dâs lonlas 1, liniluagcnr que estão consolidadâs cl)r cxrla época" Entâo vocô ,lrrgr à conclusáo de qlle âs coisas tôln a l'ormâ qne lêln graçâs âos ,r1{)ics.le livros dc grârnálica l-oi o Nâpolcáo Mcndcs de Alneida .,r,. rururulldu: ^ .ô r. lu:Jô Ju h rnr , ...d -l r li "r,lp, r,, c li,/ ' ^ lirguage r nao laz absol,,itamcntc nâdal 1\)r cxcntplo, sc você. ao olhar a rcâlidadc, não lc»se capaz de l,, r')iuir r,rr. ^ ou.. ô 'ujeir, Lli,.\,ú, ,..lrc c " d(",, 'u.én.,, 1., iir dlsiinção de substantivo c vcrbo. Dizer que lui cssa distinÇão qlre ,,)u tl ontra, isso seria o lnilagrc dos milâgrcsl \l,cê eslá entenclcndol, \, flirst vcndo agaia e ali esiouverldo aitatâ dândo de nalrar para ,'. lriinhos. Sei quc uma coisa náo é a outral ^ clisilnção dc nonrc , ierbo csiá dadâ na percepEâo scnsivel. daí você criâ um sínbolo ,,,91 iíico rcmonr ilislo aí. OLr seja, toda a cstrulura da glalnática cstá lir(lir nas catcgoria, obleiivas do ser. Dai as catcgoriâs da gtrmática , ,, )irnr de uma nâncira crosscira, assim como qlralqucr dcscnho. por , i.ris ooffpl€io que seja, é grossciro crn relação à realidadc do cnte. I I , I I I I Ou é âré à menrória. Ou scja. v(,cê làz o scglrintc: lccha os ol|os c lembrâ unra pcssoa qlre vocé conhccc, lcmbra â suâ n1ãc, ltclrâ c pensal "}, a mâe". Vocô vai ver cL,mo a imâgcm que fer é esqucmática c pofrrc err relação à reâlidadc, â pessoa que vocó viu â viclà inteira. Não ó lAltjna: lildo be 1,Olara.nasd[e tu Aa tlllsceu ürl4 íde Íilical uma Êata natnaüílo ou deituntlo de tru nar, quü dizet. ú siluaçaL) de conprcensão funana, pensarulo iá qtle o hanet tetde ao co hecitnenta, que inclllsiac jú a AristóteLes coLacatur..l Náo. nisso ai nâo acrcdiro,.lic o honem ienda ao conheci.rento. De jcito ncnhum lAhnn: f ) ^ft. ttào'? Você estú ia.e d.a a que laz hú quarc ta lu tendo ao conhecirDcnto. E o rcstântc da espÉcie hurnana? A hisi(irià de que rodos os |omens tendein por naiür.czâ à blrscê do conhccnncniô la7 me rir. É claro que náol Lles fogcm disso conlo o diabo lbgc da crurl Tem meiâ dúzia dc loucos que se dedican a isso. É que Aristótclcs achavâ que ele era o scr hunran o rcpresenlativo. c cu nâo âcho quc eu sou o scr hunrâno representatirc. [A]una: ,VIai o que esl.otl querc tlo di2et é o seeuínte: existe uÍl se tido l1essa situdçiio do set hunana. O set humano tem um setllido, css? setltido esüi Ligad.a a una passibilidade d.e co heciuetio.) Bspera ai. como é que vou saber? Sc você iive que descob r isso. i.ai ter que descobrir â partir da Íeali.tâde. Nâo ó você paÍtir de um ncgócio de Ah, rem um sentido", e âgora você vai moldar a suâ.. Não. \([r]ila a possibilida.le dc q0e não rcnha senrido illgum. cnião: ,,1,\âo r.i sc Icr. sentido náo sei sc não ren1 scniido. isso é üm nomc que vou LI a cc iis erpcctatllas qnc fâço conl rclâçao ao fururo. à clcstinaçáo , iis rr)isas. ctc. lsso é âpcnas un1 nome que cstuu dando' . l,\lrLnar ÀÍrs. Í do ben, aatnos supo/ que íwlo issa tuhLl sida tlta pftlinLi út e qrrc s{. tenha pt:.rcebido que h(i ln fíÍt nãs cL)isos e ttIt:. potltLnto. as cois.ts passuem Lou senlido. Nlas como quc você podc pâllir de uma cotsa dcssal Alrna. Nãa pati rle utnã coisa àestu.luilá. co hcciuncarahá .'a íltas chamaú) ()laüa de Ca]üalho. que me lLontlou Let l,}istoteLes. I ! t i I t) At'i síóleLes. . I ,\h, lnas cssc aí nuncâ ràciocinâ a ptLrir do pressuposro dos :i,ntidos. Iir nuncâ rnciocino a partir dcsse prcss|posto. Sc as coisas li\ (!rln uff litr, se a realidâdc river ull1 fim. etn vai tcr que n1e moslrar rrir!üe senâo ó apenas unra coisa que elr invc iei quc quis e quc ,l(,rrctci que é assim Para sâber se as cois,rs rônr Lr r sentido ou nâo. \(,cô tcm que admitir as .luas hipótescs, d€ que rcnhâ um scnrkto e de ,tu. niio ienhâ nenhunr. Acho quc até tem Llúna: Il,lantbém .. selu da. cu túo nasci sozinha au iÍE lei o ttuutlo. EstuLt coLacadd denlrc de u 1a teulilade histót.iLa. üiíste uma lttltanicLade que ne prcceàe, etisteLtl caisas acumuludas às quais Íui ttt)tt:se lada E é o que z'acê laloü: cu acrcditei que eru a 1..)!l Sim. nlas vocé vendo o corljunio dâ hisróriâ hulnana é muiio dilicjl rlizer ,tIc isso lem un s€nlido. ^lcgara hjsióriâ tjumanacolllo prcva dosenrido.. | ,) cortrárior a história hLmüna ptuva que ito làz scnrido algum. 1l [Altlna,80111, ]nas a Reüelação e ahisttjia, pc» erctnplo. do CrisÍa, pata fiim ísso l.rz a lgum senticlo.) Mas essa é outra história. Esse aí é o negócio de Sanro Agostinho. Náo existe unra hisrória, exiíem duas histórias: existc uma históri:r empírica, quc é a hiÍória dos Impédos. a história das sociedadcs. entâo não laz sentido algum. Ínâs iem cm cima dcsta outrâ hisli;iâ que faz scniido. mas iÀz senrido se você aceitar também, porque se você náo acciiar náo 1ãz senrjdo algum. IAIü]:á: (..) Eítueéahistó a da Satz)ação.l Entáo você vô que em nenhum câso a cxistênciê do sentido pocle scr dada como um pressupostlr A eliistênciâ do sentido é aliamcnie p, ubl<r'r"r.(". \1, pouenru\ ari iricird ta. ,r. nau.o nu un i. prer, sâ âutofundânte, de jeiio nenhum, e raciocjnar a partjr detaj ,Àh, lem que scr assirn porque as coisa! têm que ter rn scnlido,.. porque dizem que as coisas iêm que ter um sentido? Espero quc tenhâm. espero.. lAlfia: (...) potque senào Êúa ur? nonsensc]. .l Mas e sc Ior o ronserse? lAJr)no: Potque eaiste uma necessítlatle. O ser lrunano ten Llna necessiclaàe dc eLe buscat o se íida (...).1 lsto lem, mas eu tanbénr tenho muitâ necesslcladc de dinheiro. e nem por isso o dinheiro aparece na minha conta. Entáo a necessidade de uma coisa não prova que ela exista [A]nnL\: Eu queria calocat, a patb tlissa, é que tocê só c1i percebenda. pincipallfienLe íssa que é a Íi alidadÊ, a palíít_de um prccesso absttaÍi o Eu esíaü impackldct co l uma questãa ..1 Itssc é o modo trêdicional de olhar, o modo escolástico. euer dizer. 1 ) )rocessoabstrativo você chegar à conclusâo de quc cxiste Dcus L ,ttle tcrn Lrma finâlidade. Hoje eln dia, depois dc iudo o qu€ estudei. i,( lri) quc sc for assim é lnuiro complicêdo. ,\luna: Mas é Lonplicaàa o ( .) !) li qlre, se for complicâdo, vai dâr todas âquel.Ls discussóes do l(r rt.. Se ior complicado, vai compljcâr n1ais âinda, dc nrodo quc , lr a c]:islênciê dcsse sentido. ou ela tcnr que âparccer para você conr I r rslucidcz a pârtir do lenômcno mesmo, ou então é melhor nem Itfsa. mais no assunto. Se a existôncia de um sentido vai clepender {l( rlnrâ complcxâ demonstraÇão lógjcâ que você vai iãzcr é nuito ) Aluno: A menos (tue alguém tenha ptaz)ado issa cientilicamente.l Nào, nAo cicntificamente. Cientificamente iambém não serve. tr)rquc tudo que é provado cientificamentc é condicional. Aluna: ,[lds a percepçào do aÍo (la úteligêucia é uüa coísa \rusíztel? Quarulo acê petcebe üm ata rcatizado peLr inteLigência t)ole díze| que aqu a que a iúelieêtlcia percebeu naqüeLe ato da tt'tse|lÇtl que ehl está aenda é um aío se síuet?) Não percebcmos nada pârâ cima do scnsívcl. de manciÍa que, sc o ral do espírito náo estivess€ no sensivel, nós jaffais o tcriân1os )crlebido. Você se reltre a ele independentc dos sentidos. Você pode illxr dele indcpendente dos senridos, mas perccbê lo não. fÀlunar r!Íds a inteLigência. qua do etd intelíge, el.a inteLíAe |.nsi?ehnenÍe ou a pattit do se sízrel?) +.1 t I I il To.lo o rnaterirl ql]c ch€g.t aló clâ é sensnrcl. NtLo tcm nada alóm dos senridos. nada. E que vocô acabâ perccbcn.lo quc isto quc você chama .lc scntidos cln si nresmo é alSo Inais do qLrc scnti.los () iamoso "cspiritual' o 'tr.Ln§cendcnte", elc. nao ê§lri âléfr dos «:nlidos i!r^lr4p:u.( in.. rrli\. p'rl< doquc l \'' u ponlo: nâo é una ouir.L laculdade que vai.rtrai dcpois parâ làzcr por abstraçào, naoi â coisl está nâ sua.ârâ. é peÍccbido nos scnti.los no primelro rnomento Aió a erislôncia dc Deus ó percebklâ assi'' l]le náo percebc por quê? R)rque n(js cstamos acosiumaclos a li.lâr LU''r .\\. 1,,,',I.ru.r rôd" ,'J rr'ô. i . d..,i "' I ''{' problenra dc toda a tisc(rástjca E sc a Escolástica nro tivcsse tornado cste ruirro, dcpois dcla náo teria hâvjclo DcscaÚes, não teria havidl) ]tun1, náo tcriâ lrâvido essa porca .Ldâ toda lAlüna: ,II.rs issa üua é prcblemu da EscoLástica lsso aí ioi . Qüando Occafi...l É un problcma da Escoltlsiicâ. sim Esse problernâ já cslá no próprio Santo l'oIrás dc,,\qlrino. Está em Santo lbmás dc Aquino. cstá enl Sânto ^lbe.io... o úl(irno suieilo no qual nao hâviâ prcblclnâs era Sânto Agostinho. Dcpois daí a coisa foi conlplicando. cornplicando' Isso quer.lircr qlre, sc for para propor unr rctorno, bom, relorno a SantL) Agosiinho lAúno:'fem duas coisas qu? ne ( .) é itlLe]'essafile comcttlat' A ptitlleim é que, quatklo o scnhat dí? que o (.) é t aís básico da que tanto Slt1/o 'n» ás quanto Alostinho esse axa ( .) Safilo Agastinl]J é que é mais básico tlo qüe Zubiri, na sentítlo de quc essa percepqAo que uai ftcando cliierc te dos {r i}nais asldtitl d dinlensào tiiai a. etLtão eshi o co hecinetlto tlc Deus (. ) Stlnta Agosíitll1o eslatia mais básico da ítLrc Zubiri, Aa é'll l,u não saberia rcsponder isso àí. Sinccrantente, não sei. O que cu r.i a o scguirte: q!ando você pega dois grancles homcns, e dois sântG, ,lrLando um deles diz uma coisâ c o outro Lliz o contrário. é pro!âvclmcnlc hrque cacla unl csiá Perccbcndo Lrm pedaÇo Quando locô vô que. fo nl Lrlo rncsno ern quc sc desenlolvc ioda a lilosofiâ cscoláslicâ. lá no rrcio daqujL, iern um sujeilo chamado Sao Bcrnardo qlre diz "olha, lLrdo rsso aí só scrve parâ icvâr as pessoâs para o lnferno".. Não é t!)ssn,cl quc €1e eíivcssc totalnrenic crrado. e unrbórr náo é possí/cl , Lrc o outro lado csrivcs se tolalmcntc cllado. então óporque te r alguma roisa ali que eslá lalhando I qnc coisa é essa, lAlrna: ,^Ias ele astu z,a se rcÍeti da a quê?) ^ toda a filosofiê. ille cra contra a lllosofia. Enlro locô tcnr ai unr llrlr)nra dc que e\istc algum problcmâ, e que o problema não scrá r.sr)lvido do dia prâ noite. talvez sc clucide séculos depois Quando na I s.olástica se consolida esse ncgócio d.L lé e da razào 'Aqui tcmos o ,,Úhcci.renio obiido pela Ió. aqui pelâ râzão' , cu semprc pcrgunlava .rssin "Olha. quandooscamarâdâsviranlJesusCristorcssuscilaÍLázaro. r l,rs !iram pela Íé ou pcla raláo? Quando lesus Cristo ressuscitou c foi llLLrr conl Lrs carâs. dizendor 'Olha, eu sou âqucle lá. eles pcrccbcranr rsso pela li ou pcl.L rarão?'. lsio é experiôncia Então isio ó básico: rrãô L. nuI fó ncln raz,to. iem algo qlre é anrcrior. E P()I isso que senrpre digo: ,,,risii.nisnro náo ó uma doutrina. ou ele é Llrr làto ou não ó nada, ( uLr Íaio .lâ ordem fisica, matcrial lcsus Cristo ressuscitou ou na{) ,rssuscitou? Ressuscilou na Íé ou na mzâo:' Nao ressuscitou nem na fó r.rn na razão, resslrscitou no plancta Tcrral iste ó o problema Na horâ rrrrcluc se corsolicla aquele negócio dc té e razáo. digo: 'lb, já complicou Ludo ' llrião ó claro que Sáo BernârLlo fala: 'lh. esse ncgócio vai dar o . . iu. l-ôd... Ll< l. I r\. n "ru . l-ii ^ puíqL I I , I ; I1!lüna: Ele j{i estaru truutnatizada co l Abelaúo. Nào seí se cle coúden ari a Safi I o'Ibtfi ais.l Ele tâmbé'r viviâ procurando heresia eü Abelârdo e náo conscguia achar Entaro clc também cstava cquivocado cstav.Lm lodos equivoc.idos. na vedaLle Por quê? Porque o problerra ela grânde dcmais e requêriâ âlguns séculosl Eles não tôm culpa dc não icrcm cnxcrgado a coisa. o snicito dá um alârmc . Um camarada cstá eslNturarLlo a relaçáo de lé e razio o lnehor que pode. e Lr oulro está direndo: "Isso aí vâl dar bocle' Os dois lados são impoÍantes. Elcs csiáo.lizcndo algurna coisa csscncial. por u,n lado c por oulro Enião, em Santo Tomás.le Aquino. você vai ver o quê? Vâi ver â eslruturâ lógica do processo cognilivo e sua lilndameniâçao lógica, a prova de por que llnciona \,lullo bern. a provâ lógica de por qlre oma coisâ furciona náo ó â mcsma coisa quc â dcscriçâo matcrial dcstâ coisa. ÍA|rfia: (- ) Esse equíiroco ( . ) eslara tnltilo ilnprcgnado do ÍLaào a alhíco da EsLalástica.| Do mo.to analilico cla Escolásiica. certamcnlel Porque eles linhanr acabado de conquistar a ciência da lógica Vejam, no séctllo imcdiâtânrcnte alrtcrior Gilbcll dc Lr Po.rc funcla â 'nova lóilica'. E quc é a nova lósica? ^ analitica. Os caras ficâram n1âravilhados com aquele negócio. Eles dizem: "Ent,ro valnos âgora eltrullrr.rr tudo de acordo conr essa nova lógica'. Bom. claro que iinham que fazcr isso, claro quc cra importantc. só quc â lógica scrve pâra qué? Para erpor a cstrutura lógicâ das coisas. À cstrlrtura lógica dâs coisas é â estrlriura de Lrln raciocínio que você lil7 a respeiio- e nao a estÍurüÍâ da coisa res ra. Alrtno: Aí o suleiÍo caneçú ú (. .): "Eu ão consigo explicat issa logicdme te. etttãa (...)".1 Aí já é un1 vÍcio secundário quc deri!â disso. Agora, a parlir dcsta dcscrição dâ esirutrm lógjca. os filósoios scguintcs começânr a discutir ' o úoÍ a ( \rr .rur:r lôgr.o j. .1 i*r , d. .ir. Nlas eles lazenisso como? També'rr logicamenle. Enrâo selaziâ análisc dr ânálise dâ ànálise dâ análisc. c no fim vâi esl:rrelâr tucto e não sobra nada E sc um cam dissei: "Hspera âí. isso quc vocôs cstáo analisíuldl) não é o ltnômcno da percepçáo, é sua eÍrutura lógicâ tâl conro loi (loscrita pelos Escolásticos". É cm cilna desu que Hume raciocina, quc Dcscâ(es raciocin.r, que todos raciocirâff1 E se locê pegar esse problcma da percepção e colejar con1 o problclna dâ rcssuffeiçáo de \osso Senhor rcsus Crisio. aí é que tic.L rnâis patcnrc ainda qLre em lo.la esia discussào á re|lid,d. fi..iú fÍ,ri lÀlrúo Eütàa quet dize] que a Íé é postetiat à percepçlia?l N,lâs que lé! O sujeitolãlâ em "ló'. cu iá tenho vontade de bater nas pcssoas. Escutâ. o sujeiio está lii. viu Jcsus Crisio resslrsciiar Lázaro. Itecisâ 1é para vcr isso? l{lltra: Ah. nids úí fiàa Íoi li Não kjgico quet1Aa. A\otu prccisa do li, potque nào Len nais. O Ídío é (lue as pessoas..) Nlas como nãô tcm mais? Sc não (iver êgo[L não scrvc pârâ nadal lAlun^: F.u eslaüa dizc do rtue qua da Jesus é prcse te cot seu t t[po ressurreclo. enlAo üoo prccísa tla Íi. Ago]'a, ã ]nedida em íluc a ]|»neü do século L\l tLào tet essa caisa da prese Qa. .l +i Náo, náoé. Se precisâ da fé ou se não precisa, você está confundindo com ouío problema, com o problema da salvaçáo da alma, se vocô precisa da fé ou náo para a salvaçáo da alma. Claro que precisa! Estou falando é se o problema da naturezâ do conhecimento tem algo a ver com fé e razào. Respostâi náo. Náo tem nem com fé nem com razáo. Náo é nemÍé nem razáo, é peÍcepçáo. E apercepçáo está subentendida em toda a história de Nosso Senhor Iesus Cristo, porque, se erâ para ir peta fé, entáo ele náo precisava nem vir Erâ só ele mândar um telegrama dizendo: "Olha, eu vou. Vocês acreditam ou náo?". Se era pela razáo, ele mandava uma equaçáo. E Sáo Paulo Apóstolo dizi "Mâlditos os gregos que exigem uma prova e os outros que exiSem um milagre". ÍAlünot Mas ele também Íalou uma outra coisa dessasr "Se C/islo não ressuscitou, então setia úã a ossa lé",) E ele diria: "Isso aí é o quê? Um objeto de fé ou é um objeto de razáo?".Istoéumfato. Entáo onegócio defé erazáo é muiio posterior, e certamente náo vai nos elucidar nada. Ora, toda a articulaçáo que Santo Tomás de Àquino dá ao problemâ do conhecimento está na arliculaçáo de fé e razào. E o fato? Bom, o fato ele conhecia, mas náo falou nada a respeito. l{lnna, Ma\ üeja, íé e ruzão são as Íormas hunanas de se alcançar uma aetdade, então a Íé...1 Essa coisa aqui você náo vai alcançar nem por fé nem por râzáo. Estâ aqui é impossíve1. [Alrna: Nào, a doutina qúe etplica aquiLa a un-..) 48 estti... No caso existe ü corpo teórico Nenhuma doutrina, se você pegatoda afé do mundo e toda a iazáo do mundo, vai fazer com que o iato âconteçâ. Entáo o que interessa é a Íó ou a razáo? Náo é nem um nem outrc, é o fato. Jesus Cristo veio na carne, morleu e ressuscitou. Sim ou nâo? Ou isso aconteceu. ou nâo aconteceu. Se você vai ter lé nisso, ou se vai ter uma demonstraçáo lógica de que aconteceu, isso é um problema posterior. O básico é o hio. No problema daRevelaçáo Cristá, oproblema básico é o fâio, e no problema do conhecimento também o problema básico é o fato. Entáo porque \a no. licar com esse negocio de lorma' 4 prlori. o proces§o abstrâtivo, e ficar com a teologia toda. efé e râzáo, sepodemos resolver â coisa de uma mâneira muito mais simples? lAl.Jno: São Betna o (...).1 Claro que Sáo Bernardo tinha razáol Ele tinha razáo, mâs não sabia por quê. ÍAlúnat Vou ficat calada aqui. porq e se isso 'Íosse assit t... (-..) ser santo s imediatafi ente ! l Claro que náol Que ser santo nadal Náo precisâ nada disso. Porque os caras que estavamlávendo Iesus Cristo ressuscitar Lázaro, só quem era santo viu? Náo, mas náo precisa ser santo I Se o sujeito precisâ ser. , Claro que nâol Que ser santo nada, náo precisa nada disso. Porque os carâs qu€ estavam lá vendo Jesus Cristo ressuscitar Lázaro, só quem lAlsnê.: Clarc que não!) Entáo ser santo ou náo santo é problema posierior também. !ir L{)rno: lssa úo letfi fiaLla d ücl caú1 se ele cle íalo eÍíslíu lnes 1a) oú se foi aLe é t que c]iou I Tcnr quc vcrl Sc o tãro Í'oi criado, ói sc o lãro ó invcntado, é outra ,ui.i ú,r ..(u, ,.,.rrr.,r 1,,'.,JU,', r,riJ p-,j i.r,.( o rlesm0 para você saber se o gí(o eslá ali deiia.lo ou não Ou o lâlo acontcccu ou náo. Acho quc sc Crislo rcssuscitoLr, sc clc ltz isso, clc podc |àzcr aleuma coisil]ha a mâis. E sc clc poclc razcr alguma coisinha a Dr.Lis. ele po.le lazer rqui e agora. Se ntLo po.ie iazer aqui e agora, 1ârrtrérn tudo isso Ião e inieressâ. Enião. no fLrrdo. no fundo, a gcntc fica tcorizando muito, cxist. loda umâ teorizaçáo, ulllâ discussào que vai mlriio âlérn d.L esfer.L clos It(os. qurLndo o apelo xos alos resdveriÀ a coisr inredi:rurrenie Resolve ressâ eslera iêológica lambénr. e resolve rais ain.lâ na cste€ dâtcoria.loconhccnncnro.Olatoóoscguintc ó q uc todo cssc ncgócio de S.Lnto tomás cle Aquino deu muila discussâo. deu lnlrilo lrabalho, lii un proble.ráo para l'azer tuLb aquilo. e dai passo! nrilis oilo séculos p†â Ígrcjâ en.lossar âqlrilo. E note benr: eles €rdossân e na hora quc cndossâlll aquilo fica corno um bloco. un1 edifÍcio inteiro que você tem que engolir. E âquele edilicir, é tao complicado. e leva i.Lnto tenpL) para vr)cê .rdquirir que no curso de estudâr âqlrele negócio lodo locê iá passa a discutir â filosofiâ dc Sânto Tolrás dc Aquino cm l,cz dc discLrtir o rato (. .) Está ótimo. a filosofia de Sânro lomás de &uino é cxcelente, a de Arisióteles l:rrrbénr é excelente Só que lern o seguinie: tenr âlgo que ó o prcssuposto dc tudo isto. lsso qucr dizcr quc. sc ó vcrdâdc quc estamos chegancbpcrto dofinl.krstcmpos. cntão uma saricdeenigmas |islórjcos que se prolorgaran durante dois r l anos, de reperic a solrçao dclcs comcÇâ a aparcccr âssim. mâs qrc âró um idioia como cu pcrocbc. A gcntc tcvc ur]râ chuvâ dc sâbcdoria quc pulula para tudo 5ir ,LL irf to ó lâ.1o. dc rcporl€ as pcssoâs conrcçanl a l)erccbcr certas coisas I',rl.r n: "N'lâs como é quc os filósolàs gâ§tara'ü tâItos neurônios se eu, I',' !i ru', r...'r^, l.r..ot'.1"i' rr r n.ir r' I rrr "'ru \'rÔ l,islrn icâ anornral na qual nruito daquilo quc ficolr oculto de repcntc ,,!rcca a aparecer Conlo é que rrós chcganros, por e\enrPlo, â lünras i,r0 rrlil'iciaisl:le râciocí]io qu€ pudentos acrcditar que a linguager c L Jrranráiic.L gctanl a fornrâ do rnun.io? NÍas conlol I qnândo ninguórn 'irhir granrárica, como ó quc cra? Ãlr,j.o: SL|,at qut corpo e nte le stto Laisns sqtlj'ddas ) l-nr. J.,c, u.r l- ran,.', ,',, q ! <rr'l r luL L IL,.I,'\'\: I .\sc§ ànlrnais? NÍas coflo é qüc chcgan1os â uma eslupidcz como essa -.r)rrsrruçáo social da realidâdc'. quan.lo basta abrir os olhos e vcÍ o trLr.anho qlre c' o ncgócio? É claro que a «rciedade náo pode construir Lrdo islo Construa um cletânle sc \/ocê puder' al prirna(to.lo fato. do lâto no seniido nlais Inâicrial possívcl, {,ssc ó o elcllrcrrto nilnrero um. Êxistc o Ser, o Scr eslá aí na rrinha cira. É a tarrosa prcsença rtÍal de quc fala l,ouis Lavelle Isslr selnprc eslevc prescnte âí. Noss()s pcnsâmentos. eles são lrscontínuos. Nosso pensâmcnt0. nossa linguagcm. nossa l'ala. r do ó desconiínuo. íl urn pouqutuhc aqLri. é como se losse uma rspuminha cm cimâ clo occano Im cima do occano cta rralidade lem ünras coisinhas 1,r quc nós chànrarnos de'lensamento" Agora. apaga ru ruLlidadc cm iorno c vê quarrto Sobra do scu pcnsanrcnto Digo, por .\cmplo. que cssa aqüi ó rilrrlhâ lilhâ cu a conhcÇo. Se eu ficâr dez lros se â vcr (dez anos nào. de, mcscs). nao consigo lembmr o roÍo dcla exalamcnte corno ó. Eu prcciso deh para lcmbrar' A rcâlidudc ó o nosso cérebnrL A rcêlidade cxtcrna, o trundo é o rosso cérehro. Nós pcnsamos cofr o mundo. pcnslLnros com coisa§. corn rcalidadc. No câso.lo crisii.Lnismo é a mesnLL coisa: ou aqLrilo acontecclr' ou não aconlcccu Sc acontecerr, eniáo não é n€nlpor fó nenl por r'L/áol lslo ó un ll1odo üui1.) poícrior. mLLilo rcnroto de vcr as coisas Agora' sc aconicceu, c se Icslrs Cri§io cle próprio diz quc é agora o lllesmo de oniem e cio que scrá atranhA, crtAo tern quc estar aconleccndo â coisa âgora nresnlo aí. ou entào iudo ;sto é Llma bobagern' Enl rcligiao coÍro em biologia e cln qualquer oulra coisa' o tcste da coisa é o tato. E iambé isso ó unr ilr'Lndc consolo, porqüc vocô náo precisa guardar luclo na cabcça pois slit nrcmóriâ é o mlrndo Sabc quanalo é que mc âparccell cssâ idéia? Unra vez rllla pcssoâ flc pcrguntou sc cu nao fazia fichinha I rcsLrmo dos livros que liâ Eu dissel "Mas o resuno já cstá no livroL l'l já nrârqlrei os pedâços 1á' já csiá lá' F.lÊ o livru. ó a Íichal Espera ai. rnâs sc o livro é a ficha cnt.Lo os latos sâo a nesma coisa. Eu rao preciso llcar guardando ludo na memória porque quirndo esqucço lou 1á e olho de novo N'o é assirn qLrc todo munclo iaz? Uma
Compartilhar