Buscar

16631100-politica-nacional-de-saude-mental

Prévia do material em texto

ENFERMAGEM
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL
Livro Eletrônico
NATALE SOUZA
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade 
Estadual de Feira de Santana – em 1999; 
pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – 
Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, 
em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e 
mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura 
Municipal de Salvador e atua como Educadora/
Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – 
FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. 
Além disso, é docente em cursos de pós-
graduação e preparatórios para concursos há 16 
anos, ministrando as disciplinas: Legislação do 
SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde 
Pública e específicas de Enfermagem.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
3 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
Saúde Mental: Política Nacional de Saúde Mental ............................................4
Apresentação da Professora .........................................................................4
1. Reforma Psiquiátrica ...............................................................................5
1.1. Histórico da Reforma ............................................................................6
1.1.1. Histórico da Reforma: crítica do modelo hospitalocêntrico (1978-1991) ....6
1.1.2. Histórico da Reforma: começa a implantação da rede extra-hospitalar 
(1992-2000) ..............................................................................................8
1.1.3. A Reforma Psiquiátrica depois da Lei Nacional (2001-2005) .....................8
1.1.4. Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001 ..................................................11
2. Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e Centros de Atenção Psicossocial 
(CAPS) ....................................................................................................19
2.1. O que é a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)? ....................................19
3. Resolução n. 32, de dezembro de 2017 ....................................................42
Referências Bibliográficas ..........................................................................55
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
4 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
SAÚDE MENTAL: POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL
Apresentação da Professora
Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela Universidade Es-
tadual de Feira de Santana (UEFS), em 1999; pós-graduada em Saúde Coletiva 
pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em 2001, e em Direito Sanitário 
pela FIOCRUZ, em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo 
como Educadora/Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ) no Projeto 
Caminhos do Cuidado e há 16 anos na docência em cursos de pós-graduação e 
preparatórios de concursos, ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas 
de Saúde, Programas de Saúde Pública e Específicas de Enfermagem.
Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos – pela editora Con-
cursos Psicologia; Legislação do SUS – comentada e esquematizada/Políti-
cas de Saúde, Legislação do SUS e Saúde Coletiva 500 questões, pela edi-
tora Sanar. De capítulos nos seguintes livros: 1000 Questões Comentadas de 
Enfermagem – Editora Sanar; 1000 Questões Residências em Enfermagem 
– Editora Sanar; e em fase de finalização de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, 
tanto como “concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em mais de 12 
concursos e seleções públicas. Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu 
tempo ao estudo dos Conhecimentos específicos de Enfermagem, da Legislação 
Específica do SUS e aos milhares de profissionais que desejam ingressar em uma 
carreira pública.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
5 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Nesta aula, abordaremos o seguinte tema: Política Nacional de Saúde Men-
tal. A aula já está atualizada de acordo com a Resolução n. 32, de 2017, com as 
Portarias de Consolidação n. 2 e n. 3, de 2017, e com a Portaria n. 3.588, de 2017.
1. Reforma Psiquiátrica
Para Brasil (2005):
O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo da eclosão do 
“movimento sanitário”, nos anos 70, em favor da mudança dos modelos de atenção e 
gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, equidade na oferta dos serviços, 
e protagonismo dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de 
gestão e produção de tecnologias de cuidado.
Embora contemporâneo da Reforma Sanitária, o processo de Reforma Psiqui-
átrica brasileira tem uma história própria, inscrita num contexto internacional de 
mudanças pela superação da violência asilar. Fundado ao final dos anos 1970, na 
crise do modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico, por um lado, e 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
6 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
na eclosão, por outro, dos esforços dos movimentos sociais pelos direitos dos pa-
cientes psiquiátricos, o processo da Reforma Psiquiátrica brasileira é maior do que 
a sanção de novas leis e normas e do que o conjunto de mudanças nas políticas 
governamentais e nos serviços de saúde.
Brasil (2005) traz o seguinte conceito para a Reforma Psiquiátrica:
A Reforma Psiquiátrica é processo político e social complexo, composto de atores, insti-
tuições e forças de diferentes origens, e que incide em territórios diversos, nos governos 
federal, estadual e municipal, nas universidades, no mercado dos serviços de saúde, 
nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais e de 
seus familiares, nos movimentos sociais, e nos territórios do imaginário social e da opi-
nião pública. Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, 
valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das 
relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por im-
passes, tensões, conflitos e desafios.
1.1. Histórico da Reforma
Neste item, trarei, brevemente, de acordo a divisão feita por Brasil (2005), os 
períodos da Reforma Psiquiátrica.
1.1.1. Histórico da Reforma: crítica do modelo hospitalocêntrico 
(1978-1991)
•	 O ano de 1978 costuma ser identificado como o início efetivo do movimento 
social pelos direitos dos pacientes psiquiátricos em nosso país.
•	 O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), movimento plural 
formado por trabalhadores integrantes do movimento sanitário, associações 
de familiares,sindicalistas, membros de associações de profissionais e pesso-
as com longo histórico de internações psiquiátricas, surge neste ano.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
7 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
É sobretudo este Movimento, por meio de variados campos de luta, que passa 
a protagonizar e a construir, a partir deste período, a denúncia da violência dos 
manicômios, da mercantilização da loucura, da hegemonia de uma rede privada de 
assistência e a construir coletivamente uma crítica ao chamado saber psiquiátrico 
e ao modelo hospitalocêntrico na assistência às pessoas com transtornos mentais.
•	 Passam a surgir as primeiras propostas e ações para a reorientação da as-
sistência. O II Congresso Nacional do MTSM (Bauru-SP), em 1987, adota o 
lema “Por uma sociedade sem manicômios”. Neste mesmo ano, é realizada a 
I Conferência Nacional de Saúde Mental (Rio de Janeiro).
•	 Neste período, são de especial importância o surgimento do primeiro CAPS 
no Brasil, na cidade de São Paulo, em 1987, e o início de um processo 
de intervenção, em 1989, da Secretaria Municipal de Saúde de Santos 
(SP) em um hospital psiquiátrico, a Casa de Saúde Anchieta, local de 
maus-tratos e mortes de pacientes. Foi essa intervenção, com repercussão 
nacional, que demonstrou, de forma inequívoca, a possibilidade de construção 
de uma rede de cuidados efetivamente substitutiva ao hospital psiquiátrico.
•	 Também no ano de 1989, dá entrada no Congresso Nacional o Projeto de 
Lei do deputado Paulo Delgado (PT-MG), que propõe a regulamentação dos 
direitos da pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos ma-
nicômios no país.
•	 É o início das lutas do movimento da Reforma Psiquiátrica nos campos legis-
lativo e normativo. Com a Constituição de 1988, é criado o Sistema Único de 
Saúde (SUS), formado pela articulação entre as gestões federal, estadual e 
municipal, sob o poder de controle social, exercido por meio dos “Conselhos 
Comunitários de Saúde”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
8 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
1.1.2. Histórico da Reforma: começa a implantação da rede 
extra-hospitalar (1992-2000)
•	 A partir do ano de 1992, os movimentos sociais, inspirados pelo Projeto de 
Lei Paulo Delgado, conseguem aprovar em vários estados brasileiros as pri-
meiras leis que determinam a substituição progressiva dos leitos psiquiátricos 
por uma rede integrada de atenção à saúde mental. É a partir deste período 
que a política do Ministério da Saúde para a saúde mental, acompanhando as 
diretrizes em construção da Reforma Psiquiátrica, começa a ganhar contornos 
mais definidos.
•	 É na década de 1990, marcada pelo compromisso firmado pelo Brasil na as-
sinatura da Declaração de Caracas e pela realização da II Conferência Nacional 
de Saúde Mental, que passam a entrar em vigor no país as primeiras normas 
federais regulamentando a implantação de serviços de atenção diária, funda-
das nas experiências dos primeiros CAPS, NAPS e Hospitais-Dia, e as 
primeiras normas para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos. 
Neste período, o processo de expansão dos CAPS e NAPS é descontínuo. As 
novas normatizações do Ministério da Saúde, de 1992, embora regu-
lamentassem os novos serviços de atenção diária, não instituíam uma 
linha específica de financiamento para os CAPS e NAPS.
1.1.3. A Reforma Psiquiátrica depois da Lei Nacional (2001-2005)
•	 É somente no ano de 2001, após 12 anos de tramitação no Congresso Na-
cional, que a Lei Paulo Delgado é sancionada no país. A aprovação, no en-
tanto, é de um substitutivo do Projeto de Lei original, que traz modificações 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
9 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
importantes no texto normativo. Assim, a Lei Federal n. 10.216 redireciona 
a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento 
em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das 
pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a 
progressiva extinção dos manicômios. Ainda assim, a promulgação da Lei 
n. 10.216 impõe novo impulso e novo ritmo para o processo de Refor-
ma Psiquiátrica no Brasil.
•	 No contexto da promulgação da Lei n. 10.216 e da realização da III Conferên-
cia Nacional de Saúde Mental, a política de saúde mental do governo federal, 
alinhada com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica, passa a consolidar-se, 
ganhando maior sustentação e visibilidade.
•	 A partir desse ponto, a rede de atenção diária à saúde mental experimenta 
uma importante expansão, passando a alcançar regiões de grande tradição 
hospitalar, nas quais a assistência comunitária em saúde mental era prati-
camente inexistente. Nesse mesmo período, o processo de desinstitucionali-
zação de pessoas longamente internadas é impulsionado com a criação do 
Programa “De Volta para Casa”.
•	 Uma política de recursos humanos para a Reforma Psiquiátrica é construída, e 
é traçada a política para a questão do álcool e de outras drogas, incorporando 
a estratégia de redução de danos.
•	 Realiza-se, em 2004, o primeiro Congresso Brasileiro de Centros de Atenção 
Psicossocial, em São Paulo, reunindo dois mil trabalhadores e usuários de 
CAPS. Esse processo caracteriza-se por ações dos governos federal, estadual, 
municipal e dos movimentos sociais, a fim de efetivar a construção da tran-
sição de um modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico para um 
modelo de atenção comunitário.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
10 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
•	 O período atual caracteriza-se assim por dois movimentos simultâneos:
−	 a construção de uma rede de atenção à saúde mental substitutiva ao mo-
delo centrado na internação hospitalar, por um lado; e
−	 a fiscalização e redução progressiva e programada dos leitos psiquiátricos 
existentes, por outro.
•	 É neste período que a Reforma Psiquiátrica se consolida como política 
oficial do governo federal.
Existem em funcionamento hoje, no país, 689 Centros de Atenção Psicossocial 
e, ao final de 2004, os recursos gastos com os hospitais psiquiátricos passaram 
a representar cerca de 64% do total dos recursos do Ministério da Saúde para a 
saúde mental.
1. (CESPE/FUB/2013) Acerca da reforma psiquiátrica, julgue o item que se segue.
O processo de reforma psiquiátrica brasileira tem uma história inteiramente atrela-
da à reforma sanitária, pois ambas previam, desde o início, mecanismos claros para 
a extinção dos manicômios.
Errado.
Deinício, a reforma psiquiátrica tinha o objetivo de extinguir os manicômios. Já 
a reforma sanitária tinha como objetivo a luta pela garantia do direito universal à 
saúde e a construção de um sistema único e estatal de serviços.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
11 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
2. (CESPE/FUB/2013) Acerca da reforma psiquiátrica, julgue o item que se segue.
A reforma psiquiátrica preconiza a criação de ambulatórios de especialidades por 
ser um serviço de saúde que concentra poucos recursos, tem ampla cobertura e 
garante a acessibilidade.
Errado.
A proposta da Reforma foi a extinção dos manicômios e a assistência comunitária, 
com a criação de espaços que concentrassem recursos suficientes para garantir a 
integralidade do cuidado.
1.1.4. Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001
Neste item, discorrerei sobre a Lei em questão e discutiremos algumas questões 
para fixação. Observe que o texto da lei está integral, sendo os grifos de minha autoria.
Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e 
redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno men-
tal, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação 
quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, 
idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução 
de seu transtorno, ou qualquer outra.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 10.216-2001?OpenDocument
12 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e 
seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enu-
merados no parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I – ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas 
necessidades;
II – ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de benefi-
ciar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no tra-
balho e na comunidade;
III – ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV – ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V – ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a neces-
sidade ou não de sua hospitalização involuntária;
VI – ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII – receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu 
tratamento;
VIII – ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX – ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
Art. 3º É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, 
a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos men-
tais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em 
estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades 
que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
13 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Art. 4º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quan-
do os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
§ 1º O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do 
paciente em seu meio.
§ 2º O tratamento em regime de internação será estruturado de forma 
a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, in-
cluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, 
e outros.
§ 3º É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos men-
tais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas 
dos recursos mencionados no § 2º e que não assegurem aos pacientes os direitos 
enumerados no parágrafo único do art. 2º.
Art. 5º O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize 
situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou 
de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada 
e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária 
competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegu-
rada a continuidade do tratamento, quando necessário.
Art. 6º A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico 
circunstanciado que caracterize os seus motivos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
14 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:
I – Internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II – Internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a 
pedido de terceiro; e
III – Internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Art. 7º A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consen-
te, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse 
regime de tratamento.
Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação 
escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.
Art. 8º A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por 
médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina – CRM do Estado 
onde se localize o estabelecimento.
§ 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e 
duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técni-
co do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento 
ser adotado quando da respectiva alta.
§ 2º O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do fa-
miliar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável 
pelo tratamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
15 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de SaúdeMental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Art. 9º A internação compulsória é determinada, de acordo com a le-
gislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições 
de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos 
demais internados e funcionários.
Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e faleci-
mento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos 
familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária 
responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.
Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não pode-
rão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu represen-
tante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes 
e ao Conselho Nacional de Saúde.
Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará co-
missão nacional para acompanhar a implementação desta Lei.
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
3. (PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/2016) A polí-
tica nacional de saúde mental, regida pela Lei n. 10.216, enfatiza que são direitos 
da pessoa portadora de transtorno mental:
a) receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tra-
tamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
16 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
b) ser tratada sempre em serviços comunitários de saúde mental.
c) ter acesso à internação em instituições com características asilares.
d) ter uma sala específica para atendimento aos portadores de transtornos men-
tais na unidade básica de saúde.
Letra a.
A Lei n. 10.216/2001, em seu artigo 2º, parágrafo único, trata sobre os direitos 
das pessoas portadoras de transtorno mental. O seu inciso VII traz que é direito 
dos portadores de transtornos mentais receber o maior número de informações a 
respeito de sua doença e de seu tratamento.
4. (IADES/UFBA/2014) De acordo com a Lei n. 10.216/2001, Lei da Reforma Psi-
quiátrica no Brasil, é correto afirmar que:
a) a internação, em qualquer de suas modalidades, será indicada mesmo nos ca-
sos em que os recursos extra-hospitalares se mostrem suficientes.
b) a internação involuntária é aquela determinada pela Justiça.
c) a internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de 72 horas, ser comu-
nicada ao Ministério Público Estadual, pelo responsável técnico do estabelecimento, 
no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da 
respectiva alta.
d) não constitui direito da pessoa portadora de transtorno mental ter acesso à pre-
sença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua 
hospitalização involuntária.
e) as pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos podem ser rea-
lizadas sem o consentimento expresso do paciente ou de seu representante legal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
17 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Letra c.
De acordo com o art. 8º, parágrafo 1º, da lei em questão:
A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devida-
mente registrado no Conselho Regional de Medicina – CRM do Estado onde se localize o 
estabelecimento.
§ 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas 
horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do es-
tabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado 
quando da respectiva alta.
5. (AOCP/HUCAM-UFES/2014) Qual Lei Federal redireciona a assistência em saúde 
mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comuni-
tária e dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais?
a) 224 de 1992.
b) 336 de 2002.
c) 10.216 de 2001.
d) 3.088 de 2011.
e) 10.708 de 2003.
Letra c.
A Lei n. 10.216/2001 dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras 
de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
18 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
6. (AOCP/HUCAM-UFES/2014) No Brasil, em 1989, dá entrada no Congresso Na-
cional um projeto de Lei que inicia as lutas do movimento da Reforma Psiquiátrica 
nos campos legislativos e normativos, e propõe a regulamentação dos direitos da 
pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. 
Esse projeto é denominado
a) Projeto de Lei Paulo Delgado.
b) Projeto de Lei Roberto Delgado.
c) Projeto de Lei Paulo Amarante.
d) Projeto de Lei Roberto Amarante.
e) Projeto de Lei Pedro Amaral.
Letra a.
Um pouco de história:
A reforma psiquiátrica e suas demandas
Inicialmente intitulado como um movimento contestador da visão médica tradicio-
nal sobre a doença mental, o processo de reforma psiquiátrica instituiu-se fomen-
tando tal discussão e lançando propostas alternativas em relação aos manicômios, 
cujo arcabouço explicita-se por meio dos seguintes propósitos: dissolver a barreira 
entre assistentes e assistidos; abolir a reclusão e a repressão impostas aos pacien-
tes e promover a liberdade com responsabilidade destes e a prática de discussão 
em grupo, envolvendo uma postura essencialmente interdisciplinar.
No Brasil, o Projeto de Lei “Paulo Delgado” propôs a extinção progressiva do 
modelo psiquiátrico clássico, inclusive de hospitais especializados, propondo a sua 
substituição por outras modalidades assistenciais. Após 12 anos de tramitação no 
Congresso Nacional, a Lei n. 10.216 foi sancionada pelo Presidente da República, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
19 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
em 6 de abril de 2001. Essa lei dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas por-
tadoras de transtornos mentais e sobre a reinserção social do doente mental em seu 
meio, além de proibir a construção de novos hospitais psiquiátricos e a contratação 
pelo serviço público de leitos e unidades particulares desse tipo. Assim, a internação 
só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
2. Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e Centros de Atenção 
Psicossocial (CAPS)
Vamos falar de Rede? Utilizarei a mesma metodologia: trarei a Portaria na ínte-
gra, com grifos, sinalizações e esquemas e fixaremos com questões sobre os temas 
deste item.
2.1. O que é a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)?
A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção 
abertoe de base comunitária. A proposta é garantir a livre circulação das pessoas 
com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade.
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de aten-
ção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os 
efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas.
A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS). A Rede é composta por serviços 
e equipamentos variados, tais como: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); 
os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os Centros de Convivência e Cultura; 
as Unidade de Acolhimento (UAs); e os leitos de atenção integral (em Hospitais 
Gerais, nos CAPS III).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
20 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
A RAPS está presente nos seguintes serviços, desenvolvendo diversas 
ações:
Fonte: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/conheca_raps_rede_atencao_psicossocial.pdf>.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/conheca_raps_rede_atencao_psicossocial.pdf
21 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
PORTARIA N. 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011
Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou 
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Considerando a Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Esta-
tuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências;
Considerando as determinações da Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001, que dis-
põe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais 
e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
Considerando a Lei n. 10.708, de 31 de julho de 2003, que institui o auxílio-re-
abilitação psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais egressos 
de internações;
Considerando o Decreto n. 7.179, de 20 de maio de 2010, que institui o Plano 
Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas;
Considerando as disposições contidas no Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 
2011, que dispõe sobre a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), o plane-
jamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa;
Considerando a Política Nacional a Atenção Integral a Usuários de Álcool e ou-
tras Drogas, de 2003;
Considerando a Portaria n. 336/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2002, que regu-
lamenta o funcionamento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS);
Considerando a Portaria n. 816/GM/MS, de 30 de abril de 2002, que institui, no 
âmbito do SUS, o Programa Nacional de Atenção Comunitária Integrada a Usuários 
de Álcool e outras Drogas;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
22 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Considerando as diretrizes previstas na Portaria n. 1.190/GM/MS, 4 de junho 
de 2009, que institui Plano Emergencial de ampliação do Acesso ao Tratamento e 
Prevenção em Álcool e outras Drogas (PEAD);
Considerando a Portaria n. 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, que esta-
belece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS;
Considerando a Portaria, n. 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011, que refor-
mula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às 
Urgências SUS;
Considerando as recomendações contidas no Relatório Final da IV Conferência 
Nacional de Saúde Mental Intersetorial, realizada em 2010;
Considerando a necessidade de que o SUS ofereça uma rede de serviços de 
saúde mental integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos de atenção para 
atender as pessoas com demandas decorrentes do consumo de álcool, crack e ou-
tras drogas; e
Considerando a necessidade de ampliar e diversificar os serviços do SUS para a 
atenção às pessoas com necessidades decorrentes do consumo de álcool, crack e 
outras drogas e suas famílias,
Art. 1º Fica instituída a Rede de Atenção Psicossocial,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
23 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e 
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito 
do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 2º Constituem-se diretrizes para o funcionamento da Rede de Atenção 
Psicossocial:
I – respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas;
II – promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;
III – combate a estigmas e preconceitos;
IV – garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência 
multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
V – atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
VI – diversificação das estratégias de cuidado;
VII – desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a inclusão social com vistas 
à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;
VIII – desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
24 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
IX – ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle social 
dos usuários e de seus familiares;
X – organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabeleci-
mento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
XI – promoção de estratégias de educação permanente; e
XII – desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo central a 
construção do projeto terapêutico singular.
Art. 3º São objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial:
Objetivos
Gerais
I – ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral;
II – promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas e suas famílias aos pontos de atenção; e
III – garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes 
de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, 
do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências.
Atenção para a diferença entre objetivos geraise objetivos específicos.
Art. 4º São objetivos específicos da Rede de Atenção Psicossocial:
I – promover cuidados em saúde especialmente para grupos mais vulneráveis 
(criança, adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas);
II – prevenir o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas;
III – reduzir danos provocados pelo consumo de crack, álcool e outras drogas;
IV – promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno men-
tal e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas na so-
ciedade, por meio do acesso ao trabalho, renda e moradia solidária;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
25 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
V – promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de saúde;
VI – desenvolver ações intersetoriais de prevenção e redução de danos em 
parceria com organizações governamentais e da sociedade civil;
VII – produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas de 
prevenção e cuidado e os serviços disponíveis na rede;
VIII – regular e organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de 
Atenção Psicossocial; e
IX – monitorar e avaliar a qualidade dos serviços por meio de indicadores de 
efetividade e resolutividade da atenção.
Art. 5º A Rede de Atenção Psicossocial é constituída pelos seguintes compo-
nentes:
ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE, for-
mada pelos pontos de Atenção:
Unidade Básica de Saúde
1. Equipes de Atenção Básica.
2. Equipes de 
Atenção Básica 
para populações 
específicas:
2.1. Equipe de Consultório na Rua;
2.2. Equipe de apoio aos serviços 
do componente Atenção Residen-
cial de Caráter Transitório.
3. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção 
Básica (Nasf-AB).
Centros de Convivência e Cultura.
Atenção Psicossocial, formada pelos seguintes pontos de atenção:
1. Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes modalidades.
2. Equipe Multiprofissional de Atenção Especializada em Saúde Mental/Unidades 
Ambulatoriais Especializadas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
26 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Atenção de Urgência e Emergência, formada pelos seguintes pontos de atenção:
1. SAMU 192;
2. Sala de Estabilização;
3. UPA 24 horas;
4. Portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro em Hospital Geral;
5. Unidades Básicas de Saúde, entre outros.
Atenção Residencial de Caráter Transitório, formada pelos seguintes pontos de atenção:
1. Unidade de Acolhimento;
Unidade de Acolhimento Adulto
Unidade de Acolhimento Infantojuvenil
2. Serviços de Atenção em Regime Residencial.
Atenção Hospitalar, formada pelos seguintes pontos de atenção:
1. Unidade de Referência Especializada em Hospital Geral;
2. Hospital Psiquiátrico Especializado;
3. Hospital-Dia.
Estratégias de Desinstitucionalização, formada pelo seguinte ponto de atenção:
1. Serviços Residenciais Terapêuticos.
Estratégias de Reabilitação Psicossocial:
1. Iniciativas de trabalho e geração de renda, empreendimentos solidários e cooperativas sociais.
Art. 6º São pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção 
básica em saúde os seguintes serviços:
I – Unidade Básica de Saúde: serviço de saúde constituído por equipe multi-
profissional responsável por um conjunto de ações de saúde, de âmbito individual e 
coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
27 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da 
saúde com o objetivo de desenvolver a atenção integral que impacte na situação 
de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde 
das coletividades;
II – Equipes de Atenção Básica para populações em situações específicas:
a) Equipe de Consultório na Rua: equipe constituída por profissionais que 
atuam de forma itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a po-
pulação em situação de rua, considerando suas diferentes necessidades de 
saúde, sendo responsabilidade dessa equipe, no âmbito da Rede de Atenção 
Psicossocial, ofertar cuidados em saúde mental, para:
b) equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter 
Transitório: oferece suporte clínico e apoio a esses pontos de atenção, coor-
denando o cuidado e prestando serviços de atenção à saúde de forma longi-
tudinal e articulada com os outros pontos de atenção da rede; e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
28 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
III – Centro de Convivência: é unidade pública, articulada às Redes de Aten-
ção à Saúde, em especial à Rede de Atenção Psicossocial, onde são oferecidos à 
população em geral espaços de sociabilidade, produção e intervenção na cultura e 
na cidade.
§ 1º A Unidade Básica de Saúde, de que trata o inciso I deste artigo, como 
ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial tem a responsabilidade de de-
senvolver ações de promoção de saúde mental, prevenção e cuidado dos transtor-
nos mentais, ações de redução de danos e cuidado para pessoas com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, compartilhadas, sempre que 
necessário, com os demais pontos da rede.
§ 2º O Núcleo de Apoio à Saúde da Família, vinculado à Unidade Básica de 
Saúde, de que trata o inciso I deste artigo, é constituído por profissionais de saúde 
de diferentes áreas de conhecimento, que atuam de maneira integrada, sendo res-
ponsável por apoiar as Equipes de Saúde da Família, as Equipes de Atenção Básica 
para populações específicas e equipes da academia da saúde, atuando diretamente 
no apoio matricial e, quando necessário, no cuidado compartilhado junto às equipes 
da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o Núcleo de Apoio à Saúde da Família está vinculado, 
incluindo o suporte ao manejo de situações relacionadas ao sofrimento ou transtorno 
mental e aos problemas relacionados ao uso de crack, álcool e outras drogas.
§ 3º Quando necessário, a Equipe de Consultório na Rua, de que trata a alínea 
“a” do inciso II deste artigo, poderá utilizar as instalações das Unidades Bási-
cas de Saúde do território.
§ 4º Os Centros de Convivência, de que trata o inciso III deste artigo, são estra-
tégicos para a inclusão social das pessoas com transtornos mentais e pessoas que fa-
zem uso de crack, álcool e outras drogas, por meio da construção de espaços de con-
vívio e sustentação das diferenças na comunidade e em variados espaços da cidade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLECARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
29 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Art. 7º O ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção psicosso-
cial especializada é o Centro de Atenção Psicossocial.
§ 1º O Centro de Atenção Psicossocial de que trata o caput deste artigo é cons-
tituído por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e 
realiza atendimento às pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e 
às pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, 
em sua área territorial, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo, e não 
intensivo.
§ 2º As atividades no Centro de Atenção Psicossocial são realizadas prioritaria-
mente em espaços coletivos (grupos, assembleias de usuários, reunião diária 
de equipe), de forma articulada com os outros pontos de atenção da rede de saú-
de e das demais redes.
§ 3º O cuidado, no âmbito do Centro de Atenção Psicossocial, é desenvolvi-
do por intermédio de Projeto Terapêutico Individual, envolvendo em sua 
construção a equipe, o usuário e sua família, e a ordenação do cuidado 
estará sob a responsabilidade do Centro de Atenção Psicossocial ou da 
Atenção Básica, garantindo permanente processo de cogestão e acompanhamen-
to longitudinal do caso.
§ 4º Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados nas seguin-
tes modalidades:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
30 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
I – CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas etárias; 
indicado para Municípios com população acima de vinte mil habitantes;
II – CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo também 
atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, con-
forme a organização da rede de saúde local, indicado para Municípios com população acima de 
setenta mil habitantes;
III – CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Proporciona 
serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e 
finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde 
mental, inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios ou regiões com população acima de duzen-
tos mil habitantes;
IV – CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do Esta-
tuto da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas. Serviço de saúde mental aberto e de caráter comunitário, indicado para Municípios ou 
regiões com população acima de setenta mil habitantes;
V – CAPS AD III: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do 
Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos contínuos. Ser-
viço com no máximo doze leitos, leitos para observação e monitoramento, de funcionamento 24 
horas, incluindo feriados e finais de semana; indicado para Municípios ou regiões com população 
acima de duzentos mil habitantes; e
VI – CAPS I: atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes 
e os que fazem uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço aberto e de caráter comunitário 
indicado para municípios ou regiões com população acima de cento e cinquenta mil habitantes.
VII – CAPS AD IV: atende pessoas com quadros graves e intenso sofrimento decorrentes do 
uso de crack, álcool e outras drogas. Sua implantação deve ser planejada junto a cenas de uso 
em municípios com mais de 500.000 habitantes e capitais de Estado, de forma a maximizar a 
assistência a essa parcela da população. Tem como objetivos atender pessoas de todas as faixas 
etárias; proporcionar serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, 
incluindo feriados e finais de semana; e ofertar assistência a urgências e emergências, contando 
com leitos de observação."
Art. 8º São pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de 
urgência e emergência o SAMU 192, Sala de Estabilização, UPA 24 horas, as 
portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de 
Saúde, entre outros
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
31 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
§ 1º Os pontos de atenção de urgência e emergência são responsáveis, em 
seu âmbito de atuação, pelo acolhimento, classificação de risco e cuidado 
nas situações de urgência e emergência das pessoas com sofrimento ou 
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool 
e outras drogas.
§ 2º Os pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de ur-
gência e emergência deverão se articular com os Centros de Atenção Psicos-
social, os quais realizam o acolhimento e o cuidado das pessoas em fase aguda 
do transtorno mental, seja ele decorrente ou não do uso de crack, álcool e outras 
drogas, devendo nas situações que necessitem de internação ou de serviços resi-
denciais de caráter transitório, articular e coordenar o cuidado.
Art. 9º São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na atenção re-
sidencial de caráter transitório os seguintes serviços:
I – Unidade de Acolhimento: oferece cuidados contínuos de saúde, com fun-
cionamento de vinte e quatro horas, em ambiente residencial, para pessoas com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, de ambos os 
sexos, que apresentem acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem 
acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório cujo tempo de per-
manência é de até seis meses; e
II – Serviços de Atenção em Regime Residencial, entre os quais Comu-
nidades Terapêuticas: serviço de saúde destinado a oferecer cuidados contínuos 
de saúde, de caráter residencial transitório por até nove meses para adultos com 
necessidades clínicas estáveis decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
32 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
§ 1º O acolhimento na Unidade de Acolhimento será definido exclusiva-
mente pela equipe do Centro de Atenção Psicossocial de referência que será 
responsável pela elaboração do projeto terapêutico singular do usuário, conside-
rando a hierarquização do cuidado, priorizando a atenção em serviços comunitários 
de saúde.
§ 2º As Unidades de Acolhimento estão organizadas nas seguintes modalidades:
I – Unidade de Acolhimento Adulto, destinados a pessoas que fazem uso do cra-
ck, álcool e outras drogas, maiores de dezoito anos; e
II –Unidade de Acolhimento Infantojuvenil, destinadas a adolescentes e jovens 
(de doze até dezoito anos completos).
§ 3º Os serviços de que trata o inciso II deste artigo funcionam de forma arti-
culada com:
I – a atenção básica, que apoia e reforça o cuidado clínico geral dos seus usu-
ários; e
II – o Centro de Atenção Psicossocial, que é responsável pela indicação do aco-
lhimento, pelo acompanhamento especializado durante este período, pelo plane-
jamento da saída e pelo seguimento do cuidado, bem como pela participação de 
forma ativa da articulação intersetorial para promover a reinserção do usuário na 
comunidade.
Art. 10. São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na atenção 
hospitalar os seguintes serviços:
I – enfermaria especializada para atenção às pessoas com sofrimento ou 
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e ou-
tras drogas, em Hospital Geral, oferece tratamento hospitalar para casos graves 
relacionados aos transtornos mentais e ao uso de álcool, crack e outras drogas, em 
especial de abstinências e intoxicações severas;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
33 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
II – serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofri-
mento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, ál-
cool e outras drogas oferece suporte hospitalar, por meio de internações de curta 
duração, para usuários de álcool e/ou outras drogas, em situações assistenciais 
que evidenciarem indicativos de ocorrência de comorbidades de ordem clínica e/ou 
psíquica, sempre respeitadas as determinações da Lei n. 10.216, de 6 de abril de 
2001, e sempre acolhendo os pacientes em regime de curtíssima ou curta perma-
nência. Funciona em regime integral, durante vinte e quatro horas diárias, nos sete 
dias da semana, sem interrupção da continuidade entre os turnos.
§ 1º O cuidado ofertado no âmbito da enfermaria especializada em Hospital 
Geral de que trata o inciso I deste artigo deve estar articulado com o Projeto Tera-
pêutico Individual desenvolvido pelo serviço de referência do usuário e a internação 
deve ser de curta duração até a estabilidade clínica.
§ 2º O acesso aos leitos na enfermaria especializada em Hospital Geral, de que 
trata o inciso I deste artigo, deve ser regulado com base em critérios clínicos e de 
gestão por intermédio do Centro de Atenção Psicossocial de referência e, no caso 
do usuário acessar a Rede por meio deste ponto de atenção, deve ser providencia-
do sua vinculação e referência a um Centro de Atenção Psicossocial, que assumirá 
o caso.
§ 3º A equipe que atua em enfermaria especializada em saúde mental de Hos-
pital Geral, de que trata o inciso I deste artigo, deve ter garantida composição 
multidisciplinar e modo de funcionamento interdisciplinar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
34 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
§ 4º No que se refere ao inciso II deste artigo, em nível local ou regional, compõe 
a rede hospitalar de retaguarda aos usuários de álcool e outras drogas, observando 
o território, a lógica da redução de danos e outras premissas e princípios do SUS.
Art. 11. São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial nas Estratégias 
de Desinstitucionalização os Serviços Residenciais Terapêuticos, que são mo-
radias inseridas na comunidade, destinadas a acolher pessoas egressas de interna-
ção de longa permanência (dois anos ou mais ininterruptos), egressas de hospitais 
psiquiátricos e hospitais de custódia, entre outros.
§ 1º O componente Estratégias de Desinstitucionalização é constituído por 
iniciativas que visam a garantir às pessoas com transtorno mental e com necessi-
dades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em situação de interna-
ção de longa permanência, o cuidado integral por meio de estratégias substitutivas, 
na perspectiva da garantia de direitos com a promoção de autonomia e o exercício 
de cidadania, buscando sua progressiva inclusão social.
§ 2º O hospital psiquiátrico pode ser acio-
nado para o cuidado das pessoas com trans-
torno mental nas regiões de saúde enquanto o 
processo de implantação e expansão da Rede 
de Atenção Psicossocial ainda não se apresenta 
suficiente, devendo estas regiões de saúde 
priorizar a expansão e qualificação dos pontos 
de atenção da Rede de Atenção Psicossocial 
para dar continuidade ao processo de substi-
tuição dos leitos em hospitais psiquiátricos.
§ 3º O Programa de Volta para Casa, 
enquanto estratégia de desinstitucionaliza-
ção, é uma política pública de inclusão social 
que visa contribuir e fortalecer o processo de 
desinstitucionalização, instituída pela Lei n. 
10.708, de 31 de julho de 2003, que provê 
auxílio reabilitação para pessoas com trans-
torno mental egressas de internação de longa 
permanência.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
35 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Art. 12. O componente Reabilitação Psicossocial da Rede de Atenção Psicosso-
cial é composto por iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos 
solidários/cooperativas sociais.
§ 1º As ações de caráter intersetorial destinadas à reabilitação psicossocial, por 
meio da inclusão produtiva, formação e qualificação para o trabalho de pessoas 
com transtorno mental ou com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool 
e outras drogas em iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos 
solidários/ cooperativas sociais.
§ 2º As iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/
cooperativas sociais de que trata o § 1º deste artigo devem articular sistematica-
mente as redes de saúde e de economia solidária com os recursos disponíveis no 
território para garantir a melhoria das condições concretas de vida, ampliação da 
autonomia, contratualidade e inclusão social de usuários da rede e seus familiares.
Art. 13. A operacionalização da implantação da Rede de Atenção Psicos-
social se dará pela execução de quatro fases:
FASES DA IMPLANTAÇÃO DA RAPS
I – Fase I – Desenho Regional da Rede de Atenção Psicossocial;
II – Fase II – adesão e diagnóstico;
III – Fase III – Contratualização dos Pontos de Atenção;
IV – Fase IV – Qualificação dos componentes.
I – Fase I – Desenho Regional da Rede de Atenção Psicossocial:
a) realização pelo Colegiado de Gestão Regional (CGR) e pelo Colegiado de Ges-
tão da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (CGSES/DF), com o 
apoio da SES, de análise da situação de saúde das pessoas com sofrimento 
ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br36 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
e outras drogas, com dados primários, incluindo dados demográficos e epi-
demiológicos, dimensionamento da demanda assistencial, dimensionamento 
da oferta assistencial e análise da situação da regulação, da avaliação e do 
controle, da vigilância epidemiológica, do apoio diagnóstico, do transporte e 
da auditoria e do controle externo, entre outros;
b) pactuação do Desenho da Rede de Atenção Psicossocial no CGR e no CGSES/DF;
c) elaboração da proposta de Plano de Ação Regional, pactuado no CGR e no 
CGSES/DF, com a programação da atenção à saúde das pessoas com sofri-
mento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de cra-
ck, álcool e outras drogas, incluindo as atribuições, as responsabilidades e o 
aporte de recursos necessários pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal 
e pelos Municípios envolvidos; na sequência, serão elaborados os Planos de 
Ação Municipais dos Municípios integrantes do CGR;
d) estímulo à instituição do Fórum Rede de Atenção Psicossocial que tem como 
finalidade a construção de espaços coletivos plurais, heterogêneos e múlti-
plos para participação cidadã na construção de um novo modelo de atenção 
às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decor-
rentes do uso de crack, álcool e outras drogas, mediante o acompanhamento 
e contribuição na implementação da Rede de Atenção Psicossocial na Região.
II – Fase II – adesão e diagnóstico:
a) apresentação da Rede de Atenção Psicossocial no Estado, Distrito Federal e 
nos Municípios;
b) apresentação e análise da matriz diagnóstica, conforme o Anexo I a esta 
Portaria, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), no CGSES/DF e no CGR;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
37 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
c) homologação da região inicial de implementação da Rede de Atenção Psicos-
social na CIB e CGSES/DF;
d) instituição de Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção Psicossocial, 
formado pela SES, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 
(CONASEMS) e apoio institucional do Ministério da Saúde, que terá como 
atribuições:
1) mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase;
2) apoiar a organização dos processos de trabalho voltados a implantação/im-
plementação da rede;
3) identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase;
4) monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede;
e) contratualização dos Pontos de Atenção;
f) qualificação dos componentes.
III – Fase 3 – Contratualização dos Pontos de Atenção:
a) elaboração do desenho da Rede de Atenção Psicossocial;
b) contratualização pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Muni-
cípio dos pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial observadas as 
responsabilidades definidas para cada componente da Rede;
c) instituição do Grupo Condutor Municipal em cada Município que compõe o 
CGR, com apoio institucional da SES.
IV – Fase 4 – Qualificação dos componentes:
a) realização das ações de atenção à saúde definidas para cada componente da 
Rede, previstas nos arts. 6º ao 12 desta Portaria; e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
38 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
b) cumprimento das metas relacionadas às ações de atenção à saúde, que de-
verão ser definidas na matriz diagnóstica para cada componente da Rede 
serão acompanhadas de acordo com o Plano de Ação Regional e dos Planos 
de Ações Municipais.
Art. 14. Para operacionalização da Rede de Atenção Psicossocial cabe:
I – à União, por intermédio do Ministério da Saúde, o apoio à implementação, 
financiamento, monitoramento e avaliação da Rede de Atenção Psicossocial em 
todo território nacional;
II – ao Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, apoio à implemen-
tação, coordenação do Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção Psicossocial, 
financiamento, contratualização com os pontos de atenção à saúde sob sua gestão, 
monitoramento e avaliação da Rede de Atenção Psicossocial no território estadual 
de forma regionalizada; e
III – ao Município, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, implementação, 
coordenação do Grupo Condutor Municipal da Rede de Atenção Psicossocial, fi-
nanciamento, contratualização com os pontos de atenção à saúde sob sua gestão, 
monitoramento e avaliação da Rede De Atenção Psicossocial no território municipal.
Art. 15. Os critérios definidos para implantação de cada componente e seu 
financiamento, por parte da União, serão objetos de normas específicas a serem 
publicadas pelo Ministério da Saúde.
Art. 16. Fica constituído Grupo de Trabalho Tripartite, coordenado pelo Minis-
tério da Saúde, a ser definido por Portaria específica, para acompanhar, monitorar, 
avaliar e se necessário, revisar esta Portaria em até cento e oitenta dias.
Art. 17. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
39 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
7. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/ANALISTA EM SAÚDE/ 
2015) As Redes de Atenção Psicossocial – RAPS têm como um de seus objetivos 
gerais
a) oferecer abrigo às pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack.
b) encaminhar as pessoas com transtorno mental aos serviços da comunidade.
c) efetivar ações de controle junto aos indivíduos dependentes de álcool.
d) ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral.
e) realizar estudos epidemiológicos que indiquem as demandas das comunidades.
Letra d.
De acordo art. 3º da Portaria em questão:
São objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial:
I – Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral;
II – Promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com necessidades de-
correntes do uso de crack, álcool e outras
drogas e suas famílias aos pontos de atenção; e
III – garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no 
território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contí-
nuo e da atenção às urgências.
8. (FUNDEP/PREFEITURA DE BELA VISTA DE MINAS-MG/2014) Sobre as atribuições 
dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), assinale a alternativa INCORRETA.
a) Realizar atendimento somente em regime de atenção de urgência.
b) Promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que en-
volvam educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjun-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
40 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.brtas de enfrentamento dos problemas. Os CAPs também têm a responsabilidade de 
organizar a rede de serviços de saúde mental de seu território.
c) Apoiar e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica, no PSF (Pro-
grama de Saúde da Família), e no PACS (Programa de Agentes Comunitários de 
Saúde)
d) Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área.
Letra a.
De acordo a Portaria n. 3.088/2011, em seu art. 7º, parágrafo 1º, os CAPS:
§ 1º O Centro de Atenção Psicossocial de que trata o caput deste artigo é constituído por 
equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza atendimento às 
pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e às pessoas com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em sua área territorial, em regime 
de tratamento intensivo, semi-intensivo, e não intensivo.
9. (IADES/FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA-DF/2017) No que concerne à 
rede de atendimento psicossocial, é correto afirmar que a atenção básica em saúde 
se faz presente no(a)
a) Núcleo de Apoio à Saúde da Família.
b) SAMU 192.
c) UPA 24 horas.
d) Serviço de Atenção em Regime Residencial.
e) Atenção Hospitalar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
41 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Letra a.
De acordo com a Portaria n. 3.088/2011, em seu art. 6º, inciso III, parágrafo 2º:
O Núcleo de Apoio à Saúde da Família, vinculado à Unidade Básica de Saúde, 
de que trata o inciso I deste artigo, é constituído por profissionais de saúde de diferen-
tes áreas de conhecimento, que atuam de maneira integrada, sendo responsável por 
apoiar as Equipes de Saúde da Família, as Equipes de Atenção Básica para populações 
específicas e equipes da academia da saúde, atuando diretamente no apoio matricial e, 
quando necessário, no cuidado compartilhado junto às equipes da(s) unidade(s) na(s) 
qual(is) o Núcleo de Apoio à Saúde da Família está vinculado, incluindo o suporte ao 
manejo de situações relacionadas ao sofrimento ou transtorno mental e aos problemas 
relacionados ao uso de crack, álcool e outras drogas.
10. (FUNCAB/EMSERH/2016) No planejamento de programas de saúde mental, é 
preciso estar atento às diretrizes da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) dentre as 
quais destaca-se:
a) respeito ao direito humano à alimentação, garantindo o acesso a uma alimen-
tação saudável.
b) promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde.
c) combate a estigmas e aos preconceitos contra os profissionais de saúde do SUS.
d) garantia do acesso e da qualidade dos serviços na rede privada de atendimento, 
sob a lógica interdisciplinar alternativa.
e) desenvolvimento de atividades extraterritoriais, que favoreçam a inclusão social 
do doente mental em regiões menos populosas com vistas à promoção de autono-
mia e ao exercício da cidadania.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
42 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Letra b.
De acordo com a Portaria n. 3.088/2011, em seu art. 2º, são DIRETRIZES da RAPS:
I – respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas;
II – promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;
III – combate a estigmas e preconceitos;
IV – garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência 
multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
V – atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
VI – diversificação das estratégias de cuidado;
VII – desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a inclusão social com vistas à 
promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;
VIII – desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;
IX – ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle social 
dos usuários e de seus familiares;
X – organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento 
de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
XI – promoção de estratégias de educação permanente; e
XII – desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo central a 
construção do projeto terapêutico singular.
3. Resolução n. 32, de dezembro de 2017
Em dezembro de 2017, com o intuito de fortalecer a Rede de Atenção Psicos-
social, o Ministério da Saúde publicou a Resolução n. 3. Ela não revoga a Portaria 
n. 3.088/2011, mas traz novos arranjos. Sugiro que fiquem atentos às propostas, 
mas tenham em mente que a anterior não foi revogada – por este motivo, incluí as 
duas na aula.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
43 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Utilizarei a Resolução na íntegra, para que não percamos nenhum detalhe.
Vamos lá?
MINISTÉRIO DA SAÚDE
COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE
DOU de 22/12/2017 (n. 245, Seção 1, pág. 239)
Estabelece as Diretrizes para o Fortalecimento da Rede de 
Atenção Psicossocial (RAPS)
A COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE, no uso de suas atribuições que lhe 
conferem o art. 14-A da Lei N. 8.080, de 19 de setembro de 1990, e os arts. 30, 
inciso I, e 32, inciso I, do Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011, e consideran-
do a Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos 
das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial 
em saúde mental;
Considerando a Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira 
de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência);
Considerando o Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a 
Lei n. 8080/1990;
Considerando a Portaria de Consolidação n. 3, de 28 de setembro de 2017, que 
trata da “Consolidação das normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde”.
Considerando a Portaria de Consolidação n. 5, de 28 de setembro de 2017, que tra-
ta da “Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema 
Único de Saúde”;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DANIELLE CARVALHO MONTEIRO - 05205688424, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
http://www.grancursosonline.com.br
http://www.grancursosonline.com.br
44 de 56
ENFERMAGEM
Política Nacional de Saúde Mental
Profa. Natale Souza
www.grancursosonline.com.br
Considerando a Portaria de Consolidação n. 6, de 28 de setembro de 2017, que 
trata da “Consolidação das normas sobre o financiamento e a transferência dos re-
cursos federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde”;
Considerando a pactuação ocorrida na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) 
no dia 14 de dezembro de 2017, resolve:
Art. 1º Estabelecer as diretrizes para o fortalecimento da RAPS. Considera-se 
como componentes

Continue navegando