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1 CENTRO DE FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL – CRIAR MATEUS BEZERRA DE BRITO AS DIFICULDADES E OS AVANÇOS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL MADALENA/CE 2019 2 MATEUS BEZERRA DE BRITO AS DIFICULDADES E OS AVANÇOS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL Artigo apresentado ao Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Formação e Qualificação Profissional (CRIAR) como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Profº. José Moésio Alves Moreira Madalena/CE 2019 3 MATEUS BEZERRA DE BRITO AS DIFICULDADES E OS AVANÇOS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL Artigo apresentado ao Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Formação e Qualificação Profissional (CRIAR) como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Profº. José Moésio Alves Moreira APROVADO EM:______/_____/________ BANCA EXAMINADORA _______________________________________________________________ Profº José Moésio Alves Moreira Orientador _______________________________________________________________ Prof. Francisco Wagner Cavalcante Portela Prof. (a) Examinador (a) Madalena/CE 2019 4 AS DIFICULDADES E OSAVANÇOS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL Autor: BRITO, Mateus Bezerra de¹ Orientador (a): MOREIRA, José Moésio Alves² RESUMO O presente artigo traz como tema as Dificuldades e os avanços das Micro e Pequenas Empresas no Brasil, discutindo a sua importância no âmbito nacional, assim como na geração de emprego e renda tanto para o município quanto para o governo. Poderemos observar que as MPEs exercem um poder significativo na vida das pessoas, estando presente de diversas formas. Veremos alguns conceitos, formas de legalizar os microempreendedores, assim como os tributos e entraves a quais são submetidos. Trago o posicionamento também de alguns escritores sobre o tema, como Machado, Oliveira, Antonio Everton entre outros. Além disto, foi utilizado algumas definições retiradas do SEBRAI, e de Portais, como o da Contabilidade, do Trabalhador, do FAT entre outros. Além disto, é pautado estratégias e ideias para as empresas que almejam crescimento e visualidade no mercado, e, claro, a geração de lucro e retorno financeiro, dentre essas estratégias, é comentado sobre o ambiente, sobre os profissionais e o cliente. PALAVRAS-CHAVES: MPEs, Corporação, Desafios. 5 ABSTRACT This article discusses the Difficulties and advances of Micro and Small Enterprises in Brazil, discussing their importance at the national level, as well as in the generation of jobs and income for both the municipality and the government. We can see that MSEs exercise significant power in people's lives, being present in different ways. We will see some concepts, ways to legalize microentrepreneurs, as well as the taxes and obstacles to which they are submitted. I also bring the position of some writers on the subject, such as Machado, Oliveira, Antonio Everton, among others. In addition, some definitions taken from SEBRAI, and from Portals, such as Accounting, Workers, FAT, among others, were used. In addition, strategies and ideas for companies that aim for growth and visuality in the market are guided, and, of course, the generation of profit and financial return, among these strategies, is commented on the environment, professionals and the customer. KEYWORDS: MSEs, Corporation, Challenges. 6 INTRODUÇÃO O presente artigo tem como tema a abordagem sobre as dificuldades enfrentadas pelas micro e pequenas empresas no Brasil, considerando que representam uma quantidade significativa das organizações, entretanto, um considerado número dessas empresas não conseguem se manter no mercado, vindo a falir ou fechar as portas. Dentro do tema apresentado, também iremos discutir acerca das políticas e conceitos que norteiam o trabalho dessas instituições, por exemplo, qual o papel que o SEBRAE desempenha sobre elas, quais auxílios promovem, como essas empresas devem e podem começar, quais os tipos de micro e pequenas empresas existem, entre outros. As crescentes mudanças aceleradas do mercado sobre as quais a economia mundial vem passando, submete as organizações adequarem-se a todo momento. Desse modo, tanto as grandes, quanto as micro e pequenas empresas são atingidas pela volatilidade do mercado, direta ou indiretamente. Em algumas empresas a falta de adequação se dá devido a uma gestão ineficiente, ou mesmo pela falta de ferramentas necessárias para o controle administrativo. Outro fator que também influencia para as dificuldades das empresas de se manter no mercado, é a exigências demasiadas de fisco, uma vez que as empresas não conseguem adquirir todas as ferramentas necessárias exigidas pela legislação. 7 2. DESENVOLVIMENTO Com o passar dos anos, a contabilidade veio crescendo gradativamente, evoluindo e tornando-se uma das maiores e mais dinâmicas áreas de trabalho no Brasil, proporcionado mais oportunidades de trabalho e renda, com destaque no ramo empresarial, assim como mais competitividade e desafios. Desde o Brasil colonial, que esta ideia de compra e venda, e mercado vem criando força e modificando-se: De acordo com MACHADO, OLIVEIRA e SOUZA (2007): “As pequenas empresas surgiram com a atividade produtiva colonial. De fato, é impossível separar a história do Brasil da história da pequena empresa. Evidências, documentos e relatos apontam para o litoral do estado de São Paulo as origens da agricultura e da indústria brasileira, mais precisamente nas cidades de São Vicente e Santos. Suas origens étnicas prováveis viriam dos primeiros colonizadores (portugueses, belgas e holandeses) e dos índios brasileiros convertidos em pequenos fornecedores de alimentos. Os primeiros pequenos empresários brasileiros atuavam na agricultura, transporte, manufatura, serviços e comércio. Os pequenos produtores não ficaram vivendo à margem e dependentes da grande empresa açucareira. Muito menos se dedicavam apenas às atividades secundárias e de suporte à grande empresa colonial. ” Assim, o Brasil antes mesmo de sua declaração como nação independente, já havia sido palco do nascimento de um conjunto considerável de micro e pequenas empresas. Muitas dessas empresas atuavam nos ramos de produção agrícola, manufaturas, serviços e comércio.A maioria das grandes corporações já foi uma microempresa em busca de crescimento, que precisou ganhar nome e lugar no mercado. “Por serem mais frágeis e sensíveis às oscilações do mercado, a conjuntura econômica impõe às MPE situações delicadas, de risco e frequentemente adversas. Nos períodos de crise, bem como nos de expansão econômica, ou seja, o tempo todo, as MPE necessitam do auxílio de leis, programas e políticas públicas que aliviem o ônus da necessidade de capital de giro e de investimento produtivo, entre outras coisas. ” (EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 15) 8 Dentro do âmbito das MPEs (pequenas e microempresas) temos algumas subclassificações quanto ao porte da corporação, como o MEI (microempreendedor individual), a ME (microempresa) e a EPP (empresa de pequeno porte) Segundo o Portal do Empreendedor (2017), o MEI é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário, onde para se legalizar como microempreendedor é necessário não possuir participação em outra empresa e obter um faturamento anual igual ou menor do que R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). Este tipo de empresa é previsto pela Lei Complementar Nº 128/2008, onde o trabalhador informal tem a oportunidadede formalizar através de um MEI legalizado, registrando como Pessoa Jurídica, possuindo cadastro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), podendo ser realizado junto ao Portal do Empreendedor. Além disto, o MEI poderá emitir notas fiscais, e isenção de alguns tributos federais, podendo também possuir funcionários, os quais devem ser pagos um salário mínimo ou piso (dependendo da função). Claro, que diante desse cenário ele exerce algumas obrigações junto ao órgão competente, como taxas anuais e outros tributos. Porém, também usufruiu de alguns auxílios e aposentadoria. Diferentemente do MEI, as Microempresas exigem um faturamento financeiro mais alto. Segundo o SEBRAE (2017), considera-se Microempresa ou ME, a sociedade simples, a sociedade empresária, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário que alcancem uma receita bruta superior a R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) em cada ano calendário. Esse tipo de empresa surgiu a partir de 01/07/2007, previsto na Lei Complementar Nº 123/2006, aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte para a arrecadação de Tributos e Contribuições devidos. Dentre as três, as EPP são aquelas que geram mais empregos e devem possuir a renda mais alta se comparada com as demais. O SEBRAE (2017) trata também da Empresa de Pequeno Porte ou EPP, que é a sociedade 9 simples, a sociedade empresária, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário que alcancem uma receita bruta superior a R$ 360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (Três milhões e seiscentos mil reais) em cada ano calendário. As empresas de Pequeno Porte podem possuir cerca de 140 colaboradores em torno de atividades de indústria, comércio e serviços. Com relação aos tributos correlacionados com as organizações acima citadas, temos o SEMEI e o Simples Nacional, que representam respectivamente ao MEI e as Microempresas; Empresas de Pequeno Porte. Com relação às dificuldades enfrentadas pelas MPEs, nos deparamos com um cenário onde muitas empresas estão fechando as portas, o que nos leva a acreditar que os desafios estão tornando-se cada vez maiores para os micros empreendedores, os quais deverão adequar-se o mais rápido possível para conseguir-se manter no mercado. Dentre esses entraves, temos por exemplo, a Alta Carga Tributária, conforme Santos e Veiga (2014), se tratando da questão tributária, observa-se que o governo federal tem feito várias ações e investimentos para um melhor controle de fraudes, evitando as sonegações. Entretanto, esses tributos sem sempre estão ao alcance de alguns empreendedores, principalmente em período de crises. Outro fator que prejudica em peso aos microempresários são as restrições ao crédito, uma vez que as linhas bancárias estão cada vez mais limitadas, pois os bancos estão minuciosamente mais cautelosos com relação aos empréstimos, devido um grande número de inadimplência ou mesmo inflação e desemprego. Nesse ambiente, as empresas que se veem com dividas acabam optando por opções “mais caras”, ou seja, aquelas onde os juros são bem mais elevados, como antecipação de recebíveis, limite de cheque especial ou cartão de credito, que se não for bem administrado pode trazer ainda mais dividas a corporação. 10 Abrir uma empresa no nosso país seja ela, de pequeno ou grande porte é um desafio, pois as exigências de fisco e burocracia sobrecarregam as MPEs. Mesmo com o acesso ao Simples Nacional, que dispensa algumas dessas burocracias, as obrigações ainda são muitas: • - PGMEI (PROGRAMA GERADOR DO MEI) Segundo o PORTAL DO SIMEI (2017), esse é o sistema criado para a geração mensal do Documento de Arrecadação do Simples (DAS) para o MEI. • DASN-SIMEI (DECLARAÇÃO ANUAL DO MEI) O PORTAL DO SIMEI (2017) Apresenta essa declaração como uma informação anual, que deverá ser entregue até o último dia útil de maio do ano subsequente. Com relação às penalidades, o MEI que não apresentar essa declaração no prazo, estará sujeito ao pagamento de multa de no mínimo R$ 50,00. • PGDAS-D (PROGRAMA GERADOR DO DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL DECLARATÓRIO) Conforme o PORTAL DO SIMPLES NACIONAL (2017), o PGDAS e o PGDAS-D, são dois aplicativos que efetuam o cálculo dos tributos devidos mensalmente. A diferença é que o PGDAS serve para a apuração dos valores até dezembro/2011, enquanto que no PGDAS-D são feitas apurações a partir de janeiro/2012 e o mesmo tem caráter declaratório, constituindo confissão de dívida e exigência para recolhimento dos tributos conforme declarado. A ME e EPP que deixar de prestar mensalmente essas informações à Receita Federal do Brasil até o mês de março do ano subsequente, estará sujeita à multa mínima de R$ 50,00 (cinquenta reais) por cada mês não declarado. • DIRF (DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE) Segundo o Portal da Contabilidade DIRF – é uma obrigação tributária acessória devida por todas as pessoas jurídicas - independentemente da 11 forma de tributação perante o imposto de renda, e também por pessoas físicas quando obrigadas a prestar as informações. • - RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) Conforme o Portal da RAIS (2017), essa declaração consiste em um relatório de informações socioeconômicas que tem por objetivo o suprimento às necessidades de controle da atividade trabalhista no País, o provimento de dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades governamentais. • DEFIS (DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOCIOECÔNOMICAS E FISCAIS) Segundo o Portal Tributário: A partir do ano base de 2012, nos termos do artigo 66 da Resolução CGSN 94/2011, a Microempresa – ME ou Empresa de Pequeno Porte - EPP, optante pelo Simples Nacional, deve apresentar a Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS). A DEFIS será entregue à RFB por meio de módulo do aplicativo PGDAS-D, até 31 de março do ano-calendário subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores dos tributos previstos no Simples Nacional, ANTECIPANDO-SE a entrega caso o dia 31 seja dia considerado não útil. • CAGED (CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS) Segundo o Portal FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador): O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).É utilizado pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais.Este Cadastro serve, ainda, como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais. http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucao-cgsn-94-2011.htm 12 É claro, que além das obrigações legais, existem outros fatores que influenciam o crescimento ou declínio de uma corporação, um deles, é a falta de uma Gestão eficiente, que consiga se adequar aos novos parâmetros e realidades de mercado, que saiba lidar com a competitividade, de maneira que continue saudável. Para Santos e Veiga (2014, p. 08) “A competitividade no ambiente global, que rompe fronteiras, se renova e possibilita a investidores diversos, com estratégias, culturas e políticas diferenciadas ser cada vez mais agressivos”. Sobre a competitividade, TROSTER, traz uma excelente comparação: " [...] na África, a gazela, quando acorda, sabe quem tem que correr mais rápido que o mais rápido dos leões, se quiser continuar viva. Também diz que, na África, o leão, todo o dia, tem que correr mais rápido que a mais lerda das gazelas, se ele quiserter alimento e sobreviver. Diz o poema que, na África, não interessa se você é leão ou gazela; quando acorda, você tem que começar a correr." (TROSTER, 2002; p. 74) Outros elementos que influenciam nas dificuldades dessas empresas se manterem no mercado é a falta de profissionais qualificados ou suporte adequado. Uma vez que ambos, são difíceis ou caros de se achar ou manter, respectivamente. Para que haja mudança nesse quadro, um dos primeiros passos e mais importante é o Gestor conhecer o seu negócio, conhecendo amplamente a sua empresa, os valores e as metas a serem alcançadas, os seus possíveis competidores, como o seu produto e/ou serviço é necessário, a sua demanda e a sua oferta, aberto a novas ideias e métodos. Além da necessidade de crescimento e retorno financeiro, a empresa também tem necessidade de segurança. “Neste trabalho a necessidade de segurança contempla a idéia de sobrevivência do negócio, evitando a perda de recursos 13 financeiros, trabalho e tempo; pois quem investiu em um negócio próprio certamente não deseja a perda desse patrimônio. Muito pelo contrário, espera-se normalmente que o negócio traga "frutos" financeiros, além de diversas outras realizações pessoais. Dessa forma, a segurança do negócio consiste na perpetuação da empresa, bem como na garantia de um retorno financeiro maior (ou similar) àquele realizado em investimentos equivalentes. ” (BIRLEY, 2001) É de grande importância que o proprietário não veja sua empresa como uma forma de auto sustento, mas sim como uma inovação que irá gerar muitos lucros. Para tanto, é imprescindível que o proprietário seja um líder e saiba administrar seu negócio de maneira eficiente, para que o retorno financeiro venha pelos serviços prestados e não pelo corte de custos. Em um simples dia de trabalho, supomos que o indivíduo passe por uma padaria ou lanchonete, tem um pequeno mal-estar e passa na farmácia para adquirir um remédio, ou mesmo deixa algum acessório ou eletrodoméstico para consertar, sai mais cedo e vai a lojas comprar uma camiseta ou algo similar, em alguns desses casos, a maioria se trata de MPEs, que mesmo que não percebamos, estão sempre ao nosso redor nos prestando algum produto ou serviço, tornando a vida do consumidor “mais fácil”. “Portanto, devido à imensa dispersão, as MPE possuem posição estratégica na vida de qualquer pessoa e, por extensão, da sociedade. Onde quer que os clientes estejam e para onde vão haverá sempre empresas de micro ou pequeno portes dispostas a levar bens e serviços, direcioná-los para atrair clientes e ofertar o que for necessário para saciar vontades de consumo. Para isso, de forma natural no mundo competitivo, as empresas vão procurar melhorar a qualidade dos processos de venda e cuidar muito 14 bem dos seus funcionários para poderem enfrentar concorrentes em melhores condições. Também vão buscar novas estratégias de vendas e de marketing para conseguirem suportar o peso da conjuntura econômica sobre a gestão e o desempenho do negócio. ” (EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 15) Além de facilitar o dia a dia de muitas pessoas, as MPE também são de grande importância para a diminuição do desemprego, geram rendas aos municípios e ao governo. “Hoje, a contribuição das MPE no bojo da arrecadação tributária do setor produtivo privado é cada vez maior e mais importante para o equilíbrio das contas do governo, de forma que é praticamente impossível supor que as autoridades abririam mão de qualquer parcela do recolhimento de impostos feito junto às MPE. ” (EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 17) Acreditar no potencial da própria empresa é um artifício primordial para aqueles que almejam crescimento. Não é por que se trata de uma MPE que ela não tenha capacidade de oferecer um serviço de qualidade igual ou superior a empresas de médio e grande porte. Se conformar com a falta de auxilio ou ajuda do governo também não é uma opção para quem deseja sucesso. É necessário investimento não só financeiro, mas de corpo e mente. O foco do proprietário não deve se limitar somente as crises financeiras, pois essas, atingem a todas as corporações, sejam pequenas ou grandes. O foco está em ofertar um serviço ou produto de qualidade, competindo assim com outras empresas e ganhando mais clientes. A empresa precisa de uma base forte, para tanto, é construída através de um bom planejamento, onde serão traçados metas e métodos para o crescimento e rendimento da empresa. O Marketing exerce uma grande função no sucesso de qualquer corporação, desse modo, um plano de Marketing é indispensável. Para se construir um bom Plano de Marketing é necessário um 15 conhecimento básico de internet, que é um dos ambientes que melhora o alcance de pessoas e possíveis clientes, e claro, conhecer as necessidades dos seus clientes, mostrar a eles o que querem, persuadi-os a comprar os bens ou serviços. E claro, o mais importante, oferecer um serviço de qualidade. O controle financeiro é um dos pilares para que a organização se mantenha forte, evite dividas e não venha a fechar as portas. O SEBRAE (2017) apresenta alguns controles financeiros, como: Controle de Caixa, Controle de Bancos, Controle de Contas a Receber, Controle de Contas a Pagar, Fluxo de Caixa, separar os recursos da Empresa e do Proprietário entre outros. Deve-se ter em mente que quem faz a empresa não é apenas o proprietário, por isso investir em uma equipe qualificada faz toda a diferença, além das qualificações, uma boa equipe deve ser motivada e liderada, de modo a desenvolver suas habilidades da melhor forma. Por isso a distribuição de tarefas e metas deve visar alcançar os objetivos da corporação e proporcionar um ambiente de trabalho satisfatório. “Nas MPE, em muitas ocasiões, um único empregado pode tornar-se elemento basilar do negócio, peça importantíssima da engrenagem matricial da empresa, sendo o responsável estratégico pelo funcionamento e futuro da empresa. Provavelmente, para que isso seja exequível, todo tipo de tarefa pode ter sido delegado a ele, e o patrão deve manter ótima relação e convivência com o mesmo. ” (EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 20) Outro ponto importante e que gera muitas dificuldades nas MPEs é o espaço, devido a fatores financeiros, muitas vezes os ambientes dessas organizações podem ficar aglomerados, o que pode ser um ponto mal visto pelos clientes, por isso, o zelo pela organização do espaço deve ser minucioso, de maneira que mesmo pequenos espaços sejam bem distribuídos, de maneira 16 a não desagradar a “clientela” e que todos possam ser atendidos da melhor maneira possível. “Sem querer entrar no delicado tema da questão da acessibilidade (cadeirantes, deficientes visuais, etc.), o fato fica bem evidenciado em estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como banca de jornal, correios, lanchonetes, mercearias, floriculturas, barzinhos, etc., nos quais a aglomeração no balcão pode ser motivo para insatisfação do cliente, um transtorno que poderia ser evitado se o local fosse maior ou o espaço melhor organizado. ” (EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 18) Diante de todas as dificuldades e estratégias citadas, o que se busca e é a alma do negócio é a satisfação do cliente, pois ele é o principal responsável pelo funcionamento e crescimento da empresa. É sobre ele que é pautado metas e estratégias, é para eles que os serviços são prestados. Nesse sentido a qualidade no serviço prestado e o atendimento, são os pilares para a empresa se mantenha firme e se diferencie da concorrência. 17 CONCLUSÃO Com a crescente expansão do mercado e a necessidade de bens e serviços, a criação de Microempresas e Pequenas empresas tem crescido em todo território nacional, prestando variados tipos de produtos ou ofícios, gerandoemprego e renda dentro dos municípios. Entretanto, para se manter no mercado as MPEs enfrentam muitos desafios, sejam de ordens financeiras ou de fisco. Muitas destas empresas acabam fechando as portas por excesso de burocracia ou por não conseguirem se manter no mercado, ou não se adequarem as mudanças que ocorrem diariamente no âmbito empresarial. Vimos, portanto, como essas empresas podem se legalizar, através de MEI, ME ou EPP, apesar de acompanhada de algumas regalias como dispensa de alguns impostos e aposentadoria, também trazem N’s burocracias a serem seguidas e exigidas, podendo gerar inclusive multas e encargos para a corporação. Desse modo, podemos observar algumas estratégias que auxiliam a organização a manter-se no mercado, como Plano de Marketing, bons profissionais, ambiente organizado, controle financeiro entre outros. 18 REFERÊNCIAS MACHADO, Lindinalva Candida, OLIVEIRA, Cilene Aparecida Silva de e SOUZA, José Henrique. As Origens da Pequena Empresa no Brasil, 2007. EVERTON JUNIOR, Antonio MPE: avanços importantes para as micro e pequenas empresas. Rio de Janeiro: Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, 2017. LEI nº 7.998/1990 - Planalto. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7998.htm/. Acesso em 08/01/2020. SANTOS, Fernando de Almeida e VEIGA, Windsor Espenser. Contabilidade: com Ênfase em Micro, Pequenas e Médias Empresas. São Paulo: Editora Atlas, 2014. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE) – Entenda as diferenças entre microempresas, pequena empresa e MEI. Disponível emhttps://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as- diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e- mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD . Acesso em 18/01/2020 PORTAL DO EMPREENDEDOR - Perguntas e Respostas. Disponível em http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual#portal- column-one/ . Acesso em 18/02/2020. PORTAL DO TRIBUTÁRIO. DEFIS - Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais. Disponível em http://www.portaltributario.com.br/tributario/DEFIS.htm Acesso em 20/01/2020 PORTAL DO FUNDO DO AMPARO AO TRABALHADOR (FAT). Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Disponível em http://portalfat.mte.gov.br/programas-e-acoes-2/caged-3/Acesso em 20/01/2020 BIRLEY, S. Crescer ou não crescer, eis a questão. In BIRLEY, S.; MUZYKA, D. F.; Dominando os desafios do empreendedor. Trad. Cláudio Ribeiro de Lucinda, Ed. Makron, São Paulo, 2001. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7998.htm/ https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual#portal-column-one/ http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual#portal-column-one/ http://www.portaltributario.com.br/tributario/DEFIS.htm http://portalfat.mte.gov.br/programas-e-acoes-2/caged-3/