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Dificuldades e Avanços das MPEs no Brasil

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CENTRO DE FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL – 
CRIAR 
 
 
 
 
MATEUS BEZERRA DE BRITO 
 
 
 
AS DIFICULDADES E OS AVANÇOS DAS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MADALENA/CE 
2019 
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MATEUS BEZERRA DE BRITO 
 
 
AS DIFICULDADES E OS AVANÇOS DAS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS NO BRASIL 
 
Artigo apresentado ao Trabalho de 
Conclusão de Curso apresentado ao 
Centro de Formação e Qualificação 
Profissional (CRIAR) como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Bacharel em Administração. 
Orientador: Profº. José Moésio Alves 
Moreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Madalena/CE 
2019 
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MATEUS BEZERRA DE BRITO 
 
 
AS DIFICULDADES E OS AVANÇOS DAS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS NO BRASIL 
 
Artigo apresentado ao Trabalho de 
Conclusão de Curso apresentado ao 
Centro de Formação e Qualificação 
Profissional (CRIAR) como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Bacharel em Administração. 
Orientador: Profº. José Moésio Alves 
Moreira 
APROVADO EM:______/_____/________ 
BANCA EXAMINADORA 
_______________________________________________________________ 
Profº José Moésio Alves Moreira 
Orientador 
_______________________________________________________________ 
Prof. Francisco Wagner Cavalcante Portela 
Prof. (a) Examinador (a) 
 
 
Madalena/CE 
2019 
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AS DIFICULDADES E OSAVANÇOS DAS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS NO BRASIL 
Autor: BRITO, Mateus Bezerra de¹ 
Orientador (a): MOREIRA, José Moésio Alves² 
RESUMO 
O presente artigo traz como tema as Dificuldades e os avanços das Micro e 
Pequenas Empresas no Brasil, discutindo a sua importância no âmbito 
nacional, assim como na geração de emprego e renda tanto para o município 
quanto para o governo. Poderemos observar que as MPEs exercem um poder 
significativo na vida das pessoas, estando presente de diversas formas. 
Veremos alguns conceitos, formas de legalizar os microempreendedores, 
assim como os tributos e entraves a quais são submetidos. Trago o 
posicionamento também de alguns escritores sobre o tema, como Machado, 
Oliveira, Antonio Everton entre outros. Além disto, foi utilizado algumas 
definições retiradas do SEBRAI, e de Portais, como o da Contabilidade, do 
Trabalhador, do FAT entre outros. Além disto, é pautado estratégias e ideias 
para as empresas que almejam crescimento e visualidade no mercado, e, 
claro, a geração de lucro e retorno financeiro, dentre essas estratégias, é 
comentado sobre o ambiente, sobre os profissionais e o cliente. 
PALAVRAS-CHAVES: MPEs, Corporação, Desafios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
ABSTRACT 
This article discusses the Difficulties and advances of Micro and Small 
Enterprises in Brazil, discussing their importance at the national level, as well as 
in the generation of jobs and income for both the municipality and the 
government. We can see that MSEs exercise significant power in people's lives, 
being present in different ways. We will see some concepts, ways to legalize 
microentrepreneurs, as well as the taxes and obstacles to which they are 
submitted. I also bring the position of some writers on the subject, such as 
Machado, Oliveira, Antonio Everton, among others. In addition, some definitions 
taken from SEBRAI, and from Portals, such as Accounting, Workers, FAT, 
among others, were used. In addition, strategies and ideas for companies that 
aim for growth and visuality in the market are guided, and, of course, the 
generation of profit and financial return, among these strategies, is commented 
on the environment, professionals and the customer. 
KEYWORDS: MSEs, Corporation, Challenges. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
INTRODUÇÃO 
 O presente artigo tem como tema a abordagem sobre as dificuldades 
enfrentadas pelas micro e pequenas empresas no Brasil, considerando que 
representam uma quantidade significativa das organizações, entretanto, um 
considerado número dessas empresas não conseguem se manter no mercado, 
vindo a falir ou fechar as portas. 
 Dentro do tema apresentado, também iremos discutir acerca das 
políticas e conceitos que norteiam o trabalho dessas instituições, por exemplo, 
qual o papel que o SEBRAE desempenha sobre elas, quais auxílios promovem, 
como essas empresas devem e podem começar, quais os tipos de micro e 
pequenas empresas existem, entre outros. 
 As crescentes mudanças aceleradas do mercado sobre as quais a 
economia mundial vem passando, submete as organizações adequarem-se a 
todo momento. Desse modo, tanto as grandes, quanto as micro e pequenas 
empresas são atingidas pela volatilidade do mercado, direta ou indiretamente. 
 Em algumas empresas a falta de adequação se dá devido a uma gestão 
ineficiente, ou mesmo pela falta de ferramentas necessárias para o controle 
administrativo. Outro fator que também influencia para as dificuldades das 
empresas de se manter no mercado, é a exigências demasiadas de fisco, uma 
vez que as empresas não conseguem adquirir todas as ferramentas 
necessárias exigidas pela legislação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. DESENVOLVIMENTO 
 Com o passar dos anos, a contabilidade veio crescendo gradativamente, 
evoluindo e tornando-se uma das maiores e mais dinâmicas áreas de trabalho 
no Brasil, proporcionado mais oportunidades de trabalho e renda, com 
destaque no ramo empresarial, assim como mais competitividade e desafios. 
Desde o Brasil colonial, que esta ideia de compra e venda, e mercado vem 
criando força e modificando-se: 
De acordo com MACHADO, OLIVEIRA e SOUZA (2007): 
“As pequenas empresas surgiram com a atividade produtiva colonial. 
De fato, é impossível separar a história do Brasil da história da 
pequena empresa. Evidências, documentos e relatos apontam para o 
litoral do estado de São Paulo as origens da agricultura e da indústria 
brasileira, mais precisamente nas cidades de São Vicente e Santos. 
Suas origens étnicas prováveis viriam dos primeiros colonizadores 
(portugueses, belgas e holandeses) e dos índios brasileiros 
convertidos em pequenos fornecedores de alimentos. Os primeiros 
pequenos empresários brasileiros atuavam na agricultura, transporte, 
manufatura, serviços e comércio. Os pequenos produtores não 
ficaram vivendo à margem e dependentes da grande empresa 
açucareira. Muito menos se dedicavam apenas às atividades 
secundárias e de suporte à grande empresa colonial. ” 
 Assim, o Brasil antes mesmo de sua declaração como nação 
independente, já havia sido palco do nascimento de um conjunto considerável 
de micro e pequenas empresas. Muitas dessas empresas atuavam nos ramos 
de produção agrícola, manufaturas, serviços e comércio.A maioria das grandes 
corporações já foi uma microempresa em busca de crescimento, que precisou 
ganhar nome e lugar no mercado. 
“Por serem mais frágeis e sensíveis às oscilações do mercado, a 
conjuntura econômica impõe às MPE situações delicadas, de risco e 
frequentemente adversas. Nos períodos de crise, bem como nos de 
expansão econômica, ou seja, o tempo todo, as MPE necessitam do 
auxílio de leis, programas e políticas públicas que aliviem o ônus da 
necessidade de capital de giro e de investimento produtivo, entre 
outras coisas. ” (EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 15) 
8 
 
 Dentro do âmbito das MPEs (pequenas e microempresas) temos 
algumas subclassificações quanto ao porte da corporação, como o MEI 
(microempreendedor individual), a ME (microempresa) e a EPP (empresa de 
pequeno porte) 
 Segundo o Portal do Empreendedor (2017), o MEI é a pessoa que 
trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário, onde para 
se legalizar como microempreendedor é necessário não possuir participação 
em outra empresa e obter um faturamento anual igual ou menor do que R$ 
60.000,00 (sessenta mil reais). 
 Este tipo de empresa é previsto pela Lei Complementar Nº 128/2008, 
onde o trabalhador informal tem a oportunidadede formalizar através de um 
MEI legalizado, registrando como Pessoa Jurídica, possuindo cadastro no 
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), podendo ser realizado junto ao 
Portal do Empreendedor. 
 Além disto, o MEI poderá emitir notas fiscais, e isenção de alguns 
tributos federais, podendo também possuir funcionários, os quais devem ser 
pagos um salário mínimo ou piso (dependendo da função). Claro, que diante 
desse cenário ele exerce algumas obrigações junto ao órgão competente, 
como taxas anuais e outros tributos. Porém, também usufruiu de alguns 
auxílios e aposentadoria. 
 Diferentemente do MEI, as Microempresas exigem um faturamento 
financeiro mais alto. Segundo o SEBRAE (2017), considera-se Microempresa 
ou ME, a sociedade simples, a sociedade empresária, a empresa individual de 
responsabilidade limitada e o empresário que alcancem uma receita bruta 
superior a R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 
360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) em cada ano calendário. Esse tipo 
de empresa surgiu a partir de 01/07/2007, previsto na Lei Complementar Nº 
123/2006, aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte para a 
arrecadação de Tributos e Contribuições devidos. 
 Dentre as três, as EPP são aquelas que geram mais empregos e devem 
possuir a renda mais alta se comparada com as demais. O SEBRAE (2017) 
trata também da Empresa de Pequeno Porte ou EPP, que é a sociedade 
9 
 
simples, a sociedade empresária, a empresa individual de responsabilidade 
limitada e o empresário que alcancem uma receita bruta superior a R$ 
360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 
3.600.000,00 (Três milhões e seiscentos mil reais) em cada ano calendário. As 
empresas de Pequeno Porte podem possuir cerca de 140 colaboradores em 
torno de atividades de indústria, comércio e serviços. 
 Com relação aos tributos correlacionados com as organizações acima 
citadas, temos o SEMEI e o Simples Nacional, que representam 
respectivamente ao MEI e as Microempresas; Empresas de Pequeno Porte. 
 Com relação às dificuldades enfrentadas pelas MPEs, nos deparamos 
com um cenário onde muitas empresas estão fechando as portas, o que nos 
leva a acreditar que os desafios estão tornando-se cada vez maiores para os 
micros empreendedores, os quais deverão adequar-se o mais rápido possível 
para conseguir-se manter no mercado. 
 Dentre esses entraves, temos por exemplo, a Alta Carga Tributária, 
conforme Santos e Veiga (2014), se tratando da questão tributária, observa-se 
que o governo federal tem feito várias ações e investimentos para um melhor 
controle de fraudes, evitando as sonegações. Entretanto, esses tributos sem 
sempre estão ao alcance de alguns empreendedores, principalmente em 
período de crises. 
 Outro fator que prejudica em peso aos microempresários são as 
restrições ao crédito, uma vez que as linhas bancárias estão cada vez mais 
limitadas, pois os bancos estão minuciosamente mais cautelosos com relação 
aos empréstimos, devido um grande número de inadimplência ou mesmo 
inflação e desemprego. 
 Nesse ambiente, as empresas que se veem com dividas acabam 
optando por opções “mais caras”, ou seja, aquelas onde os juros são bem mais 
elevados, como antecipação de recebíveis, limite de cheque especial ou cartão 
de credito, que se não for bem administrado pode trazer ainda mais dividas a 
corporação. 
10 
 
 Abrir uma empresa no nosso país seja ela, de pequeno ou grande porte 
é um desafio, pois as exigências de fisco e burocracia sobrecarregam as 
MPEs. Mesmo com o acesso ao Simples Nacional, que dispensa algumas 
dessas burocracias, as obrigações ainda são muitas: 
• - PGMEI (PROGRAMA GERADOR DO MEI) 
 Segundo o PORTAL DO SIMEI (2017), esse é o sistema criado para a 
geração mensal do Documento de Arrecadação do Simples (DAS) para o MEI. 
• DASN-SIMEI (DECLARAÇÃO ANUAL DO MEI) O PORTAL DO SIMEI 
(2017) 
 Apresenta essa declaração como uma informação anual, que deverá ser 
entregue até o último dia útil de maio do ano subsequente. 
 Com relação às penalidades, o MEI que não apresentar essa declaração 
no prazo, estará sujeito ao pagamento de multa de no mínimo R$ 50,00. 
 
• PGDAS-D (PROGRAMA GERADOR DO DOCUMENTO DE 
ARRECADAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL DECLARATÓRIO) 
 Conforme o PORTAL DO SIMPLES NACIONAL (2017), o PGDAS e o 
PGDAS-D, são dois aplicativos que efetuam o cálculo dos tributos devidos 
mensalmente. A diferença é que o PGDAS serve para a apuração dos valores 
até dezembro/2011, enquanto que no PGDAS-D são feitas apurações a partir 
de janeiro/2012 e o mesmo tem caráter declaratório, constituindo confissão de 
dívida e exigência para recolhimento dos tributos conforme declarado. A ME e 
EPP que deixar de prestar mensalmente essas informações à Receita Federal 
do Brasil até o mês de março do ano subsequente, estará sujeita à multa 
mínima de R$ 50,00 (cinquenta reais) por cada mês não declarado. 
 
• DIRF (DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE) 
 Segundo o Portal da Contabilidade DIRF – é uma obrigação tributária 
acessória devida por todas as pessoas jurídicas - independentemente da 
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forma de tributação perante o imposto de renda, e também por pessoas 
físicas quando obrigadas a prestar as informações. 
• - RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) 
 Conforme o Portal da RAIS (2017), essa declaração consiste em um 
relatório de informações socioeconômicas que tem por objetivo o suprimento às 
necessidades de controle da atividade trabalhista no País, o provimento de 
dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de 
informações do mercado de trabalho às entidades governamentais. 
• DEFIS (DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOCIOECÔNOMICAS E 
FISCAIS) 
 Segundo o Portal Tributário: A partir do ano base de 2012, nos termos 
do artigo 66 da Resolução CGSN 94/2011, a Microempresa – ME ou Empresa 
de Pequeno Porte - EPP, optante pelo Simples Nacional, deve apresentar a 
Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS). A DEFIS será 
entregue à RFB por meio de módulo do aplicativo PGDAS-D, até 31 de março 
do ano-calendário subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores dos 
tributos previstos no Simples Nacional, ANTECIPANDO-SE a entrega caso o 
dia 31 seja dia considerado não útil. 
• CAGED (CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E 
DESEMPREGADOS) 
 Segundo o Portal FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador): O Cadastro 
Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado como registro 
permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).É utilizado pelo Programa de 
Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos 
trabalhistas, além de outros programas sociais.Este Cadastro serve, ainda, 
como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas 
ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada 
de decisões para ações governamentais. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucao-cgsn-94-2011.htm
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 É claro, que além das obrigações legais, existem outros fatores que 
influenciam o crescimento ou declínio de uma corporação, um deles, é a falta 
de uma Gestão eficiente, que consiga se adequar aos novos parâmetros e 
realidades de mercado, que saiba lidar com a competitividade, de maneira que 
continue saudável. Para Santos e Veiga (2014, p. 08) “A competitividade no 
ambiente global, que rompe fronteiras, se renova e possibilita a investidores 
diversos, com estratégias, culturas e políticas diferenciadas ser cada vez mais 
agressivos”. 
Sobre a competitividade, TROSTER, traz uma excelente comparação: 
" [...] na África, a gazela, quando acorda, sabe quem tem que 
correr mais rápido que o mais rápido dos leões, se quiser 
continuar viva. Também diz que, na África, o leão, todo o dia, 
tem que correr mais rápido que a mais lerda das gazelas, se ele 
quiserter alimento e sobreviver. Diz o poema que, na África, 
não interessa se você é leão ou gazela; quando acorda, você tem 
que começar a correr." (TROSTER, 2002; p. 74) 
 Outros elementos que influenciam nas dificuldades dessas empresas se 
manterem no mercado é a falta de profissionais qualificados ou suporte 
adequado. Uma vez que ambos, são difíceis ou caros de se achar ou manter, 
respectivamente. 
 Para que haja mudança nesse quadro, um dos primeiros passos e mais 
importante é o Gestor conhecer o seu negócio, conhecendo amplamente a sua 
empresa, os valores e as metas a serem alcançadas, os seus possíveis 
competidores, como o seu produto e/ou serviço é necessário, a sua demanda e 
a sua oferta, aberto a novas ideias e métodos. Além da necessidade de 
crescimento e retorno financeiro, a empresa também tem necessidade de 
segurança. 
“Neste trabalho a necessidade de segurança contempla a idéia de 
sobrevivência do negócio, evitando a perda de recursos 
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financeiros, trabalho e tempo; pois quem investiu em um 
negócio próprio certamente não deseja a perda desse patrimônio. 
Muito pelo contrário, espera-se normalmente que o negócio 
traga "frutos" financeiros, além de diversas outras realizações 
pessoais. Dessa forma, a segurança do negócio consiste na 
perpetuação da empresa, bem como na garantia de um retorno 
financeiro maior (ou similar) àquele realizado em investimentos 
equivalentes. ” (BIRLEY, 2001) 
 É de grande importância que o proprietário não veja sua empresa como 
uma forma de auto sustento, mas sim como uma inovação que irá gerar muitos 
lucros. Para tanto, é imprescindível que o proprietário seja um líder e saiba 
administrar seu negócio de maneira eficiente, para que o retorno financeiro 
venha pelos serviços prestados e não pelo corte de custos. 
 Em um simples dia de trabalho, supomos que o indivíduo passe por uma 
padaria ou lanchonete, tem um pequeno mal-estar e passa na farmácia para 
adquirir um remédio, ou mesmo deixa algum acessório ou eletrodoméstico para 
consertar, sai mais cedo e vai a lojas comprar uma camiseta ou algo similar, 
em alguns desses casos, a maioria se trata de MPEs, que mesmo que não 
percebamos, estão sempre ao nosso redor nos prestando algum produto ou 
serviço, tornando a vida do consumidor “mais fácil”. 
 
“Portanto, devido à imensa dispersão, as MPE possuem posição 
estratégica na vida de qualquer pessoa e, por extensão, da 
sociedade. Onde quer que os clientes estejam e para onde vão 
haverá sempre empresas de micro ou pequeno portes dispostas a 
levar bens e serviços, direcioná-los para atrair clientes e ofertar o que 
for necessário para saciar vontades de consumo. 
Para isso, de forma natural no mundo competitivo, as empresas vão 
procurar melhorar a qualidade dos processos de venda e cuidar muito 
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bem dos seus funcionários para poderem enfrentar concorrentes em 
melhores condições. Também vão buscar novas estratégias de 
vendas e de marketing para conseguirem suportar o peso da 
conjuntura econômica sobre a gestão e o desempenho do negócio. ” 
(EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 15) 
 Além de facilitar o dia a dia de muitas pessoas, as MPE também são de 
grande importância para a diminuição do desemprego, geram rendas aos 
municípios e ao governo. 
“Hoje, a contribuição das MPE no bojo da arrecadação tributária do 
setor produtivo privado é cada vez maior e mais importante para o 
equilíbrio das contas do governo, de forma que é praticamente 
impossível supor que as autoridades abririam mão de qualquer 
parcela do recolhimento de impostos feito junto às MPE. ” 
(EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 17) 
 Acreditar no potencial da própria empresa é um artifício primordial para 
aqueles que almejam crescimento. Não é por que se trata de uma MPE que ela 
não tenha capacidade de oferecer um serviço de qualidade igual ou superior a 
empresas de médio e grande porte. Se conformar com a falta de auxilio ou 
ajuda do governo também não é uma opção para quem deseja sucesso. É 
necessário investimento não só financeiro, mas de corpo e mente. O foco do 
proprietário não deve se limitar somente as crises financeiras, pois essas, 
atingem a todas as corporações, sejam pequenas ou grandes. O foco está em 
ofertar um serviço ou produto de qualidade, competindo assim com outras 
empresas e ganhando mais clientes. 
 A empresa precisa de uma base forte, para tanto, é construída através 
de um bom planejamento, onde serão traçados metas e métodos para o 
crescimento e rendimento da empresa. O Marketing exerce uma grande função 
no sucesso de qualquer corporação, desse modo, um plano de Marketing é 
indispensável. Para se construir um bom Plano de Marketing é necessário um 
15 
 
conhecimento básico de internet, que é um dos ambientes que melhora o 
alcance de pessoas e possíveis clientes, e claro, conhecer as necessidades 
dos seus clientes, mostrar a eles o que querem, persuadi-os a comprar os bens 
ou serviços. E claro, o mais importante, oferecer um serviço de qualidade. 
 O controle financeiro é um dos pilares para que a organização se 
mantenha forte, evite dividas e não venha a fechar as portas. O SEBRAE 
(2017) apresenta alguns controles financeiros, como: Controle de Caixa, 
Controle de Bancos, Controle de Contas a Receber, Controle de Contas a 
Pagar, Fluxo de Caixa, separar os recursos da Empresa e do Proprietário entre 
outros. 
 Deve-se ter em mente que quem faz a empresa não é apenas o 
proprietário, por isso investir em uma equipe qualificada faz toda a diferença, 
além das qualificações, uma boa equipe deve ser motivada e liderada, de modo 
a desenvolver suas habilidades da melhor forma. Por isso a distribuição de 
tarefas e metas deve visar alcançar os objetivos da corporação e proporcionar 
um ambiente de trabalho satisfatório. 
“Nas MPE, em muitas ocasiões, um único empregado pode tornar-se 
elemento basilar do negócio, peça importantíssima da engrenagem 
matricial da empresa, sendo o responsável estratégico pelo 
funcionamento e futuro da empresa. Provavelmente, para que isso 
seja exequível, todo tipo de tarefa pode ter sido delegado a ele, e o 
patrão deve manter ótima relação e convivência com o mesmo. ” 
(EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 20) 
 Outro ponto importante e que gera muitas dificuldades nas MPEs é o 
espaço, devido a fatores financeiros, muitas vezes os ambientes dessas 
organizações podem ficar aglomerados, o que pode ser um ponto mal visto 
pelos clientes, por isso, o zelo pela organização do espaço deve ser minucioso, 
de maneira que mesmo pequenos espaços sejam bem distribuídos, de maneira 
16 
 
a não desagradar a “clientela” e que todos possam ser atendidos da melhor 
maneira possível. 
“Sem querer entrar no delicado tema da questão da acessibilidade 
(cadeirantes, deficientes visuais, etc.), o fato fica bem evidenciado em 
estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como banca de 
jornal, correios, lanchonetes, mercearias, floriculturas, barzinhos, etc., 
nos quais a aglomeração no balcão pode ser motivo para insatisfação 
do cliente, um transtorno que poderia ser evitado se o local fosse 
maior ou o espaço melhor organizado. ” 
(EVERTON JUNIOR, Antonio. 2017, pág. 18) 
 Diante de todas as dificuldades e estratégias citadas, o que se busca e é 
a alma do negócio é a satisfação do cliente, pois ele é o principal responsável 
pelo funcionamento e crescimento da empresa. É sobre ele que é pautado 
metas e estratégias, é para eles que os serviços são prestados. Nesse sentido 
a qualidade no serviço prestado e o atendimento, são os pilares para a 
empresa se mantenha firme e se diferencie da concorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
CONCLUSÃO 
 Com a crescente expansão do mercado e a necessidade de bens e 
serviços, a criação de Microempresas e Pequenas empresas tem crescido em 
todo território nacional, prestando variados tipos de produtos ou ofícios, 
gerandoemprego e renda dentro dos municípios. 
 Entretanto, para se manter no mercado as MPEs enfrentam muitos 
desafios, sejam de ordens financeiras ou de fisco. Muitas destas empresas 
acabam fechando as portas por excesso de burocracia ou por não conseguirem 
se manter no mercado, ou não se adequarem as mudanças que ocorrem 
diariamente no âmbito empresarial. 
 Vimos, portanto, como essas empresas podem se legalizar, através de 
MEI, ME ou EPP, apesar de acompanhada de algumas regalias como dispensa 
de alguns impostos e aposentadoria, também trazem N’s burocracias a serem 
seguidas e exigidas, podendo gerar inclusive multas e encargos para a 
corporação. 
 Desse modo, podemos observar algumas estratégias que auxiliam a 
organização a manter-se no mercado, como Plano de Marketing, bons 
profissionais, ambiente organizado, controle financeiro entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
REFERÊNCIAS 
MACHADO, Lindinalva Candida, OLIVEIRA, Cilene Aparecida Silva de e 
SOUZA, José Henrique. As Origens da Pequena Empresa no Brasil, 2007. 
EVERTON JUNIOR, Antonio MPE: avanços importantes para as micro e 
pequenas empresas. Rio de Janeiro: Confederação Nacional do Comércio de 
Bens, Serviços e Turismo, 2017. 
LEI nº 7.998/1990 - Planalto. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7998.htm/. Acesso em 08/01/2020. 
SANTOS, Fernando de Almeida e VEIGA, Windsor Espenser. Contabilidade: 
com Ênfase em Micro, Pequenas e Médias Empresas. São Paulo: Editora 
Atlas, 2014. 
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(SEBRAE) – Entenda as diferenças entre microempresas, pequena 
empresa e MEI. Disponível 
emhttps://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-
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mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD . Acesso em 
18/01/2020 
PORTAL DO EMPREENDEDOR - Perguntas e Respostas. Disponível em 
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual#portal-
column-one/ . Acesso em 18/02/2020. 
PORTAL DO TRIBUTÁRIO. DEFIS - Declaração de Informações 
Socioeconômicas e Fiscais. Disponível em 
http://www.portaltributario.com.br/tributario/DEFIS.htm Acesso em 20/01/2020 
PORTAL DO FUNDO DO AMPARO AO TRABALHADOR (FAT). Cadastro 
Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Disponível em 
http://portalfat.mte.gov.br/programas-e-acoes-2/caged-3/Acesso em 20/01/2020 
BIRLEY, S. Crescer ou não crescer, eis a questão. In BIRLEY, S.; MUZYKA, D. 
F.; Dominando os desafios do empreendedor. Trad. Cláudio Ribeiro de 
Lucinda, Ed. Makron, São Paulo, 2001. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7998.htm/
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
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http://portalfat.mte.gov.br/programas-e-acoes-2/caged-3/

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