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Patologia JSC Instituto Politécnico de Viseu Escola Superior de Saúde Como responde hoje? Ortopneia Bradipneia Arritmia Paraplegia Hematemes Hemoptises Gastralgias Parésia Microcefalia Otorragia Anosmia Rinorreia Isocória Miose Anisocória Midríase Como responde hoje? Sialorreia Ptose Glossite Xerostomia Cianose Eupneia Apneia Anasarca Bradiarritmia Disfagia Caquexia Eructação Dispepsia Aerofagia Aerocolia Polaquiúria Nefrose Nictúria Lesões por temperaturas extremas O organismo dos animais homeotérmicos resiste mais ao frio do que ao calor. Existem mecanismos de adaptação que permitem em ambos os casos manter funções normais. Em ambientes com temperatura superior à corpórea, o organismo usará de todos os recursos para perder calor enquanto no frio procurará reter e produzir mais calor. Acção do frio Crioterapia: que designa o emprego terapêutico do frio. São formas de aplicação: - Hipotermia/anestesia (geral) - Locais Acção do frio Hipotermia: significa um estado de temperatura corporal abaixo do normal. A hipotermia induzida ou provocada é um método de anestesia e reanimação que tem por fim provocar a baixa temperatura de todo o corpo ou de parte dele. Usa-se: Cirurgia cardiovascular Neurocirurgia Reanimação Ação do frio Técnicas de hipotermia: Arrefecimento da superfície corporal: água fria, saco de gelo, ar frio Arrefecimento pela circulação extra corporal Geladuras A exposição de determinada parte do corpo à acção dum frio pode provocar lesões que se designam por congelação ou geladura. De acordo com o tempo de exposição ao frio intenso assim podemos ter vários graus de congelação. Frieiras 1º Grau: (frieiras) -Manchas vermelhas que se tumefazem e adquirem cor violácea com prurido e por vezes dor. Geralmente localizam-se nos dedos das mãos e dos pés, nos calcanhares e pavilhões auriculares. Provocados por espasmo das arteríolas e vénula cutâneas. Frieiras 2º Grau: Quando a congelação ainda não é muito severa. A circulação restaura-se à medida que se dá o degelo. Os vasos dilatam-se. Região tumefaz-se, fica vermelha e dolorosa. Nas formas mais intensas podem formar bolhas, ulcerar originando cicatrizes. Frieiras 3º Grau: Vasoconstrição severa que provoque aglutinação dos eritrócitos e respectiva trombose. Impedimento da circulação. Perda da sensibilidade. Gangrena seca - área de necrose. Ex.: pé de trincheira Hipotermia Bradicardia Taquipneia Perda de memória Diminuição dos valores dos sinais vitais Tremores Ação do calor Termoterapia - designa o emprego terapêutico do calor. Aplicações As aplicações terapêuticas do calor podem ser sob a forma: Hidroterapia - água quente Helioterapia (banhos de sol) - ar quente Diatermia - utilização de correntes eléctricas de alta frequência Cauterização - emprego de calor excessivo para destruir tecidos doentes Quer o calor quer o frio têm 2 tipos de acção no organismo, ou seja, têm efeitos benéficos e nocivos. Finalidades da aplicação do calor 1.Para aliviar a dor (Ex.: dor por espasmo muscular é aliviado quando o músculo relaxa) 2. Para diminuir a congestão sanguínea 3. Para diminuir a inflamação 4. Para aliviar o edema Agentes Causais Térmicos húmidos (vapor, H2O a ferver) Secos (chama, metais quentes) 2. Químicos ácidos fortes ( H2SO4 e ácido nítrico) bases: lixívia e outros Agentes Causais Físicos 1- Eletricidade - dependem da voltagem, mas nota- -se sempre uma porta de entrada e outra de saída da corrente eléctria 2. Radiações ultra-violetas (queimaduras pelo sol ou luz ultra-violetas) Rx Avaliação inicial de um queimado Determinação da sua causa e intensidade do agente causal b) Condições do paciente c) Extensão da área da superfície envolvida d) Da profundidade Avaliação inicial de um queimado Determinação da sua causa Já descrito anteriormente b) Condições do paciente - Condição e estado geral de saúde da vítima - Idade: criança e idoso maior perigo - Quando foi queimado - Como foi queimado - Quais as medidas de primeiros socorros empregues -Local das lesões: as piores são face, mãos e períneo c) Extensão da área da superfície queimada Avaliação inicial de um queimado Profundidade da queimadura Com base na profundidade as queimaduras atingem a espessura parcial ou total da pele. As de espessura parcial são divididas em 1º e 2º grau. As de espessura total são as consideradas de 3º grau. Queimadura 1º grau Vermelhidão da pele; - Envolvem apenas a epiderme; - Manifestam-se por eritema e descamação superficial e pode surgir algum edema (sol). Curam-se rapidamente; - Terminações nervosas não são destruídas mas inflamadas. Queimadura 2º grau - As lesões atingem toda a epiderme e espessuras variáveis da derme. - Flictenas (vesículas) - bolhas. - Pode ou não haver cicatrizes (de acordo com a gravidade de lesões da derme). Queimadura 3º grau As lesões atingem toda a epiderme, toda a derme e porções variadas dos tecidos mais profundos com tecido celular subcutâneo, muscular e ósseo. - Há necrose de tecido por carbonização. - Há a formação de escara e a cura é difícil e com refracção. - Enxerto cutâneo é sempre útil. Profundidade da queimadura As queimaduras profundas são consideradas grandes, quando: * São do 2º grau e envolvem mais de 30% da área do corpo. * São do 3º grau e envolvem mais de 10% da área do corpo. Complicações Infecções; Hemorragias; Choque (por perda de água e proteínas); Morte. Agressões por radiações Radiação é um termo da área da Física e significa a propagação de energia de um ponto a outro no espaço ou em um meio material, com uma certa velocidade. Irradiação - é uma palavra empregue para indicar o tratamento da matéria pela energia radiante. No entanto quer uma quer outra são muitas vezes empregues como sinónimos. Tipos radiação De acordo com o efeito biológico que produzem as radiações dividem-se em dois grupos: a) radiações ionizantes b) radiações excitantes Radiação Ionizante São capazes de provocar o movimento de um electrão do átomo que se transforma em ião positivo após a absorção quase total de energia. Comportam-se como radiações ionizantes os raios alfa, beta, gama e Rx. A absorção deste tipo de radiações pela matéria viva aumenta com a diminuição da sua velocidade ou da sua frequência. Podemos considerar dois tipos de radiações ionizantes: Radiações corpusculares Ex.: raios alfa, beta (penetram em tecidos superficiais) Radiações electromagnéticas (penetram em tecidos profundos) Radiação Ionizante Radiações corpusculares: é constituída por partículas subatómicas, sendo os tipos mais conhecidos: eletrões, protões, neutrões e partículas alfa e beta (penetram em tecidos superficiais) A radiação eletromagnética caracteriza-se pela oscilação entre um campo elétrico e um campo magnético e está classificada de acordo com a frequência de ondas, sendo as mais conhecidas: ondas hertzianas (de rádio ou TV), microondas, radiação infravermelha, ultravioleta, raios X e raios gama Radiação Ionizante (aplicações) A radiação ionizante tem inúmeras aplicações na vida humana: medicina nuclear (radioterapia), exames de diagnósticos (raio X), indústria bélica, conservação de alimentos, agricultura, entre outras Radiação excitante São incapazes de ejectar um electrão, mas podem deslocá-lo para outra órbita. Colocam o átomo em estado de excitação que desaparece após a emissão de energia. São radiações excitantes as luminosas e as ultravioletas. Fototerapia Consiste na aplicação terapêutica da luz solar - (helioterapia), ou por radiações invisíveis por exemplo raios ultravioleta ou raios infravermelhos derivados de fontes artificiais. Helioterapia - É utilizada desde os tempos mais remotos e é essencial para a vida de todos os seres vivos - Tem enorme poder terapêutico (que se perde pelas poeiras, fumos e humidade) - Deve utilizar-se de forma progressiva e lenta - Deve evitar-se o excesso de calor e de vento - Não deve ocorrer exposição ao sol no verão depois das 11 horas,no inverno depois das 15 horas Efeitos Nocivos: insolação Radiação Ultra violeta A fonte natural é o sol As fontes artificiais são lâmpadas de mercúrio São radiações fotoquímicas Penetram superficialmente na pele, são absorvidas pelo protoplasma das células e por processos bioquímicos transformam--se em vitaminas D1 e D3 Têm uma acção antirraquítica - Utilizam-se: Tratamento de crianças desnutridas Alterações no metabolismo de Ca Acção bactericida - destruição de microorganismos Acção estimulante para favorecer a cicatrização de lesões cutâneas Efeitos nocivos dos RUV A Dermatite solar com edemas e vesículas Queratose senil - envelhecimento precoce da pele Herpes labiais - por excesso de luz Carcinoma cutâneo Radiação Infra-Vermelhos (RIV) - Fonte: natural (sol) artificial - lâmpadas por filamento de tungsténio - Radiações fototérmicas - Penetram no tecido cutâneo - Aumentam a temperatura cutânea com aparecimento de: rubor, pigmentação, diminuição de dor - Fazem baixar a TA - Aumentam a eliminação renal - Utilizam-se em: Situações inflamatórias e traumáticas crónicas Nevralgias Dermatologia Complemento de outras formas de terapia física Efeitos nocivos das RIV Queimaduras Golpe de calor ou insolação: - Cefaleias - Vertigens - Dispneia - Hipertermia - Perda de consciência - Ausência de sudorese - Morte Uso das radiações em Medicina Diagnóstico Terapia - Radioterapia Pesquisa Efeito das radiações sobre o organismo As radiações ionizantes provocam um tipo de lesão dos tecidos que é diferente do provocado pelas radiações não ionizantes. As radiações ionizantes podem penetrar facilmente nos tecidos e lesar internamente os órgãos internos. O risco de lesão tecidual depende dos seguintes factores: a) Forma de administração de radiações "Uma dose prescrita causa menos destruição tecidual quando administrada em pequenas quantidades por um longo período de tempo do que dado todo de uma só vez". b) Área de exposição corporal - quanto maior a área exposta maior o efeito. Suceptibilidade da célula As células de divisão rápida, sem função especializada são mais sensíveis do que as que não se dividem e as altamente diferenciadas. Assim, os tecidos mais rádio-sensíveis são: Linfócitos e granulócitos Gânglios linfáticos e medula óssea Gónadas Mucosa, sobretudo a digestiva Órgãos parenquimatosos (fígado, pâncreas, rim, etc.) Pele Tecido cartilagíneo e ósseo Tecido nervoso Tecidos fetais (a grávida não deve fazer Rx, principalmente nos primeiros 3 meses - fase embrionária) Tecido neoplásico - doses terapêuticas porque o excesso de radiação é causa de desenvolvimento de tecido neoplásico Efeito das radiações - Funcionais - Morfológicos - Curto prazo - Longo prazo Efeito das radiações Alterações funcionais: Há alteração do funcionamento das células. Assim, podem provocar: Diminuição da actividade celular Diminuição da secreção glandular Perda da contratibilidade muscular Esclerose do tecido conjuntivo Alterações morfológicas: Evidenciam alterações da estrutura do núcleo e organelos que podem levar a mutações genéticas. Efeito das radiações Efeitos a curto prazo: Náuseas, vómitos, mal estar; Alopécia (queda de cabelo); Hemorragia (púrpura, petéquias, epistaxis) Palidez Diarreia Inflamação da boca e garganta Efeito das radiações Efeitos a longo prazo: Os efeitos do Rx são cumulativos. Assim, quando uma pessoa exposta a radiações mesmo que sejam de baixos níveis podem surgir: Carcinomas a vários níveis; Mutações genéticas; Carcinomas nos descendentes nas zonas expostas. Agressões por eletricidade O maior risco da passagem da corrente eléctrica reside na sua acção sobre duas funções orgânicas, a respiração e o coração, além das possíveis queimadoras originadas pela sua passagem no corpo humano. Agressões por eletricidade Acção da electricidade sobre o organismo: - Local - Geral Apesar do seu interesse terapêutico a electricidade pode lesar o corpo de três maneiras: 1. Efeito sobre o sistema nervoso, músculos e coração Pode provocar perda reversível da consciência ou provocar a morte por paralisia bulbar. Paralisia bulbar progressiva Disartria Disfagia Fraqueza muscular Fasciculação Envolvimento da musculatura cervical e língua Paralisia Muscular Progressiva Fraqueza muscular Atrofia muscular Fasciculação Hiperreflexia Espaticidade Perigo de fibrilhação A fribrilhação é uma contracção arrítmica dos ventrículos cardíacos, e que ocasiona a interrupção do fornecimento regular de sangue às células e consequentemente a morte das mais sensíveis. A fribrilhação pode cessar se o choque eléctrico durar menos de 150 milisegundos. A intervenção rápida com massagem cardíaca, respiração artificial, desfibrilhação ao fim de um minuto dão 9% de hipóteses de recuperação, mas que ao fim de 6 minutos desce para 1%. Existe uma proporcional idade aproximada entre o peso corporal e a intensidade necessária à fibrilhação, e que situa essa corrente como sendo de 70 a 100 mA. Há vários factores que influenciam o nível necessário, como as condições fisiológicas do indivíduo e os parâmetros físicos do acidente: trajecto da corrente eléctrica no corpo, resistência do organismo, tensão, tipo de contacto, tempo de passagem da corrente. Paragem Cardíaca Paragem respiratória As correntes da ordem dos 20 a 30 mA podem generalizar a tetanização muscular até aos músculos respiratórios, originado asfixia. Agressões por eletricidade 2. Pelo seu poder calorífico (queimaduras) As queimaduras são um risco natural da passagem da corrente eléctrica no corpo humano. A electricidade ao atravessar o corpo, produz calor e este pode coagular o sangue e os tecidos com consequente necrose. 3. Provoca contrações musculares tetânicas que podem causar lesões dos ossos ou tecidos moles. Agressões por eletricidade A acção da corrente eléctrica no organismo depende dos seguintes factores: 1. Tipo de corrente - a corrente alterna é mais perigosa que a contínua, porque induz contracções musculares tetânicas que "prendem" a vitima ao contacto eléctrico. 2. Da intensidade da corrente e duração - se a corrente eléctrica for de alta intensidade forma-se necrose térmica nos pontos de entrada e saída. 3. Duração do contacto - quanto maior o contacto maior a lesão. 4. Voltaqem - as correntes de voltagem baixa podem ser perigosas se a resistência do corpo também é baixa. Agressões por eletricidade 5. Resistência dos tecidos - a resistência da pele aumenta com a espessura e diminui com a humidade. Assim: Pele seca: Provoca grande resistência à passagem da corrente eléctrica Pele húmida: Diminui a resistência à passagem da corrente eléctrica. De qualquer modo depende da duração do contacto, da extensão da superfície em contacto, da pilosidade (couro cabeludo é mau condutor), etc. Agressões por eletricidade 6. Do traiecto: O organismo humano é um bom condutor de electricidade principalmente depois de vencida a resistência superficial da pele Quando o organismo sofre um choque eléctrico, a corrente eléctrica difunde-se através do corpo, do ponto de entrada para o ponto de saída, que usualmente são os pés. Os locais de entrada e de saída podem mostrar queimaduras focais, porque a pele, oferecendo resistência a passagem da corrente, converte a energia eléctrica em calor, queimaduras estas que podem ser do 3º grau carbonização. Se no seu trajecto se intercalarem órgãos vitais como por exemplo o bulbo raquidiano e o coração, a morte será mais que evidente no 1º caso por inibição dos centros respiratórios e no 2º caso - fribrilhação ventricular. Resumo das consequências - Paragem do coração - Nível de fribrilhação cardíaca irreversível - Nível de paralisia respiratória - Tetanização (contracção muscular) - Sensação muito fraca Sinais e sintomas das queimaduras por corrente elétrica - Vermelhidão Tumefação e pele queimada nos pontos de entrada e saída. Possível estado de inconsciência. Possibilidade de paragem respiratória e cardíaca. Objetivos do tratamento:Afastar a vítima da fonte da corrente eléctrica; Socorrer as queimaduras; Transportá-la ao hospital. Eletroterapia É a designação dada à aplicação da corrente eléctrica no diagnóstico e tratamento de doenças, por isso definimo-la como: “O conjunto de técnicas que utilizam a electricidade com fins terapêuticos”. Diatermia é a produção de calor numa parte do corpo por meio de correntes eléctricas de alta frequência, microondas ou ultra-sons. Eletroterapia Médica Aumenta o fluxo sanguíneo Diminui dores intensas (reumáticas e artríticas) Cirúrgica Hemostase (laqueação de vasos sanguíneos) Esterilização das feridas por ação do calor Remoção e destruição de tecidos malignos Outras formas de electroterapia Ultra-sons: estimulam metabolismo celular e atuam sobre tecido nervoso Radiações: aceleram circulação, aceleram processos vitais celulares e diminuem a dor Agressões por pressão atmosférica A atmosfera é a camada de ar que envolve o globo terrestre e que é mantida à sua superfície pela força da gravidade. A força exercida pela atmosfera sobre cada unidade de superfície dos corpos que nela se encontram mergulhados é o que se chama de pressão atmosférica. O primeiro a demonstrar a existência de pressão atmosférica foi Torriceli em 1643. A pressão atmosférica normal oscila pelos 760 mm hg ao nível do mar ou seja IKg/~cm2 ou 1 atmosfera. Agressões por pressão atmosférica Exerce-se em todas as direcções: - De cima para baixo - De baixo para cima - Lateralmente - Em todos os sentidos Todos os corpos à superfície da terra sofrem a acção da pressão atmosférica que será tanto maior quanto maior for a superfície do corpo e a profundidade e tanto menor quanto maior for a altitude a que este se encontra. As alterações da pressão atmosférica acarretam problemas médicos, alguns de extensa gravidade, que se verificam principalmente a nível do aparelho respiratório. Em geral o corpo humano suporta melhor aumentos de pressão do que a diminuição desta. Efeitos da pressão atmosférica com altitude Hipopressão Atmosférica - Com o aumento da altitude diminui a pressão atmosférica e o ar encontra-se mais rarefeito Entre 2500 - 4000m Acima dos 4000m Acima dos 7000m Hiperventilação Sensação de falta de peso e excitação Cefaleias; cianose Astenia e angústia Dispneia tipo Cheyne Stokes Taquicardia Euforia Náuseas Astenia Diarreia Cefaleias violentas Suor frio Coma e morte Perda de consciência Tremores musculares Astenia grave Diminuição das pupilas e da concentração Dilatação das pupilas e não reactivas Dispneia constante Efeitos da pressão atmosférica com profundidade Hiperpressão Atmosférica - verifica-se à medida que aumenta a profundidade. Por cada 10 m de profundidade, a pressão atmosférica aumenta em 1 atmosfera. Só se verificam alterações quando entre o ambiente e o corpo existe uma pressão diferencial superior a 50 Mm/Hg. - À medida que um mergulhador com equipamento desce, a pressão que a água exerce no seu corpo dificulta a sua expansão pulmonar normal. Para compensar, o mergulhador respira ar pressurizado que tem uma pressão maior que a do ar, ao nível do mar Efeitos da pressão atmosférica com profundidade Um mergulhador que faz uma subida à superfície muito rápida a partir de uma grande profundidade pode desenvolver um Síndroma de Descompressão, formando bolhas de azoto que lesam tecidos, ou impedem o fluxo sanguíneo nos vasos de pequeno calibre. - A descompressão rápida é a passagem de uma zona de hiperpressão para uma de normopressão. Nestes casos, o azoto que circulava no estado líquido, na hiperpressão passa ao estado gasoso rapidamente, podendo provocar embolias gasosas que bloqueiam os diversos vasos sanguíneos nos diferentes tecidos. O resultado é a isquemia tecidular e, algumas vezes com a morte do tecido. Efeitos da pressão atmosférica com profundidade O aumento de CO2 circulante pode provocar não só convulsões, mas também coma. O aumento de CO2 provoca hipercapnia. Este aumento pode provocar: Depressão do centro respiratório Acidose respiratória Coma Eliminação do N2 do corpo Felizmente se o mergulhador voltar à superfície lentamente, o nitrogénio dissolvido é eliminado pelos pulmões com rapidez suficiente para evitar a doença de descompressão. Aproximadamente 2/3 do N2 total são libertados em 1 hora e cerca de 90% em 6 horas. Agressões por substâncias químicas Tóxico (veneno) - é toda a substância que tem potencial idade de provocar lesão no organismo prejudicando-o no seu normal funcionamento ou destruindo reversível ou irreversivelmente as suas funções vitais. A lesão é obtida sempre que a substância tóxica: - Entra em contacto com o organismo - Pode ser formada no seu interior pela ação das toxinas No entanto muitas substâncias consideradas tóxicas têm função medicamentosa quando usadas em pequenas doses administradas por via externa. Tóxicos Corrosivos são todos os tóxicos que enfraquecem ou queimam e destroem a superfície ou o tecido em si quando está em contacto com ele. Existem numerosos tóxicos corrosivos nomeadamente: Os ácidos – As bases – Os sais – Os gases Tóxicos corrosivos Os ácidos e as bases podem ser classificados como sendo fortes e fracos. Ácidos e bases fortes dissociam-se quase completamente. Os ácidos - podem ser corrosivos principalmente aqueles que apresentam pH inferior a 2,5, ou seja, que sejam ácidos fortes. Acuam de dois modos, conforme a concentração: - Desidratando as células e o interstício; -Em elevadas concentrações, desnaturando as proteínas, provocando a paragem dos processo enzimáticos. Estes ácidos provocam feridas secas, bem limitadas, duradouras de cor variável. Ex.: Ácido clorídrico e ácido sulfúrico. Os bases – são também considerados corrosivos quando são fortes, ou seja, quando apresentam pH superior a 11,5. Hidrolisam proteínas e maceram os tecidos. Estas bases provocam feridas húmidas, externas e de cor clara branca. Ex.: soda cáustica. Tóxicos corrosivos Os sais - formam-se quando os ácidos reagem com as bases em que os iões hidrogénio do ácido são substituídos pelos iões positivos de base. HCI + NaOH > NaCI + H20 ácido + base > sal + água Temos como exemplo de sais corrosivos o cloreto de zinco e o nitrato de mercúrio
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