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Patologia
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Lesões por temperaturas extremas
 O organismo dos animais homeotérmicos resiste mais ao frio do que ao calor.
 Existem mecanismos de adaptação que permitem em ambos os casos manter funções normais.
 Em ambientes com temperatura superior à corpórea, o organismo usará de todos os recursos para perder calor enquanto no frio procurará reter e produzir mais calor.
Acção do frio
Crioterapia: que designa o emprego terapêutico do frio. 
São formas de aplicação: 
- Hipotermia/anestesia (geral) 
- Locais
Acção do frio
Hipotermia: significa um estado de temperatura corporal abaixo do normal. 
A hipotermia induzida ou provocada é um método de anestesia e reanimação que tem por fim provocar a baixa temperatura de todo o corpo ou de parte dele. 
Usa-se: 
Cirurgia cardiovascular 
Neurocirurgia 
Reanimação
Ação do frio
 Técnicas de hipotermia: 
Arrefecimento da superfície corporal: água fria, saco de gelo, ar frio 
Arrefecimento pela circulação extra corporal
Geladuras
 
A exposição de determinada parte do corpo à acção dum frio pode provocar lesões que se designam por congelação ou geladura. 
De acordo com o tempo de exposição ao frio intenso assim podemos ter vários graus de congelação.
Frieiras
 1º Grau: (frieiras) -Manchas vermelhas que se tumefazem e adquirem cor violácea com prurido e por vezes dor. 
Geralmente localizam-se nos dedos das mãos e dos pés, nos calcanhares e pavilhões auriculares. 
Provocados por espasmo das arteríolas e vénula cutâneas. 
Frieiras
 2º Grau: Quando a congelação ainda não é muito severa. 
A circulação restaura-se à medida que se dá o degelo. Os vasos dilatam-se. Região tumefaz-se, fica vermelha e dolorosa. 
Nas formas mais intensas podem formar bolhas, ulcerar originando cicatrizes. 
Frieiras
 3º Grau: Vasoconstrição severa que provoque aglutinação dos eritrócitos e respectiva trombose. 
Impedimento da circulação. 
Perda da sensibilidade. 
Gangrena seca - área de necrose. Ex.: pé de trincheira
Hipotermia
 Bradicardia 
Taquipneia 
Perda de memória 
Diminuição dos valores dos sinais vitais 
Tremores 
Ação do calor
 Termoterapia - designa o emprego terapêutico do calor. 
Aplicações As aplicações terapêuticas do calor podem ser sob a forma: 
Hidroterapia - água quente 
Helioterapia (banhos de sol) - ar quente 
Diatermia - utilização de correntes eléctricas de alta frequência 
Cauterização - emprego de calor excessivo para destruir tecidos doentes 
Quer o calor quer o frio têm 2 tipos de acção no organismo, ou seja, têm efeitos benéficos e nocivos. 
Finalidades da aplicação do calor
1.Para aliviar a dor (Ex.: dor por espasmo muscular é aliviado quando o músculo relaxa) 
2. Para diminuir a congestão sanguínea 
3. Para diminuir a inflamação 
4. Para aliviar o edema
Agentes Causais
Térmicos 
húmidos (vapor, H2O a ferver)
Secos (chama, metais quentes)
2. Químicos
ácidos fortes ( H2SO4 e ácido nítrico)
 bases: lixívia e outros
Agentes Causais
Físicos
1- Eletricidade - dependem da voltagem, mas nota- -se sempre uma porta de entrada e outra de saída da corrente eléctria
2. Radiações
ultra-violetas (queimaduras pelo sol ou luz ultra-violetas) 
Rx
Avaliação inicial de um queimado
Determinação da sua causa e intensidade do agente causal 
b) Condições do paciente
c) Extensão da área da superfície envolvida 
d) Da profundidade
Avaliação inicial de um queimado
Determinação da sua causa Já descrito anteriormente 
b) Condições do paciente - Condição e estado geral de saúde da vítima - Idade: criança e idoso maior perigo - Quando foi queimado - Como foi queimado - Quais as medidas de primeiros socorros empregues -Local das lesões: as piores são face, mãos e períneo 
c) Extensão da área da superfície queimada 
Avaliação inicial de um queimado
Profundidade da queimadura 
Com base na profundidade as queimaduras atingem a espessura parcial ou total da pele.
As de espessura parcial são divididas em 1º e 2º grau. 
As de espessura total são as consideradas de 3º grau.
Queimadura 1º grau
Vermelhidão da pele;
 - Envolvem apenas a epiderme;
 - Manifestam-se por eritema e descamação superficial e pode surgir algum edema (sol). 
Curam-se rapidamente; 
- Terminações nervosas não são destruídas mas inflamadas. 
Queimadura 2º grau
- As lesões atingem toda a epiderme e espessuras variáveis da derme.
- Flictenas (vesículas) - bolhas.
- Pode ou não haver cicatrizes (de acordo com a gravidade de lesões da derme).
Queimadura 3º grau
As lesões atingem toda a epiderme, toda a derme e porções variadas dos tecidos mais profundos com tecido celular subcutâneo, muscular e ósseo. 
- Há necrose de tecido por carbonização. 
- Há a formação de escara e a cura é difícil e com refracção. - Enxerto cutâneo é sempre útil.
Profundidade da queimadura
As queimaduras profundas são consideradas grandes, quando: 
* São do 2º grau e envolvem mais de 30% da área do corpo. 
* São do 3º grau e envolvem mais de 10% da área do corpo. 
Complicações 
Infecções; 
Hemorragias; 
Choque (por perda de água e proteínas); 
Morte. 
Agressões por radiações 
Radiação é um termo da área da Física e significa a propagação de energia de um ponto a outro no espaço ou em um meio material, com uma certa velocidade.
Irradiação - é uma palavra empregue para indicar o tratamento da matéria pela energia radiante.
No entanto quer uma quer outra são muitas vezes empregues como sinónimos.
Tipos radiação
De acordo com o efeito biológico que produzem as radiações dividem-se em dois grupos: 
a) radiações ionizantes 
b) radiações excitantes
Radiação Ionizante
São capazes de provocar o movimento de um electrão do átomo que se transforma em ião positivo após a absorção quase total de energia. Comportam-se como radiações ionizantes os raios alfa, beta, gama e Rx. 
A absorção deste tipo de radiações pela matéria viva aumenta com a diminuição da sua velocidade ou da sua frequência. 
Podemos considerar dois tipos de radiações ionizantes: 
Radiações corpusculares Ex.: raios alfa, beta (penetram em tecidos superficiais) 
Radiações electromagnéticas (penetram em tecidos profundos)
Radiação Ionizante
Radiações corpusculares:
é constituída por partículas subatómicas, sendo os tipos mais conhecidos: eletrões, protões, neutrões e partículas alfa e beta (penetram em tecidos superficiais) 
A radiação eletromagnética caracteriza-se pela oscilação entre um campo elétrico e um campo magnético e está classificada de acordo com a frequência de ondas, sendo as mais conhecidas: ondas hertzianas (de rádio ou TV), microondas, radiação infravermelha, ultravioleta, raios X e raios gama
Radiação Ionizante (aplicações)
A radiação ionizante tem inúmeras aplicações na vida humana: 
medicina nuclear (radioterapia), 
exames de diagnósticos (raio X), 
indústria bélica, 
conservação de alimentos, agricultura, entre outras
Radiação excitante
São incapazes de ejectar um electrão, mas podem deslocá-lo para outra órbita. 
Colocam o átomo em estado de excitação que desaparece após a emissão de energia. 
São radiações excitantes as luminosas e as ultravioletas.
Fototerapia
Consiste na aplicação terapêutica da luz solar - (helioterapia), ou por radiações invisíveis por exemplo raios ultravioleta ou raios infravermelhos derivados de fontes artificiais.
Helioterapia
- É utilizada desde os tempos mais remotos e é essencial para a vida de todos os seres vivos
- Tem enorme poder terapêutico (que se perde pelas poeiras, fumos e humidade)
- Deve utilizar-se de forma progressiva e lenta
- Deve evitar-se o excesso de calor e de vento
- Não deve ocorrer exposição ao sol no verão depois das 11 horas,no inverno depois das 15 horas
Efeitos Nocivos: insolação
Radiação Ultra violeta
A fonte natural é o sol
As fontes artificiais são lâmpadas de mercúrio
São radiações fotoquímicas
Penetram superficialmente na pele, são absorvidas pelo protoplasma das células e por processos bioquímicos transformam--se em vitaminas D1 e D3
Têm uma acção antirraquítica
- Utilizam-se:
 Tratamento de crianças desnutridas
 Alterações no metabolismo de Ca
 Acção bactericida - destruição de microorganismos
 Acção estimulante para favorecer a cicatrização de lesões cutâneas
Efeitos nocivos dos RUV
A Dermatite solar com edemas e vesículas
Queratose senil - envelhecimento precoce da pele
Herpes labiais - por excesso de luz
Carcinoma cutâneo
Radiação Infra-Vermelhos (RIV)
- Fonte: natural (sol)
artificial - lâmpadas por filamento de tungsténio
- Radiações fototérmicas
- Penetram no tecido cutâneo
- Aumentam a temperatura cutânea com aparecimento de:
rubor, pigmentação, diminuição de dor
- Fazem baixar a TA
- Aumentam a eliminação renal
- Utilizam-se em:
 Situações inflamatórias e traumáticas crónicas
 Nevralgias
 Dermatologia
 Complemento de outras formas de terapia física
Efeitos nocivos das RIV
Queimaduras
Golpe de calor ou insolação:
- Cefaleias
- Vertigens
- Dispneia
- Hipertermia
- Perda de consciência
- Ausência de sudorese
- Morte
Uso das radiações em Medicina
Diagnóstico 
Terapia - Radioterapia 
Pesquisa
Efeito das radiações sobre o organismo
As radiações ionizantes provocam um tipo de lesão dos tecidos que é diferente do provocado pelas radiações não ionizantes. 
As radiações ionizantes podem penetrar facilmente nos tecidos e lesar internamente os órgãos internos. 
O risco de lesão tecidual depende dos seguintes factores:
a) Forma de administração de radiações
"Uma dose prescrita causa menos destruição tecidual quando administrada em pequenas quantidades por um longo período de tempo do que dado todo de uma só vez".
b) Área de exposição corporal - quanto maior a área exposta maior o efeito. 
Suceptibilidade da célula
As células de divisão rápida, sem função especializada são mais sensíveis do que as que não se dividem e as altamente diferenciadas. Assim, os tecidos mais rádio-sensíveis são:
 Linfócitos e granulócitos
 Gânglios linfáticos e medula óssea
 Gónadas
 Mucosa, sobretudo a digestiva
 Órgãos parenquimatosos (fígado, pâncreas, rim, etc.)
 Pele
 Tecido cartilagíneo e ósseo
 Tecido nervoso
 Tecidos fetais (a grávida não deve fazer Rx, principalmente nos
primeiros 3 meses - fase embrionária)
 Tecido neoplásico - doses terapêuticas porque o excesso de radiação é causa de desenvolvimento de tecido neoplásico
Efeito das radiações
- Funcionais
- Morfológicos
- Curto prazo
- Longo prazo
Efeito das radiações
Alterações funcionais: Há alteração do funcionamento das células. 
Assim, podem provocar: 
Diminuição da actividade celular 
Diminuição da secreção glandular 
Perda da contratibilidade muscular 
Esclerose do tecido conjuntivo 
Alterações morfológicas: Evidenciam alterações da estrutura do núcleo e organelos que podem levar a mutações genéticas. 
Efeito das radiações
Efeitos a curto prazo: 
Náuseas, vómitos, mal estar; 
Alopécia (queda de cabelo); 
Hemorragia (púrpura, petéquias, epistaxis) 
Palidez 
Diarreia 
Inflamação da boca e garganta 
Efeito das radiações
Efeitos a longo prazo: 
Os efeitos do Rx são cumulativos. 
Assim, quando uma pessoa exposta a radiações mesmo que sejam de baixos níveis podem surgir: 
Carcinomas a vários níveis; 
Mutações genéticas; 
Carcinomas nos descendentes nas zonas expostas.
Agressões por eletricidade
O maior risco da passagem da corrente eléctrica reside na sua acção sobre duas funções orgânicas, a respiração e o coração, além das possíveis queimadoras originadas pela sua passagem no corpo humano. 
Agressões por eletricidade
Acção da electricidade sobre o organismo:
- Local
- Geral
Apesar do seu interesse terapêutico a electricidade pode lesar
o corpo de três maneiras:
1. Efeito sobre o sistema nervoso, músculos e coração
Pode provocar perda reversível da consciência ou provocar a
morte por paralisia bulbar.
Paralisia bulbar progressiva
Disartria 
Disfagia
Fraqueza muscular
Fasciculação
Envolvimento da musculatura cervical e língua
Paralisia Muscular Progressiva
Fraqueza muscular
Atrofia muscular
Fasciculação
Hiperreflexia
Espaticidade 
Perigo de fibrilhação
A fribrilhação é uma contracção arrítmica dos ventrículos cardíacos, e que ocasiona a interrupção do fornecimento regular de sangue às células e consequentemente a morte das mais sensíveis. 
A fribrilhação pode cessar se o choque eléctrico durar menos de 150 milisegundos. A intervenção rápida com massagem cardíaca, respiração artificial, desfibrilhação ao fim de um minuto dão 9% de hipóteses de recuperação, mas que ao fim de 6 minutos desce para 1%. Existe uma proporcional idade aproximada entre o peso corporal e a intensidade necessária à fibrilhação, e que situa essa corrente como sendo de 70 a 100 mA. 
Há vários factores que influenciam o nível necessário, como as condições fisiológicas do indivíduo e os parâmetros físicos do acidente: trajecto da corrente eléctrica no corpo, resistência do organismo, tensão, tipo de contacto, tempo de passagem da corrente. 
Paragem Cardíaca
Paragem respiratória 
As correntes da ordem dos 20 a 30 mA podem generalizar a tetanização muscular até aos músculos respiratórios, originado asfixia. 
Agressões por eletricidade
2. Pelo seu poder calorífico (queimaduras)
As queimaduras são um risco natural da passagem da corrente eléctrica no corpo humano.
A electricidade ao atravessar o corpo, produz calor e este pode coagular o sangue e os tecidos com consequente necrose.
3. Provoca contrações musculares tetânicas que podem
causar lesões dos ossos ou tecidos moles.
Agressões por eletricidade
A acção da corrente eléctrica no organismo depende dos seguintes factores:
1. Tipo de corrente - a corrente alterna é mais perigosa que a contínua, porque induz contracções musculares tetânicas que "prendem" a vitima ao contacto eléctrico.
2. Da intensidade da corrente e duração - se a corrente eléctrica for de alta intensidade forma-se necrose térmica nos pontos de entrada e saída.
3. Duração do contacto - quanto maior o contacto maior a lesão.
4. Voltaqem - as correntes de voltagem baixa podem ser perigosas se a
resistência do corpo também é baixa.
Agressões por eletricidade
5. Resistência dos tecidos - a resistência da pele aumenta com a espessura
e diminui com a humidade.
Assim:
Pele seca: Provoca grande resistência à passagem da corrente eléctrica
Pele húmida: Diminui a resistência à passagem da corrente eléctrica.
De qualquer modo depende da duração do contacto, da extensão da superfície em contacto, da pilosidade (couro cabeludo é mau condutor), etc.
Agressões por eletricidade
6. Do traiecto: O organismo humano é um bom condutor de electricidade principalmente depois de vencida a resistência superficial da pele 
Quando o organismo sofre um choque eléctrico, a corrente eléctrica difunde-se através do corpo, do ponto de entrada para o ponto de saída, que usualmente são os pés. 
Os locais de entrada e de saída podem mostrar queimaduras focais, porque a pele, oferecendo resistência a passagem da corrente, converte a energia eléctrica em calor, queimaduras estas que podem ser do 3º grau carbonização. 
Se no seu trajecto se intercalarem órgãos vitais como por exemplo o bulbo raquidiano e o coração, a morte será mais que evidente no 1º caso por inibição dos centros respiratórios e no 2º caso - fribrilhação ventricular.
Resumo das consequências
- Paragem do coração
- Nível de fribrilhação cardíaca irreversível
- Nível de paralisia respiratória
- Tetanização (contracção muscular)
- Sensação muito fraca
Sinais e sintomas das queimaduras por corrente elétrica
- Vermelhidão
Tumefação e pele queimada nos pontos de entrada e saída. 
Possível estado de inconsciência. 
Possibilidade de paragem respiratória e cardíaca. 
Objetivos do tratamento:Afastar a vítima da fonte da corrente eléctrica; 
Socorrer as queimaduras; 
Transportá-la ao hospital.
Eletroterapia
É a designação dada à aplicação da corrente eléctrica no diagnóstico e tratamento de doenças, por isso definimo-la como:
“O conjunto de técnicas que utilizam a electricidade com fins terapêuticos”.
Diatermia é a produção de calor numa parte do corpo por meio de correntes eléctricas de alta frequência, microondas ou ultra-sons.
Eletroterapia
Médica Aumenta o fluxo sanguíneo
 Diminui dores intensas (reumáticas e artríticas)
Cirúrgica Hemostase (laqueação de vasos sanguíneos)
 Esterilização das feridas por ação do calor
 Remoção e destruição de tecidos malignos
Outras formas de electroterapia 
Ultra-sons: estimulam metabolismo celular e atuam sobre tecido nervoso Radiações: aceleram circulação, aceleram processos vitais celulares e diminuem a dor
Agressões por pressão atmosférica
A atmosfera é a camada de ar que envolve o globo terrestre e que é mantida à sua superfície pela força da gravidade. 
A força exercida pela atmosfera sobre cada unidade de superfície dos corpos que nela se encontram mergulhados é o que se chama de pressão atmosférica. 
O primeiro a demonstrar a existência de pressão atmosférica foi Torriceli em 1643. 
A pressão atmosférica normal oscila pelos 760 mm hg ao nível do mar ou seja IKg/~cm2 ou 1 atmosfera. 
Agressões por pressão atmosférica
Exerce-se em todas as direcções: - De cima para baixo - De baixo para cima - Lateralmente - Em todos os sentidos 
Todos os corpos à superfície da terra sofrem a acção da pressão atmosférica que será tanto maior quanto maior for a superfície do corpo e a profundidade e tanto menor quanto maior for a altitude a que este se encontra. 
As alterações da pressão atmosférica acarretam problemas médicos, alguns de extensa gravidade, que se verificam principalmente a nível do aparelho respiratório. 
Em geral o corpo humano suporta melhor aumentos de pressão do que a diminuição desta.
Efeitos da pressão atmosférica com altitude
Hipopressão Atmosférica - Com o aumento da altitude diminui a pressão atmosférica e o ar encontra-se mais rarefeito
	Entre 2500 - 4000m	Acima dos 4000m	Acima dos 7000m
	Hiperventilação
Sensação de falta de peso e excitação
Cefaleias; cianose
Astenia e angústia
Dispneia tipo Cheyne Stokes
Taquicardia
	Euforia
Náuseas
Astenia
Diarreia
Cefaleias violentas
Suor frio
	Coma e morte
Perda de consciência
Tremores musculares
Astenia grave
Diminuição das pupilas e da concentração
Dilatação das pupilas e
não reactivas
 Dispneia constante
Efeitos da pressão atmosférica com profundidade
Hiperpressão Atmosférica - verifica-se à medida que aumenta a profundidade. Por cada 10 m de profundidade, a pressão atmosférica aumenta em 1 atmosfera. Só se verificam alterações quando entre o ambiente e o corpo existe uma pressão diferencial superior a 50 Mm/Hg.
- À medida que um mergulhador com equipamento desce, a pressão que a água exerce no seu corpo dificulta a sua expansão pulmonar normal. Para compensar, o mergulhador respira ar pressurizado que tem uma pressão maior que a do ar, ao nível do mar 
Efeitos da pressão atmosférica com profundidade
Um mergulhador que faz uma subida à superfície muito rápida a partir de uma grande profundidade pode desenvolver um Síndroma de Descompressão, formando bolhas de azoto que lesam tecidos, ou impedem o fluxo sanguíneo nos vasos de pequeno calibre.
- A descompressão rápida é a passagem de uma zona de hiperpressão para uma de normopressão. Nestes casos, o azoto que circulava no estado líquido, na hiperpressão passa ao estado gasoso rapidamente, podendo provocar embolias gasosas que bloqueiam os diversos vasos sanguíneos nos diferentes tecidos. O resultado é a isquemia tecidular e, algumas vezes com a morte do tecido.
Efeitos da pressão atmosférica com profundidade
O aumento de CO2 circulante pode provocar não só convulsões, mas também coma. O aumento de CO2 provoca hipercapnia. 
Este aumento pode provocar: 
Depressão do centro respiratório 
Acidose respiratória 
Coma 
Eliminação do N2 do corpo 
Felizmente se o mergulhador voltar à superfície lentamente, o nitrogénio dissolvido é eliminado pelos pulmões com rapidez suficiente para evitar a doença de descompressão. Aproximadamente 2/3 do N2 total são libertados em 1 hora e cerca de 90% em 6 horas. 
Agressões por substâncias químicas
Tóxico (veneno) - é toda a substância que tem potencial idade de provocar lesão no organismo prejudicando-o no seu normal funcionamento ou destruindo reversível ou irreversivelmente as suas funções vitais.
A lesão é obtida sempre que a substância tóxica:
- Entra em contacto com o organismo
- Pode ser formada no seu interior pela ação das toxinas
No entanto muitas substâncias consideradas tóxicas têm função medicamentosa quando usadas em pequenas doses administradas por via externa.
Tóxicos
Corrosivos
são todos os tóxicos que enfraquecem ou queimam e destroem a superfície ou o tecido em si quando está em contacto com ele. Existem numerosos tóxicos corrosivos nomeadamente: 
Os ácidos – 
As bases – 
Os sais – 
Os gases 
Tóxicos corrosivos
Os ácidos e as bases podem ser classificados como sendo fortes e fracos. Ácidos e bases fortes dissociam-se quase completamente.
Os ácidos - podem ser corrosivos principalmente aqueles que apresentam pH inferior a 2,5, ou seja, que sejam ácidos fortes. Acuam de dois modos, conforme a concentração:
- Desidratando as células e o interstício;
-Em elevadas concentrações, desnaturando as proteínas, provocando a paragem dos processo enzimáticos.
Estes ácidos provocam feridas secas, bem limitadas, duradouras de cor variável.
Ex.: Ácido clorídrico e ácido sulfúrico.
Os bases – são também considerados corrosivos quando são fortes, ou seja, quando apresentam pH superior a 11,5. Hidrolisam proteínas e maceram os tecidos. Estas bases provocam feridas
húmidas, externas e de cor clara branca. Ex.: soda cáustica.
Tóxicos corrosivos
Os sais - formam-se quando os ácidos reagem com as bases em que os iões hidrogénio do ácido são substituídos pelos iões positivos de base.
HCI + NaOH > NaCI + H20
ácido + base > sal + água
Temos como exemplo de sais corrosivos o cloreto de zinco e o nitrato de mercúrio

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