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1 SIMPLES NACIONAL: Vantagens e Desvantagens Telma Moreira dos Santos1 RESUMO O presente artigo tem como objetivo identificar e descrever, quais são as vantagens e desvantagens das empresas optantes pelo Simples Nacional. Para isto, foi apresentado de uma foram simples e clara a forma de apuração do imposto e como é feito a devida guia. Foram discutidos no referencial teórico os seguintes temas: Tributo, Simples Nacional, Novas mudanças no Simples Nacional, Apuração do imposto Simples Nacional, Vantagens e Desvantagens do Simples do Simples Nacional. Diante dos temas citados no referencial teórico, podemos identificar se realmente é vantajoso ou não ser optante pelo Simples. Palavras-Chave: Simples Nacional, tributo, apuração,vantagens, desvantagens. 1 Bacharela em Ciências Contábeis pela Faculdade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) em 2014. Pós- graduada lato sensu (Especialista) em Gestão Fiscal e Tributária pelo Instituto de Educação Continuada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (IEC-PUC MINAS). E-mail: telma.mds@hotmail.com. Professor Orientador: Raphael Silva Rodrigues. CV Lattes - http://lattes.cnpq.br/1040456891474560. mailto:telma.mds@hotmail.com http://lattes.cnpq.br/1040456891474560 2 1. INTRODUÇÃO Hoje no Brasil a carga tributária chega a 32,7%. Com intuito de favorecer as ME(Micro Empresas) e EPP (Empresa de Pequeno Porte), em um tratamento diferenciado favorecendo-lhes uma tributação simplificada, unificada e mais justa,o governo criou em 2006 a Lei Complementar 123/2006 do Simples Nacional. A opção pela Tabela Simples Nacional é exclusiva a microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), que não se enquadram em nenhuma das vedações prevista na Lei Complementar 123. A regra vale tanto para quem vai abrir um negócio quanto para as empresas já atuantes. Com o passar dos anos, o Simples Nacional sofreu alguns ajustes, como a alteração no limite de faturamento e inclusão de novas atividades. A publicação da Lei Complementar n.º 155, em outubro de 2016, ofereceu aos microempreendedores de todo o país um novo Simples Nacional, agora mais amadurecido, robusto e abrangente. Tanto é assim que as modificações vão até 2018, ano em que os últimos ajustes legais passam a vigorar. O Simples Nacional tem suas vantagens e desvantagens, como qualquer outro tipo regime tributário e, com as novas mudanças, quem já é optante ou deseja se optar deve ficar atento e analisar se será vantajoso continuar como Simples. Veremos no decorrer deste artigo, as planilhas de apuração do simples, e suas novas mudanças, se realmente o simples continua sendo mais vantajoso para quem tem um pequeno empreendimento. 2. TRIBUTO Conforme o artigo 3º do Código Tributário Nacional de 1966, “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Os tributos são exigências do Estado, objetivando a arrecadação de recursos em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, viabilizando a transferência de recursos dos cidadãos para o governo. E por sua vez, o governo deverá utilizar todos os valores arrecadados com o objetivo de promover mudanças positivas na sociedade e reduzir as desigualdades sociais. O cidadão, consciente da função social do tributo como forma de redistribuição da Renda Nacional e elemento de justiça social, tem a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm 3 obrigação de participar do processo de arrecadação, aplicação e fiscalização dos recursos arrecadados. De acordo com o artigo 3º do Código Tributário Nacional de 1966, existem três tipos de tributos que são os impostos, as taxas e a contribuições de melhoria. 2.1 Impostos Conforme o artigo 16 do CTN (Código Tributário Nacional), “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte” Pode-se dizer que os Impostos, são “fatias” da riqueza da sociedade que é repassada ao Estado para que o mesmo possa custear suas obrigações. Objetivando garantir a prestação de serviços e cumprir suas obrigações perante a sociedade, o governo retira da mesma, de forma coercitiva, uma parcela de sua riqueza, ou seja, os impostos. Essa coerção significa que os contribuintes não têm a opção de escolha, depois de ocorrido o fato gerador e realizado o lançamento do imposto, o pagamento deve ocorrer, caso contrario será aplicado multas, sanções legais e administrativas. E importante ressaltar que o Imposto não tem um vinculo especifico, ou seja, não precisa existir uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte. O Estado tem a liberdade de aplicar os valores arrecadados com os Impostos, onde ele jugar necessário ou urgente, sempre com a autorização poder legislativo. 2.2 Taxas “As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.” (CTN, 1966, ART. 77). Analisando o conceito supracitado, para a cobrança de taxas é fundamental que se tenha uma atuação estatal direta em relação ao contribuinte e o valor deverá limitar- se ao custo do serviço prestado, caso contrario o seu excesso poderia configurar imposto. 4 Pode-se dizer que os serviços públicos específicos são aqueles prestados de forma própria, não de forma genérica. Como exemplo tem-se o serviço de recolhimento de lixo, que da origem a taxa de coleta de lixo. Dessa forma é proibido ao Estado a cobrança de uma taxa de “serviços gerais”, na qual seria impossível para o particular identificar o serviço que lhe está sendo prestado. Caso o contribuinte tenha um serviço posto a sua disposição e para tal serviço é cobrado a taxa, mesmo que o contribuinte não utilize o serviço ele esta obrigado ao pagamento, uma vez que o serviço foi posto a sua disposição. A taxa pode ser cobrada ainda através do poder de polícia. 2.3 Contribuição de Melhoria “A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. (CTN, 1966, ART. 77). Analisando o conceito supracitado, a contribuição de melhoria é instituída com o propósito de repor ao Estado os custos de obras públicas de que decorra valorização de imóveis de terceiros, cujo limite total é a despesa realizada com a obra, e como limite individual o valor que da obra resultar para cada imóvel que foi beneficiado com a obra. A justificativa jurídica da cobrança de tal tributo está no princípio da vedação ao enriquecimento sem causa, posto que não compete ao Poder Público patrocinar a valorização de imóveis do particular e, consequentemente, o enriquecimento econômico de determinado cidadão, em detrimento dos outros. Dessa forma, sempre que a obra pública realizada resultar na valorização do imóvel do particular é lícito ao Estado “recuperar o enriquecimento ganho” por meio da contribuição de melhoria, mas o Estado não é obrigado a cobrar tal contribuição, ou seja, é facultada a cobrança pelo Estado. 3. Simples Nacional A Constituição Federal de 1988 buscando uma sociedade democráticae fraterna e visando alcançar o desenvolvimento econômico e social trouxe avanços nas 5 propostas sociais, mas também, pesados encargos sobre as cadeias produtivas decorrentes de novos direitos que apesar de não serem considerados injustos não são compatíveis com a desigual realidade brasileira. Outro problema importante pelo qual o país passa na atualidade é a questão da sonegação fiscal, que pode ser combatida através de um maior investimento em auditoria fiscal, aumento no número de agentes e uma melhor capacitação para estes, e também, segundo Beting (1998), com a redução das alíquotas dos tributos e com a ampliação da base de contribuintes se teria uma boa solução para este problema, já que as empresas teriam uma carga tributária razoável e melhor distribuída. É importante ressaltar o papel que as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) desempenham no país. A maioria dos postos de trabalho no Brasil é gerada por micro e pequenas empresas; elas constituem a maioria das empresas operantes no país em número. Além de sua função social, pode-se destacar a rapidez e facilidade para se moldarem a novas situações econômicas e por absorverem mais facilmente inovações tecnológicas. Porém, as deseconomias de escala, imperfeições de mercado, a pesada carga tributária e as obrigações burocráticas não permitem que concorram de maneira equivalente com as médias e grandes empresas. É por isto, que o governo vem, ao longo do tempo, criando incentivos para dar apoio a estas empresas. No ano de 2006, o governo criou o simples Nacional, através da Lei Complementar Federal 123/2006, contemplando na essência o disposto nos artigos 146, 170 e 179 da Constituição Federal. As normas gerais sobre tratamento diferenciado e favorecido, assegurados como benefícios de ME e EPP, estabelecidos pela LC nº 123/06, alterada pelas Leis Complementares nºs 127/07, 128/08, 133/09, 139/11, 147/14 e 155/16 devem ser respeitadas conjuntamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Esta foi uma ação governamental criada no sentido de favorecer as ME e EPP, o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuição das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES), que oferece um tratamento diferenciado às empresas de pequeno porte, favorecendo-lhes com uma tributação simplificada, unificada e mais justa, já que estas empresas geram mais renda e emprego a todos. Todas as empresas que se enquadrarem neste regime simplificado, irão recolher o total de oito tributos que são o IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica, CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, IPI - Imposto sobre Produto Industrializado, 6 PIS - Programas de Integração Social, COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, INSS - Instituto Nacional do Seguro Social, estes tributos são de competência Federal, e ainda temos o ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e transporte interestadual e intermunicipal e telefonia de competência Estadual e o ISS - Imposto Sobre Serviços de competência Municipal, esse recolhimento deverá ser realizado em apenas uma guia o DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional e acontecerá uma vez por mês. (REZENDE e PEREIRA e ALENCAR, 2010). As empresas inscritas no regime de tributação simples nacional estão dispensadas do pagamento das contribuições instituídas pela União, como por exemplo, as destinadas ao SESC, ao SESI, ao SENAC, ao SEBRAE (REZENDE e PEREIRA e ALENCAR, 2010). Segundo Rezende e Pereira e Alencar (2010), para uma empresa optar pelo regime de tributação do simples nacional ela terá que atender a uma série de condições, relacionadas abaixo: tipo de atividade econômica desenvolvida: há-se a restrição de determinadas atividades econômicas, como por exemplos, as instituições financeiras, estas não poderão optar pelo simples nacional; origem do capital: se o capital da empresa tiver participação de estrangeiros residentes no exterior ou outra pessoa jurídica, dentre outros, a empresa não poderá fazer a opção. forma de organização social: As empresas de capital aberto estão impedidas; limite máximo de faturamento: Só poderão optar pelo simples as pessoas jurídicas que enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte. A emissão das guias de DAS, foi realizada para apurar o valor devido do imposto simples nacional para empresas clientes. Utiliza-se como base de cálculo para o simples nacional o total das receitas brutas que a empresa obteve no período, excluído as vendas que foram canceladas, os descontos concedidos e as devoluções de mercadorias realizadas. Para calcular o valor devido de Simples Nacional, serão necessários a observação e utilização dos seguintes elementos: 7 receita bruta que a empresa obteve no mês segregada por tipo de receita (base de cálculo); a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses antecedentes ao do período de apuração. É fundamental, pois interfere na determinação da alíquota a ser aplicada; alíquota; é possível a sua determinação se observarmos o enquadramento nas tabelas dos Anexos da Resolução CGSN nº 5 de 2007; sendo o caso, o fator "r" (para prestação de serviços sujeitas ao Anexo V). É fundamental, pois interfere na determinação da alíquota a ser aplicada. 4. NOVAS MUDANÇAS NO SIMPLES NACIONAL As mudanças promovidas na Tabela Simples Nacional e no próprio regime foram as mais profundas já realizadas desde o seu início. Devido a isto muitas novidades ainda serão colocadas em prática até 2018. Aprovado na Câmara dos Deputados e sancionado pela Presidência da República na forma de Lei Complementar 155/2016, foi estabelecido algumas mudanças fundamentais no Simples Nacional. Algumas delas entraram em vigor na data de publicação da lei no Diário Oficial da União, em 28 de outubro de 2016, mas as mais impactantes passam a valer a partir de janeiro de 2018. Segue abaixo as principais alterações promovidas pela Lei Complementar nº 155/2016, responsável por uma verdadeira revolução na Tabela Simples Nacional. I. Novos prazos para dívidas A lei estabelece a possibilidade de quitar as dívidas em até 120 vezes, como parcela mínima o valor de R$ 300,00 para micro e pequenas empresas e de R$ 20,00 para MEIs. Cada prestação deve ser corrigida pela Taxa Selic e por 1% ao mês. Foram feitos mutirões para renegociação, quem tinha dívida com a Receita Federal e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, tinham que estar em dia, caso contrário elas recebiam notificação para exclusão do Simples. II. Novo teto para MEs, EPPs e MEIs 8 A partir de 2018, um novo limite de receitas brutas será estabelecido para MEIs, micro e pequenos empreendedores em todo o país. Na prática, as empresas optantes pela Tabela Simples Nacional poderão elevar seu faturamento, adiando a preocupação com uma possível necessidade de migração. No caso dos microempreendedores individuais, o novo teto passa de R$ 60.000,00 para R$ 81.000,00 ao ano, que resulta em uma média mensal de R$ 6.750,00. Quem é um MEI, poderá faturar 35% a mais todos os meses. Já as microempresas passará em 2018 de com um teto máximo de R$ 360.000,00 para R$ 900.000,00 ou R$ 75.000,00 ao mês. Quem é ME terá uma diferença de faturamento ainda maior que o MEI, chegando a 150% a mais. No caso em que a receita bruta superar este valor ela terá como obrigação, se transformar em EPP ou migrar para outro tipo de tributação. OS EPPs, o novo teto válido a partir de janeiro de 2018 será de R$ 4.800.000,00; em média mensal de R$ 400.000,00.O aumento foi de 33,3%. III. Redução de faixas e novas alíquotas A alíquota inicial permanece a mesma nos anexos de comércio (anexo I), indústria (anexo II)e serviços (anexos III, IV), exceto para o novo anexo V de serviços, que será atualizado e não terá mais relaçãocom o anexo V anterior. No entanto a alíquota tornou-se progressiva na medida que o faturamento aumenta e não mais fixa por faixa de faturamento, apenas. Todas as atividades do anexo V passam a ser tributadas pelo Anexo III. Extingue-se o anexo VI e as atividades passam para o novo anexo V. Cria-se uma relação de faturamento x folha de pagamento (fopag) para redução de alíquota das atividades tributadas pelo anexo V (que passam a ser tributadas pelo anexo III se a relação da folha de pagamento sobre o faturamento for de 28% ou mais). Atividades de Arquitetura e Urbanismo, medicina, odontologia, psicologia, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e bancos de leite vão para o Anexo III. IV. Novas atividades permitidas https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/anexo-1-simples-nacional https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/anexo-1-simples-nacional https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/anexo-2-simples-nacional https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/anexo-3-simples-nacional https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/anexo-4-simples-nacional 9 Em 2018, micro e pequenos produtores de bebidas alcoólicas (cervejarias, vinícolas, licores e destilarias) poderão optar pelo Simples Nacional, desde que inscritos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. V. Investidor-anjo A possibilidade de receber aporte de capital de um investidor-anjo é a grande novidade para 2017 da legislação, em vigor desde o dia 1º de janeiro. Antes da lei, empresas participantes da Tabela Simples Nacional não podiam receber esse tipo de incentivo voltado à inovação. Pode atuar como investidor-anjo: qualquer pessoa física ou jurídica que destina recursos próprios (sem limite pré-determinado) para apostar no sucesso de um empreendimento em fase inicial. O investidor pode atuar como uma espécie de conselheiro do empreendedor. Mas não será sócio, gerente e nem terá direito a voto na administração da empresa. Seu investimento também não responde por possíveis dívidas da empresa e não integra o seu capital social. VI. Facilitadores para exportação, licitações e outras atividades do dia a dia Quando se fala em importação e exportação, sempre bate aquela sensação de burocracia, e realmente é assim. Por isso as empresas de logística internacional que forem contratadas por empresas do Simples Nacional estão autorizadas a realizar suas atividades de forma simplificada e por meio eletrônico, o que impactará diretamente nos custos do serviço aduaneiro. Já para quem participa de licitações a boa notícia é que não serão mais exigidas as certidões negativas para participação na licitação, apenas do vencedor na assinatura do contrato. Caso tenha alguma pendência, está segurado o prazo de cinco (5) dias úteis para regularização da documentação (pagamento, parcelamento, etc) e emissão das certidões negativas ou positivas com efeito de negativas (em caso de parcelamentos). A Lei Complementar 155, diz que a fiscalização sobre assuntos trabalhistas, metrológico, sanitário, ambiental, de segurança, de relações de consumo e de ocupação de solo será prioritariamente ORIENTADORA quando a atividade ou situação for de baixo risco. Isso não quer dizer que você não será multado, mas que se 10 o fiscal entende que não há risco iminente no seu problema, ele deve dar-lhe prazo para regularização antes de aplicar uma multa. Fica também atribuído ao poder executivo disponibilizar na internet informações sobre certificação de qualidade de produtos e processos para MEs e EPPs. VII. Maior fiscalização Mais facilidades e maior fiscalização! O novo Simples libera a permuta de informações entre a Fazenda Pública da União (Receita Federal) e a dos Estados (Receita Estadual) e Municípios (Prefeituras e DF) para fins de planejamento ou de execução de procedimentos fiscais ou preparatórios, sem prejuízo de ação fiscal individual de cada um. As ações serão através de notificação prévia visando a autorregularização, sem procedimentos de fiscalização no local. VIII. Novo redutor de receita A grande mudança aqui é a exclusão sobre a receita bruta dos valores repassados em parceria a cabeleireiros, barbeiros, esteticistas, manicures, pedicures, depiladores e maquiadores. Por exemplo: O salão fatura R$ 100,00 do corte de cabelo, mas tem um contrato de parceria com a cabeleireira de R$ 30,00 por corte, logo, a receita do salão será de R$ 70 e não R$100. Antes, a receita do salão seria de R$100 e pagaria imposto em cima de R$100, agora, ele paga imposto apenas em cima de R$70. 5. APURARAÇÃO DO IMPOSTO SIMPLES NACIONAL Abaixo, podemos acompanhar o passo a passo para a apuração do simples nacional. 11 Na tela seguinte deve-se informar o período desejado de apuração. Na situação seguinte optou-se pelo mês de junho, ano de 2017, ou seja, será calculado os valores devidos referente ao faturamento do mês de junho da empresa em questão. O próximo passo é informar o total da receita bruta obtida pela empresa no período, que pode ser proveniente da venda de produtos de fabricação própria, revenda de mercadorias adquiridas ou prestação de serviços. No caso da empresa em questão a receita foi proveniente de revenda de mercadorias adquiridas e prestação de serviço. A receita total foi de $ 32.965,40. 12 Pode-se destacar, que as empresas com receita bruta proveniente de revenda de mercadorias adquiridas, precisam ter a mesma separada em tributada ou substituição tributária. Se a empresa tiver os dois tipos de revenda de mercadorias, então deverá informar os valores totais das revendas em seus respectivos campos. E se ouve prestação de serviços informar também de forma separada, no campo correspondente. Uma vez que cada tipo de receita será tributado de forma diferente, cada uma com sua respectiva alíquota. Abaixo, pode-se observar os tipos de receitas obtidos. Na tela seguinte é informado o valor da receita auferida de forma desmembrada, no caso da empresa em questão, obteve-se receita de revenda de mercadorias sujeita a tributação integral e sujeita ao regime de ICMS substituição tributária, e também receita de prestação de serviço. Primeiramente se informa o valor tributado, como fica evidente na tela abaixo. 13 Na tela seguinte é informado o valor da receita auferida de revenda de mercadorias sujeita a substituição tributária. Não se pode esquecer-se de selecionar a opção substituição tributária, como fica evidente na imagem a seguir. 14 E por último informa-se a receita proveniente da prestação de serviço. Após realizar o preenchimento correto das informações, deve-se salvar os dados. Nessa tela já é possível observar que os tributos já foram apurados de forma automática. 15 Após realizar o salvamento dos dados, deve-se transmitir. Como se pode observar na tela seguinte. Nesta mesma tela tem-se a opção de gerar a guia de DAS, a mesma deve ser selecionada para obter o documento para pagamento dos valores devidos. 16 Como demonstrado acima o cálculo referente ao imposto Simples Nacional foi realizado para empresa que tem como atividade: prestação de serviços e revenda de mercadorias exceto para o exterior. Dentro deste, observa-se o desmembramento de mercadorias com incidência de Substituição tributaria e tributados integralmente, nota- se que a receita acumulada da organização é R$ 332.773,49 através desse valor é possível descobrimos qual será a alíquota aplicada, que no caso é 5,47% para revenda de mercadorias tributadas integralmente; 3,61% para revenda de mercadorias sujeitas a substituição tributária; e 8,21% para a receita com a prestação de serviço. O imposto ficou calculado da seguinte forma: Produtos tributados integralmente:R$ 28.660,40 * 5,47% = R$ 1.567,72 Produtos com incidência de substituição tributária: R$ 4.180,00 * 3,61% = 150,90 Prestação de serviço: R$ 125,00 * 8,21% = 10,26 Total de tributos devidos: R$ 1.567,72 + 150,90 + 10,26 = 1.728,88 ( valor do DAS ) 6. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SIMPLES NACIONAL 6.1 Vantagens Arrecadação única de 8 tributos por meio de uma só alíquota; O CNPJ no Simples é identificador único da inscrição da empresa, ao invés de um cadastro para cada instância (federal, estadual, municipal); O participante do regime tem dispensa da contribuição de 20% do INSS Patronal na Folha de Pagamento, o que gera uma redução de custos trabalhistas. No DAS, a alíquota relativa à CPP vem embutida e seu valor máximo é de 7,83%. A escrituração fiscal é bem simplificada, sendo a empresa dispensada de algumas obrigações acessórias. 17 Há preferência em licitações públicas, sejam elas federais, estaduais ou municipais. Redução da carga tributária em até 40% 6.2 Desvantagens A base de cálculo é sobre o faturamento anual e não sobre o lucro; Empresa pode pagar maior pelo produto devido ao imposto e não pode credita-lo; Empresa optante pelo simples, não consta em sua nota fiscal o valor pago pelo ICMS e IPI, o que impede os clientes de reaproveitar crédito dos impostos, podendo causar alguns consumidores de não efetuar a compra; Empresa de Pequeno porte (EPP), possuem um limite de exportação de R$ 3,6 milhões em mercadoria e serviços. 18 7. CONCLUSÃO Este artigo tinha como objetivo, identificar quais as vantagens e desvantagens das empresas optantes pelo Simples Nacional. Após todo estudo do que venha a ser o simples, qual seu objetivo, conclui-se que para muitas empresas ser optante pelo simples se torna vantajoso, devido a sua praticidade e, que na maioria das vezes, os empresários que decidem se optarem pelo simples são empresas pequenas, com poucos funcionários e as empresas tendem a ser menos organizadas e sem controle. Já por outro lado, pode-se entender que para outra parte dos empresários, sendo estes mais organizados e com um número grande em compras e faturamento, concluí-se que é mais vantajoso a estes se optarem por um outro tipo de tributação. Por isso, é aconselhável que se faça um bom estudo antes de decidir se optar por uma tributação, o que leva a ser mais vantajoso e menos burocrático para o empresário. 19 REFERENCIAS http://www.valor.com.br/search/apachesolr_search/CARGA%20TRIBUT%C3%81RIA Acesso em 25/06/2017 CRC CE: Curso: Simples Nacional: teoria e prática Instrutor: Eduardo Azevedo https://www.jornalcontabil.com.br/tabela-simples-nacional-entenda-as-6-principais- mudancas-para-2017-e-2018/ - Acesso em 28/08/2017. BETING, J. Coluna Economia publicada no jornal O Estado de São Paulo em 06/08/1998, 1998. BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – CTN. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm > Acesso em: 28/08/2017 https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/novo-simples-nacional/ Acesso em: 29/08/2017 http://blog.tagplus.com.br/conheca-as-vantagens-e-as-desvantagens-do-simples- nacional/ Acesso em: 29/08/2017. http://www.valor.com.br/search/apachesolr_search/CARGA%20TRIBUT%C3%81RIA https://www.jornalcontabil.com.br/tabela-simples-nacional-entenda-as-6-principais-mudancas-para-2017-e-2018/ https://www.jornalcontabil.com.br/tabela-simples-nacional-entenda-as-6-principais-mudancas-para-2017-e-2018/ https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/novo-simples-nacional/ http://blog.tagplus.com.br/conheca-as-vantagens-e-as-desvantagens-do-simples-nacional/ http://blog.tagplus.com.br/conheca-as-vantagens-e-as-desvantagens-do-simples-nacional/
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